Capitulo 1º
Lembranças e descoberta
Caminhava pelas ruas movimentadas de Londres desejando chegar depressa a casa do irmão e da cunhada. Eles deviam de ter comprado uma casa mais perto da Toca. Ou então, ela devia de ter aparatado na casa deles.
Suspirou sentindo-se cansada. O trabalho no hospital era cada vez maior e Ginevra sentia-se perdida no meio de aquilo todo. Sempre quisera ser medi-bruxa, ajudar os feridos da guerra, mas aquela guerra nunca mais terminava. Voldemort nunca mais era morto.
Mas o que lhe custava mais era quando aparecia uma vítima e lhe dizia que fora atacada por ele, ele que um dia ela tinha amado tanto.
«Já se passaram mais de 6 anos, naquela altura ainda era uma criança, ainda tinha 16 anos. Não me devia de sentir assim!»
Mas não era capaz, ela continuava a amá-lo, e o pior de tudo é que ela nunca se perdoara da razão por que começara a amá-lo. Tudo devido a uma aposta inocente.
Caminhava pelos corredores de Hogwarts, ajeitou o casaco ao corpo, na tentativa de espantar o frio que exista naquelas masmorras. O idiota do Malfoy iria pagar bem caro. Como ele se atrevia a fazer uma aposta com ela, e ainda por cima uma aposta ridícula como aquela.
Ela tinha que beijar Harry, e ele tinha que beijar Luna. O primeiro a conseguir ganhava a aposta, e o pior é que naquela tarde ela viu-o a agarrar a loira, mesmo á sua frente, e a dar-lhe um beijo que fez a própria ruiva ficar sem ar.
Assim que soltou Luna ele olhou para a ruiva e sorriu de uma maneira estupidamente sarcástica.
Abriu a porta da sala suspirando. Não imaginava o que ele iria querer como pagamento por ele ter ganho a aposta.
«Nunca devia de ter apostado nada com este idiota. Nunca mais, nunca mais.»
Encontrou o loiro encostado á mesa. Ele encontrava com um dos pés encostado na mesa, e com os braços traçados em frente dos enormes peitorais. Naquela altura ela perguntou-se onde estaria aquele Malfoy que ela conheceu na Flourish and Bloots? O rapazinho franzino já não existia, agora ele era um rapaz forte e com um magnífico porte atlético.
Ginny engoliu em seco e fechou a porta atrás de si, antes de ver o loiro apontar a varinha para a porta e murmurar:
"Celohomora!"
A ruiva caminhou até ao centro da sala sem tirar os olhos dos cinzas do loiro que sorria sarcasticamente, antes de perguntar:
"Então gostaste do pequeno espectáculo Weasley?"
"Que espectáculo?"
"Aquele que te fez perder a aposta. Tu sabes ao que me refiro. – Disse ele aproximando-se dela. – O beijo à tua amiga Luna Lunática."
"O que queres como pagamento Malfoy?"
"Como se não soubesses!"
"Dinheiro?" – perguntou ela fazendo com que ele risse.
"Uma Weasley oferecer dinheiro a uma Malfoy? Isso é hilário pequena. Não, eu não quero dinheiro, pequena, eu quero outra coisa."
"E o quê Malfoy?"
Ele sorriu, passando ambos os braços pela cintura dela e encostando as testas. Ginny sentiu o coração pular no peito, ao mesmo tempo que olhava para aqueles lábios que se encontravam tão próximos dos dela.
Sentiu os braços dele apertarem-na, aproximando os corpos.
"Então pequena, ainda não sabes o que quero?" – perguntou ele fazendo com que os seus lábios tocassem nos dela.
Ginny sentiu o coração parar por momentos, até ele começar a bater fortemente contra o peito. A língua de Draco explorava sua boca e ela sentia-se tremer por isso. As mãos dela acariciaram, sem se aperceber, o cabelo dele, o que fez com que o loiro a segurasse com mais força, quase possessivamente.
Assim que se afastaram Draco encontrou a ruiva verdadeiramente vermelha. Ela encarou-o e ele sorriu.
"Era isto que querias?" – perguntou levando a mão ao peito.
"Digamos que isto foi apenas a entrada."
Ela riu, antes de ver Draco apontar a varinha para o centro da sala de modo a transformar a mesa numa enorme cama de casal.
"E não poderás fugir." – Murmurou ele ao ouvido dela, passando as mãos em torno da cintura.
Ela sentiu suas costas baterem no peito dele e em seguida as mãos dele entravam pela sua camisa, acariciando seu ventre.
"Quem disse que eu queria fugir?"
"Sabia que querias o mesmo que eu."
Ginny sentiu-se corar quando ele a elevou e caminhou com ela até á cama. Deitou a ruiva cuidadosamente e em seguida gatinhou por cima dela, pousando ambas as mãos no ventre dela e beijando os lábios rubros dela. Os lábios dele percorriam a face da ruiva e encaminharam-se para o pescoço dela o que a fez soltar um pequeno gemido.
Draco sentiu ela tremer por baixo de si, quando suas mãos alcançaram os seios dela e ele a acariciou delicadamente. O que é que ela estava a fazer? Draco Malfoy encontrava-se deitado por cima dela, retirando sua camisa e ela estava a deixar. Iria cometer aquela loucura? Iria dormir com ele? Iria entregar-se a um Malfoy?
E qual era o mal?
«Ele é um Malfoy. Um Malfoy.» - Pensou desesperadamente por segundos, antes de sentir suas próprias mãos a abrirem os botões da camisa dele.
Não pensou nem duas vezes antes de começar a beijar os abdominais perfeitos dele, vendo-o contrair-se. Draco rodou na cama, fazendo com que a ruiva se sentasse em cima da sua cintura, e ele pousou as mãos nas pernas dela, que se encontravam uma de cada lado do seu corpo. Viu os lábios dela caminharem para o seu pescoço, ao mesmo tempo que as mãos dela passeavam pelo seu peito, fazendo-o suspirar.
Sentou-se na cama, fazendo com que Ginny o olhasse na expectativa, e no segundo seguinte tomou os lábios dela para um beijo arrebatador, enquanto suas mãos apenas se limitavam a ver-se livre do soutien dela.
Atirou a peça de roupa para longe, e encaminhou seus lábios para os seios dela, fazendo a ruiva fechar os olhos e levar as mãos à nuca dele, acariciando-o. Draco conseguia ouvir os baixos gemidos que ela emitia, assim como sentia a ruiva tremer nos seus braços.
Ginny sentia todo seu corpo pedir pelo dele, sentia o desejo apoderar-se dela e desejava que ele continuasse com todos os carinhos. Quando ele parou de beijar seus seios, ela sentiu o rapaz deita-la de novo na cama, enquanto que ele se ajoelhou e se limitou a tirar suas próprias calças.
"Admite pequena, perdes-te de propósito." – Murmurou ele deitando-se em cima dela, enquanto que suas mãos se dirigiam para a única peça de roupa que ela ainda tinha.
"Não, o Harry….ele…" – Ginny tentava responder, mas os carinhos dele no seu corpo tornavam a tarefa difícil.
"Ele é um idiota. Não sabe o que perde, mas melhor para mim." – Murmurou ele ao ouvido dela, fazendo-a suspirar.
Draco sorriu, quando sentiu as unhas dela arranharem suavemente suas costas, antes de chegar á sua cintura. Ajudou a ruiva a livrar-se de sua roupa interior, atirando para a zona para onde atirara a dela. As mãos dele encontravam-se nas coxas dela, e fez com que ela arqueasse suas pernas de modo a ele se posicionar entre elas.
Sentiu a ruiva ficar tensa e por isso beijou-a na tentativa de a aclamar.
Ginevra sentia o loiro encaixa-se vagarosamente fazendo-a gemer de dor, mas momentos depois ele começou a se mover sobre a ruiva, o que tornou os antes gemidos de dor em gemidos de prazer. As mãos de Draco encontravam-se na cintura dela, tornando o contacto dos corpos o mais junto possível. O ritmo aumentava a cada gemido profundo dela, até que alcançou um ritmo alucinante. Era incrível como ele sentia o desejo crescer dentro de si com cada gemido dela, como desejava fazer amor com ela a noite toda.
Reparou que as mãos dela se encontravam a segurar o lençol com força, e por isso enrolou seus dedos nos dedos dela, ao mesmo tempo que ela enrolou suas pernas na cintura dele, fazendo com que ele soltasse um gemido ao ouvido dela.
Sentia o corpo dela ceder e sabia que a ruiva não aguentaria muito mais tempo, e momentos depois sentiu o corpo dela ficar tenso, fazendo com que ele gemesse ao ouvido dela e se movimentasse sobre a ruiva apenas mais uns segundos, até a apertar contra si no mesmo momento em que o prazer o invadiu.
Deitou a cabeça no colo dela e sentiu o coração dela bater rapidamente, enquanto fechava os olhos por causa das carícias que ela fazia no seu cabelo.
Momentos depois ambos adormeciam.
Acordou sentindo o peso dele sobre si, e assim que abriu os olhos encontrou os olhos cinza dele a encará-la.
"Não quero deixar de te ver pequena."
"Não?"
"Não, não quero que isto seja apenas uma aventura de uma noite…. Quero ver-te hoje ao fim da tarde, depois de jantar. E amanhã, e depois."
"Eu também quero."
Ele sorriu, pousando os lábios nos dela para um beijo calmo, e arrepiante.
I'll sing you this lullaby
let your worries go
you fall asleep
think of nothing more
memories will keep
your dreams will turn to gold
and you will wake and find
that you hold a smile all day
from this lullaby
(Madonna – Baby close your eyes)
Lembrava-se bem daquela noite, e de todas as outras que eles passaram juntos. Tinham sido meses maravilhosos e ela acabou por se apaixonar pelo jeito irónico e sarcástico dele. Amava cada vez mais aquele olhar cinza que não transparecia sentimento algum, mas que brilhava de uma maneira diferente sempre que a encarava. Durante noites ela desejou que eles nunca se separassem. Mas ela sabia ser impossível. Aquele era o último ano dele em Hogwarts, e a ruiva sabia o que iria ser dele, ele próprio lhe tinha dito, ele seria o braço direito de Voldemort.
Desejou que ele desistisse desse sonho que tinha desde sempre, mas sabia que ele não o faria, não por ela. Não pela historia que eles tinham. Ele não a amava ela sabia-o, ele era um Malfoy, e um Malfoy não ama, um Malfoy gosta de dormir com um mulher bonita, mas apaixonar-se por ela era impossível.
E era isso que ele sentia por ela, apenas desejo carnal, nada de sentimento mais profundo.
Doeu-lhe a ultima vez que dormira com ele, doeu-lhe ouvir ele murmurar ao ouvido dela: Nunca te esquecerei pequena, mas também nunca mais te verei. Se alguma vez te vir um de nos irá morrer, a partir de agora estamos de lados diferentes.
E era verdade. Eles estavam e sempre o estariam, sempre. Abanou a cabeça tentando afastar as memórias dele da sua mente, mesmo passado mais de 6 anos ela continuava a sonhar com ele. Ainda se lembrava tão bem do sabor da boca dele, das mãos dele a passearem pelo seu corpo. Da voz dele a murmurar o nome dela no seu ouvido. Lembrava-se de tudo, e nem a guerra nem ninguém iria conseguir apagar aquelas memórias.
Parou de pensar nele no momento em que chegou ao prédio em que seu irmão morava.
Entrou no prédio e subiu as escadas até ao último andar, caminhado até á porta do apartamento que ele e Hermione tinham comprado á meses atrás. Seu irmão encontrava-se casado com a morena há quase meio ano, e Ginny sentia-se feliz por ele, sabia o quanto ele amava a mulher.
Assim que ela chegou á porta da casa dele, parou no mesmo instante. Algo não estava bem, a porta encontrava-se aberta. Procurou sua varinha e em seguida entrou na casa silenciosamente, sentindo o coração bater no peito com força.
Caminhou pelo longo corredor até que ouviu um barulho vindo do quarto de casal.
Ficou petrificada. O que estaria a acontecer? Sabia que não era algo normal pois Ron encontrava-se no Ministério a trabalhar como todas as tardes.
Aproximou-se silenciosamente da porta do quarto e abriu-a apenas um pouco sentindo seu coração no peito no mesmo instante por causa da imagem que acabara de ver.
Encostada na parede do quarto estava Hermione, que se encontrava prensada na parede pelo corpo de Harry Potter. As pernas da morena envolviam a cintura do moreno que lhe chupava o pescoço, fazendo-o com que Hermione gemesse e se agarrasse ao pescoço do moreno.
Os lábios dela encontraram os dele, enquanto que o homem pousava a morena em cima da mesa, e se posicionava por entre as pernas dela, fazendo com que ela voltasse a gemer, agora quase de um modo incontrolável.
Ginny ainda viu as mãos do moreno envolverem os seios da morena, e em seguida decidiu que aquela cena era nojenta demais para ela continuar ali. Assim que chegou á rua sentiu as lágrimas escorrerem pela sua face. O que seu irmão diria se soubesse que se melhor amigo andava a dormir com a sua mulher, nas suas costas?
Ginny nem queria imaginar a desilusão que ele iria ter.
Suspirou fundo antes de decidir aparatar no seu pequeno apartamento. Assim que chegou ao seu quarto deitou-se na sua cama tentando decidir se iria contar a Ron ou não o que vira.
Achou que não o devia de fazer, talvez fosse melhor. Pelo menos não imediatamente, teria que preparar o irmão aos poucos, ou ele ainda tinha um enfarte.
Suspirou profundamente antes de fechar os olhos.
"Atrasada pequena, como sempre."
"Meu irmão, ele e Hermione estavam…"
"Não quero saber o que te irmão cabeçudo faz com que sangue de lama. Apenas quero saber o que eu vou fazer esta noite." – Disse ele encostando a ruiva na parede e posicionando-se entre as pernas dela antes de a beijar.
Minutos depois ele sentava-a no seu colo fazendo com que ela se encaixasse no seu corpo. A ruiva abraçou-o com força, enquanto que ele a ajudava a mover-se sobre si, mantendo as mãos na cintura dela, e decidindo que ritmo ela mantinha. Assim que ela gemeu mais alto ao seu ouvido, Draco apertou-a pela cintura beijando-a em seguida.
Deitou a ruiva ao seu lado e pousou um dos braços no ventre dela.
"Quando o ano acabar vou ter saudades." – Murmurou ela.
"Irás arranjar outro homem."
"Não creio arranjar um como tu."
"Garanto-te que não arranjarás um como eu pequena, eu sou especial."
Ela riu, antes de sentir os lábios dele de encontro aos seus.
A coruja entrou no quarto fazendo com que Ginny se levantasse. Sorriu ao ler o conteúdo da carta. Jantar Weasley. Há muito tempo que sua família não estava toda unida.
Mas qual seria o motivo?
Fim do 1ºcapitulo
N/A: Nova fic, como podem ver...NC como deu para reparar...espero que tenham gostado. Espero que comentem...é que quero mesmo saber o que acham...JINHOS!
