Capitulo 2º
O desgosto
Sorriu olhando-se ao espelho, sentia-se feliz, finalmente sua mãe conseguira juntar todos seus irmãos e respectivas famílias num jantar. De repente um pensamento a assombrou. Todos os irmãos, isso significava que Ron e Hermione também iam. Como ela iria ter coragem de encarar o irmão e a sua cunhada depois do que vira?
Suspirou, decidida a agir normalmente com ele, como se não soubesse de nada. Terminou de fazer a longa trança e logo em seguida pegou na mala azul que se encontrava em cima da cómoda e aparatou na Toca. Era sempre bom voltar a casa. Tantas memórias, tantos momentos bons. Ela amava aquela casa, e amava os anos vividos nela.
Entrou em casa e foi encontrar sua mãe na cozinha.
"Gininha, minha filha." – Disse Molly sorrindo e aproximando-se da filha, abraçando-a em seguida.
"Olá mãe."
"Estava com saudades."
"Eu gostava de vir cá mais vezes, mas sabes como é? Muitos feridos por causa da guerra, e eu não tenho coragem de abandonar o hospital."
"Eu entendo filha. Olha querida, ajudas-me a acabar de meter a mesa?"
"Claro." – Respondeu ela caminhando até á enorme mesa.
Assim que olhou para o profeta diário, seu coração bateu forte. Lá estava ele, com seu olhar gelado e seu sorriso sarcástico. Draco Malfoy era primeira página do jornal.
Braço direito de aquele cujo nome não deve ser nomeado, foi visto a vaguear perto de Hogwarts.
Ginny não se atreveu a ler a notícia. Não queria saber notícias dele, não queria desiludir-se com o comportamento dele.
"Comensal." – Murmurou ela enquanto os braços do loiro a envolviam na zona da cintura.
Draco encostou sua face ao pescoço dela e inspirou o doce perfume que emanava dos cabelos vermelhos dela.
"Porquê Draco?"
"Foi o que sempre quis pequena. Tu sempre soubeste isso."
"Sim, mas….eu não sei, não esperava que mo dissesses."
"Eu queria que soubesses por mim pequena, e não por um jornal ou por outra pessoa."
"Sabes que…eu não poderei ficar contigo."
"Sei, e por isso te disse. Ainda faltam dois meses para o final do ano, e eu quero aproveitar estes dois meses ao máximo."
Ela sorriu, passando com as mãos nos peitorais dele, antes de sentir os lábios de Draco nos seus, beijando-a calmamente, antes de ele se voltar a encaixar no seu corpo.
Foi a primeira vez que se desiludira com ele, apesar de saber que ele seria um comensal, ela sentiu um aperto no coração quando ele lho disse.
"Gina, estás a ouvir-me?"
"Hã…oh mãe desculpa, estava a pensar num assunto."
"Algo importante querida?"
"Nada. O que dizias?"
"Que o Harry também vem cá jantar, não te esqueças de contar com ele."
Sentiu o ar faltar-lhe. Já iria ser difícil encarar Hermione e Ron, agora ainda teria que encarar Harry Potter. Ela começava a achar que ria ser uma noite insuportável.
….
O barulho que os Weasleys faziam á roda da mesa era algo que Ginny nunca se esquecera, era sempre bom juntar toda a família.
Olhou para o seu sobrinho mais velho, filho de Bill e Fleur. Brian, um jovem de sete anos que tinha uns lindos cabelos loiros, como a mãe, mas o olhar e o sorriso era do pai.
"Madrinha?" – chamou Brian, vendo que a ruiva o encarava.
"Sim Brian?"
"Em que pensavas?"
"Queres mesmo saber querido?"
"Sim."
"Pensava que és o menino de sete anos mais belo que já conheci."
Bill riu ao lado da irmã e em seguida murmurou ao ouvido dela:
"Não o elogies muito, ele já é convencido por causa dos elogios que Fleur lhe faz todos os dias."
Ginny olhou para o irmão mais velho e em seguida para a francesa que se encontrava sentada ao lado do ruivo.
"Talvez com o nascimento da bebé ela deixe de elogiar tanto o Brian." – Murmurou Ginny olhando para a barriga de oito meses de Fleur, fazendo com que o irmão ri-se e concordasse com a cabeça.
Ginevra riu, enquanto olhava em redor. Todos pareciam felizes e descontraídos, naquele momento nenhum Weasley se preocupava com a guerra que ocorria. Nenhum se preocupava com o dia de amanhã, e Ginny era a que se preocupava menos. Seu olhar ficou fixo em Ron que se encontrava sentado no meio de Harry e Hermione. Se ele soubesse que se encontrava sentado no meio de as pessoas que o andavam o trair, o que será que ele pensaria?
Mas algo não estava certo. Ron estava feliz de mais, e Harry mal tirara os olhos da morena, que de vez sorria para o moreno. Definitivamente aquela imagem estava totalmente errada. E Ginny ainda não descobrira bem o porquê.
Depois do jantar ela ajudou sua mãe a arrumar a loiça. Encontrava-se na cozinha quando Molly chegou ao pé dela e perguntou:
"Está tudo bem filha? Pareces preocupada com algo?"
"Não se passa nada mãe." – Mentiu a ruiva vendo na sua mente Hermione a gemer por causa dos beijos que Harry lhe dava.
Voltou para o quintal, e olhou espantada para sua família que se encontrava toda calada e olhava para Ron.
"Agora que minha irmã já aqui está, eu já posso dar a noticia que tanto desejava dar. Eu pedi á mãe para dar este jantar aqui na Toca, para vos dar uma boa nova."
Ginevra caminhou até perto de Fred, e olhou na expectativa para Ron. O que ele tanto deseja comunicar? Olhou em roda, e encontrou Hermione de pé atrás de Ron, mas ao lado de Harry.
Viu quando Ron, chamou a esposa e lhe passou um dos braços por trás dos ombros dela. Em seguida o ruivo sorriu como Ginny nunca tinha visto na vida, antes de dizer:
"Hermione está grávida, nos vamos ter um filho."
Todos os Weasleys caminharam até eles e os abraçaram felicitando-os. Todos menos Ginny, que se manteve no mesmo lugar, sentindo a raiva apoderar-se dela. Viu quando Harry apertou a mão de seu irmão e em seguida abraçou a morena sussurrando algo ao ouvido desta que a fez sorrir.
Ginny apertou as mãos com força, e inspirou profundamente várias vezes, tentando em vão acalmar-se.
"Ginny!" – chamou seu pai, vendo que ela não se havia mexido um milímetro desde a notícia.
"Não me dás ao parabéns maninha?" – perguntou Ron aproximando-se dela.
"Dar até dou maninho, se…." – Não terminou a frase, a ruiva encarou o chão e suspirou profundamente.
Em seguida elevou os olhos de modo a encarar Hermione que a olhava profundamente, e em seguida seu olhar pousou em Harry que se encontrava pouco a vontade, com o olhar fixo de Ginny no seu.
"Só me dás os parabéns se? Se o quê Ginny?"
"Se o filho for mesmo teu." – Respondeu ela sem desviar os olhos dos da cunhada.
"O que estás a dizer filha?" – perguntou Molly chocada.
"Pergunte á sua querida e adorada nora, e já agora ao perfeito do Potter."
Sabia que era errado estar a dizer aquilo na frente de toda a família. Mas não aguentava mais ver seu irmão a ser enganado pelas pessoas que ele mais amava e mais confiava. Tinha que ser, ela tinha que mostrar a Ron quem o amigo e a mulher eram. Por muito que lhe custasse.
"O que estás a insinuar Ginevra?" – perguntou Ron olhando nervoso da irmã para a mulher e em seguida para Harry.
Ginny viu que todos a encaravam, esperando uma explicação. Mas não era ela quem devia de dar explicação, era Hermione e o Harry. Não ela.
"Eu não estou a insinuar nada Ron, apenas quero saber se o filho é tu ou do Harry. Então Hermione o filho é de quem?'"
"Do Ronald claro."
"De certeza?"
"Ginevra Weasley chega." – Disse Molly. – "Hermione e Harry nunca trairiam o Ron."
"Eu também pensava isso, até ontem á tarde." – Disse ela.
"Ginny, deves de estar enganada, Hermione e Harry, eles…"
"Não fales do que não sabes George. Eu vi, eu vi eles os dois ontem á tarde. Eu fui a tua casa Granger como tínhamos combinado, mas quando lá cheguei a porta estava aberta. Fiquei preocupada, entrei sem fazer barulho e em seguida caminhei de varinha em riste, pronta para um qualquer ataque. Mas o que vi foi mil vezes pior que uma mutilação. Tu e ele….vocês os dois beijavam-se….e tu…tu gemias."
"Estás louca Ginevra." – Disse Ron tentando controlando-se.
"Ela não está louca Ron." – Disse Harry fazendo com que todos o olhassem.
Ginny viu todos olharem assombrados para Harry, em especial Hermione que se encontrava verdadeiramente em choque.
Por momentos Ginny pensou que o moreno confessasse que tinha um caso com Hermione, mas foi apenas por um momento.
"Ela tem é ciúmes."
"Eu o quê Potter?"
"Ciúmes Ginevra. Eu nunca tocaria na mulher do meu melhor amigo. Tu estás com ciúmes, porque todos os teus irmãos estão casados, e Ron era o único que não tinha um filho, mas agora vai ter. E depois deves de ter lido no profeta diário que me vou casar. Ficaste com ciúmes, porque tu nunca tiveste um namorado."
"EU NÃO FIQUEI COM CIUMES IDIOTA. EU VI! EU VI VOCÊS OS DOIS." – Gritou Ginny sem se conseguir controlar. – "E enganaste, eu já tive um namorado, o melhor namorado."
"Quem Ginny?" – perguntou Hermione sorrindo, e aproximando-se de Ron, fazendo com que a ruiva rangesse os dentes de ódio.
"Não te vou dizer, mesmo porque não acreditarias."
Hermione riu, passando as mãos pela cintura de Ron.
"Ginevra, está na altura de dizer porque investiste algo assim." – Disse seu pai, encarando-a magoado.
"Eu não inventei."
"Não vais continuar a afirmar que Hermione anda a trair Ron com o Harry, pois não?"
"Vou Fred."
Todos olhavam para a ruiva que não se mostrou intimidada. Sabia o que tinha visto, sabia que não mentia. Se eles não queriam acreditar problema deles.
"Vocês não vão acredita em mim pois não?"
"Desculpa filha, mas não conseguimos. Eu não consigo." – Disse Molly aproximando-se dela. – " O que dizes não pode ser verdade. Harry nunca trairia o Ron."
"Acreditam mais nele do que em mim?"
"Não é esse o caso filha. Mas é que ele é o Harry. Faz parte da família há anos, ele nunca nos mentiria nem nos enganaria."
"Diz-me uma coisa mãe. Se ele é assim tão perfeito e eu tão idiota, porque não me vendeste e com o dinheiro da compra o adoptaste?" – perguntou Ginny de uma maneira venenosa.
"CHEGA! Pede desculpas imediatamente Ginevra Weasley. Pede desculpas ao teu irmão, ao Harry e á Hermione. E em especial à tua mãe." – Disse Arthur.
"NÃO VOU PEDIR DESCULPAS A NINGUÉM. EU ESTOU CERTA OUVIRAM? E vocês errados. Quando descobrirem isso é tarde demais. Eu tenho pena de vocês, enganados pelo Potter e pela Granger. Mas o pior, eu tenho pena de ti, Ronald. Muita pena." – Disse ela encarando o irmão.
Ron não disse nada, apenas olhou para a irmã, e por momentos Ginny viu que ele estava tentado a acreditar nela. Mas no momento seguinte Hermione beijou-o, e em seguida olhou para a ruiva dizendo:
"Eu amo o teu irmão. Se nunca ninguém te amou, problema teu. Nós não temos culpa por seres uma idiota que nunca arranjou um homem."
Ginevra nem pensou duas vezes, ergueu a mão e bateu na face da morena deixando a face dela vermelha e dorida.
"Não voltes a falar da minha vida sentimental, tu não sabes de nada. Não tens o direito de me julgar, sua….sangue de lama nojenta." – Disse ela aparatando em seguida.
Entrou no seu quarto batendo a porta. Sentia o ódio apoderar-se dela. Como eles podiam?
Como podiam acreditar no Potter e na Granger e não acreditar nela que era da própria família?
Sentia-se traída pela própria família. Sentia ódio de Harry. Como assim ciúmes? Mas pior, desejava que a Granger tivesse uma morte lenta e dolorosa. Como ela se atreveu a falar da sua vida amorosa? Ela não sabia a história entre ela e Draco Malfoy. A idiota não sabia de nada. Não tinha o direito.
Algo se apoderou da ruiva, um sentimento novo. Vingança. Ela desejava vingança deles, vingança do Potter e da Granger.
E sabia quem a podia ajudar a alcançar a vingança que tanto desejava naquele momento.
Fim do 2º capitulo
N/A: segundo capitulo, e este é o capítulo chave da fic, digamos que é bastante importante mesmo, por causa de tudo o que vai acontecer depois. Mas antes de mais, vamos aos agradecimentos:
Rafinha M. Potter: ainda bem que gostaste do primeiro capítulo, eu sei que este não teve NC, mas prometo que vai haver no próximo. E não te esqueças de comentar todas as outras fics minhas que ainda não tenhas comentado, em breve eu vou postar mais, tenho algumas shorts para postar, portanto. Espero que continues a gostar e que comentes, claro! JINHOS!
Miaka: sim, 14 capítulos, e este é o 2º, espero mesmo que gostes. Que tenhas sido bom. E claro, espero que comentes. E claro, a Ginny contou, mas quase foi obrigada, mas tinha que ser assim. JINHOS!
Rita W. Malfoy: espero não teres ficado desapontada com este capítulo, espero que continues a gostar, e já agora a comentar. JINHOS!
Alicia Black W. Lupin: continuei, e eu espero que continues a ler e a comentar, sim? Pode ser, podes comentar? Eu adoro receber comentários, por isso comentar, ok? JINHOS!
Mione G. Potter RJ: Se Draco a amou? Pois, isso, eu não vou dizer, talvez não, talvez sim. Sim, eu também tenho pena do Ron, mas as coisas são como são. Espero que tenhas gostado deste capítulo, e que comentes. JINHOS!
LolitaMalfoy: bem, a Ginny contou, espero que tenhas gostado. O encontro da Ginny e do Draco? Pois, não vai faltar muito para isso acontecer, garanto. Juntos? Pois, ainda falta muito para o fim, então eu não sei se eles ficaram juntos ou não, enfim. Espero que tenhas gostado, e espero que continues a comentar. JINHOS!
Kika: sim, a tua memória não é nada boa, mas enfim, assim é melhor, ao menos como já não te lembras sempre tens algo para reler. Pois, alternância passado presente não é algo muito presente no resto da fic, por isso é normal, eu própria às vezes não me lembro do que eu escrevo, ainda ontem tive a ler a fic que nós escrevemos, Mais que uma janela, e já não me lembrava de muita coisa, já nem sabia que era assim tão grande, enfim. É isso…comenta depois…JINHOS!
Beca: eu não sou uma das autoras que melhor sabe escrever NC, muito pelo contrario, eu gosto sempre mais das tuas, acho-as mais tocantes, mais marcantes, e depois claro adoro as da Kika, são mais suaves mas ao mesmo tempo maliciosas. Eu não acho muita piada às minhas, algumas não saem como eu quero e eu fico frustrada. A NC de "Agora…ele é gay" saiu-me realmente bem, eu acho que foi uma das melhores que já escrevi, apesar de também gostar imenso da NC da short "À distância de uma parede". Lembraste-te? Boa, EUREKA – Usando a tua própria palavra. Mas espero que continues a comentar é claro….JINHOS!
Aqui está mais um capítulo, e eu espero que vocês tenham gostado, e claro que COMENTEM! Eu tenho tido tão poucos comentários! Já não gostam do que eu escrevo?
Gostava de saber….
COMENTEM!
Não custa, nem dói nada, eu garanto….
JINHOS!
