Capitulo 8º
Cartas
Acordou sentindo-se aconchegada. Suas costas estavam encostadas no peito dele, e os braços do loiro encontravam-se enrolados na sua cintura, apertando-a. Virou-se um pouco de modo a encarar o rosto do loiro.
Draco ainda dormia, totalmente descansado, com um pequeno sorriso no rosto. Momentos depois ela viu ele abrir os olhos e encara-la ainda meio sonolento.
"Bom dia." – Murmurou ele.
"Bom dia. Sabes uma coisa?" – perguntou ela aconchegando-se mais no corpo dele. – "Tinha saudades de acordar abraçada a ti."
"Sério?"
"Sim. Digamos que já passaram vários anos, e desde que aqui estou que tu te levantas sempre primeiro. É a primeira manhã em que acordo assim, juntinha a ti."
Ele riu baixinho e em seguida voltou a abrir os olhos olhando-a. Passou com a mão na face e em seguida juntou os lábios num beijo curto e delicado.
Ficaram incontáveis minutos a olhar um para o outro até que Draco murmurou:
"O que iremos fazer agora?"
"Não sei, mas não quero pensar nisso….não agora….apenas quero…hum…já sei o que quero." – Disse ela acabando por rir.
Ergueu um pouco o corpo e passou com a mão no peito do loiro, fazendo com que ele a encarasse admirado. Em seguida puxou o lençol de seda para baixo até vislumbrar a cicatriz que ele tinha no abdómen.
"Já não se nota quase nada." – Comentou ela.
"Pareces desiludida. Querias o quê? Que eu ficasse com uma cicatriz para tu admirares?"
"Não sabes? Eu sempre tive uma admiração louca por cicatrizes…"
"Por isso a paixão pelo Potter."
"E meu sonho era ter um homem que tivesse uma enorme, monstruosa e horripilante cicatriz."
"O Potter tem uma. Mesmo na testa. É perfeita para ti, tem todas as qualidades que desejas."
Ela riu pousando ambas as mãos no peito dele e aproximando os lábios dos dele.
"Mas o que eu queria era que fosses tu."
"Lamento senhorita, mas se me quiser tem que se contentar com o pacote que diz: Nenhuma cicatriz, nenhuma imperfeição…apenas Draco Malfoy! Isso agrada-lhe?"
"Muito." – Sussurrou ela em resposta beijando os lábios demoradamente.
…..
Entrou na cozinha deparando-se com a sua pequena em frente ao fogão, fazendo o almoço para eles. Sorriu olhando para ela que vestia apenas sua camisa negra, preferida.
Caminhou até ela e pousou as mãos na cintura dela, beijando o pescoço dela em seguida.
"Estou a tentar fazer nosso almoço."
"Eu sei."
"Draco…pára….assim não consigo." - Murmurou ela fechando os olhos e tremendo.
Draco sorriu sentindo ela tremer, e ouvindo-a suspirar por causa dos beijos que lhe dava.
"Tu queres mesmo que eu pare?"
"Eu suponho que queres almoçar. Portanto Malfoy é melhor parares."
Ele sorriu com os lábios de encontro à pele clara do pescoço dela, e em seguida virou o rosto da ruiva, beijando-lhe os lábios.
"Certo…faz lá o almoço." – Murmurou afastando-se em seguida e sentando-se na cadeira da mesa, sem tirar os olhos da ruiva.
Minutos depois ela sentava-se na cadeira ao lado dele, carregando dois pratos.
"E isto – questionou ele olhando para o prato de comida.
"É minha especialidade."
"Pequena, isto é….tomate, ervilhas, arroz e um bife."
"Poucas calorias, e super saudável."
"Não me digas que és louca pelas dietas."
Ela riu encarando o loiro que sorria. Abanou a cabeça fazendo com que os cabelos ruivos balouçassem e em seguida respondeu sorrindo:
"Não Draco, não sou. Mas gosto de ter uma alimentação equilibrada. Isso não faz mal a ninguém, muito pelo contrário, agora come."
Ele encolheu os ombros, e em seguida levou uma grafada á boca constatando que era bom. Ela sabia cozinhar, bastante bem na verdade.
"Ajudas-me a lavar a loiça?" – perguntou assim que eles terminaram de comer.
Caminhou até à bancada pousando os pratos, sorrindo por causa da pergunta que acabara de fazer ao loiro. Sabia que ele nunca a ajudaria, lavar a loiça não era digno de um Malfoy.
Assustou-se quando sentiu as mãos dele virarem-na para ele e em seguida ele impulsionou-a de modo a que ela se sentasse na bancada, mesmo ao lado dos pratos.
"Lavar a loiça? Eu? Achas mesmo pequena?"
"E porque não?" – questionou sorrindo e passando com as mãos na nuca dele, fazendo carinho no cabelo loiro e sedoso dele.
"Porque sou um Malfoy."
"Ora, não é razão suficiente." – Disse encolhendo os ombros e rindo, ao mesmo tempo que aproximava os lábios dos dele e o beijava.
O beijo foi tornando cada vez mais desejado, profundo e Draco estava totalmente tentando em levar a ruiva para o quarto quando ouviram um barulho de aparatação. Soltaram-se no mesmo instante e Ginny saltou para o chão, voltando sua atenção para os pratos ainda por lavar, enquanto que Draco saia da cozinha.
Momentos depois Draco murmurou no ouvido da ruiva:
"É o Jonhsson e a Member, vieram a mando de Voldemort ver como eu estava."
"Certo. Hã…quando terminar isto, eu vou para o quarto ok?"
"Depois irei ter contigo."
Ela sorriu e viu o loiro voltar a sair da cozinha.
Suspirou sozinha. Estar com ele era o que ela mais desejava, mas aquela situação começava a ser angustiante.
Perguntava-se o porquê de ter sentido uma raiva tão grande do Potter e de Granger? Como era possível o sentimento ter sido tão forte, que a fizera esquecer todos os seus conceitos e ideais? Não conseguia entender. Abanou a cabeça. Não era altura de pensar nisso, já ali se encontrava há vários dias, e achava que já tinha perdido a hipótese de voltar para sua casa sem ser chamada de comensal.
Abriu a porta do quarto e deparou-se com duas corujas em cima da sua cama. Caminhou vagarosamente e apanhou o profeta diário. Daquela vez não se assustou ao ver uma foto sua na 1ª página, mas ficou embasbacada quando leu o cabeçalho que dizia:
Ginevra Weasley encontra-se na Grécia
Piscou os olhos várias vezes e em seguida olhou para a sua fotografia sorridente e de novo para as palavras gigantes que a fizeram sentar-se na cama.
Depois de se ter achado que a caçula dos Weasleys estava relacionada com a fuga dos presos, Dumbledore disse ontem à tarde que era impossível. Ele garante que Ginevra se encontra na Grécia a usufruir de umas férias que ele próprio dissera que ela devia tirar.
"Ginevra encontrava-se cansada e um pouco abatida, por isso achei melhor mandá-la de férias. Mas nem me perguntem em que local da Grécia é que ela está, pois só eu sei e não vos vou comunicar." – Disse o homem sorrindo.
Para além disso, Dumbledore afirmou que na festa do Ministério não fora Ginevra Weasley que interpelara o Ministro da Justiça, mas sim uma seguidora de quem nós sabemos tomando a poção Polisuco.
"Nessa noite Ginevra foi para a Grécia, eu próprio lhe dei o bilhete para ela ir. Tenho a certeza absoluta que não era ela. Quem foi que usou o bom-nome de Ginny será descoberto."
Dobrou o jornal e pousou-o em cima da cama. Encontrava-se de boca aberta.
Afinal que brincadeira era aquela? Ela na Grécia? Dumbledore a protegê-la? Sentia a cabeça andar à roda, não conseguia entender nada, não percebia o porquê de tudo aquilo.
Porque Dumbledore estava a mentir a todas as pessoas? Ela nem falava com ele há mais de meio ano. Não conseguia entender.
Minutos depois ouviu o piar da outra coruja que se encontrava em cima da cama e abanou a cabeça tirando a carta negra que ela tinha.
Olhou com atenção para o animal e reconheceu-o.
«Não é possível!» – pensou piscando os olhos.
Mas depois do que lera no profeta ela achava que na verdade já tudo era possível. Abriu a carta imaginando que estava endereçada a ela, mas mais uma vez errou. Cada linha que lia deixava-a cada vez mais incrédula. A carta tremia nas suas mãos e ela sentia-se ridícula.
Seria possível que todos estivessem a brincar com ela? Teria ela entrado num jogo e não soubesse o que se passava? Seria a única ignorante ali?
Levantou-se da cama e andou de um lado para o outro do quarto com a carta na mão, sentindo imensa vontade de bater no loiro assim que ele lhe aparecesse à frente.
Como ele se atrevia? Como? Como era possível ter feito aquilo? Agido nas suas costas? Como era possível não lhe ter contado nada?
Sentia cada vez mais vontade de estrangular alguém, mas antes que fizesse alguma asneira e voltasse a agir de cabeça fria chateando-se com Draco ela achou melhor caminhar até à casa de banho e tomar um bom banho, pelo menos na tentativa de relaxar. Mas antes guardou a carta debaixo da almofada, não fosse Draco vê-la antes de ela o enfrentar.
….
Entrou no escritório sendo seguido por Member e por Jonhsson. Viu a maneira como o moreno olhava interessado para a porta da cozinha, devia de se ter apercebido que a ruiva estava lá, e Draco não gostava nem um pouco da maneira como o outro olhava para a sua pequena.
"Então o que fazem aqui?" – perguntou sentando-se na cadeira atrás da secretária e encarando os outros dois.
"Bem, como já te dissemos viemos a mando do Lord ver se tu estavas bem."
"Member, vamos deixar-nos de tretas. Sabes tão bem quanto eu que Voldemort está pouco preocupado com as pessoas que o rodeiam e que lhe obedecem."
"Não se essa pessoa estiver a tomar conta da sua perfeita e querida noiva."
"Ah!" – murmurou Draco sorrindo. – "O Lord está é preocupado com a minha pequena."
"Tu não podes ficar com ela Malfoy?"
"Não Jonhsson? E porque não?"
"Porque o Lord a quer."
"Eu amo-a. Não a vou dar de mão beijada a outra pessoa, nem ao Lord. Agora digam-me o que ele vos mandou virem dizer-me!"
Jonhsson olhou irritado para o loiro e Member sorriu, sentando-se na cadeira. Draco desviou os olhos da mulher morena e encarou o homem, analisando-o friamente.
"Tu também gostas dela não é? Tu odeias-me por eu poder tocar nela. Por, a poder beijar. Por ela amar-me. Estou certo, não estou Jonhsson?"
"Talvez, mas o que não entendo é como tens coragem para desafiar o Lord, e como é que ele ainda não descobriu de vocês."
"Simples. Ele confia em mim, eu dei minha palavra em como protegeria a noiva dele, e depois jurei que não lhe tocaria. E depois se alguém lhe for contar sobre mim e a minha pequena quem sofre é esse alguém. Pois ele confia em mim, e em vocês nem por isso. Digamos que tu, Jonhsson és um simples novato, e a Member, bem ela já traiu o Lord, falhou uma vez, e ele não acredita nela. Portanto, não há maneira de ele descobrir sobre mim e a minha pequena."
"E quando chegar a hora do casamento?"
"Isso ainda está longe, com um pouco de sorte Voldemort vence o Potter e não necessita da ruiva para nada, ou então, melhor ainda, o Potter vence Voldemort e ai é que ele já não vai necessitar da minha pequena para nada."
"Tu desejas que o Lord morra?"
Draco não respondeu ao moreno, apenas encolheu os ombros e em seguida encarou a mulher que sorria sombriamente.
"O que foi Member?"
"Tu pensas que demora muito para o casamento, mas enganaste." – Disse ela fazendo com que Draco se desencostasse da cadeira e olhasse para a mulher á sua frente. – "Ele mandou vir dizer-te para a preparares. Depois de amanhã é o casamento."
Draco gelou com o que a morena disse, e sentiu seu coração falhar uma batida. Como assim, depois de amanhã? Tão depressa?
Não, não podia ser, era cedo demais! Ele não estaria pronto! O plano não estaria pronto! Levantou-se da cadeira sobre o olhar atento dos dois comensais.
"Já me disseram tudo?" – perguntou irritado.
"Já."
"Então….desapareçam da minha casa….agora!" – gritou irritado, fazendo com que Jonhsson aparatasse no mesmo instante e com que a Member gargalhasse e se levantasse.
Viu a morena caminhar até ele, e nem pensou duas vezes antes de lhe apontar a varinha na zona do coração.
"Nem mais um passo Member."
"Calma querido, só ia dizer que depois de amanhã a tua pequena não será mais tua, então se necessitares de companhia…"
Não terminou a frase pois Draco aproximou a varinha do peito dela e olhou-a mortalmente. Em seguida Eileen aparatou. Levou as mãos aos cabelos suspirando. Tinha que pensar, tinha que agir. Não podia deixar que aquilo acontecesse. Amava demais aquela mulher para a entregar a Voldemort.
Mas antes de agir, tinha que lhe contar algo que já lhe devia de ter dito. Estava na hora de ela saber tudo.
Caminhou até ao quarto e assim que abriu a porta viu a ruiva sair vestida com umas calças de ganga e um top, secando os cabelos molhados com a toalha.
"Ainda bem que aqui estás. Quero fazer-te uma pergunta Draco."
"Faz."
"Eu por acaso estou na Grécia?"
Ele riu perante o enorme disparate que ela dissera. Como assim na Grécia? Ela estava na Mansão Malfoy. Ainda não teria reparado?
"Não….tu estás…"
"Então porque é que Dumbledore disse no profeta que eu estava na Grécia?"
"O quê?"
"Ah não sabes. Quem sabe esta carta te aviva a memória." – Disse ela tirando a carta debaixo da almofada e entregando-a ao loiro.
Assim que viu do que se tratava sentiu seu ar faltar.
Aquilo não podia estar a acontecer. Não era para ter sido daquela maneira.
Fim do 8º capitulo
N/A: Hum…o que dizer? Eu adoro este capítulo. Adoro este suspense, ou tentativa de….enfim….gosto deste capítulo….
Bruna Granger Potter: claro que eles iam assumir que gostavam e gostam um do outro, mas os segredos ainda não acabaram. Apesar de já não falta muito. Enfim, espero que tenhas gostado deste capítulo. JINHOS!
Sah Rebelde: eu actualizo mais depressa porque tenho medo que o interesse desapareça. Quando demoro a actualizar é porque algo se passa, ou porque não estou em casa. O Draco ficaria bem era comigo, mas enfim, como ele é uma personagem….mas já me contentava, e bem, com o Tom. E se me contentava. Espero que tenhas gostado do capítulo. JINHOS!
Miaka: calma, já te expliquei sobre a Vingança. As coisas mudaram, e muito na vida de Ginny, ela não tem muito tempo para pensar em vinganças, mas o final de Harry e Hermione é o merecido, prometo. Espero que tenhas gostado do capítulo. JINHOS!
LolitaMalfoy: espero que tenhas gostado deste capítulo também, e que tenhas ficado curiosa ao menos. JINHOS!
CutieBabe: bem, eu ando numa de escrever coisa não tão claramente românticas. Afinal não se anda todos os dias a dizer "eu amo-te", não é necessário, basta um sorriso, um olhar, um carinho, basta sentir, e com eles acho que é assim. Ao menos eu tento passar essa mensagem. Espero que tenhas gostado deste capítulo. JINHOS!
Franinha Malfoy: espero que já não estejas doentinha. E claro, espero que tenhas gostado deste capítulo também, e que comentes. JINHOS!
Helena Malfoy: não ouve nc neste, mas enfim, não pode haver nc em todos os capítulos, não é mesmo? Porque senão a fic sem enredo nenhum. O tio Voldy, pois ainda não apareceu, mas já não deve de faltar muito, eu acho. Espero que tenhas gostado, e que comentes. JINHOS!
.Srtá. Felton: ainda bem que gostaste do capítulo anterior, espero que também tenhas gostado deste é claro! JINHOS!
Musa Jesy H. M. K. Malfoy: pois, o ministério, parece que não foi necessário eles darem um jeito no ministério, Dumbledore tratou disso por eles. Espero que tenhas gostado, e que comentes….JINHOS!
Kika: Hum…homem bom dentro da arca frigorifica. Oh sim isso rula! Mas enfim, vamos deixar de pensar em coisas destas, porque senão não vamos lá. Hum….o tempo…oh sim, calor, calor é bom…melhor que vento e chuva….enfim….isto não está a render…. Tu não tas pa comentar e eu perdi a inspiração para fazer agradecimentos….enfim….ah! psicologia, e elas vão apresentar o trabalho….espero que façam tudo direitinho….bem é isso….JINHOS!
O próximo capitulo vira na próxima semana, em princípio, e se tudo correr bem esta semana ainda actualizo a fic Lalala! A Historia.
REVIEWS! Quero muitos reviews…..COMENTEM….
JINHOS!
