Poder de Gaia.

Capítulo X – I Guerra.

O fim do mês de outubro já estava próximo, mas Severus pouco conseguia parar em seus aposentos no castelo. O seu tão bem desempenhado papel de espião fazia com que, sempre às pressas, Dumbledore ou Voldemort requeressem a sua presença. Atualmente, o Lorde das Trevas lhe designava a tarefa de desenvolver uma poção que o tornaria mais forte para enfrentar a criança da profecia... Mal sabia ele que, além de reportar os avanços e as estratégias do lado das trevas, a poção desenvolvida por Severus surtiria efeitos contrários, a mando de Dumbledore.

E, quanto mais ele focava na guerra, mais distante e frio ele se tornava em relação a elas... Mas esse era o preço a ser pago se quisessem vencer essa guerra.

Sayuri pressentia que algo sairia muito errado nisso tudo. Estavam tão concentrados que aparentemente não se preocupavam com quaisquer erros ou imprevistos, até mesmo os mais banais. Esses pressentimentos a deixavam cada vez mais aflita. Aflita a ponto de tomar uma decisão que mudaria para sempre a sua vida e a de sua família.

Algo que ninguém suspeitava era que Sayuri sabia qual família seria atacada, mas ninguém acreditaria em sua palavra. Seu marido quase não parava em seus aposentos, seu padrinho organizando tudo, e Molly...quem acreditaria em duas mulheres, ainda mais sendo uma delas esposa de um comensal? E lembrou que já foram repreendidas por se intrometerem em "assuntos de homens". Então, para quem falaria?

Sayuri sabia que se a criança da profecia não resistisse a um feitiço poderoso, ironicamente estaria vulnerável a uma tentativa mais simples e banal. E pensando nisso fez um feitiço ao qual protegeria essa criança fisicamente. Infelizmente, tal atitude colocaria em risco sua vida e a de Beatriz.

E como contar a Severus o que fizera? Ele ficaria furioso. A expulsaria de seus aposentos, de sua vida. Mas sua vida estava em risco, pois quando o feitiço fosse invocado, ela poderia morrer.

Uma carta. Sim escreveria uma carta contando tudo para Severus. Mas quem daria a carta a ele? Alguém de confiança... Molly! Usando Pó de Flú ela chega a cozinha da Ordem onde Molly está alimentando seus caçulas.

"Olá Molly!"

"Oh! Olá Sayuri! O que faz aqui essa hora? Aconteceu algo?"

"Sim Molly. Acho que fiz algo muito ruim."

"Oh querida! Sente-se aqui e me conte tudo o que aconteceu."

"Eu não posso contar tudo, mas tomei uma decisão que afetará o futuro de Severus, meu e de Beatriz."

"O que posso fazer por você Sayuri?"

"Entregue essa carta a Severus se algo acontecer comigo. Promete? É muito importante que ele leia esta carta."

"Claro. Mas nada vai acontecer com você. Vai?"

"Severus nunca me perdoará por isso, mas eu precisava fazer pelo futuro do mundo mágico."

"Mas o que você fez? É alguma coisa grave? Perigosa?"

"Não posso te falar nada, Molly. E você sabe como sou teimosa. Simplesmente não posso falar agora."

"Sei como você é. Quando põe algo na mente, é difícil voltar atrás. Mas você tem minha palavra."

"Obrigada, Molly."

"Quer chá?"


SxSxSxSxS


Dia 30 de Outubro. Nessa noite, a família Potter realizaria o Feitiço Fidelius. Mas o que Sayuri mais temia aconteceria. Os Potter escolheriam um traidor como guardião do segredo, que os entregaria nas mãos do Lord das Trevas, deixando-a sem esperanças de um dia ver novamente o sorriso no rosto de seu marido.

Voldemort faria o ataque na noite de Halloween, pretendia aproveitar-se da energia mágica presente nesta noite, fazendo com que seu poder se acentuasse e os feitiços fossem mais eficazes. A Ordem não sabia se sairiam vitoriosos, mas tinham suas esperanças depositadas nas pequeninas mãos de Harry, mesmo sem saberem que seria ele o garoto-que-sobriveveria-graças-a-outro-feitiço. Ela não poderia mais voltar atrás. A vida daquele menino, e o futuro de todo o mundo bruxo dependiam daquele feitiço.

Severus estava mais uma vez ao serviço do Lord dando os toques finais na poção que o faria "forte". Sayuri sabia que essa poção seria muito importante na vitória da Ordem, mesmo que temporária. Ajudava seu marido com seus conhecimentos em Herbologia, e cuidava dele quando voltava ferido desses encontros. Sayuri sentia-se sozinha, angustiada e triste. Queria muito ver o rosto de seu marido, abraçá-lo, dizer o quanto o amava, mas isso teria que esperar até que ele voltasse, e se voltasse.

Sentou-se na cadeira de balanço que ganhara de presente do seu padrinho, e balançando-se murmurava uma música... uma canção de ninar que sua mãe cantava para ela e sua irmã quando eram pequenas. Acariciando o ventre onde a pequena Beatriz dormia, ela pensou em todos os momentos que dividiu com Severus, e chegou a conclusão de que eles eram uma família feliz e amada.

Cochilou por algum tempo, acordou num susto pensando ser um ataque, mas tranqüilizou-se ao perceber o pequeno elfo doméstico que chegara trazendo seu jantar. O dia tinha passado e ela nem sentiu.

Jantou, pois percebeu estar com muita fome. Leu um livro em voz alta para Beatriz, e decidiu tomar um banho para esperar Severus. Encheu a banheira, colocou os sais de que mais gostava e entrou na água quente, relaxando todos seus músculos. Ficou um tempo imóvel, apenas desfrutando do calor da água, mas mesmo assim não conseguiu conter as incertezas, o receio, e a solidão.

'Como queria que Severus estivesse aqui...'

"Eu estou aqui. O que foi? Você está pálida!" ele a levantou da água, enrolou-a numa toalha e carregou-a até a cama onde sentou-se e colocou-a em seu colo, envolvendo-a em seus braços.

"Só estou com um pressentimento ruim. Apenas isso." Tentou sorrir, mas era impossível. Suplicando com o olhar, ela disse "Me ama."

Severus não precisava responder, pois sentia o mesmo receio, a mesma incerteza, e a mesma solidão. Deitou-a na cama e tirou-lhe a toalha que cobria o corpo belo de sua esposa. Fitou-a por alguns minutos, tentando gravar na memória todas as curvas, o corpo dela mudando, transformando-se para abrigar o pequeno milagre deles durante essa guerra. Despiu-se vagarosamente, sendo observado por olhos cor de chocolate, atentos, também gravando na memória seu corpo.

Amaram-se com suavidade, desejando que esse momento nunca terminasse, pois teriam que enfrentar a realidade de uma guerra, onde haveria destruição, mortes e tristeza.

Para Severus, esse momento lhe daria forças para prosseguir. Para Sayuri, era um adeus.


SsSsSsSsS


Gente! Desculpa! Desculpa mesmo! Sei que abandonei vocês por meses, mas a vida real é nada fácil.

Bom, sei que tá curtinho, mas achei melhor parar aqui, é mais angustiante. E como minha beta disse...é uma maldade sem tamanho!

Espero que me perdoem, e que deixem suas reclamações apertando um botãozinho roxo logo abaixo, sim?

Para a Sheyla, sem vc o q seria de mim? Essa fic é um pouco sua também! hihi

E Aninha suricaty, vc é que me disse "até q enfim!", então vai pra vc tbm!

E nada disso me pertence, e se quiserem me processar só levarão de mim 13,97 reais.

Fui!

Yne-chan.