Capítulo 2: Conseqüências

- Vocês demoraram muito. Eu tive que mentir para a governanta sobre o paradeiro de Virgínia. Por que demoraram tanto?

-Ah mãe, é que nós encontramos dois garotos plebeus e fizemos amizade com eles.

- Vocês ficaram loucas? Eu disse que era para serem rápidas e não dar conversa para ninguém. Além de eu desobedecer às ordens do Rei para vocês respirarem um ar diferente, vocês me aprontam uma dessa?

- Prometo que isso não irá mais se repetir, Dona Marisa.

- E não vai se repetir mesmo, porque eu não vou mais deixa-las sair para a aldeia. Estamos entendidas? – Falou Marisa muito nervosa.

- Mas... – Tentaram rebater, em uníssono.

- Nem mais nem meio mais... Virgínia troque logo de roupa e procure a governanta. Diga-lhes que estava nos jardins perto dos estábulos. E você Rebeca, coloque o avental e vá ordenhar a vaca.

Sem discutir, as garotas obedeceram às ordens dadas por Marisa.

Ao encontrar a governanta, ela apenas pede para que Virgínia a siga até o escritório do seu pai, sem pedir nenhuma explicação de onde ela estava. Muito temerosa, ela obedece à ordem.

Quando as portas duplas de Carvalho são abertas, ela vê seu pai sentando, muito vermelho de fúria, e um plebeu que havia lhes vendido os tomates.

- Têm certeza que foi essa garota a quem vendeste os tomates na aldeia?

- Sim, Alteza. Era essa ruiva mesmo, só que com roupas de plebéia e acompanhada de uma garotinha morena, pouco mais alta que ela e de olhos azuis.

- Creio que seja a filha da cozinheira. – Completou a governanta que cuidava de Virgínia.

Pronto! Estava feita a desgraça... Virgínia e Rebeca haviam sido descobertas e seu pai não a perdoaria por isso.

- Podem nos dar licença, por favor. Tenho que ter uma conversa séria com essa pequena. E o senhor está dispensado. – Falou o Rei Arthur rangendo os dentes.

Ao saírem, Virgínia começou a orar, pedindo que seu castigo fosse apenas um sermão e nada mais grave.

- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO. É SÓ EU DAR AS COSTAS QUE VOCÊ JÁ VAI APRONTAR? E AINDA POR CIMA, ACOMPANHADA DA FILHA DA COZINHEIRA E COM ROUPAS DE PLEBÉIA. EU NÃO ACREDITO. TANTO ESFORÇO PARA MANTER VOCÊ FELIZ NESSE CASTELO, MANTER VOCÊ SEGURA E LONGE DAQUELA ALDEIA E VOCÊ ME APRONTA UMA DESSAS. EXPLIQUE-SE. QUEM ACOBERTOU VOCÊS DUAS? FOI A COZINHEIRA, MÃE DA SUA AMIGUINHA?

- Papai, a Dona Marisa não sabia de nada. Eu que insisti para a Rebeca me emprestar uma roupa dela e me seguir até a aldeia. A culpa é toda minha. Eu é que sou muito curiosa e queria saber o que tem lá na aldeia.

- VOU DEMITIR ESSA COZINHEIRA E MANDAR A FILHA DELA EMBORA, JUNTO COM ELA.

- Não papai. Por favor. A culpa é toda minha. Eu que tive a idéia. Eu que convenci a Rebeca. Deixe-as aqui. Elas não têm culpa de nada, e nem tem para onde ir.

- TUDO BEM. MAS VOCÊ MOCINHA, ESTÁ PERMANENTEMENTE PROIBIDA DE SAIR DE DENTRO DESSE CASTELO...

- Nem pros jardins?

- NEM PROS JARDINS. E TAMBÉM ESTÁ PROIBIDA DE SE ENCONTRAR COM ESSA TAL DE REBECA OU DE IR PARA A COZINHA. ARRANJAREI OUTRA PROFESSORA DE BORDADOS PARA VOCÊ.

- Mas papai...

- NÃO RECLAME. VOCÊ FEZ POR ONDE MERECER ISSO. AGORA VÁ PARA O SEU QUARTO E SÓ SAIA DE LÁ AMANHÃ.

Ela saiu muito arrasada, além de estar com os ouvidos doendo de tantos gritos que o pai dela dera, não poderia mais visitar os jardins, correr pelo campo de tulipas, visitar o moinho abandonado quando quisesse ficar sozinha, cavalgar com sua égua Estrela e muito menos falar com Rebeca, sua única amiga e conselheira. Também estava aliviada porque o pai não ficou sabendo que ela passou a maior parte do tempo conversando com o Richard e com o Carlos.

N/A: Como é minha primeira fic, peço q me dêem um desconto. Ñ tenho beta, então qlqr erro, me perdoem.

Já q coloquei 2 capítulos, vou esperar algumas reviews de vcs pra ver o q estão achando. Se estiverem gostando, eu continuo... Se ñ, eu deleto a Fic e deixo vcs em paz ; D

Bjão e ñ custa nda apertar no botãozinho roxo e fazer uma autora iniciante feliz :D

P.S.: Estou aberta a sugestões sobre a fic, portanto, me digam do q estão gostando ou ñ...