Poder de Gaia.
Capítulo III – Aparências.
Algumas semanas se passaram desde aquela reunião da Ordem, e Sayuri continuara com sua rotina...dava aulas, fazia a ronda pelos terrenos com Severus e retirava-se para durmir. Desde o dia da reunião, Sayuri não pudera mais tocar piano, e Merlin sabia como aquilo estava fazendo falta. Ela tocava piano para pensar, e o que ela mais queria agora era pensar...Ela não entendia o porquê de Severus tê-la abraçado e confortado-a quando mostrou seu lado frágil, e quando ela perguntava para ele o porquê de tal ato, ele desconversava. Mas há males que vem para bem.
Ela passou a conhecer quem é realmente a pessoa que se esconde por trás da máscara que é Severus Snape. Mas havia fatos que ele não comentava, por exemplo o porquê dele ter se juntado aos Comensais da Morte ou o porquê dele ter renegado os mesmos Comensais. Sayuri não achava-se no direito de ler sua mente, então resolveu que seria mais sensato esperar pela resposta dele, quando ele estivesse pronto para falar. Tornaram-se amigos, mas ele somente agia desse jeito amigável, até mesmo amável, apenas com ela. Para todas as outras pessoas, ele continuava sendo o "seboso" Snape, antipático, fechado, rabugento, e por que não dizer, grosso.
Nessa noite, uma quarta-feira, Sayuri conseguira um tempinho para tocar piano. Depois da ronda, e de banho tomado, Sayuri vestiu sua capa por cima de sua camisola de flanela com um sapo na frente, e dirigiu-se à sua sala, onde o belo piano de cauda estava esperando-a . Ela corre os dedos de leve sobre a madeira que cobre as teclas. Sente-se leve, como se o fardo que carregava tivesse sido tirado de seus ombros. Lá, ela poderia ser simples e unicamente Sayuri, uma jovem que gosta de música, de falar bastante, de fazer amigos, uma jovem romântica procurando seu sapo encantado...nisso ela dá uma risada.
Tirando a capa e sentando-se no banquinho, ela começa a tocar, a mesma melodia, triste, lenta, suave...mas nessa noite, ela adicionava mais um instrumento...sua voz. Ela cantava as notas junto com as notas do piano, em harmonia, como se os dois sons fossem apenas um. Ela sente-se observada e abre os olhos, para ver um Severus apoiado no batente da porta, com os braços cruzados, e com um olhar...doce. Sem parar de tocar ou de cantar, ela o convida para sentar-se ao seu lado no banquinho.
Sentando-se ao lado dela, Severus observa a fluidez de seus dedos nas teclas do piano, como se ela estivesse afagando-as. Observa também que é uma melodia simples, e tomando coragem, ele também começa a tocar, uma oitava a cima. Sayuri se assusta, pois nunca imaginara que Severus pudesse tocar piano, e muito menos que ele pudesse estar tocando a sua música. Continuam tocando por um bom tempo, hora apenas ele, hora apenas ela, mas na maioria do tempo, os dois juntos. Não trocaram uma palavra sequer, apenas olhares, e melodias. Cansados, e com osbrços doloridos, sentam-se em poltronas que ele conjurara.
>Não sabia que tocava.
>Meu gosto pela música vem de muito cedo. E confesso que faz muitos anos que não chegava perto de um piano.
>Outra noite você estava me observando. Por que não entrou, ou ficou mais um pouco?
>Não me achava no direito de importuná-la em seu momento de reflexão. Mas observá-la tocar, é relaxante.
>Agora fiquei ofendida! Está me chamando de Calmante! –fingindo indignação.
>Não! Não! Apenas falei que quando...- estava desesperado, pois tinha entendido errado, mas foi prontamente cortado pela riso dela...um riso suave, harmonioso...lindo. –Você está tirando uma comigo. –e o que todos pensavam ser impossível, apenas Sayuri tinha. Severus ria com ela.
Ele estava se apixonando, mas ela não podia saber. Quem em sã consciência iria se apaixonar por alguém como ele? Um ex-Comensal? Nem bonito era, tinha cabelos oleosos, pele branca e nariz quebrado. Nunca fizera fama com mulheres, sempre se fechando numa postura hostil...'que ela conseguiu quebrar...' fala uma vozinha em sua cabeça.
Mas ela também estava se apaixonando, pois era a primeira vez que podia conversar com alguém sem ter que agir como se fosse outra pessoa. Por causa de seus poderes, ela não tinha muitos amigos, pois eram poucos que entendiam que ela lia mentes sem querer. Ela achava-se gorda, feia e descuidada, sempre deixando para amanhã os cuidados que ela carinhosamente apelidara de "frescuras". E quem, gozando de sanidade, ficaria com ela. Porém, a vida estava mostrando ter uma idéia diferente.
>Sayuri? Você não está com frio?
>Por que?
>Você está apenas de camisola, e interessante por sinal. –ele estava vermelho, estava tentando segurar o riso, com muito esforço.
>O que tem ela? É gostosa, quentinha e confortável! E eu ganhei ela da minha irmã no Natal passado quando ela me disse que tinha que beijar muitos sapos até encontrar...-a empolgação e a felicidade que tinha em seus olhos, deu lugar a tristeza e sofrimento ao lembra-se de sua família. Não reparou que Sevrus abraçara-a e que ela estava chorando.
>Shhh...-ele embalava-a, como se embala um neném, dividindo o sofrimento dela, desejando poder abraçá-la muitas vezes mais.
Quando Sayuri se acalmara, levantou seu rosto sem se separar do abraço. Com olhos inchados e vermelhos, pôde ver toda a preocupação e carinho que ele nutria por ela. Era tão certo estar nos braços dele, parecia que tinha nascido para ser abraçada por ele, e apenas ele.
Mal percepeu seus lábios se tocando, numa carícia suave, delicada, onde os sentimentos se uniam. Aprofundaram o beijo, agora explorando, buscando unir seus corpos, seus corações. Quando o ar se fez essencial, separaram-se.
>Não devemos...é muito cedo, muito precipita...-fora interrompido pelos dedos dela em seus lábios. No olhar dela, o sofrimento voltara juntamente com a dor de uma rejeição.
>Não diga que é cedo ou precipitado, Severus. –lágrimas refaziam o caminho pelo seu rosto. –Estamos em guerra. Amanhã posso não estar mais aqui. Amanhã...você pode não estar mais aqui. Então não diga que é precipitado...
>Eu te amo...-as lágrimas também brotavam de seus olhos.
>Eu também te amo...- mais um beijo, intenso, com abandono e salgado, como seria a vida deles de agora em diante.
Tão envolvidos e alheios ao que acontecia, não repararam um par de olhos azuis brilhando, e muito menos a passos ecoando no corredor.
N/A: Oi povo! (um povo de 4 pessoas, diga-se de passagem) ...como vcs estão? Tão gostando q estou postando todos os dias? É...tá feio o negócio aki...tô atolada de coisa pra fazer, mas continuo a digitar essa fic...não tenho jeito mesmo...e vou colocar este sinal ">" para os diálogos até que alguma alma piedosa me ensine a colocar os travessões aki...
Sheyla Snape: tá explicado pq ele tá..."bonzinho" ...hihihi ...continua comentando, adoro ler suas idéias, sugestões e críticas...muitos jinhos pra vc!
BzalunGa: hehe...se vc conseguir me ressucitar, vc é uma Santa! Hehehe...continua comentando...e lendo, que é o principal! ...hihi...jinhos!
Acho q é só...nada disso é meu, apenas a história...e...se ninguém mais ler, eu me enforco...e tô falando sério! E ainda num pé de cebola!
Fui!
