Capitulo 6º

Remorsos

Acordou sentindo-se extremamente mal disposta. A zanga que tivera com Draco mal a deixara dormir, e o pior é que ela se sentia com remorsos por o ter tratado tão mal. Mas o que ele queria? Ele tinha-lhe ocultado algum de tremenda importância, e o pior sem razão alguma aparente.

Levantou-se vagarosamente da cama e abanou a cabeça, tentando afastar da mente o olhar cinza dele, e o sorriso malicioso que ela tanto adorava.

Estava decidido, enquanto ele não lhe explicasse o porquê de lhe ter ocultado o plano de Voldemort ela não lhe falaria. Caminhou até ao banheiro decidida a tomar um longo e relaxante banho.

……

Encontrava-se com cara de sono, e o corpo doía-lhe. Tinha dormido poucas, e o pouco que dormira fora sentado no sofá o que o fez acordar com uma terrível dor de costas.

Caminhou até à cozinha, despindo a camisa negra, deixando-a em cima da mesa. Suspirou vendo que ela ainda não tinha aparecido. Encostou-se na bancada da cozinha a comer uma sandes e a tentar decidir o que lhe dizer.
Teria que mentir, não lhe podia dizer a verdade, seria pior. Ainda não tinha tido uma ideia muito brilhante quando ela entrou na cozinha, vestindo um top azul-escuro e uns calções negros.

Assim que os seus olhos se cruzaram com os dela, ela olhou para outro local, não o encarando.

Ginevra estava decidida a fazer de conta que ele não existia. Caminhou até ao frigorífico, ciente dos olhos dele nas suas costas, mas mesmo assim não se virou para o encarar. Pegou numa peça de fruta e em seguida sentou-se em na mesa, de costas para ele.
Ouviu o homem suspirar profundamente atrás dela, antes de o ouvir perguntar:

"Até quanto vais agir assim pequena?"

"É Weasley para ti. E vou agir assim até que tu me dês uma boa razão para não me teres informado sobre o plano de Voldemort."

Ouviu ele aproximar-se dela, e em seguida sentiu as mãos dele pousar nas costas da cadeira onde ela se encontrava sentada. Os lábios de Draco aproximaram-se do seu pescoço e em seguida ele murmurou:

"Eu não te posso dizer a verdade."

"Po…porquê?"

"Porque não irás querer saber. Porque seria pior se soubesses a verdade."

Ginny virou-se para ele e em seguida levantou-se da cadeira olhando-o com raiva.

"É tão mau assim?"

"Para mim não, mas para ti….ah pequena, eu não sei….tu não compreenderias, e depois eu não quero que me odeies."

"Pois fica a saber Malfoy, que eu odeio-te."

"Não digas isso pequena, sabes que não é verdade."

"E quem sabe? Tu Malfoy? Eu odeio-te….e pára de me chamar pequena. Eu tenho nome, e para ti é Weasley." – Murmurou ele chateada antes de sair da cozinha e caminhar apressadamente até ao seu quarto.

Draco suspirou novamente, e em seguida sentou-se na cadeira onde ela estivera momento antes. Apoiou os cotovelos na mesa e em seguida apoiou a cabeça nas mãos, não conseguindo pensar em mais nada.
Tinha que lhe dizer. Tinha que lhe contar a verdade, ela necessitava de saber.

Levantou-se decidido, iria conta-lhe. Mas nunca chegou ao quarto onde ela estava, pois assim que saiu da cozinha a marca negra queimou e ele soube que o melhor era ir ter com Voldemort primeiro, e só depois com ela.

…..

Encontrava-se deitada naquela cama há horas, desde que vira Draco de manhã que se fechara no quarto e não voltara a sair. Estava chateada consigo mas mais com Draco, ele não tivera coragem de voltar a ir ter com ela.

Virou-se de barriga para baixo e deu um murro na almofada e em seguida gritou, abafando o grito com a almofada.
O que se passava com ela? Porque doía tanto estar zangada com ele?

Era insuportável. Era mais fácil viver sem ele por causa de estarem em lados diferentes, do que não lhe tocar por estarem zangados.
E se eles não voltassem a falar? Ela não iria aguentar?

Sentiu algumas lágrimas escorrerem pela sua face, mas limpou-as apressadamente. Não queria chorar, não por ele. Mas também não queria estar chateada, não com ele. Suspirou antes de fechar os olhos e acabar por adormecer.

Os lábios dele percorriam seu pescoço, as mãos dele acariciavam seus seios, e ela sentia suas pernas fraquejarem.

Aquilo repetia-se há quase uma semana, todas as noites. Ia ter com ele, fazia amor com ele, e por estranho que lhe parecesse sentia-se bem, mesmo sabendo que era totalmente errado.

Tinha medo, medo de sofrer, medo de se apaixonar.

"Draco." – Murmurou enquanto sentia as mãos dele desapertarem o fecho da sua saia.

"Diz pequena." – Pediu o loiro mordendo de leve o pescoço dela, fazendo-a gemer baixo.

"Quero fazer um acordo."

"Agora não…depois." – Murmurou ele deitando-a na cama, quando se livrou de toda a roupa do corpo dela.

Draco sentou-se na cintura dela e começou a beijar os seios dela, dando pequenas mordidas de vez em quando, fazendo a ruiva tremer por baixo de si.
Sentia uma das mãos dela no seu cabelo, acariciando-lhe a nuca, enquanto que a outra se limitava a tentar despi-lo por completo.

Quando a ruiva atirou a única peça de roupa que existia no corpo dele, ela fez com que ele se deitasse na cama.

"Mas o que…."

Draco não terminou de fazer a pergunta, pois a ruiva beijou-o de uma maneira envolvente, enquanto pousava as mãos nos músculos bem definidos dele.

Sentiu Ginny encaixara-se em si vagarosamente, e não pode deixar de sorrir. O ritmo que ela imponha era lento e torturante para ambos, e por isso Draco levou as mãos ás coxas dela, fazendo com que ela se movesse bem mais depressa.

Os beijos trocados eram arrebatadores e desejados. O ritmo era alucinante e Draco sentia a ruiva começar a ficar tensa.

Viu ela inclinar sua cabeça para trás, e por isso ele aproveitou para se erguer e beijar os seios e o pescoço dela, fazendo gemer cada vez mais alto. As mãos de Draco prenderam-na fortemente pela cintura e fizeram-na mover-se cada vez mais rápido, até que um gemido em uníssono ecoou pelo quarto.

Deitou a ruiva ao seu lado beijando-a calmamente.

"Então…disseste algo sobre um acordo."

"Sim." – Murmurou ela com a cabeça em cima do peito dele, enquanto sentiu a mão dele acariciar seus cabelos.

"Qual era?"

"Não nos apaixonarmos. Eu não quero nem posso apaixonar-me por ti, e não quero que te apaixones por mim. Quando chegar o final do ano tu segues a tua vida e eu sigo a minha."

"E fazemos de conta que nada disto se passou? Concordo."

"Então prometes não te apaixonares por mim?"

"Prometo."

"Não podes quebrar a promessa ou eu juro que te odeio para sempre."

"Descansa pequena, eu não me vou apaixonar por ti."

"Óptimo…" – murmurou ela fechando os olhos e enroscando-se mais no corpo dele. – "Eu também não me vou apaixonar por ti. Estás prometido."

Acordou sobressaltada. Aquilo não fora um sonho, fora real, era uma memória dela. A pior de todas, odiava aquele acordo. Odiava-o pela simples razão de o ter quebrado semanas depois.

Pouco tempo depois daquela noite, ela chegou à terrível conclusão que amava o loiro mais que tudo, que viver sem ele era uma tortura. Mas nunca lho dissera, não podia dizer-lhe. Ele não poderia saber. E nunca soubera.

Decidiu levantar-se, estava na hora de falar com ele. Ela não tinha razões para estar chateada com ele, não havia. Ele não lhe devia nada, ele não a amava, ele apenas amava fazer amor com ela, essa era a razão.

Procurou Draco por toda a casa mas não o encontrou.

«Voldemort deve de o ter chamado, como sempre. Bem ele irá voltar, nessa altura falo com ele.» - Pensou caminhando até à cozinha decidida a fazer um belo almoço para si.

……

Não conseguia dormir. Ele não voltara e já era de noite. Teria acontecido algo? Pior, estaria ele tão zangado com ela que nem iria voltar?

Sentiu-se culpada por tudo aquilo. Se não fosse tão idiota. Ela não tinha razão para ter agido com ele como agira. Apenas não tinha. Sentou-se na cama abanando a cabeça desesperada.

Poderia ele nunca mais voltar? Se ele não voltasse, como ela iria pedir desculpas? Como? Como lhe iria dizer que não tinha nada que saber o porquê de ele não lhe ter contado?

Ela já não queria saber nada disso. Apenas não queria.

Assustou-se quando uma coruja pousou à sua frente. Trazia o profeta nocturno e a ruiva ergueu a sobrancelha. Não era hábito receber o profeta. Mas a mesma coruja trazia também um pequeno bilhete, que ela decidiu ler primeiro.

Regra número um, estar sempre informada. A partir de agora irás receber o profeta diário e o nocturno de modo a saberes o que se passa.

V.

Rasgou o pedaço de pergaminho e em seguida pegou no profeta, vendo a coruja voar no instante seguinte.
Assim que abriu a primeira página seu coração parou, uma foto sua acenava alegremente e por cima existia uma frase que dizia:

Poderá a pequena Weasley ser aliada de quem nos sabemos?

Decidiu ler a matéria.

Como todos sabem o esquadrão nomeado para transladar os prisioneiros de Azkaban para França foi apanhado de surpresa por inúmeros comensais. A pergunta que todos nós nos fizemos foi: como souberam eles? O plano não era ultra secreto?

Uma repórter do profeta descobriu. Segundo se conseguiu apurar na última festa que existiu no Ministério, onde estiveram presentes inúmeros Ministros, Ginevra Weasley apareceu, e parece que consegui seduzir o Ministro da Justiça e o persuadiu a dizer o que tencionavam fazer.

Charles Bonson admitiu ter dito à senhorita Weasley o plano de transladação dos presos. Para além disso, ninguém vê a caçula dos Weasley desde essa noite.
Poderá ela ser uma comensal? Poderá ser aliada do quem nós sabemos?
Possivelmente. Mas a única certeza que temos é que a família dela está desiludida e arrasada com esta possibilidade.

Riu com a última frase. A sua família desiludida? Ela é que estava desiludida com sua família. Não acreditaram dela, viram-na como mentirosa. Mas acreditaram no Potter perfeito e na Granger sangue de lama. Dobrou o jornal e deixou-se em cima da mesa-de-cabeceira antes de sair do quarto.

Saltou de susto no meio do corredor quando ouviu um barulho de aparatação e logo em seguida algo a cair no chão com um estrondo. Ergueu a varinha e andou rapidamente até ao cimo das escadas pronta a atacar. Mas o que viu fê-la soltar um grito de horror. Era Draco.

Correu até ele, descendo as escadas de dois em dois, e assim que chegou a meio do hall virou o loiro de barriga para cima vendo o estado lastimoso em que ele se encontrava.

A face pálida e perfeita dele encontrava-se extremamente amachucada. Draco tinha inúmeros arranhões e manchas negras, em especial na zona dos olhos.

Inspirou profundamente sentindo as lágrimas quererem cair.

Olhou para a camisa negra dele e viu que se encontrava banhada por sangue. Decidiu que o melhor a fazer era abri-la e observar o possível corte que ele tinha.

Ficou de boa aberta ao ver a enorme ferida que ele tinha no abdómen, mas o pior é que era profunda.

«Certo. Sou uma medi – bruxa não sou? Então do que espero?»

Ergueu a varinha e no instante depois uma maca aparecia ao lado de Draco, com mais um toque de varinha o loiro encontrava-se em cima da maca e esta planava em direcção ao quarto. Deitou-o na cama e em seguida tirou a camisa dele com cuidado, logo depois as calças observando os inúmeros cortes que ele também apresentava nas pernas, mas felizmente nenhum era tão preocupante como o do abdómen dele.
Conjurou uma taça com água lavada e pegou num pano, passando com o pano embebido em água na ferida dele, limpando o sangue que já se encontrava seco. Depois de limpar a ferida mais preocupante ela limpou todas as outras.

Caminhou rapidamente até á cozinha, rezando para que houvesse ingredientes suficientes para ela preparar uma poção que cicatrizasse as feridas dele. Assim que encontrou tudo o que necessitava voltou a correr para o quarto. Draco mantinha-se desacordado e a ferida do abdómen voltara a sangrar.

«Não posso usar só a poção. Tenho que a ligar primeiro.» - Pensou voltando a passar com o pano na enorme ferida.

Não entendia o que lhe tinha acontecido, mas isso não importava no momento. Só queria que ele ficasse bem e que voltasse a sorrir-lhe com aquele sorriso estupidamente sarcástico que ela adorava.
Com a ajuda da varinha Ginny elevou o loiro, para conseguir passar com a ligadura em roda da cintura dele, ligou a ferida com força desejando que ela não voltasse a sangrar.

Ouviu ele gemer de dor e assim que olhou para o semblante dele, viu-o ainda a dormir mas mesmo assim parecia sofrer. Minutos depois a poção estava pronta, e ela inclinou um pouco a cabeça de Draco de modo a conseguir que ele bebesse a poção, mesmo a dormir.

Voltou a deita-lo, e pousou a mão na testa dele. Ele ardia em febre,

Ginny sentou-se na ponta da cama, ciente de que fizera tudo o que pudera. Limpara todas as feridas e dera-lhe a bebida para as feridas sararem. Agora teria que esperar e rezar para que tudo desse certo.

Olhou para o rosto dele, que de momento se encontrava leve. A poção devia de ter aliviado as dores dele. Passou com seus finos dedos na face pálida dele e em seguida nos cabelos, afastando-os.

Suspirou longamente. Sentia o coração bater forte no peito. E se ele não acordasse? E se piorasse? Não podia pura e simplesmente entrar em St. Mungus. Ele era comensal ela para todos os efeitos também o era.

Pela primeira ver arrependia-se profundamente de estar ali.
Era tão errado. Era contra os princípios dela. Ela abominava Voldemort e todos os seus comensais. Abominava seus ataques, e naquele momento trabalhava para ele.

«E tudo por uma estúpida vingança!» – pensou desapontada consigo mesma.

Mas e se não estivesse ali? O que seria de Draco? Quem o trataria? A Member talvez! Mas ele poderia morrer sem ela, poderia ficar ferido mais vezes. Ela iria curá-lo sempre.

Deitou-se ao lado dele, e fechou os olhos, adormecendo em seguida, sentindo remorsos por ter sido tão dura com ele no dia anterior.

Fim do 6º capitulo

N/A: mais um capítulo, que veio depressinha, apesar de não ter tido muitos comentários, mas já me conformei, as coisas que escrevo não são como antes, ando a perder o jeito, mas enfim.

Miaka: o que Draco esconde? Hum, pois é, ainda não vou dizer, prometo que tudo será explicado, aos poucos, muito aos poucos. Espero que tenhas gostado deste capítulo, e da minha nova short. JINHOS!

Sah Rebelde: adoro quando as pessoas não estão à espera, é sempre bom conseguirmos surpreender. Bem, espero que continues a gostar, e a comentar. JINHOS!

CutieBabe: confusão? Não, nem por isso. A ideia é fazer com que haja história, porque senão a fic ficava sem história. E sim, quanto mais electrizante melhor. E obrigada pelos parabéns. Espero que comentes novamente. JINHOS!

Franinha Malfoy: achas que ele gosta dela? Da Ginny? Será? Pois não sei, quer dizer eu sei, mas não vou dizer, espera para ver. Espero que continues a comentar. E a gostar claro. JINHOS!

Helena Malfoy: se o moreno é bom ou mau? Consoante o ponto de vista. Ele é um devorador da morte. Enfim….Draco ama Ginny? Será? E ela ama Draco? Ah, não sei, mas espero que continues a gostar. JINHOS!

LolitaMalfoy: o que Draco esconde de Ginny ainda não foi dito neste capítulo, mas será que ele lhe esconde algo? Ou algo importante? Se Voldemort sabe tudo? Também vais ter que esperar para descobrir. Espero que continues a gostar. JINHOS!

Musa Jesy H. M. K. Malfoy: descansa, as escolhas que eram para ser feitas por mim já foram feitas há muito tempo, pois esta fic está acabada há bastante tempo. Espero que continues a gostar, e a comentar. JINHOS!

Mione G. Potter RJ: salvar a pele do fofo? Parece que não deu muito resultado. O fofo foi apanhado e ferido. Mas enfim. A verdade, ai a verdade. Pois a verdade será revelada, na devida altura. Espero que continues a gostar. JINHOS!

Kika: eu odeio a minha inspiração, há dias em que parece que tudo o que escrevo sai bem e tal, outro em que parece que sai tudo mal, pois estou pouco inspirada. Mas enfim, como dizes, é falta de gajo. Eu só perguntei pelos comentários tantas vezes por duas razoes, uma sou ligeiramente impaciente, e outra, porque pensava k tava a comentar na pagina um a outro….só isso. Pois não sei o que dizer, apenas comenta antes de ires, porque assim posso actualizares kd n tiveres cá. É isso…..JINHOS!

Bem pessoal eu tenho uma nova short, chama-se "Nós éramos apenas amigos", é romance, e é assim leve e com alguns toques divertidos. Leiam! E comentem…..

Espero que tenham gostado deste capitulo…..e que COMENTEM! Se tiver muitos comentários eu actualizo o mais rápido possível…..

JINHOS!