Oix, cheguei com mais um capítulo de luta pelo amor

Cap.6 – felicidade e descobertas

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cap. Anterior

- Mas agora ela encontra-se bem e a Srta Daidougi nao se precisa preocupar mais.

- Claro, eu queria agradecer muito tudo o que fez por ela, ai não sabe o desespero em que fiquei estes dias. Sakura é como se fizesse parte da minha existência e saber que ela podia estar em qualquer lugar imundo e até podia ter acontecido algo mais grave, eu não quero nem pensar mais.

- Não precisas te preocupar mais querida Tomoyo, vamos então ver a princesa? Também quero a conhecer, tens me falado tão bem dela nestes dias que estou até com certa curiosidade. – Tomoyo corou um pouco ao ser chamada de queria e Shaoran amarrou a cara quando ouviu seu amigo Eriol dizer que estava com curiosidade.

- A princesa Sakura não precisa que te armes em engraçadinho para cima dela. – sussurou Shaoran bem perto de Eriol para que Tomoyo não ouvisse.

- Princesa "Sakura"? Não sabia que se tratavam já assim, sabes meu amigo é que Tomoyo me falou tão bem dela e como é linda e gentil, só fiquei com curiosidade. – Eriol sabia que aquelas palavras estavam a deixar Shaoram incrivelmente irritado mas mesmo assim abriu um enorme sorriso de regozijo.

Shaoran passou o resto do caminho emburrado sem queres dar evidencias que foi bastante afectado com as palavras debochadas do amigo.

- Chegamos, importam-se de esperar só um pouco.

- Á vontade.

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Depois de Shaoran falar com Meilin, esta deu um longo suspiro de contentamento.

- Pensei por instantes que não tinhas conseguido encontra-la, a Sakura ficou a tarde toda sentada na beira da janela e acabou por adormecer lá mesmo de tanto esperar.

- Como ela está? – O tom da pergunta esbanjava preocupação por tudo quanto era lado.

- Está bem, e encontra-se no quarto. Acho melhor não a acordar-mos, pedimos para os convidados entrarem e esperarem por ela.

- Sim, também acho melhor não a incomodar-mos. Vou chama-los.

-Meilin abriu um imenso sorriso, pela primeira vez viu seu primo preocupado verdadeiramente com alguém.

- Muito prazer, sou Meilin Li e tenho tomado muito bem conta da princesa.

- Fico-lhe muito agradecida pelo que tem feito, sou Tomoyo Daidougi e amiga de Sakura.

- Meilin, acho que já ouvis-te falar do meu amigo Eriol Hiragizawa, ele é conselheiro real.

- Muito prazer Srta Li, seu primo já me tinha falado de si.

- Espero que bem, de si também já me tinha falado. – Quando menos esperavam ouviram passos apressados nas escadas, Sakura vinha a correr do quarto e quando avistou Tomoyo deu-lhe um grande abraço.

- Tomoyo, que saudades, pensei que estivesses em perigo, como tens passado, ai tenho tanta coisa para te falar.

- Calma, ainda te dá um tréco de tanta preocupação, eu estou bem e sei que também estás. Aiiii que saudades amiga.

- Também não me aguentava de saudades, o Li é uma pessoa espectacular que para alem de me ter ajudado quando eu precisei, também foi a tua procura. – Sakura virando-se para Li. – Muito obrigada Shaoran.

Tomoyo conhecia Sakura bem o suficiente para ver que por detrás dos olhos esmeralda havia algo mais que uma pessoa agradecida.

Os dias passaram e ficou combinado que Sakura durante um tempo não iria sair de casa de Meilin, e que Tomoyo ficaria também para não levantar suspeitas. Sakura ia a descer a escadaria que dava ao salão quando ouviu um grito, mas não um grito de dor e sim um grito de quem está enervado. Andando muito lentamente para não ser ouvida, Sakura foi-se aproximando das falas no Salão, era Meilin e Shaoran mas apenas Shaoran parecia muito irritado mesmo.

- Eu já disse a minha opinião sobre tudo isto, eu não quero nem vou ceder as vontades daqueles velhos interesseiros.

- Mas Xiao-lang, não está ao teu alcance de reivindicares o que quer que seja, se eles decidirem que tens de o fazer vais mesmo ter de o fazer.

- Sinceramente, nem pareces tu a falar, que foi que abandonou o serviço do Clã? Quem é que se recusou a ajuda-los naquela missão que eles intitulavam perfeita? Quem é que…

- CHEGA XIAO-LANG, sabes bem o porquê de eu ter recusado, era indecente o que eles tinham em mente, jamais desceria ao nível do Ancião e muito menos deixaria que me controlassem. Eu recusei e paguei o preço por isso, agora tu, Xiao-lang nunca me ouvis-te dizer que concordava com o que eles chamam de tua obrigação, mas temos de pensar com lógica, és o futuro Líder do Clã e a menos que deixes de pertencer a eles jamais podes contestar uma decisão tomada.

- POIS SE É ISSO QUE ELES QUEREM, É ISSO QUE EU VOU FAZER, MAS NEM PENSEM QUE VAO TER UM HERDEIRO, NÃO LHES DAREI ESSE PRAZER, JAMAIS.

- Pensa bem, não cometas uma loucura, bem sei que não a amas nem nunca a amarás, mas a partir do momento crucial é para toda a vida.

- Ainda tenho muito que pensar, agora quero é esvaziar a cabeça, vou levar um dos cavalos do celeiro, alguma coisa e sabes onde estou.

- Deixa comigo.

Sakura não percebeu nada da conversa, nem devia ter percebido pois agora sentia-se culpada por estar a interromper uma conversa que supostamente deveria ser privada, mas privada com tantos gritos só mesmo uma pessoa muito surda não ouviria.

Quando viu que Meilin começava a subir em direcção ao esconderijo improvisado de Sakura, esta só teve tempo de fingir que acabava de se levantar e ia em direcção da cozinha.

- Bom dia Meilin, está um lindo dia não está?

- Bem parece que sim mas para mim não começou lá muito bem.

- O que se passou? Sentes-te bem?

- Sim não é nada de mais, deixa para lá.

- Tudo bem se precisares de alguma coisa eu faço. Queres que te leve o pequeno-almoço ao quarto? – Sakura não estava muito a vontade mas não podia dar indícios que ouvira a conversa entre ela e o primo.

- Está tudo bem, deixa estar eu já comi com o Xiao-lang, e só mais uma coisa Sakura, és uma péssima mentirosa.

Sakura sentiu as faces esquentarem com o misterioso sorriso que Meilin lhe lançou. Realmente ele nunca fora uma excelente mentirosa e parecia que desta vez tinha sido apanhada em cheio.

- Desculpa, mas eu não fiz de propósito, ia a sair do meu quarto quando ouvi um grito que era de Shaoran mas depois fiquei com medo da vossa reacção se me apanhassem numa altura daquelas e confesso que também estava um tanto curiosa então foi isso. – Sakura falava tudo a correr pois o seu acanhamento não lhe permitiam falar e pensar ao mesmo tempo.

- Deixa para lá, estou muito cansada, vou para o meu quarto, qualquer coisa estou lá e como já deves saber, se precisares de algo urgente o Xiao-lang esta por ai nos campos com o cavalo, mas eu se fosse a ti não o incomodava, ele precisa mesmo de um tempinho sozinho para ver se esfria um bocado a cabeça.

- Claro, não tinha intenção de o incomodar, muito pelo contrário.

A manhã estava mesmo muito triste sem Meilin a gritar pela casa e Tomoyo teve de tratar de uns assuntos com Eriol.

- Que seca, não se faz nada, vou ver o jardim talvez lá encontre a minha futura ocupação, haha.

Sem êxito a manhã concluiu-se sendo mesmo muito aborrecida, o almoço apenas ela e os empregados estavam prontos visto que Meilin pediu o almoço no quarto.

- Por favor Yeexin, eras capaz de me fazer um almocinho bem leve para levar ao Sr Li?

- Com certeza minha senhora. Levarei já mesmo.

- Óptimo vou só ao meu quarto buscar um chapéu e desço já.

Já que não havia nada para se fazer, Sakura decidiu que levaria um almoço bem gostoso para Shaoran, desde manha que não aparecia em casa para tragar algo e isso não lhe fazia muito bem.

- Estou pronta Yeexin.

- O seu pedido senhora, está uma salada fresquinha e umas peças de fruta, desculpe o arrojo mas tive a liberdade de colocar uma fatia de bolo de chocolate pois disse que era para o Sr Li.

- Sim é para o Sr Li mas o que tem o bolo de chocolate a ver?

- É a coisa que o Sr Li mais gosta, bolo de chocolate e sei que o Sr não anda muito bem e pensei que se fosse a Srta a dar ainda lhe sabia melhor. Yeexin pelo que Meilin lhe contava era uma das empregadas mais dadas da casa, tinha os seus 50 anos mas mesmo assim era óptima em tudo e muito atenciosa com os seus patrões.

- Muito obrigada, fiquei a saber mais um segredinho sobre Shaoran.

Não foi muito difícil de encontrar um cavalo a correr a alta velocidade pelos enormes campos da mansão, a expressão sempre séria mas gentil de Shaoran estava completamente transformada em raiva, duvida e principalmente tristeza.

- Shaoran… – Sakura acenou para que este a visse e logo após isso estava a desmontar do cavalo ao seu lado.

- Aconteceu alguma coisa? Meilin está bem?

- Sim, está tudo bem, só estava um pouco preocupada, não apareces-te para almoçar e Meilin disse que tinhas saído cedo para andar de cavalo, pensei que te trazer um lanchinho te iria alegrar.

- Muito obrigada, sabes Sakura, um pouco de companhia por vezes é melhor que a solidão.

- Eu posso ajudar em alguma coisa?

- Não deixa para lá. Vamos comer? Aposto que deve estar uma delícia.

Para Shaoran os minutos passados ao lado de Sakura eram mil vezes mais reconfortantes que a solidão que passava a tentar resolver os problemas.

- Posso fazer uma pergunta? - Sakura estava com receio que a sua dúvida fosse de alguma forma incomodar Shaoran.

- Claro, que foi passa-se alguma coisa?

- Não, não esta tudo bem só estava aqui a pensar se te incomoda de alguma forma eu e Tomoyo estar-mos aqui, quer dizer, pelo que sei antes de nós aparecer-mos isto era mais sossegado, agora têm todos sempre que fazer e resolver para nossa segurança e…

- sshhhhh, se não tivesses de alguma forma aparecido por aqui, já mais conheceria uma pessoa tão fantástica e tão maravilhosa como tu. Shaoran estava com aquela confissão presa mas não pensaria ter coragem suficiente para lha revelar, já Sakura ficara mais escarlate que o tomate da Salada de Shaoran.

- É bom saber isso. – Durante um bom momento apenas tinham ambos olhos um para o outro, aquela situação estava a ficar deveras embaraçosa mas não desistiram até ouvirem um grito de Meilin vindo mesmo por de traz deles.

- Vocês ficaram surdos? Estou a mais de 5 minutos a tentar que me prestem atenção mas não, só acordam quando grito em cima de vocês? Que se passa priminho, estas um pouco vermelhinho, terás febre?

- Não é nada, diz lá o que querias. - Shaoran atacara a única coisa que estava a mão, a Salada.

- Bem de ti não quero nada, estava a tentar falar com a Sakura mas não sabia onde ela se tinha metido até Yeexin me dizer que te tinha vindo trazer o almoço. – Sakura que até ao momento não se tinha pronunciado tentava a todo o custo controlar o nervosismo mas este parecia incontrolável.

- Diz Meilin, estou aqui agora.

- Queria saber se podias vir comigo ao Shopping, sabes para aliviar a cabeça e tambem estou a precisar de mudar a decoração da sala e queria mesmo uma opinião tua.

- Ai eu não sei, podes não gostar e depois? Não sei se deva, até posso ir mas a parte das opiniões…

- Deixa de ser assim, tudo o que tu fazes ou dizes é perfeito por isso a decoração da sala não vai ser excepção.

- Eu não sei, o que achas Shaoran?

- Não sei, mas de uma coisa tenho a certeza, se a decoração fosse feita por ti de certeza que eu passaria mais tempo com a minha priminha.

- Ai é, queres dizer que a minha decoração não é boa é? Bem eu vou, deixo-vos pois a minha companhia não é lá muito boa, mas já te venho buscar Sakura não penses que vou ficar sem decoração!

O ambiente depois da saída de Meilin não foi o mais leve, ambos queriam de alguma forma aliviar a tenção mas o mero pensamento que tinham de se falar era bastante constrangedor. Lá com muita coragem e força de vontade Shaoran quebrou o gelo.

- Desculpa aquilo de à bocado, eu não queria de forma alguma te deixar constrangida e também não devia ter dito uma coisa daquelas, eu… eu… peço desculpa.

- Não foi nada Shaoran, até gostei de saber que a minha pessoas é considerada uma boa companhia, por vezes penso que só estorvo e atrapalho a vida das pessoas que me rodeiam.

- shhhhh, não digas isso nem a brincar, prefiro mil vezes a tua companhia do que por exemplo, a minha família tirando claro, minha mãe, irmãs e Meilin.

- Como assim? Não vejo como possa existir alguém de quem gostemos mais de estar do que a nossa família!

- Minha família não é igual as outras, são todos uns egoístas que só se importaram comigo quando eu era criança e mesmo assim abandonaram-me quando tinha apenas 8 anos, desde o momento eu que fui escolhido para liderar o Clã Li, nunca se mentalizaram de ter sido eu e agora muitos nem me falam.

- Lamento muito, não fazia ideia, peço desculpa. – A vontade de Sakura naquela hora era poder tirar aquela cara de sofrimento expressada no lindo rosto de Shaoran. Queria poder sofrer por ele já que era esse o seu destino, não fazia mal se pudesse acatar com mais um peso, se esse peso valesse a pena e o fizesse feliz.

- Não me olhes assim, por favor, essa cara não fica bem no teu rosto. - Por mais que Shaoran fosse treinado para ter auto-controlo total, aquele momento deixava que horas infinitas de treino escorressem pelos dedos, a sua vontade naquele momento era poder abraçar e confortar o anjo ao seu lado, sim… ela só podia ser um anjo caído do céu e perdido naquela terra cheia de maldade. Quem mais sofre com o sofrimento dos outros, ainda para mais com alguém pelo qual não tem laços, um simples homem que não lhe é nada?

O máximo que a sua sanidade deixou fazer foi pega-lhe na mão e conforta-la como podia mas esta não se inibiu, ao contrário do que se podia pensar, ela agarrou com mais força a mão estendida de Shaoran, passando assim não só consolo para ela e sim também para ele. O certo e o errado naquele momento deixaram de existir, não era identificável naquele instante os sentimentos que passavam nas mentes do jovens, apenas queriam que o ápice durasse eternamente, que o tempo parassem e que nunca mais tivessem de sentir outra coisa, a não seu o sentimento do momento.

Como começou, também acabou, logo Meilin chegou e sem muitas palavras puxou Sakura pela mão.

- Vamos menina, não quero chegar muito tarde e temos muitas coisas para encomendar.

Shaoran ficou a ver, aquela que a momentos o fez esquecer os problemas e pensar com bons olhos a vida, aquela que o fez ver que a vida é feita por quem a vive e não por aquilo que os outros querem que ele viva. Hoje mesmo iria resolver o seu problema, sem complicações impossíveis e sem dramas.

§§§continua§§§

Peço desc por ter ficado pequena mas como já tinha dito no cap. Anterior agora já não tenho a papinha feita de reserva, tenho de começar a encher o turbo e escrever umas reservinhas, pois é assim que eu funciono senão fica pequeno mesmo.

Quanto a comentários não sei bem o que hei-de dizer, os nossos passarinhos verdes tiveram a sua primeira experiência mais constrangedora mas muito ainda vai rolar. Que segredo será que Meilin não gosta de falar e a fez ser expulsa do clã? Alguém tem ideia?
Olha que era uma boa questão para o cantinho das opiniões. Conto mais uma vez com a vossa colaboração (só uma pessoa participou no cantinho das opiniões BUÉÉÈ) Arigatou gozaimasu littledark XD

E claro que obrigada a todas as outras leitoras que acompanham "luta pelo Amor"