Nota:
Inuyasha e seus personagens não me pertencem até depois de amanhã. Porque acabo de falar com a Rumiko pelo telefone, e hoje mesmo pego um avião ao Japão, para assinar minha posse sobre Inuyasha e seus amiguinhos... (musiquinha maligna de fundo)
CHERISH
Time After Time
-Querida...? Acorde, queridaa!
Remexeu o corpo e puxou o cobertor para cima de si.
-Kagome, já está na hora! Levante!
Desceu o travesseiro para o seu rosto.
-Vamos lá, filha, abra esses olhos! – uma certa irritação soou.
Nem ligando para a voz materna, enrolou-se ainda mais nas roupas de cama.
Ouve-se um suspiro de derrota.
-Eu pedi para a Kikyou te esperar, mas parece que ela não fez questão disso.
Em uma súbita ação, a garota abriu os olhos, jogou as cobertas e travesseiro no chão e permaneceu deitada.
-Mãe, - começou, com naturalidade – você ama a Kikyou?
-Ora! Mas é claro que amo. – sorriu docemente – Por que pergunta isso, filha?
-Acho que ela se sente meio deslocada... Aqui... – fitou o teto.
-Bom... – a mãe sentou na ponta da cama – De certa forma, ela deve se sentir um pouco solitária. – passou a dobrar o lençol jogado ao chão - Ela perdeu os pais muito cedo. Mas a amo como uma filha. Tê-la aqui, é como ter você, o Souta... – arrancou o travesseiro do chão. - E minha falecida irmã. – sorriu tristemente.
A púbere sentou-se.
-Não sei se ela percebe isso, mãe.
A mulher saiu da cama e direcionou seus pés até a janela fechada. Com delicadeza, abriu as persianas, deixando a luz do Sol entrar. Kagome virou o rosto e protegeu os orbes com as mãos. Olhou para a filha.
-Por que não a ajuda?
Kagome inclinou a cabeça.
-Ela é um ser difícil de se lidar.
A ente ainda com o sorriso nos lábios, botou a mão no ombro da filha.
-Difícil como você. – foi até a porta e virou-se – O café está na mesa. – e saiu.
A jovem riu e dirigiu-se ao banheiro.
-Exatamente. Precisa de um psicólogo.
-Para...? – ansiou a resposta.
-Psicólogos ajudam. – disse numa certa ironia.
-Se acha que estou louco, me mande para um hospício de uma vez.
-Não disse que estava louco. – falou calmo – Só acho que um psicólogo poderia reduzir seus problemas. Tirar esses pesos da sua mente.
-Peso? Eu não tenho nenhum.
-Pare de enganar a si mesmo. – pediu enquanto lia o jornal.
-Problemas não se resolvem com psicologia. – disse num gole de leite.
-Mas conversar pode te deixar mais leve. E assim possa resolver.
-Nem Deus pode resolver meus problemas... – ignorou Seshoumaru.
-Não estou dizendo que seus problemas vão se resolver apenas com um psicólogo. – afirmou com um pouco de nervosismo. – Ele pode te dar soluções. – deixou o jornal de lado.
-Não, não pode. – olhando ao longe a manchete do jornal.
-E quem é você para falar isso?
-Hey... – sem prestar atenção no que ele falou e prosseguiu – Desde quando se importa comigo?
O yokai deixou cair seu rachi, (1)desconcertado.
-...Apenas não quero estar sob o mesmo teto que... um fraco.
O hanyou levantou-se indignado e bateu o punho na mesa.
-Eu não sou fraco!
Seshoumaru elevou os olhos. Tomou um gole de seu café.
-É o adjetivo que se espera de um meio - yokai.
Mordeu o lábio inferior e segurou sua xícara até quebrá-la. Os estilhaços rasgaram filetes da pele de Inuyasha. E com mágoa nos olhos, fitou o meio irmão, antes de sair dali.
Bocejou por alguns segundos e lágrimas de sono escorreram por sua face. Pelo espelho, viu a amiga terminando de pentear seus cabelos e num ato rápido jogou água em seu rosto.
-Que tal dormir mais á noite, Rin? – Sango indagou.
Com o rosto ainda pingando, foi até Sango e puxou a toalha do armário da amiga.
-Não, obrigada. – respondeu antes de dar outro bocejo.
Sango arrancou a toalha das mãos da garota e rapidamente segurou seu rosto, sob protestos de Rin.
-Me solta, Sango! – gritou antes, desta, tampar sua boca.
Sem soltar a "tampa" dela, puxou-a até a pia pela orelha. E ainda ouvia o gemidos abafados da pequena.
Com um pouco de grosseria abriu a água esfregou embaixo dos olhos dela, que soltou um grito de boca fechada. (2)
-Ahhhhhhhhhhhhhh! Sua louca! O que tem na cabeça? – berrou depois de ser solta.
-Escondendo essas orelhas com corretivo, né? – perguntou em desafio mostrando o dedo que continha a maquiagem. (3)
Rin ficou quieta.
-Andou chorando a noite? – pos sua mão no ombro da garota.
A colegial fechou o punho com força e caminhou lentamente até o banco. Sentou-se como uma idosa desamparada.
-Ele... Me deu um fora. – abaixou o rosto.
Sango caminhou até a amiga e olhou para o teto. O que diria á uma pobre sonhadora?
-Rin... – levantou sua face pelo queixo – Você não é mulher de chorar por causa de um fora, é?
-Mulher... – repetiu com o olhar abaixo.
-Homem é que não é. – divertiu.
Sorriu tristemente.
-Ele... – começou – Acho que sou só uma garotinha.
-Não, não é. Isso é o que ele acha.
As lágrimas já rolavam dos olhos dela.
-Eu queria poder ser a pessoa ideal pra ele.
-Rin... Pare de querer ser o que não é. O Seshoumaru é só um carinha metido. Que acha que pode com todo mundo.
-Ele é mais do que isso... – disse lentamente – É um homem fechado ao mundo... – encarou a amiga – Um yokai que odeia humanos.
-Bom... Na verdade, eu queria poder dizer que você deveria esquecer ele, mas...
-Olha, Sango – interrompeu – Pode parecer que eu sou obcecada por ele. Mas, ...
-Então... – continuou sem nem ligar para o comentário dela – Em consolo á você, lhe digo um nome: Inuyasha. – respirou - Ele também era assim, do tipinho, sai que eu não me importo com você – imitou – Que não se importa nem com humanos nem com nada. – deu uma pausa - Mas ele se importava. E veja só – disse radiante – , ele é irmão do Seshoumaru!
-Sango... Inuyasha odeia o Seshoumaru. Inuyasha é um meio-yokai e o Seshoumaru é um yokai.
-E...?
-Ah... Esquece. – disse num suspiro – Bom, eu não quero parecer aquelas doida apaixonada, sabe. Você me conhece, já, já passa. – corou – Mesmo assim, já estou melhor, amiga, obrigada. – sorriu – Agora, licença, será que posso retocar a maquiagem que você fez questão de arrancar com toda sua brutalidade?
Sango fez careta e riu.
-Vai logo, baixinha!
Rin mostrou a língua e gargalhou junto a ela.
-Bom dia! – sorriu alegremente.
-Oi.
-Puxa, que animação, heim? – sentou-se ao lado dele.
-Pois é. – respondeu sem emoção.
Kagome observou o casal que passou a frente e notou o olhar deles.
-Tá tudo bem? – ela perguntou para o jovem.
-Está tudo ótimo.
Ao longo do pátio, a cantora percebeu que Kikyou a olhava, mas esta, logo desviou o olhar e caminhou para bem longe.
A moça virou-se para o garoto ao seu lado.
-Hmm... Inuyasha?
-...
-Sabe ontem?
-...
-Então... – começou – Me desculpe por ser meio... – enrolou-se – Ah, não sei. É que fui meio intrometida na sua vida. – falou rápido - Realmente não te conheço. – abaixou o rosto – Não tinha direito de falar alguma coisa de você.
-Não, tudo bem. – disse com firmeza – Quem sabe você tenha razão. Sou apenas um ser que se esconde do mundo.
-Ah... – tornou a fitar o hanyou – Também não é assim. Eu só quis dizer que você podia ao menos tentar enfrentar o problema de frente.
-Você... – Inuyasha ignorou e encarou Kagome – Já sentiu que o mundo pode estar te vendo, mas não sabe o que você sente. – pausou - Como se fosse uma máquina qualquer, jogada no chão que - suspirou - cada vez mais é pisoteada...? – perguntou baixinho e devagar.
A garota abriu a boca para responder, mas Inuyasha impediu.
– Bem, mas é claro que nunca se sentiu assim... Você é famosa e bem sucedida, nada lhe falta. – afirmou rouco, olhando para o nada.
Kagome ficou por alguns instantes quieta, se aprofundando nos olhos cor de âmbar a sua frente.
-Ser famosa é ser conhecida por algo, e quem sabe ganhar um bom dinheiro por isso. Mas isso – balançou a cabeça - não tem nada haver com o que a gente sente aqui dentro – apontou para o seu corpo – Posso cantar a música mais feliz que já escrevi, porém não a canto porque sinto essa felicidade, e sim porque está no roteiro. – riu secamente - Como você mesmo disse, o mundo está te vendo, mas ninguém sabe o que está sentindo.
O sinal tocou e ela sorriu docemente.
-A gente conversa no recreio. – estendeu a mão.
Corado, Inuyasha aceitou e correram para suas devidas classes.
Os poucos minutos que se passaram pareceram horas diante o medo e ansiedade que pulsava em seu coração. Temia a verdade, e ainda assim queria poder esquecer e aproveitar enquanto estavam ao seu lado.
-Eu vi tudo. – um voz sussurrou atrás de si.
-Tudo o quê? – perguntou sem ao menos olhá-lo.
-Você matando aula.
-Essa é a primeira aula do dia e não sei se percebeu, mas estou aqui, Miroku.
-Aula de karatê.
O meio-yokai hesitou em responder aquilo, mas tornou a falar:
-Estou pouco me importando com essa perda de tempo.
-Você gosta de lutar. – insistiu.
-Olha, - Inuyasha virou-se para o rapaz – Você mesmo disse ontem que eu tinha medo dos garotos do terceiro ano, então por que não imagina que é isso, enfia na sua cabeça e pára de me encher o saco? – voltou a sua posição.
Miroku ficou por alguns instantes sem reação, mas continuou a cochichar.
-Bom... Não era a esse lugar que eu queria que a conversa fosse.
-Queria aonde então? – encarou-o sem paciência.
-Será que "Kagome" não te lembra nada...?
O hanyou corou e voltou a prestar atenção na adorável aula.
-Eu disse que ela poderia ser legal. – Miroku tornou a falar-lhe.
-Pra mim, somente as músicas delas são legais, até que seja provado o contrário. – disse sem rodeios.
-Você é louco pelas músicas dela, Inuyasha. Agora, você tem a oportunidade de tê-la ao seu lado, por que não quer nem uma simples amizade?
Inuyasha bateu um pouco o lápis na mesa, pensou na pergunta do amigo e virou-se de novo.
-Acho que ela tem alguma relação com a Kikyou. – afirmou apoiando os braços na mesa do outro e se abaixando um pouco para não ser escutado.
-Por isso que você não quer ser amiga dela...? – Miroku indagou confuso.
-Não! – bateu a mão na testa – Esqueça a parte de amizade. Estou dizendo que elas podem ser familiares, sei lá!
-Hmm... – Miroku refletiu – Elas são bem parecidas, fisicamente. A Rin me falou alguma coisa desse gênero. Mas e daí, heim?– disse sem dar muita importância e começou a fitar sua caneta.
-O que a Rin disse? – arrancou a caneta das mãos dele.
-Um negócio de família... Ah não sei, Inuyasha...– bocejou. – Mas...
-A Rin é amiga da Kagome – interrompeu – Deve saber de alguma genética. Você não lembra?
-De que isso vai adiantar com sua amizade com a Kagome?
-Esqueça-a! – falou um pouco, chamando atenção de algumas pessoas – Você não entende, Houshi?É como ser traído!
-Ela te traiu?
-Éramos namorados...
-Você já foi namorado da Kagome? – Miroku perguntou sem entender.
Inuyasha suspirou.
-EU JÁ DISSE PARA ESQUECE-LA! – gritou. A professora os olhou e os dois fingiram estar prestando atenção na aula – Eu e Kikyou. – sussurrou.
-A Kikyou te traiu?
-É como uma traição, Miroku. Sabe, ela sabe do que eu gosto, eu sei do que ela gosta... – deu uma pausa – Mas, por que diabos ela nunca contou sobre a vida dela, família?
-Você também não contou. – Miroku afirmou.
-É... Mas ela nunca fez questão de...
-Hey... – interrompeu - Você namorou com a Kikyou e sequer sabia o sobrenome dela? – arqueou a sobrancelha desconfiado.
-Err... – o hanyou corou – Se eu sabia eu esqueci – mexeu as orelhas – Mesmo assim, meu namoro com ela ...Foi rápido demais... Foi o que eu disse agora a pouco!Eu nem a conhecia direito!
-Ahhh, mas foi o suficiente pra abalar esse seu coraçãozinho né? – cutucou-o enquanto sorria cheio de malicia.
CROQUE!
-Senhor Taisho, Houshi? Será que estou atrapalhando alguma coisa? Posso parar a aula para terminarem o que começaram. – a velha professora ironizou.
-Bom, - Inuyasha encarou-a – Para ser sincero, sim, a senhora atrapalhou, mas não se preocupe, dessa vez passa.
Indignada, a senhora apontou para a porta e logo Inuyasha estava saindo da sala, com a graça de Buda.
-Oi! – parou ao seu lado.
-Anh? Ah, oi! – deu um sorriso sem-graça.
-Errr... Você viu a Rin, a Sango ou qualquer pessoinha por aí?
Olhou para os lados.
-Miroku foi para lá com algumas garotas... – apontou para um canto do espaço – A Sango e a Rin devem estar onde sempre ficamos. – começou a andar – Não saiu com elas da sala?
-Não... – abriu o alumínio que enrolava seu sanduíche. – Fui procurar minha prima.
O hanyou parou de andar.
-Você tem uma prima aqui no colégio?
-Desde o maternal. – afirmou, interessada no seu lanche – 1º grau. – mordeu a merenda – Hmm... – engoliu – Falando nisso, acho até que ela é da sua classe.- pousou a mão no queixo pensativa.
-Ah, é? – indagou receoso.
-Conhece a Kikyou?
Inuyasha abriu a boca e não a fechou.
Comprovado.
-Ééééé... Minha ex. – deu um sorriso amarelo.
Kagome sorriu radiante.
-É mesmo! Ah então é você o namorado dela! Quer dizer, o ex. – desconcertou – Ela nunca falou muito de você... – pareceu sem ar – Nem de nada... – olhou para baixo – ela não é de falar muito.
-É... eu sei. Foi de passagem mesmo. Bem rápido. – afirmou envergonhado.
Kagome continuou a caminhar até onde sempre ficavam aos intervalos. Estava surpresa e meio assustada. Não vira felicidade no nome de sua prima pelo lado de Inuyasha.
"Mas é claro! Ex, né? Se terminaram e nem mais se olham, deve ter alguma razão... Como eu sou boba."
-Sabe... – Inuyasha começou chamando a atenção de Kagome – Ela nunca me falou de você.
-Aé...? – exclamou sem muita diferença – É... ela não gosta muito de mim.
O rapaz desviou o olhar e apertou o passo.
Comprovado.
De novo.
-Mas nem pensar, hoje ninguém vai ajudar mãe em compra, nemvai se encontra com alguém,muito menos ir no enterro da Mariazinha, hoje é dia de reunião! – Rin afirmou irritada.
-Feh! Achei que já tinha esquecido essa idéia ridícula... – Inuyasha resmungou.
-Jamais!
-Dá uma brecha, Rin. – Miroku pediu cansado.
-A reunião amigável é um ritual que vocês deixaram de fazer por muitos anos! Eu e Kagome fazemos desde pequena e vocês fizeram na quarta série! – cruzou os braços, emburrada.
Sango olhou para Kagome que apenas deu de ombros. Chegou mais perto de Rin.
-Exatamente, quarta série, 10 aninhos. 1º ano, 15 anos, Rinzinha.
Rin a fuzilou com os olhos e em questão de segundos, todos já haviam topado.
-Só que dessa vez, pequena, nós não temos cestinhas de piquinique pra ir passear no bosque. – Inuyasha zombou – Então adeus reuniãozinha amigável, até a próxima semana. – sorriu aliviado.
-Isso é o que você pensa. – disse, mostrando uma cesta enorme.
-Hey! – Miroku assustou-se – De onde tirou isso?
-Sou uma garota preparada. – afirmou fazendo pose.
Sango e Kagome balançaram a cabeça.
-Estamos perdidas.
0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0-0
Logo, já estavam num grande parque. (o mesmo que o Inuyasha foi ler suas revistinhas... xD) Sempre vazio, com todo tempo do mundo.
-Ahh, Rin, porque tem que insistir tanto nisso. Eu já fiz essa reunião no domingo.
-É, mas você fez só comigo, Kagome.– sentou-se no gramado, perto do lago onde tinha um pequena ponte – agora vamos todos juntos.
-Isso é alguma espécie de ajuda emocional? – o hanyou indagou.
-Ahhh! Vocês não entendem? – todos balançaram a cabeça que não.E Rin suspirou abrindo uma toalha de piquinique – Estamos crescendo. No colegial. Daqui s pouco estaremos fazendo vestibular, indo pra faculdade e se tornando adultos!
-E qual é o problema? - Kagome pediu.
-Vamos seguir nossas próprias vidas! Temos que fortalecer nossa amizade. Vamos nos tornar velhos chatos que só querem saber de trabalho, família e esquecer dos amigos de infância?
Kagome sorriu emocionada e a abraçou.
-Está com medo de ficar sozinha no mundo?
Rin a olhou com fogo nos olhos.
-Medo não. Estou apenas me prevenindo.
-Bom... – Miroku fitou a cesta – Já que é por uma boa causa...Vamos comer!
Todos, menos Rin atacaram a cesta.
-PAREM! – berrou. Todos a olharam – Não é só para comer! Temos que conversar, discutir...
-Discutir sobre a escola? – Inuyasha perguntou de boca cheia.
-Argh... – Rin bateu a mão na testa e fez careta – Comam logo, suas baleias!
Sem nem notar a ofensa, voltaram a comer. A mais nova, apenas suspirou e aproveitou.
Passaram a tarde comendo, conversando, brincando, se conhecendo melhor e rindo. A reunião amigável fazia seus efeitos.
-Kagome... – Rin tirou da mala um violão.
Miroku arrancou a mochila das mãos dela.
-O que mais você esconde aqui? – perguntou irritado.
-Me diga que você não subornou a Kikyou. – Kagome fez uma cara piedosa.
-Melhor que isso! Subornei o Alfred! – falou radiante.
-Alfred? – Sango indagou.
-Meu motorista. - a cantora disse num suspiro.
-Feh! Depois diz que é preparada.
-Oras! Mas eu sou! Consegui a comida, o violão e o caderno por algumas coisinhas em troca, sem que vocês notassem. - botou as mãos na cintura em desafio.
Inuyasha resmungou algo enquanto cruzava os braços.
-Que caderno, Rin? – Kagome ficou receosa.
A pequena sorriu sem-graça.
-Juro que não li.
Kagome corou.
-Mas eu nem me preparei e ... Rin! – disse rápido.
-Por favor! – juntou as mãos – Para deixar a reunião amigável mais agradável.
Ela suspirou e sorriu.
-Qual você quer?
-Aquela nova que você escreveu semana passada.
-Tem certeza que não leu meu caderno? - arqueou a sobrancelha.
-Err... – riu sem-graça – Desculpe, eu não me controlei.
Kagome riu e passou a mão pelas cordas. Dedilhou com os dedos e parou. Acomodou-se melhor na grama, de frente para a lagoa.
Começou com o violão.
Olhou para o céu agora laranja. Vagarosamente, o Sol se punha.
Devagar, começou a cantar suave.
Lying in my bed I hear the clock tick,
And think of you
Turning in circles confusion
Is nothing new
Flashback to warm nights
Almost left behind
Suitcase of memories,
Time after
Deitado em minha cama eu ouço o relógio fazer tique-taque,
E penso em você
Virando em confusão de círculos
Não é nada novo
Retrospecto para esquentar as noites
Quase deixado para trás
Mala de recordações,
Tempo depois
Olhou para Rin e viu seu dedão erguido, como sempre.
Sometimes you picture me
I'm walking too far ahead
You're calling to me, I can't hear
What you have said
And you say go slow
I fall behind
The second hand unwinds
Às vezes você me pinta
Eu estou caminhando muito longe à frente
Você está chamando a mim, eu não posso ouvir
O que você disse
E você diz vá devagar
Eu fico para trás
O segundo desenrola a mão
Fechou os olhos e cantou com mais intensidade.
If you're lost you can look and you will find me
Time after time
If you fall I will catch you I'll be waiting
Time after time
If you fall I will catch you I'll be waiting
Time after time
Time after time
Se você está perdido você pode olhar e você me achará
Repetidas vezes
Se você cai eu pegarei e estarei esperando
Repetidas vezes
Se você cai eu pegarei e estarei esperando
Repetidas vezes
Repetidas vezes
Abriu os olhos e observou a pequena ponte. Toda detalhada.
"Sempre tranqüila."
After your picture fades and darkness has
Turned to grey
Watching through windows I'm wondering
If you're OK
And you say go slow
I fall behind
The drum beats out of time
Depois que seu quadro enfraqueça e a escuridão tem
Virado para se tornar cinza
Assistindo por janelas desejando saber
Se você esta bem
E você diz vá devagar
Eu fico para trás
O tambor bate fora do tempo
Olhou para os amigos e encontrou o olhar de Inuyasha. Sorriu.
If you're lost you can look and you will find me
Time after time
If you fall I will catch you I'll be waiting
Time after time
If you fall I will catch you I'll be waiting
Time after time
Time after time
Se você está perdido que você pode olhar e você me achará
Repetidas vezes
Se você cai eu pegarei e estarei esperando
Repetidas vezes
Se você cai que eu pegarei e estarei esperando
Repetidas vezes
Repetidas vezes
Fechou os olhos novamente. E foi cantando mais baixo e fraco...
Time after time
Time after time
Time after time
Repetidas vezes
Repetidas vezes
Repetidas vezes
Continua...
Música: Time after time
Artista: Eva Cassidy
Bom, essa música não teve nada haver com o momento. Mas ela tem um ritmo bem tranqüilo e bonitinho.
Obs: Entrem no site que tem no meu profile e dá pra ouvir. Ou quem tiver o CD do Smalville.
(1) O yokai deixou cair seu rachi,desconcertado.
Rachi é o pauzinho com que os japoneses comem.
(2)...que soltou um grito de boca fechada.
Quando a gente está de boca fechada e gritamos, sae um grito abafado. É esse tipo de grito.
(3) ...em desafio mostrando o dedo que continha a maquiagem.
Não sei se perceberam, mas um pouco antes dessa parte, Rin lavou o rosto e a maquiagem continuou inteira. Normalmente ela sairia com a água. Mas essa é um tipo especial, que não sae com a água. Tem que passar uma espécie de álcool que vem junto com o produto.(isso existe) Se você esfregar bem também sae. Mas, digamos que dói um pouquinho. Ah! Eu sei que é difícil esconder as orelhas de lágrimas, mas não impossível. Se você encarar a pessoa bem de perto dá para ver.
Uau... Há quantas meses eu não posto, alguém sabe?
Bom... Foi vingança por ninguém ter deixado reviews... xD
Brincadeira. Não foi vingança. É que eu não tive tempo mesmo. Mas, podem acreditar, se alguém tivesse deixado uma review eu teria arranjado um tempo ;)
Humm... Eu queria ter botado alguma coisa cômica nesse capítulo, por que eu até tava com uma idéia... Há uns 6 meses atrás, pra ser sincera. Só que...eu esqueci! -.-'
Espero que tenham gostado desse capítulo.
E eu tenho uma promoção pra vocês: se alguma alma caridosa apertar o botãozinho aí embaixo "Go", ganhará uma amiga!
Ai, que suborno. Esqueçam isso, pelo amor de Kami. Só deixem review se gostarem da fanfic.
Beijos.
Uau... Há quantas meses eu não posto, alguém sabe?