Gina acordou cedo na manhã de segunda feira, levantou da cama ao ouvir o som da chuva do lado de fora, olhou para a janela e sorriu. Não estava frio, mas um arrepio percorreu suas costas e ela se sentiu bem, pegou sua toalha e suas roupas e foi tomar um banho. Depois de meia hora saiu do banheiro com os cabelos presos e os pés descalços. Ia em direção a sua cama quando parou na frente de um espelho de corpo inteiro e olhou para si mesma.
Havia mudado bastante, seus cabelos estavam agora mais compridos o que fazia com que ficassem mais pesados e seus cachos mais definidos, seu corpo havia mudado bastante também, agora tinha mais curvas, mas não era perfeita, suas sardas apareciam mais do que ela queria e não podia deixar de pensar se um dia teria mais seios... Não tinha uma beleza exuberante e era bastante normal, igual a quase todas as garotas, isso era o que mais a irritava, ser comum.
- Eu sei o que você esta pensando Gina, mas você não é igual ao resto do mundo, você é extremamente diferente, a única pessoa que não vê isso é você mesma. - disse uma garota sentando-se.
- Claro Ana. - como Ana poderia sempre saber o que ela estava pensando? Será que podia ler seus pensamentos?
- Não Gina, eu não posso ler seus pensamentos. - disse enquanto levantava-se e procurava algo em um baú. - Mas sempre que você para desse jeito, se analisando, você está pensando a mesma coisa.
- O que você faz acordada a essa hora? - perguntou olhando pela primeira vez para a amiga.
- Você me acordou, eu tentei dormir de novo, - bocejou. - mas você me conhece, depois que eu acordo eu não durmo mais. Agora você vai ter que me aguentar reclamando que estou com sono durante todo o dia, já que foi por sua causa que eu acordei a essa hora.
- Ok Ana, vou te esperar lá no Salão Comunal pra não acordar mais ninguém.
Gina seguiu para a porta de saída do dormitório e Ana foi em direção do banheiro resmungando.
Draco acordou atrasado naquela manhã de segunda feira, "Como sempre", pensou enquanto vestia rapidamente o uniforme, olhou pela janela e viu que chovia. Parou de se vestir e fez uma careta antes de se jogar novamente na cama.
- Ta na hora da aula Draco, você precisa sair da cama. - Pansy Parkinson entrou no quarto quase ao mesmo tempo que ele caia na cama.
- Eu não vou hoje Pansy, esta chovendo. - falou ainda deitado.
- Eu sei, mas nossas aulas hoje são todas dentro do castelo, por isso essa chuva não vai nos atrapalhar.
- Pansy, por que você não vai pra aula e eu te encontro lá?
- Porque eu sei que se você não for agora não vai ir em nenhuma das aulas, e hoje nós temos aula de Transfiguração e a McGonagall não vai ficar feliz se alguém faltar.
- Eu já estou indo Pansy, encontro você lá em baixo. - a garota saiu do quarto satisfeita por ter convencido ele, logo que ela desapareceu atras da porta ele levantou-se e caminhou até o espelho onde arrumou seus cabelos, depois calçou os sapatos e botou sua capa, em seguida seguiu para a porta, pra mais um dia de aulas que não ensinariam nada que ele já não soubesse.
Quando colocou os pés no Salão Comunal da Sonserina viu que errara ao sair da cama naquela manhã, Pansy correu até ele e se agarrou em seu braço ao mesmo tempo que Crabbe e Goyle assumiam suas posições de guarda-costas. Caminhou até a sala de Transfiguração sem dirigir a palavra a nenhum deles, o dia estava ruim, no lado de fora do castelo uma chuva torrencial castigava os jardins, sua cabeça estava a ponto de explodir e ainda tinha que aguentar Pansy falando no seu ouvido... Pensando melhor resolveu que o dia não estava ruim, estava pior, muito pior do que ruim.
Gina respirou fundo ao sair do castelo em direção as estufas, estava protegida por um guarda-chuva, mas sua vontade era de correr sem proteção pelos jardins, a chuva lembrava sua infancia, lembrava a época em que não precisava se preocupar com nada, uma época que não voltaria mais. Caminhou com calma até junto dos seus colegas, a professora já os esperava. A aula foi tranqüila, mas Gina não prestou muita atenção, a aula era só uma revisão de algo que ela já sabia, por isso permitiu que seus pensamentos voassem, até que ouviu alguem chamando seu nome.
- Gina?
- Desculpe, o que foi Ana?
- A aula já acabou, vamos?
- Claro. Eu nem vi a aula acabar, estava em outro mundo.
- Eu vi, agora vamos, se não nos apressarmos vamos perder a aula de feitiços.
Na hora do almoço o diretor se levantou para falar com os alunos, o que não era muito comum, no mesmo instante todo o Salão Principal ficou em silêncio.
- Bom dia para todos! - todos responderam num coro. - Como todos devem saber, hoje a tarde começariam os testes para o time de Hogwarts, mas infelizmente os testes terão que ser transferidos para a próxima semana, devido ao grande número de queixas que os professores receberam por culpa do pouco tempo para treino, portanto na próxima semana vocês deveram se apresentar no horário que já foi combinado no campo de Quadribol.
Draco saiu mau humorado do Salão Principal, agora teria que esperar mais uma semana pra fazer o maldito teste, e ainda por cima teria que convencer o Prof. Flitwick que não era sua culpa não ter o trabalho pronto, ele realmente não achava que precisaria comparecer a aula naquela tarde. Tinha quase certeza de que ele aceitaria no outro dia, mas a possibilidade de perder pontos por culpa de alguns retardados que foram reclamar deixava ele incrivelmente nervoso.
- Posso te perguntar uma coisa? - Zabini entrou no seu quarto na torre da Sonserina sem cerimonia, e falou isso sem nem mesmo cumprimentar.
- Alguma coisa que eu dissesse ou fizesse te impediria de perguntar o que você quer?
- Por que você não acaba com a Pansy de uma vez? - disse ele ignorando totalmente o loiro que estava olhando pra ele sentado na cama.
- Por que a pergunta?
- Simplesmente porque ela quase me impediu de entrar aqui alegando que você estava com uma incrível dor de cabeça e não queria ser incomodado, alias, já que nós estamos falando disso, você poderia se dar ao trabalho de inventar uma coisa diferente, quer dizer, ela não é muito inteligente, mas ainda assim ela vai acabar percebendo que você tem "dores de cabeça insuportaveis" muito frequentemente, ela vai achar que você esta doente de verdade, e aí sim você nunca mais se livra dela...
- Se você olhar por esse lado, que eu nunca mais vou me livrar dela, quero dizer, a vontade de acabar com ela cresce, mas só um pouquinho. - agora o garoto estava de pé e mexia na sua escrivaninha.
- Mas você não vai terminar com ela, vai?
- Eu não sou tão previsivel assim, sou?
- Sim, você é, mas eu acho que no fundo você não acaba tudo com ela pois realmente gosta dela, ou então você tem medo de acabar com ela, pois você não suportaria vê-la chorando... Felizmente eu tenho a solução para as duas situações, caso o seu problema seja a primeira opção. - ele fez uma cara de apresentador de talk show. - Eu posso te internar num manicomio, e aí você poderia se curar dessa doença ou da poção do amor que ela tem lhe dado pra beber... - mesmo com o olhar do loiro sobre ele de um modo muito ameaçador, o que dizia com todas as letras que era mais seguro parar agora, ele continuou. - E se seu problema for a segunda opção, eu posso muito bem dar um jeito dela descobrir que você traiu ela, eu até te deixo escolher a acusada, aí, quando ela vier te cobrar explicações, você faz uma cena e diz pra ela o quão chata ela é e ela é resgatada pelas amigas dela antes que você veja ela chorando, ou então se isso ainda for muito pra você eu posso falar com ela dizendo que você está com uma dor de cabeça insuportável, e que tinha me pedido pra dizer pra ela que ela era uma chata, dada e que você não queria mais nada com ela...
- Você já acabou seu discurso? Bom, se sim muito bem, se não, problema seu, porque está na hora de ir embora. - ele começou e empurrar o amigo pra fora do quarto.
- Você não pode me colocar pra fora.
- Por que não?
- Porque esse é meu quarto também.
Draco olhou pro amigo e então parou de empurra-lo em direção da porta, virou as costas e caminhou calmamente até a cama onde estava sentado momentos antes, sentou-se calmamente e só então voltou a olhar para o garoto na sua frente, que agora tinha um sorriso estampado no rosto.
- O que você quer?
- Por que você pergunta isso?
- Não se faça de bobo, da ultima vez que você fez tanta questão de ficar no mesmo cômodo que eu, eu acabei dois mil galeões menos rico...
- Nossa, por quem me tomas? Acha que eu sempre estou pronto para pedir algo?
Tudo que ele recebeu como resposta foi um olhar muito significante de Draco.
- Tudo bem, tudo bem, mas dessa vez não vai te custar nada, eu juro, é só um pequeno favor...
- Pequeno favor? Deixa eu ver, da ultima vez que eu ouvi isso você me pediu pra distrair cem fadas mordedoras enquanto você roubava a tiara de diamantes da sua mãe que você tinha vendido para um cara que foi atacado por fadas, portanto ela estava com elas, eu não preciso nem te lembrar que aquilo não acabou nada bem...
- Sim, mas depois eu paguei muito caro quando você exigiu que eu entrasse no porão da sua casa para pegar sei lá o que, e eu fui atacado por um monstro que você tinha "esquecido" que morava lá.
- Ok, fale logo o que você quer, aí eu posso dizer não de uma vez e você para de desperdiçar meu tempo.
- Eu preciso que você treine comigo.
- Treinar o que?
- O que você acha? Bexigas? É obvio que é Quadribol.
- Por que você quer que eu treine isso com você?
- Porque você acha? Eu tenho o teste semana que vem, e eu realmente quero entrar no time.
- Não.
- Não? Depois de tudo que eu fiz por você, você tem a coragem de me dizer não para um pedido simples como esse?
- Tenho a coragem sim, agora que você já tem a sua resposta me deixe em paz, eu tenho muito o que fazer.
Blaise não se moveu. Olhou sério para Draco e então um sorriso surgiu em seu rosto. Ele virou para a porta, com uma virada de pescoço deu um ultima olhada em Draco, esse o olhou desconfiado e já estava pronto quando ele começou:
- Pa...
Draco voôu da cama e caiu encima do outro, derrubando-o no chão. Levantou-se e fechou a porta, olhou enraivecido para o outro antes de falar numa voz que era puro ódio:
- Vamos negociar.
Gina corria pelos corredores do castelo, já tinha passado da hora do toque de recolher, mas ela ainda estava fora de sua torre, na verdade estava bem perto agora, mais um corredor e ela chegaria... Infelizmente nessa hora a Lei de Murphy se fez presente e ela sentiu-se colidir com outro corpo.
- Olhe por onde anda. - ela falou passando a mão na cabeça onde tinha se chocado com a outra pessoa.
- Eu não tenho que andar por onde eu ando Weasley. - falou uma voz totalmente arrastada na sua frente.
- O que você faz aqui Malfoy?
- Eu pergunto o mesmo, mas eu tenho esse direito já que eu sou monitor.
- Eu estava indo para o meu dormitório.
- Sério? Eu não poderia ter chegado a essa conclusão sozinho. - falou em um tom irônico, mas sem dar chance para a ruiva responder, continuou. - O que eu quero saber é o que você esta fazendo fora do seu dormitório depois do toque de recolher.
- Eu não acho que isso lhe diz respeito Malfoy.
- Não? Ok, detenção na sala de poções amanhã à noite, e eu vou deixar registrado que você se negou a dar explicações.
Gina lhe lançou um olhar maligno e a saiu andando com passos rápidos para a torre da Grifinória.
Draco estava andando pelos corredores durante a sua ronda quando ouviu alguém correndo, olhou onde estava e viu que estava perto da entrada da torre da Grifinória, "Um leãozinho fora da cama", pensou parando exatamente onde o corredor fazia a curva, ouviu os passos se aproximarem e se preparou para a batida. Ouviu a pessoa resmungar alguma coisa ao mesmo tempo que viu quem era, cabelos vermelhos e longos, era a Weasley fêmea. Viu ela se levantar e falou alguma coisa, algo que ele nem precisava pensar pra responder, observou a garota.
- O que você faz aqui Malfoy? - que pergunta mais idiota, não é obvio que eu estou aqui pra ferrar com o leãozinho que sair da cama sem permissão no meio da noite?
- Eu pergunto o mesmo, mas eu tenho esse direito já que eu sou monitor. - "Uma resposta besta para uma pergunta besta", pensou descansado.
- Eu estava indo para o meu dormitório. - ela achava que ele era idiota? Era o que parecia.
- Sério? Eu não poderia ter chegado a essa conclusão sozinho. - falou despreocupado, mas ao perceber que ela falaria algo de volta falou de uma vez. - O que eu quero saber é o que você esta fazendo fora do seu dormitório depois do toque de recolher.
- Eu não acho que isso lhe diz respeito Malfoy. - ok, agora o jogo estava começando a ficar chato, decidiu acabar logo com tudo.
- Não? Ok, detenção na sala de Poções amanhã à noite, e eu vou deixar registrado que você se negou a dar explicações.
"Pra essa aí eu vou arranjar uma coisa bem ruim, ela que me aguarde", observou a garota caminhar apressada pelo corredor e não pode deixar de notar que ficava bonitinha quando estava brava.
Entrou no Salão Comunal e caminhou até uma poltrona desocupada na frente da lareira. Olhou para o lado e viu sua amiga adormecida, tirou um pergaminho das vestes e puxou o livro que estava aos pés da cadeira, escreveu umas palavras e apreciou o barulho que a pena fazia ao escrever no pergaminho, depois do que pareceu uma eternidade terminou seu trabalho de Poções, então juntou suas coisas e com movimento da varinha tudo sumiu da sua frente, caminhou até Ana e falou pra ela acordar numa voz calma que não passava de um sussurro. A garota não acordou, mas ficou num estado meio sonambulo e, com a ajuda de Gina, conseguiu chegar até sua cama, mas o seu estado meio acordado não foi o suficiente para permitir que ela colocasse os pijamas, por isso ficou dormindo de roupa. Gina tirou sua roupa e colocou uma camisola, deitou-se na cama e dormiu quase imediatamente, tinha sido um longo dia.
Estava sozinha no escuro, sentindo-se totalmente vulnerável, como ninguém gosta de se sentir, andou sem rumo até chegar em uma parede, sentou-se no chão e respirou fundo, foi quando ouviu. Seu corpo estremeceu imediatamente. A voz dele estava tão calma, parecia longe e perto, sentiu-se tonta com as palavras dele, ele falava sem parar, mas naquele mesmo tom de voz, sussurrava no seu ouvido, ela podia sentir a respiração dele, estava prestes a responder o que ele dizia com um sorriso quando tudo voltou a sua mente como num furacão. O lugar onde ela estava. Ela precisava achar a saída, mas a voz dele era tão doce... Não, ignore ele, continue, procure a saída, as palavras eram claras em sua mente, mas pareciam tão impossíveis. Ele não te ama! Claro que ama! Você tem que achar a saída! Pra que sair? Aqui é tão perfeito.
A mão dele envolvendo sua cintura, à parte que lhe dizia para resistir cada vez mais longe, ela começava a se entregar a ele quando ele virava um monstro, como aquele que assombra os sonhos, ela tentava correr, mas agora era muito tarde, tarde pra ela, muito tarde...
Gina acordou respirando pesado e molhada de suor, acendeu uma vela ao lado de sua cama com um movimento da varinha que estava segura em sua mão, como em todas as noites. Respirou fundo, feliz pela claridade da vela, aquele sonho voltava às vezes, e ela passava uma semana toda com medo de dormir e ele simplesmente sumia, mas então quando ela se sentia segura novamente, ele voltava e tomava conta de sua mente, de seu corpo. Sabia que agora não voltaria a dormir, mas permaneceu na cama, simplesmente pensando, pensou em seu estúpido medo do escuro, que ia e voltava conforme sua própria vontade, pensou nos seus namoros fracassados, pensou no dono daquela voz que a atormentava, e então, sem aviso, lágrimas começaram a rolar por seu rosto, sentiu uma agonia no peito, uma tristeza que tomava conta dela...
Sentiu um peso a mais nos pés de sua cama e não precisou olhar pra saber quem estava ali.
- Tudo bem Gi? Você teve aquele sonho de novo?
- Ta tudo bem. - falou entre as lágrimas.
Ana engatinhou até a parte de cima da cama e abraçou Gina, deixando que ela chorasse tudo que precisava, passava as mãos pelos seus cachos de fogo de vez em quando, mas não falou nada, sabia que nenhuma palavra ajudaria. Ao sentir que ela parava de chorar olhou para ela e sorriu, um sorriso que foi retribuído, e aquele gesto valeu mais do que mil palavras para Gina, Ana, vendo que a amiga se acalmara foi para sua cama, deixando a vela acesa ao lado de Gina.
Gina acordou calma na outra manhã, viu que a vela ainda estava acesa, já que ela era encantada pra nunca queimar totalmente. Levantou da cama e viu que estava sozinha no quarto, olhou o relógio e viu que estava atrasada para a primeira aula, pensou um pouco, e lembrou que tinha Adivinhação no primeiro periodo, então foi se arrumar, pois o segundo era de Poções, e essa aula ela não poderia perder.
Draco acordou cedo, antes de todos os seus colegas, tomou banho, se vestiu e saiu de seu quarto. Caminhou calmamente até a sala de Poções, como fazia toda terça feira, já que segunda feira era o seu dia de fazer a ronda, para entregar o relatório da noite anterior para o Prof. Snape, que se encarregava de dar as detenções.
Gina avistou os alunos do quinto ano da Grifinória no fim do corredor das masmorras e correu até eles, não demorou muito tempo para achar, ou melhor, ser achada, por Ana que estava acompanhada de Luna Lovegood.
- Oi Gi. Tudo bem?
- Tudo, porque você não me acordou?
- Eu tentei, mas você tava dormindo tão pesado que eu não consegui, aí eu tive que ir pra aula.
- Nossa, normalmente eu tenho um sonho leve...
- Eu sei, mas hoje você tava dormindo muito pesado, parecia que tinha tomado uma poção do sono ou algo assim...
Naquele exato momento a porta se abriu e Gina viu Draco Malfoy saindo da sala de aula, só aí que lembrou da detenção, além de tudo ainda teria que cumprir detenção com o morcegão naquela noite. E tudo graças aquele loiro aguado, ela fuzilou ele com os olhos antes de entrar na sala de Poções.
A aula estava se arrastando mais do que normalmente, naquele dia eles estavam tendo uma aula puramente teórica, nada de caldeirões explodindo ou uma bronca por derramar um ácido na roupa do colega, naquele dia a aula era ficar sentada na sua cadeira enquanto o professor falava sobre uma poção que servia como escudo para algumas criaturas, que era muito usada por aurores, e que eles iriam preparar na próxima aula, Gina estava tentando prestar atenção, mas aquela não era uma matéria que realmente lhe interessasse, então estava falhando nas suas tentativas. Foi com um grande alívio que ela ouviu o professor falar que estava na hora da aula acabar, mas quando ia sair da sala de aula ouviu a voz de Snape falar atrás dela.
- Você fica Srta. Weasley.
Suspirou a caminhou até ele.
- Você fez o trabalho que eu mandei?
- Sim, senhor. - ela abriu a mochila e colocou um longo pergaminho nas mãos do professor.
- Muito bem, - falou ele com um ar decepcionado. - agora vamos falar sobre a sua detenção hoje a noite. O Sr. Malfoy me disse que viu a Srta. fora da cama ontem depois do toque de recolher, isso é verdade?
- Sim, senhor, mas...
- Sem "mas", porque você estava fora da cama?
- Eu tive que ir até a biblioteca para pegar uma coisa que eu tinha esquecido.
- O que você tinha esquecido?
- O meu trabalho de poções senhor, eu estava trabalhando nele na biblioteca, e aí eu esqueci ele lá.
- Você realmente espera que eu acredite?
- Essa é a verdade professor.
- Eu espero que sim. Menos trinta pontos para a Grifinória e esteja aqui às 20:00, entendido?
- Sim senhor.
Saiu da sala murmurando mil maldições, e pensando qual seria a pior, que faria com que ele sofresse mais, não conseguiu se decidir e deixou isso de lado, já estava atrasada para aula de Transfiguração.
O dia passou estranhamente rapido, como sempre acontece quando você quer que ele passe bem devagar, mas antes mesmo que ela visse, seu relógio marcava 20:00 e ela se dirigiu para as masmorras.
Chegando lá ela viu Snape sentado em sua mesa, ele nem levantou pra falar:
- Você esta atrasada.
Ela decidiu não responder, ouviu ele falando sobre o que ela tinha que fazer, tinha que cortar as pernas de pequenas rãs da Escócia, e então mergulhar elas em um líquido fedorento, e deixar as pernas lá dentro enquanto tirava de dentro das rãs tudo que poderia ser usado e guardava em pequenos potes. Não podia cometer nenhum erro no modo de cortar, pois se cometesse toda a rã estaria inutilizada e Snape não gostaria nada disso, por isso tomava muito cuidado, enquanto o professor a olhava com bastante atenção, parecia que torcia pra ela errar. Afinal, se ela errasse ele poderia gritar com ela e tirar mais pontos da Grifinória... Depois de algumas rãs ela já estava fazendo aquilo com mais facilidade, então o professor parou de ficar prestando tanta atenção no que ela fazia e foi fazer alguma coisa em sua mesa.
Cinco minutos depois uma coruja entrou na sala de aula e voôu até Snape. Ele leu com atenção e fez uma careta. Pegou dois pergaminhos, ele escreveu em um deles e mandou pela coruja que estava ali parada, aparentemente esperando por uma resposta, depois de escrever no outro ele caminhou até sua sala e de lá saiu uma coruja antes de ele aparecer com uma capa na mão e caminhar até ela.
- Eu não te mandei parar Weasley.
Ela, que estivera observando tudo nos ultimos minutos, voltou sua atenção para seu trabalho.
Snape parecia impaciente, foi então que alguem entrou na sala, Gina só levantou os olhos para ver Draco Malfoy entrando na sala.
N/A:E aí gente?Desculpe a demora mas eu tive uns problemas...O que acharam do novo capítulo?Espero que tenham gostado...Brigada a Ane Malfoy pela review e por tudo q tu tem feito por mim, bjux,e a Miaka-ELA também, ação D/G um pouco mais adiante, muita calma...
Reviews!Por favor eu to implorando!
Beijos e na outra vez não saiu mas me msn é mkf fafa hotmail. com sem os espaços
Até mais e COMENTEM!
