Quem de nós dois...

Uma song R/Hr ... contada na visão dele.

Já se passaram 5 anos da formatura em Hogwarts, e o sentimento ainda estava vivo em seu peito. Incrível como a corvardia o impediu de dizer à ela, confessar seus sentimentos era algo tão fácil. Estava tão óbvio.

Eu e você

Não é assim tão complicado

Não é difícil perceber

Hermione eu queria te dizer que... – na noite da formatura, ele não teve coragem ao olhar nos olhos castanho que tanto amava – Parabéns pela formatura!

Ah...obrigada, então. – respondeu visivelmente decepcionada. Esperava mais do "amigo".

Quem de nós dois

Vai dizer que é impossível

O amor acontecer

Ah, cara. Você ainda se martiriza por isso. – dizia Harry enquanto andavam lado a lado na gélida Hogsmeade, 4 anos mais tarde. – fale com ela.

Falar o que? Tá maluco? Ela é noiva agora, isso se já não casou...

Ela também te ama, eu sei disso – dizia o amigo para encorajar o ruivo.

Também? Quem disse que eu a amo, hein? – dizia tentando acreditar nas próprias palavras. Era mentira. Desde o primeiro momento em Hogwarts quando tinham apenas 11 anos, ele já era apaixonado pela morena. – E mesmo que a amasse, ela não acreditaria, não agora, tanto tempo depois... riria de mim, Harry. – disse com um leve desespero.

Se eu disser que já nem sinto nada

Que a estrada sem você é mais segura

Eu sei você vai rir da minha cara

Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar

Teu sorriso é só disfarce

Que eu já nem preciso

Algum tempo depois, um ruivo muito nervoso encontrava-se na sala de estar de uma simples residência. Estava na casa dela. Não conseguia acreditar que escutara os conselhos do amigo doido. Só de vê-la sentada à sua frente, já tinha certeza do seu sentimento, não podia mais negar.

Sinto dizer

Que amo mesmo,

Tá ruim pra disfarçar

Sim, Rony. Diz logo o que tá acontecendo, sua cara tá me assustando – dizia uma Mione verdadeiramente preocupada.

É... eu – ele gaguejava muito. Tinha medo de ser rejeitado.- eu devia ter dito isso antes... não sei como começar...

Estou ouvindo Rony... não precisa ter pressa – Mione deu um dos seus sorrisos amigáveis.

Eu... eu... – tinha desistido, não conseguia, pronto. – não devia ter dado ouvidos à Harry... – disse enquanto se levantava para ir embora.

Entre nós dois

Não cabe mais nenhum segredo

Além do que já combinamos

Mas Mione segurou em seu braço, e olhando dentro dos olhos castanho-esverdeados que tanto amava disse:

Eu também te amo Rony.

Jura? – perguntou surpreso.

Sim – disse retirando a aliança de noivado com um medi-bruxo importante. – eu sempre te amei.

Ah, Mione – disse enquanto aproximava o rosto do dela para selar o momento.

No vão das coisas que a gente disse

Não cabe mais sermos somente amigos

E quando eu falo que eu já nem quero

A frase fica pelo avesso

Meio na contra-mão

E quando finjo que esqueço

Eu não esqueci nada

Após alguns anos, nós nos casamos e vivemos felizes, não sem brigarmos às vezes. E foi numa dessas brigas que senti meu coração se despedaçar. Ela ameaçou sair de casa levando nossa filhinha de 1 ano, Sophie. E foi. Perdi meu rumo nesta noite.

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais

E te perder de vista assim é ruim demais

Senti o chão sumir nesta noite quando ela sumiu e apareceu na Toca. Felizmente Gina me avisou antes que ela sumisse de lá. E no dia seguinte pela manhã eu fui atrás da minha mulher e minha filha, minhas razões de viver.

E é por isso que atravesso o teu futuro

E faço das lembranças um lugar seguro

Desculpa – sussurrei ao ouvido dela, como ela tremia, não sei se de raiva de mim ou de frio, já que estava nevando e estávamos do lado de fora da Toca. – me perdoa, por favor.

Porquê eu deveria? – disse com os olhos inchados de tanto chorar. – nós nunca combinamos em nada, você sabe disso. Desde os tempos de Hogwarts...

não, por favor – disse colocando meu dedo na frente daqueles lábios macios, para fazê-la calar- não diz nada disso agora. Eu te amo muito.

Eu também te amo, mas será que amor é suficiente, Ronald?

não, Mione, por favor, não vamos começar com isso outra vez, ok... volta pra nossa casa. – pediu com olhar suplicante, ele também havia chorado.

Não é que eu queira reviver nenhum passado

Nem revirar um sentimento revirado

Mas toda vez que eu procuro uma saída

Acabo entrando sem querer na tua vida

Ok, eu te amo e mesmo você sendo um cabeça-dura e estúpido também eu não posso viver sem você – respondeu ela com lágrimas nos olhos. – Te amo muito, viu. – disse enquanto o beijava levemente.

Eu procurei

Qualquer desculpa

Pra não te encarar

Para não dizer

De novo e sempre a mesma coisa

Falar só por falar

Por favor, me perdoa. – pediu ele já chorando – eu não vou mais brigar com você por motivos estúpidos, prometo.

Você semrpe promete, mas desta vez eu ... aceito sim, vamos voltar pra casa. – mal terminou de responder e foi arrebatada por um beijo caloroso do ruivo. Tinha-se passado somente uma noite longe dele mas sentira muita falta daquele homem, e ele dela, mal ela sabia o quanto.

Ao ver a cena, Sophie que brincava com Gina de fazer bonecos de neve avistou o pai e saiu correndo em direção aos braços do ruivo, que pegou a menina nos braços e acenando para a irmã aparatou no apartamento deles.

Que eu já não tô nem aí pra essa conversa

Que a história de nós dois não me interessa

Se eu tento esconder meias verdades

Você conhece o meu sorriso

Lê no meu olhar

Meu sorriso é só disfarce

Porque eu já nem preciso

Já na cama à noite, ele lha para a mulher adormecida ao seu lado, e diz sem pensar que ela estivesse ouvindo.

Me perdoe por ser tão idiota, meu amor. Eu te amo muito. Vocês duas são minha vida. – dizendo isso, viu uma lágrima silenciosa escorrer pela face da mulher – não chore amor. Eu estou aqui, com você, sempre.

Eu sei – ela murmurou sorrindo. E assim adormeceram abraçados, como fariam dali em diante, para sempre.

FIM +