----- Capitulo 3 -----
Um Oponente
A chuva parecia ter dado uma trégua durante a noite. O tempo continuava frio, mas calmo. Raios de sol furavam as pesadas nuvens no horizonte. O salão Principal começava a encher-se de estudantes com expressões ainda sonolentas, e um pouco preguiçosas com a perspectiva de uma segunda-feira pela frente.
- Bom dia garotos.- Lílian e Lene observaram o 4 sentarem na mesa da grifinoria. Lily havia acordado mais cedo, a garota presumiu que James ainda estivesse dormindo, por isso foi até o dormitório feminino onde Marlene também já estava acordada.
- Bom dia Red.- Lily revirou os olhos.
- Bom dia Lily, Lene.- Remo sentou-se de frente para a ruiva e ao lado de Pettigrew, que já se servia de suco de abóbora e torradas.
James sentou-se ao lado da ruiva e murmurou um "você está melhor?" Lílian balançou a cabeça discretamente, o que fez James deduzir que fosse um sim.
Uma bonita coruja parda posou de frente para Lene e Sirius no momento em que iriam se beijar, a garota virou o rosto em direção a coruja o que fez Sirius cruzar os braços, e bufar em sinal de frustração. Marlene sorriu divertidamente e apanhou o jornal preso à perna da ave.
Abriu o Profeta e o folheou. Nada de novo.
- Nada. Nem uma noticiazinha no final da página. Parece que tiveram um súbito lapso de falta de memória e esqueceram tudo o que haviam escrito ontem!
- Sei que pode parecer egoísmo Lene, mas estávamos no meio de um processo muito importante e você parou para ver um pedaço de papel, sem nada de importante escrito.
Marlene o olhou com o sorriso irônico nos lábios:
- Processo importante? – Ela aproximou seu rosto do dele. – E qual seria esse processo tão importante Almofadinhas?
Sirius sorriu marotamente e beijou a namorada como resposta.
- Vocês dois. – Lílian os olhou meio apreensiva. – Não sei se notaram... mas bom, as fans do Sirius não estão gostando nada da repentina monogamia dele. – E indicou com a cabeça um grupo de Lufa-lufas que os olhavam com expressões vingativas.
- A Lily tem razão Almofadinhas. – Remo também olhava para as garotas. – Pelo visto Lene despertou uma certa fúria nas garotas.
Marlene deu de ombros.
- Pouco me importo. Elas não podem fazer mal... – Mas via-se nos olhos da garota uma certa pontada de incerteza.
- Muito pelo contrário. – James falou em tom sério. – Algumas colam em vocês e não soltam mais. Tenho uma certa experiência no assunto.
Lílian revirou os olhos.
- É sério. Se bem me lembro uma garota da sonserina chamada Jane Norrel tentou me lançar uma poção do amor no quinto ano, por meio de chocolates...
- E conseguiu? – Lílian perguntou.
- Por que? Ficou com ciúmes Evans? Pensou que iria me perder para sempre? – Lílian o olhou com uma expressão que dizia claramente "só em seus sonhos Potter", mas James decidiu continuar. – Não ela não conseguiu... é claro que não era doido de comer uma caixa de chocolates dada por ela. Não, sempre foi uma garota muito estranha... mas então, deixei a caixa no salão comunal, e na manhã seguinte ela estava vazia...
- ...o Rabicho comeu os chocolates...- Remo falou numa mistura de risos e pena.
- ... e como conseqüência passou a ir atrás da Norrel o tempo todo. Tentou até entrar na sala comunal dos verdinhos só para ver sua amada ... – Já Sirius fez uma encenação de Romeu abandonado, enquanto sorria abertamente.
- Depois de três dias levamos ele para a Ala Hospitalar. Só percebemos que algo estava errado quando ele deixou de comer pra ir atrás da garota... – James, Sirius, Remo, Lene, e por incrível que pareça, Lily riam da historia.
- Os chocolates eram realmente bons.- Pettigrew falou como se achasse aquele um ótimo motivo.
- Bom, então não vou me preocupar, afinal sei que, se elas mandarem poções do amor na forma de comida, não corro riscos. – Lene falou enquanto se recuperava do ataque de risos. – Temos o Pedro.
O café da manhã se passou com Sirius e James contando ao longo de 4 anos as ações de certas garotas desesperadas para sair com os dois. Mas Lily não estava muito ligada a essa conversa:
"Essas garotas ainda vão dar problema...
Você e esse seu negativismo...
Não é negativismo. Ora, vamos... elas são loucas por eles, não vão deixar de ser por causa de um namoro.
Se você acha... mas não acho que você esteja apreensiva por causa do namoro de Sirius e Marlene...
Há, não? E porque você acha que eu estaria apreensiva?
James.
Potter não tem nada haver com isso...
Vai dizer que você não ficou feliz quando ele perguntou se estava melhor?
...hum... n-não... não fiquei... tá ok, ... eu posso ter sentido uma pontinha de felicidade sim... mas e daí? Isso não quer dizer que...
Quer dizer sim.
Será que todo o meu corpo está conspirando contra mim?"
Até que a ruiva se lembrou da algo:
- Hey, garotos...- entregou aos três ( James como M.C, já havia recebido), pergaminhos escritos. - Seus horários.
- Pelo visto, os dias descanso e descaso para com os estudos , ficaram para trás não é mesmo? – Lene olhou para a lista do namorado. – DTCA, Poções, Feitiços, Transfiguração e Herbologia? Como você conseguiu tamanho milagre?
- O Aluado nos obrigou a estudar no quinto ano.- Sirius deu de ombros.- Mas não era necessário, afinal meu cérebro bem dotado não precisa de simples métodos como o estudo...
- Sei... bom, então é melhor o seu "cérebro bem dotado" ir se acostumando aos estudos não é mesmo? Isso se você quiser um emprego. – Lílian sorriu ironicamente. – Falando nisso, vocês estão pensando em se formar em quê?
- Estava pensando em me especializar em Defesa Contra as Artes das Trevas... talvez ser professor...- Havia uma certa melancolia na voz de Aluado.
- Pois acho que você seria um ótimo professor Remo. – Lílian piscou para ele. – Afinal você consegui fazer Potter e Sirius estudarem!
- Hey! - Almofadinhas e Pontas tinham falsas expressões de indignação estampadas em seus rostos.
- Nós sempre tiramos notas muito boas... excelentes na verdade. – James arrepiou os cabelos.
- O Aluado só nos pediu para fazermos companhia a ele, nessa árdua tarefa.
- E como somos amigos prestativos... ajudamos.
- Agora, voltando ao assunto: Almofadinhas e eu temos pensado seriamente em sermos Aurores. – James estufou o peito.
- Então faremos companhia a vocês...- Marlene cruzou os braços.
- Como é que é? – Almofadinhas a olhou, surpreso. – Você não pode ser Auror.
- E por que não? – Lene o olhou decidida. – Black, se você acha que vou deixar de fazer as coisas que tiver que fazer só porque sou sua namorada... você está completamente enganado.
- Além do mais queremos combater as artes das trevas. – James abriu a boca. – E não adianta vir com comentários machistas, Potter.
- E quem disse que da minha boca iriam sair comentários machistas Evans?
- Há não? Por acaso você não ria dizer algo parecido com : vocês são garotas?
- Bom, não vi nada de machista no que você acabou de dizer. – James cruzou os braços e sorriu.
- Antes que vocês dois comecem com as costumeiras discussões, porque afinal não temos como fugir disso, eu gostaria de me pronunciar. – O rosto de Almofadinhas exibiu uma expressão séria. Ele se dirigiu a Marlene, a olhando nos olhos. – Lene, eu só fico preocupado com você. Só isso. Não é que eu não ache que o cargo de auror seja só para homens. Não sou igual ao Pontas e seus comentários machista. – Sirius sorriu marotamente para James.
- Muito obrigado Almofadinhas. – Pontas cruzou os braços.
Sirius deu um beijo na namorada, que não parecia muito convencida com a conversa do Maroto, mas preferiu deixar as discussões do dia para Lílian e James.
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A manhã transcorreu como uma manhã de primeiro dia de aula deve ser:
Alunos do primeiro ano, andavamexcitados com a novidade de estudar numa das escolas de magia mais importantes da Europa, e é claro que, conseqüentemente toda essa excitação acarretava em mais trabalho para os Monitores. Alguns não conseguiam achar o caminho da sala de aula. Outros foram perseguidos por Pirraça, o poltergeist, que lhes jogava bexigas d'água na cabeça, ainda havia aqueles que não se lembravam do caminho para a sua respectiva sala comunal e acabavam entrando em alguma passagem secreta por engano.
Mas na opinião de Lílian os que davam mais trabalho com toda a certeza eram os sonserinos. A ruiva duvidava ter visto alguma vez alunos tão mal-educados e pretensiosos. Achavam-se superiores aos outros, que poderiam fazer qualquer coisa sem a ajuda de ninguém. Principalmente os mais novos.
Assim que saíram da aula de herbologia, encontraram um garotinho de cabelos castanhos e olhos bem pretos, com ar de quem se acha superior aos outros, tentando azarar uma garotinha da Corvinal, baixinha, de cabelos bem pretos e com ar receoso.
- Hey, garoto. – James assumiu uma expressão séria. – O que pensa que está fazendo?
- Nada que te interesse. – Ele mostrou a língua para o Maroto. Mas abaixou a varinha que estava apontada para a menina.
James o olhou, com a sobrancelha erguida.
- Vejo que você não me conhece verdinho... não é mesmo Almofadinhas? – Ele dirigiu seu olhar para Sirius, que sorria marotamente. Lílian, Marlene e Remo observavam a cena.
- Há é. Com certeza Pontas. – Sirius olhou sério para o garoto. – Sabe, se eu fosse você não responderia desse jeito ao Potter.
- E por que eu não deveria responder ao seu amiguinho idiota? – Falava como um menino mimado, mas sua voz parecia ter enfraquecido. – Não tenho que dar satisfações a ninguém muito menos a ele.
- Porquê? – Sirius olhou de um James sério e com ar autoritário, para o garoto mal-educado. Chegou mais perto. – Bom, digamos que... é melhor você ter certeza de que trancou a porta do dormitório essa noite. Amanhã iremos ver se você não deveria ter dado satisfações a ele.
O garoto olhou para os dois. Meio assustado, meio nervoso.
Na verdade a cena era bastante engraçada. James ainda tinha um ar maroto, mas estava sério e olhava o garoto fixamente. Sirius parecia prestes a cair na risada, e se segurava ao máximo. Marlene e Lílian tinham sorrisos no canto de seus lábios. A garotinha da Lufa-lufa, que antes tinha uma expressão da raiva para com o garoto, agora sorria marotamente da situação.
Aparentemente o medo venceu o garoto, que saiu correndo em direção ao castelo, sem nem ao menos olhar para trás.
James arrepiou os cabelos e voltou a ter a expressão marota de sempre. Almofadinhas como previsto caiu na gargalhada. Já Lílian e Marlene foram ver a menina.
- Você está bem? – Lílian dirigiu-se a garota com a voz doce.
Ela balançou a cabeça afirmativamente.
- Não dê bola pros verdinhos... –Lene se aproximou. – São uma bando de mau amados.
- E pode ter certeza, que depois dessa ele não vai mais te importunar. – Lily piscou para a garota. Ela sorriu.
- Obrigada. Meu nome é Emma Pole. Não vi aquele garoto. Ele saiu de trás daquela arvore – Ela apontou para o pinheiro a mais ou menos dois metros de distancia deles.- E do nada disse que eu era sangue-ruim. Eu sei o que significa... – Ela olhou para o chão.
Lily levantou o queixo da garotinha e sorriu. Um sorriso reconfortante.
- Não ligue para o que eles falam, Emma. Também sou nascida de pais não mágicos. Não importa o que eles digam, o que importa é o que está aqui dentro. – Ela apontou para o coração da garotinha. – Bom, agora você tem que ir para a aula não?
- Tenho aula de Herbologia. Minhas amigas foram na frente, porque esqueci meu material na sala comunal... será que você poderia me dizer onde...
- É só seguir em frente e dobrar a esquerda. Na sua frente vai aparecer um carvalho, diga a ele a senha da sua sala comunal e entre no tronco, o final do corredor vai dar em frente a estufa em que será a sua aula.- James arrepiou os cabelos. Lílian dirigiu a ele um olhar de reprovação.
A menina agradeceu mais uma vez e se dirigiu a passos rápidos ao carvalho.
Os quatro voltaram a andar em direção ao castelo.
- Você não disse o caminho certo a ela.
- Disse sim. Ela vai chegar muito mais rápido desse jeito. Ora vamos, Lily... só porque mostrei uma passagem secreta a ela... não se preocupe, isso não quer dizer que ela vá virar uma de nós.
- Ah, é. Com certeza. Isso exige anos e anos de pratica Red. Na verdade, nós já nascemos com um certo dom sabe?
- Dom? Muito engraçado Sirius. Alem do mais vocês agiram do modo errado. Em vez de repreenderem o garoto assustaram ele.
- Dá no mesmo. Agora ele vai ficar com medo de atacar qualquer um, porque vai ter medo do Pontas aqui.
- Falando nisso, que garoto mal educado... nós não éramos assim na idade dele. – Marlene falou.
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Encontraram Remo na sala comunal, pois como ele estava mais propenso a se especializar em Defesa Contra as Artes das Trevas, não precisaria fazer o curso de Herbologia esse ano.
- Sorte sua Aluado. – Sirius se jogou em uma confortável poltrona. – Tivemos que lidar com raízes do tamanho de uma vassoura que se contorciam feito loucas.
Remo imaginou a cena. Um sorriso apareceu em sua face.
- Hey, cadê o Rabicho? – James olhou em volta, como se procurasse ver um rato cinza no tapete vermelho do aposento.
- Não tenho a mínima idéia. Ele não tem aula agora. Só cursa três matérias... deve estar mais uma vez na cozinha. – Remo fechou o livro.
- Temos dois turnos de poções hoje á tarde. – Lene falou, meio entediada.
- Cara, duas horas com Slughorn... é pra morrer de tédio. – Almofadinhas passou a mão pelos cabelos, conseqüentemente algumas garotas do sexto ano olharam para ele. Lene percebeu.
- Não acho que ele seja tedioso. Um pouquinho chato... ou melhor um grude, na minha opinião. Mas não tedioso. – Lílian falou sarcasticamente, enquanto se acomodava no sofá.
- Que é isso Evans? Afinal ele te acha uma de suas melhores alunas... – James imitou o professor.
- Não tem graça nenhuma. – Lily falou séria. – No começo até que foi legal, afinal ele me ajudava a pesquisar livros na biblioteca, me dava dicas... mas agora, tenho que participar do tal clube que fundou, com as pessoas mais arrogantes que conheço... a exceção do David.
Lílian continuou falando e logo depois os outros três estava numa conversa entretida sobre os métodos didáticos do professor. Com algumas imitações surpreendentemente bem feitas de Almofadinhas.
Mas James havia parado de ouvir no momento em que Lílian havia mencionado David Coop.
Como ela poderia achar ele legal?
Aquele idiota tinha que aparecer no vagão... mas a Evans não poderia estar gostando dele... não, de jeito nenhum... ele era só um idiota que a chamou para sair... só isso... não havia porque ficar com ciúmes...
ciúmes? quem disse que ele estava com ciúmes? Ele não estava com ciúmes por causa de um trasgo, idiota, que acha que vai conquistar a sua Lily... não... mas, se ele tentasse algo... há, ele iria ver...
" Porque, Meu Merlin, Coop tinha meterque aquele nariz de trasgo logo agora?"
N/A: Não demorei tanto dessa vez... acho. Espero que vocês tenham gostado do capitulo... porque, não sei o motivo, mas me deu muito trabalho para escrevê-lo... ah! pode ser que a Emma venha a aparecer mais uma vez...
Agradecimentos (o pessoal que é cadastrado no f.f eu mando por e-mail):
Laura: A Lily com toda a certeza vai ter que agüentar o James, não tem jeito... se bem que eu não diria agüentar né? Até porque quem não queria ter um Maroto exclusivo? huahuahua... que bom que você gostou do capitulo! Lê esse e me diz se ficou bom tá? Beijuxx!
brockthuela: Que bom que você gostou da fic! Espero do fundo do meu coraçãozinho que você leia esse capitulo também. Beijuxxx!
Bia Black: Li a fic de vocês achei ótima! E que bom que você deixou uma review na outra historia detalhe: paty adora reviews, lê esse capitulo e me diz se ficou bom ta? Beijuxx!
É isso... please apertem no botãozinho aí embaixo e deixem REVIEWS!
