Hello people!
OUKI MEGAMI
Segunda parte – Os fantasmas da cidade
20. O segredo de Kenji
O som do tiro na cidade silenciosa serviu para despertar Inu-Yasha, Kagome e o velho Kenji, que, imóveis na esquina, assistiam à luta como que hipnotizados. Eles se entreolharam, mas antes que alguém pudesse dizer qualquer palavra, um grito vindo da porta da funerária os assustou:
- Ei, vocês! Parem aí.
Naraku também ouvira o disparo e, apanhando sua arma, saíra com rapidez à rua para descobrir o que acontecia. E não ficou nem um pouco contente com o que presenciou na esquina: o velho Kenji, acompanhado por Inu-Yasha e Kagome e, atrás deles, o corpo de Ginkotsu esticado no chão. Ele atirou para o alto e correu em direção ao grupo.
Assustada, Kagome cravou involuntariamente as unhas no braço do namorado e puxou-o, embora não soubesse para que lado correr. Os dois estavam tontos e o que os salvou nessa indecisão foi a voz do velho Kenji, que, olhando para o homem que se aproximava correndo e atirando para o alto, comandou:
- Venham comigo. Depressa.
Os dois nem pensaram em discutir se valia ou não a pena aceitar a ordem. Apenas se deixaram levar, acompanhando aquela figura maltrapilha, que atravessou a rua sem perda de tempo, caminhou alguns metros e empurrou a porta de uma das casas em ruínas. Inu-Yasha e Kagome entraram numa sala iluminada pela luz do sol da tarde, que penetrava pelos inúmeros buracos existentes no telhado.
O velho havia apanhado um lampião e fez sinal para que o seguissem. Kenji passou a tranca na porta e depois avançou por um corredor, que ainda conservava poças d'água da chuva do dia anterior.
A passagem terminava subitamente e, apesar da pouca iluminação, Inu-Yasha e Kagome puderam notar que as tábuas do assoalho haviam sido arrancadas e, em seu lugar, existia uma escada de madeira, que devia dar acesso, conforme o casal pensou, ao porção da casa.
Mas aquilo estava longe de ser um porão. O velho Kenji desceu com o lampião e, quando os dois fizeram o mesmo, descobriram que o local na verdade era a entrada de uma mina, com uma infinidade de galerias escoradas de forma precária, conduzindo a diversas direções. O velho Kenji olhou para Inu-Yasha e Kagome com o ar cúmplice de quem revela um segredo e avançou para um dos túneis, indicando que eles deveriam segui-lo. Até onde a luz permitia enxergar, Inu-Yasha pôde ver que aquilo era um verdadeiro labirinto de galerias interligadas, que avançava sob a cidade.
Na superfície, enquanto isso, Naraku havia chegado à esquina e o que viu na praça o encheu de espanto: Yama estava estendido no chão, enquanto Kagura, agachada, segurava a cabeça do Homem de Cinza em seu colo, como se tentasse reanima-lo. Incapaz de compreender o que tinha acontecido ali, Naraku abaixou-se recolheu a escopeta de Ginkotsu, que jazia ao lado da arma. De um momento para o outro, os planos que planejara com tanto cuidado estavam ameaçados.
- Maldito Kenji! – ele gritou, enquanto corria para a casa em que vira o velho e o casal entrando.
A raiva de Naraku aumentou um pouco mais quando deparou com a porta trancada. Ele afastou-se um tanto e, tomando impulso, jogou o ombro com decisão contra a porta, arrombando-a. Segurando a escopeta à sua frente, Naraku viu-se numa sala vazia e não teve dificuldade em encontrar o corredor, quase caindo na escada por causa da iluminação precária. Descendo, percebeu a umidade do lugar e, ao apoiar-se na parede, sentiu o cheiro forte de terra – e isso trouxe à sua memória lembranças nostálgicas.
- Kenji! Apareça! – Naraku berrou e arrepiou-se com o eco da própria voz, que se repetia de forma estranha no emaranhado de galerias subterrâneas. Entrou por um dos túneis, caminhando abaixo e sempre apoiando na parede úmida, da qual, a cada toque, desprendiam-se pedras e pequenas porções de terra.
- Sou eu, Naraku. Eu quero conversar com você!
Apontando a escopeta para o silêncio e a escuridão, Naraku repetiu esta última frase aos gritos, incomodado com a água que se infiltrava pelo teto do túnel e pingava em sua cabeça. De repente, seus olhos identificaram uma luz, que apareceu no fundo da galeria.
Caminahndo devagar, aproximava-se o velho Kenji segurando o lampião na altura do rosto.
- Vamos conversar, Kenji. Sou eu, Naraku.
A luz do lampião mostrava a terra se desprendendo do teto da galeria no espaço que separava os dois. Naraku teve a impressão de que seus gritos poderiam provocar um desabamento a qualquer instante. O velho se deteve a poucos metros dele e franziu a testa, como se aquele nome tivesse despertado alguma coisa adormecida em sua memória. Diante de seu silêncio, Naraku continuou:
- Me entregue os meninos, Kenji. Você já fez muita besteira hoje.
- Os fantasmas... Eles não gostam de estranhos – Kenji murmurou, apontando seu cajado de modo ameaçador. – Vão embora daqui.
- Deixa de bobagens, Kenji. Não há fantasma nenhum aqui. Eu sou o Naraku. Você não está me reconhecendo?
O velho Kenji aproximou-se mais um pouco e ergueu o lampião para que sua luz incidisse no rosto de Naraku. E depois repetiu a frase sobre os fantasmas.
- Ah, por Kami, você está pior do que eu pensava – Naraki exclamou, ainda apontando a arma para o velho. – Sou eu, seu irmão!
- Meu irmão? Ah, ah, ah – a gargalhada do velho ecoou nas galerias, provocando mais queda de terra. – Meu irmão foi embora faz muito tempo, aquele ingrato. Não acreditou que a gente ia encontrar ouro...
- Pois é, seu bobo, estou vendo o ouro que encontrou aqui. Tudo o que você conseguiu foi escavar a cidade toda, como se fosse um tatu. – Naraku falava sem tirar os olhos do cajado, que o velho agitava à sua frente. – Você não está me reconhecendo? Eu voltei, Kenji.
- Meu irmão foi embora. Os fantasmas não gostam de estranhos – o velho disse, aproximando-se um pouco mais. – Você quer ficar com a minha mina, pensa que eu não sei?
- Isso é besteira, Kenji. Você ficou meio alterado quando a gente não achou o ouro que procurava. Mas agora eu estou de volta e vou deixar você muito mais rico do que com qualquer ouro que tenha sido encontrado nesta cidade.
- Meu irmão? Os fantasmas levaram meu irmão embora. - O velho dizia as frases desconexas e ia aproximando cada vez mais de Naraku. – Meu irmão morreu... Você quer a mina...
- Que besteira, Kenji. Estou vivo. Aliás, se não fosse por mim, quem estaria morto era você. Hoje mesmo o Yama quis atirar em você e eu não deixei. Como é que eu ia deixar alguém atirar em meu próprio irmão? Agora, eu só quero os dois meninos. Vamos, cadê eles?
- Meu irmão... Meu irmão foi embora... Os fantasmas...
O velho gritou, e o som de sua voz irritada ecoou em todas as galerias. Em seguida, ele avançou brandindo o seu cajado e Naraku, ao tentar recuar, escorregou, batendo com as costas na parede da galeria, antes de estatelar-se na terra molhada pelas infiltrações. E foi isso que fez a escopeta disparar.
A arma produziu uma língua de fogo e um estrondo que foi ouvido até a superfície. No local atingido pelo disparo, no teto da galeria, iniciou-se um desabamento, que se propagou no mesmo instante para os outros túneis, arrastando pedras, terra e as velhas madeiras que o velho Kenji usara para escorar as galerias.
- Isso vai cair!
Atingido por uma chuva de terra, Naraku urrou e tentou pôr-se de pé, mas patinou na lama e foi soterrado quando o teto da galeria veio abaixo. O braço do velho Kenji que segurava o lampião foi a última parte de seu corpo a ser engolida pala avalancha. E, rapidamente, o som assustador da terra cedendo tomou conta do labirinto de galerias.
Inu-Yasha e Kagome haviam se ocultado no fundo do outro túnel e, ao ouvir o barulho, começaram a correr, tentando alcançar a luz que vinha da saída para a casa. Segurando a menina pela mão, ele sentia a terra batendo na cabeça e nos ombros e, ao olhar para trás, teve a impressão de que o desabamento os seguia, cobrindo as galerias da mina à medida que passavam. Quando estavam para alcançar a escada de madeira, Kagome escorregou e Inu-Yasha juntou toda a sua força para arrasta-la na lama. Conseguiu finalmente galgar os degraus e chegar ao corredor, puxando Kagome pelo braço.
Enlameados e exaustos, eles permaneceram ali sentados e, ao olhar para o buraco da mina, Inu-Yasha compreendeu que um segundo a mais teria sido fatal para os dois. A terra cobrira tudo e agora um estranho silêncio pairava no ar, interrompido apenas pelo choro nervoso de Kagome.
Estou postando este meio que sem tempo... o novidade... ù.ú
Nemo Letting go:
Oie! Sanguinário... huhuhuhahaha (risada sinistra)... você ainda não viu nada... hahahahaha...
Pra falar a verdade também senti um que de pena dele. Cuitado né, quando finalmente encontrara seu amor.
Bem acho que dei mancada né, queria tanto colocar de um geito que ninguém o chamava mais pelo verdadeiro nome, que quase sumi com ele. Ele é o Bankotsu, sim personagem do Inu-Yasha mesmo... Tá ele tá um pouco diferente, mas é ele sim. Sendo assim sabesse ele é bonito ...hyu-hyu (aquele assobio de Tsubasa Chronicles)...
kisses
Nadeshico:
Olá! Pois é ela é capaz de coisas que nem eu mesma imaginava e ainda cagada o suficiente pra acertar em cheio na cabeça. Ou acho que não é bom brincarmos com ela não.
E sim ela está acabando, imagina só se fosse até 50 capítulos ...O.O... por Kami, daí sim éque essa história iria ficar enrolada. Bem como eu sempre digo "Nada é para sempre, as coisas vemna hora certa e vão na hora certo. Se uma coisa não for embora não há como uma nova surgir, assim corre o rio da vida!"... Num liga não, as vezes eu dou uma viajadas filosóficas legais, principalmente quando venho de ônibus dauniversidade... ù.ú...
Quanto a continuação sabe que eu nem tava pensando nisso, mas você já me deu idéias, e num é que meu cerebrinho já criou umas coisas. Quem sabe, acho que isso possa ser bem possível.
kisses
Sakurinhah:
Hello!
Ela não foi maldosa apenas salvou o seu grande amor... ù.ú... que bom que você gostou pois também adorei.
Bem a escolha é sua, num sinto nenhum problema em te ajudar a escrever uma fic de Naruto, não irei trucidar o coitado. Mas em todo caso se precisar de algum tema me fala... blz!
kisses pra você e boa sorte com a fic.
Sango a propria XD:
Ois! Obrigada pelos elogios, fico feliz que tenha gostado )
Ai esse Miroku... Safado ele mentiu dizendo que num era casado... aquele hentai, mas pode deixar vou levar ele puxado pela orelha para darmos uma boa lição nele... huhuhuhahahaha (olhar assassino)...
Desculpe-me Sango, fui enganada...ù.ú
kisses
Não percam o último epsódio de Ouki Megami... A mina vermelha.
kisses e
ja ne
