Capítulo
16: Torre Eiffel, de bombas à desmaios
Gina
já dava seu vigésimo suspiro quando Draco saiu do
banho:
-E
o mapa? –Draco perguntou.
A
Weasley que estivera admirando de cima para baixo os 300 majestosos
metros da torre, virou-se para Draco:
-Nada
novo. –ela respondeu e percebeu que ele estava de toalha.
O
loiro teve que se esforçar para não dar um sorriso
vitorioso quando viu Gina passar a língua involuntariamente
pelos lábios ao olhá-lo:
-O
que foi? Draco perguntou soando inocente.
-N-nada.
–Gina se apressou a responder –Apenas estava imaginando o porque
de você não se trocar dentro do banheiro já que
eu estou aqui.
-Esqueci
de pegar minhas roupas, não costumo me trocar dentro do
banheiro. –ele disse pegando roupas em sua mala –Isso te
incomoda?
"Sim,
isso me incomoda muito. Esse seu corpo de deus grego me faz babar que
nem uma idiota. Fico dividida entre a vontade de te agarrar ou de te
esganar por provocar em mim tamanho desejo." Ela pensou evitando
contato visual.
-Me
incomoda demais essa sua pretensão de achar que quero vê-lo
seminu.
-Não
foi de propósito. –ele disse parecendo mortalmente sério
e entrou no banheiro de novo.
Ao
ver a porta se fechar Gina começou a se abanar.
"Maldito
Malfoy! Como eu posso me sentir tão atraída por ele?
Você ainda me paga."
Poucos
minutos se passaram e Draco saiu do banheiro, dessa vez vestido com
uma calça jeans preta, camisa branca e tênis
preto:
-Está
a pensar em quê? –Draco perguntou curioso.
-Vamos
sair? –ela perguntou para ele –Tem vários lugares em que
podemos ir.
-Tudo
bem, podemos sair juntos. –Draco respondeu indiferente –Quer ir
agora?
-Sim,
é claro!
Os
dois haviam acabado de passar pelas portas duplas do hotel quando
Draco perguntou:
-Aonde
gostaria de ir primeiro?
-Adivinha!
–Gina respondeu sorrindo feliz.
"Sorriso
lindo." Draco pensou e viu Gina desviar o olhar "Merda! Ela deve
ter lido esse pensamento, preciso ser mais cauteloso."
Ele
agiu como se nada tivesse acontecido:
-Vamos
até a Torre Eiffel então e depois poderíamos
almoçar.
Como
Gina nada respondeu, Draco começou a andar e a ruiva então
o seguiu.
Paris
era uma cidade fabulosa, Gina não sabia para onde deveria
olhar primeiro.
-Gostando
de Paris? –Draco perguntou mais para puxar assunto do que outra
coisa.
-Eu
te disse que sempre quis vir aqui, mas... –ela parou abruptamente
de falar.
-Mas
o quê? –ele perguntou curioso.
-Eu
nunca imaginei que viria aqui com você. Na verdade eu... –ela
parou de novo.
-Na
verdade você o quê? –ele perguntou encorajando-a
continuar.
-Você
vai rir de mim. –Gina disse um pouco sem graça.
-Prometo
que não. –Draco respondeu ansiando a resposta dela.
-Tá
bom então. Hum...é que acontece que eu sonhava há
anos viajar para cá com um namorado.
-Imaginava
que viria com o Potter, não? –Draco perguntou deixando claro
em seu tom o desagrado de falar de Harry.
-Sim,
eu imaginava. Mas isso é passado...delírios de uma
adolescente.
-Mas
você está aqui em Paris e com uma companhia muito melhor
do que o "Cara-cicatriz".
-Já
te disseram que você é muito convencido?
-Eu
digo isso a mim mesmo diariamente.
Gina
deu um meneio de cabeça para mostrar o descontentamento ao
ouvir a resposta dele.
"Eu
odeio esse jeito convencido que ele tem!" ela pensou e não
falou mais com ele até chegarem bem próximos da
torre.
-Olhe
quantos turistas. –a ruiva comentou.
-Ah
é? Olhe para o tamanho dessa fila! Eu ODEIO ficar em filas,
pode dar meia volta e esquecer da idéia.
-Mas
eu quero subir ao topo dela! Dê um desconto, há muitos
turistas porque estamos perto do reveillon.
-Fora
de cogitação eu esperar essa fila andar para pegar o
maldito elevador. –disse em tom definitivo e Gina juntou as mãos
e o olhou de um jeito inocente de modo a pedir por favor, fazendo com
que ele reconsiderasse um pouco –Sinto, mas não fico nessa
fila nem morto! –a ruiva abriu a boca para reclamar, mas ele
continuou a falar –Tive uma idéia.
-Idéia?
–ela perguntou confusa.
-Já
volto, não saia daqui nem que veja algo absurdo...a não
ser que você não queira mais subir na torre.
-Claro
que quero, te esperarei aqui. –ela concordou e ele se afastou
andando a passos largos.
A
pobre Weasley foi para o último lugar da fila, que a propósito
parecia ter umas 300 pessoas. Os minutos se passaram com ela
ignorando os olhares cobiçosos de alguns caras, até que
ela ouviu a voz de Draco magicamente ampliada (como se ele estivesse
falando em um megafone) sabe-se lá vinda de onde:
-Atenção!
Atenção! –ele falava (gritava) em um francês
perfeito –Fomos informados de que há uma bomba no topo da
Torre Eiffel, -as pessoas começaram a se apavorar –a área
deve ser imediatamente evacuada para inspeção de
profissionais. Isto não é um treinamento, repito, isso
não é um treinamento. As pessoas devem se afastar
imediatamente do local.
"Eu
não acredito nisso! Como é que o Malfoy faz uma coisa
dessas?" Gina pensou vendo a zona em que o lugar havia se
transformado.
As
pessoas corriam para longe e algumas gritavam. Em meio ao tropel,
Gina pôde avistar Draco vindo até ela:
-É
isso o que você chama de solução? –ela
perguntou incrédula quando o loiro chegou à sua
frente.
-Não,
é o que eu chamo de distração. –ele respondeu
indiferente.
-É
o que eu chamo de confusão. E que confusão! Você
criou um furdúncio enorme Draco! E pra que isso?
-Para
subirmos na torre. –respondeu como se fosse óbvio.
-Não
vão nos deixar subir, você disse pra todos se afastarem
e deixarem a situação ser controlada por
profissionais.
-Bingo!
É aí que está. Nós seremos os
profissionais. –Draco disse puxando Gina em direção a
torre –Não usaremos nossos verdadeiros nomes é claro.
Nós seremos detetives do esquadrão anti-bombas. Você
será Lindsay Mcdogall e eu serei Louis...oh sei lá, vou
usar o meu sobrenome então, é francês
mesmo.
-Acho
melhor não usar seu sobrenome ou irá se meter em
confusão. –Gina o alertou.
-O.k.
Eu darei um jeito. –disse, deu os últimos dez passos e parou
na frente do segurança que guardava a torre.
-Não
ouviram o aviso? Devem se retirar imediatamente daqui. As autoridades
já devem estar a caminho. –o homem falou em
francês.
-Acontece
que nós somos as autoridades. –Draco respondeu (em francês
também) se referindo a ele mesmo e Gina.
-Oh
sim e eu sou o Papai Noel. Quem são vocês? Turistas
impertinentes ou repórteres oportunistas?
-Está
vendo alguma câmera? –Draco perguntou fechando a cara e
continuou –Pode me chamar de Louis, o audacioso, é como
todos os meus subordinados do esquadrão anti-bombas me chamam
e essa é a minha principal funcionária, a srta. Lindsay
Mcdogall.
-Se
são do esquadrão anti-bombas, por que estão
vestindo essas roupas? Não são essas roupas que são
utilizadas pelo esquadrão. Cadê os uniformes
tradicionais?
-Hoje
era dia de folga pra mim e Lindsay, nós estávamos
passeando quando o meu celular tocou e me avisaram do ocorrido.
Viemos o mais depressa possível e não deu tempo de
trocarmos de roupas. Ou você acha que eu uso aquele uniforme 24
horas por dia?
O
segurança não era tão fácil assim de se
enganar, Gina percebeu o olhar desconfiado que ele ainda lançava
para ela e Draco:
-Então
mostrem-me as suas credenciais. –ele exigiu.
-Que
parte de "era o meu dia de folga" você não entendeu?
–Draco perguntou já começando a se irritar –Não
podia imaginar que eu e Lindsay seríamos convocados de uma
hora pra outra.
-Porque
a srta. Mcdogall está tão calada sobre o assunto? –o
segurança perguntou olhando para Gina.
-Ela
é inglesa, mudou-se a pouco tempo para a França e por
isso ainda não sabe falar francês.
-É
verdade que são do esquadrão anti-bombas, srta.
Mcdogall? –ele perguntou dessa vez em inglês.
-Sim,
nós somos e estamos aqui para fazermos o nosso trabalho. Mas
acontece que uma certa 'parede humana' não está
permitindo. –Gina disse fuzilando o segurança com o olhar
–Deixe-nos passar ou será o responsável pela
destruição de um dos monumentos mais conhecidos do
mundo e que é também o símbolo do seu país.
Vai querer apodrecer na cadeia por isso ou vai nos deixar desarmar a
maldita bomba?
-Então
subam de uma vez. –o segurança falou mais do que contrariado
enquanto dava passagem para "Lindsay" e "Louis".
Gina
apertou o botão do elevador panorâmico e Draco perguntou
para o segurança:
-Não
há ninguém lá em cima, há?
-Não,
já tirei os visitantes que estavam lá em cima e tenho
que acrescentar que não vi bomba alguma.
-Os
terroristas são ardilosos para esconderem bombas, mas não
se preocupe. Iremos desarmá-la. –Draco disse e entrou com
Gina no elevador.
-Você
simplesmente perdeu o juízo! Não há nenhuma
bomba lá em cima. –Gina disse assim que as portas se
fecharam e eles começaram a subir.
-Eu
sei. Não há agora, mas vai haver.
A
ruiva olhou muito séria pra ele:
-No
que está pensando? Ficou maluco de vez? Não que eu
duvidasse antes, mas agora deixou óbvio pra mim ver.
-Eu
invento toda essas história para podermos subir na torre e
você vem duvidando da minha sanidade? O mínimo que
poderia fazer era agradecer e confiar em mim. –o loiro disse e viu
Gina o encarando preocupada –Não fique assim, não há
motivo. Tudo ficará bem.
-Sério?
-Hum-hum.
E a propósito você mente muito bem quando quer, gostei
particularmente de quando insinuou que o cara apodreceria na cadeia.
Tenho que reconhecer que foi uma jogada de mestre ameaçá-lo
desse jeito. –Draco comentou.
A
expressão no rosto de Gina de desanuviou e ela não pôde
deixar de sorrir. Um sorriso vacilante, é verdade, mas ainda
assim um sorriso:
-Você
fez tudo isso por eu querer vir até aqui ou por que não
queria esperar na fila de jeito nenhum? –ela perguntou observando o
rio Sena.
Draco
lembrou-se do que planejara anteriormente: ser legal, mas não
a ponto de insinuar 2as intenções. Por isso considerou
e pesou a pergunta por alguns segundos antes de finalmente
responder:
-Um
pouco de cada.
Nesse
momento a porta do elevador se abriu e eles saíram para
admirar a Paris que se estendia a seus pés:
-Linda,
realmente uma paisagem explêndida. Mas e quanto a
bomba?
-Sinceramente
eu não te entendo Virgínia. Você queria tanto vir
aqui e agora que conseguiu fica aí se preocupando à
toa. É uma oportunidade única, então eu sugiro
que você relaxe e curta a visão que você tanto
queria. –Draco falou seriamente.
-Mas...
-Não
tem mas nenhum! Se você não aproveitar esse momento, eu
sou capaz de te jogar lá embaixo, entendeu?
Gina
respirou fundo:
-O.k.,
você venceu. –ela disse se apoiando em uma barra e observando
vários lugares.
Draco
também ficou olhando, ele estava do lado de Gina e parecia
perdido em pensamentos.
"Que
perda de tempo essa minha nova tática. Não está
adiantando nada não dar em cima da Weasley. Mas também
eu não posso esperar que ela se arraste aos meus pés em
tão pouco tempo. Preciso ser paciente...humpf, coisa que com
certeza eu não sou. Eu simplesmente ODEIO ter que esperar.
Quando quero algo, quero pra ontem. Que droga! Pelo jeito terei que
ter paciência e esperar." Ele pensou e então olhou
para o rosto satisfeito e sonhador que Gina ostentava.
-O
que foi Draco? –ela perguntou percebendo o olhar dele fixo em
si.
-Quero
saber como se sente ao olhar pra tudo isso..
-estou
me sentindo estranha. Feliz, mas estranha. É mais alto do que
pensava, estou com um pouco de tontura. –ela disse parecendo mais
pálida que o normal.
Draco
percebeu Gina oscilando nos próprios pés e então
a segurou junto se si (uma mão na cintura e outra nas costas).
A ruiva levantou a cabeça e seus olhos castanhos encontraram
os cinzentos de Draco. Ele passou uma mão pelos cabelos ruivos
dela. Os olhos da Weasley (apesar dela estar se sentindo meio mal)
tinham um tipo de brilho, os lábios dela estavam entreabertos
e pareciam implorar pelos de Draco.
Ao
olhar para ela, o loiro sentiu-se perdido e como se um imã o
atraísse na direção dela. O Malfoy ficou mais do
que tentado a beijar Gina.
"...o
que é que eu estou pensando? Não acredito que eu quero
beijar o Malfoy! Ai esses olhos misteriosos! Não me torture
mais!" Gina pensou, Draco conseguiu ler e se esforçou para
manter-se sério.
"Então
a Gininha quer um beijo...Droga! Não posso negar que também
não gostaria." Ele pensou e a Weasley também pôde
saber o que se passava na mente dele.
Draco
desviou o olhar.
"Não
vou beijá-la agora que ela quer, mesmo que isso me custe todo
o auto-controle. É pra Gina ficar comendo na minha mão
e não o contrário. Vou continuar agindo como se não
me importasse em seduzí-la."
-Você
está bem? –ele perguntou afastando seu corpo do da ruiva,
mas ainda assim segurando-a caso ela tivesse um eventual
desmaio.
-Está
tudo bem, é apenas uma fraqueza repentina seguida por
tonteira. Pode me soltar, eu não corro o risco de desabar no
chão a qualquer momento e mesmo que corresse, eu não
sou nenhuma boneca de porcelana que pode se quebrar com qualquer
coisa.
-Tem
certeza? –Draco perguntou olhando para as feições
ainda um tanto pálidas de Gina, a ruiva fez que sim e ele a
soltou –Olhe lá hein Virgínia! Você tem se
alimentado direito? Eu não quero ter que servir de... –nesse
instante o estômago dele roncou –Já sei o porque dessa
fraqueza. Estamos sem comer desde o almoço de ontem. Eu comi
bem, mas você tem aquela MANIA DE NÃO PEGAR MUITA
COMIDA.
-Deve
ter sido por isso mesmo. –ela concordou –Mas eu não
esperava ter que ficar tanto sem comer.
-Pare
de falar em comer! –Draco reclamou –Meu estômago está
roncando e eu estou morrendo de fome. Vamos embora. –disse já
indo em direção ao elevador.
-Mas
Draco! E a bomba?
Ele
parou no meio do caminho e virou-se para ela:
-Droga!
Havia me esquecido disso. –disse fechando os olhos e começando
a pensar no que fazer.
Depois
de um curto espaço de tempo ele conjurou uma estrutura
metálica maciça do tamanho de uma caixa de fósforos.
Notava-se nela um relógio em contagem regressiva. Gina olhou
para o objeto de forma apreensiva:
-Isso
não é uma bomba de verdade, é?
-Receio
que seja. –ele respondeu sério olhando para o relógio
que já marcava um minuto.
-Pelas
barbas de Merlin! Malfoy você é louco e quer nos matar!
Temos que abrir essa bomba e desativarmos. –ela disse conjurando
uma pequena chave de fenda e um alicate de eletricista em
miniatura.
-Não
seja idiota Weasley! É claro que não quero NOS
matar.
-Dê-me
essa bomba, rápido!
Draco
hesitou:
-O
quê?
-ME
DÊ ESSA PORRA DE UMA VEZ ANTES QUE VOEMOS PELOS ARES!
Sem
pestanejar o loiro passou-lhe a bomba. Gina rapidamente tratou de
desrosquear a tampa e viu dois fios (um vermelho e outro azul) sobre
o que parecia um chip complexo:
-O
que está esperando? –Draco perguntou já quase
arrancando os próprios cabelos em sinal de extrema preocupação
–Faltam apenas 18 segundos, desative logo essa coisa!
-Eu
não sei qual fio cortar. –ela confessou agora beirando o
desespero.
-São
apenas dois! ESCOLHA UM DELES!
Ela
respirou fundo...10 segundos... "Azul é a cor do céu
e do mar"...9 segundos... "Vermelho são rosas, amor e
sangue"...8 segundos... "Oh meu Deus! O que escolho?"...7
segundos... "Não quero morrer!"...6 segundos... "Azul
me leva a cantar"...5 segundos... "Vermelho me leva a amar"...4
segundos...
-WEASLEY!
FAÇA ALGUMA COISA!
Três
segundos e Gina se decidiu.
"Eu
escolho amar". Ela pensou e cortou o fio vermelho.
O
relógio paralisou em 2 segundos e ela respirou
aliviada:
-achei
que ia morrer. –ela disse e desabou desacordada nos braços
de Draco.
-Mais
essa! Eu não acredito que a Weasley desmaiou... Acorde
Virgínia! –ele chamou -Mas que saco! –disse e puxou a
varinha de suas vestes com uma mão enquanto segurava Gina com
a outra –Enervate!
Gina
abriu os olhos e piscou algumas vezes antes de olhar para o loiro que
a segurava, quando ela se deu conta da situação, ficou
vermelha de vergonha.
"Droga!
Eu tinha que ter desmaiado?" ela perguntou-se.
-Vamos
sair daqui. –foi a única coisa que conseguiu dizer.
Draco
se abaixou para pegar a bomba que estava no chão e colocou-a
em um bolso da calça. Gina começou a andar meio
oscilante na direção do elevador, mas Draco a deteve
pelo braço.
-Me
solta Malfoy! Eu posso andar sozinha. –a ruiva disse irritada com
ele.
-Não,
não mesmo Virgínia. A última vez que disse que
eu podia soltá-la, eu soltei. Mas agora é diferente,
você desmaiou.
-Isso
não faz de mim uma inválida! –respondeu
indignada.
-Engula
o seu orgulho, pois eu vou ajudá-la.
-Não
vai não! –teimou.
-Ótimo!
Sou eu quem está com a bomba e não sairemos daqui
enquanto não concordar.
-Ótimo
também. –respondeu parecendo indiferente.
Draco
sorriu debochado:
-Será
que não está com fome Virgínia? Se continuar sem
comer, irá desmaiar de novo. É isso o que quer?
Gina
bufou e disse resignada:
-O.k.,
você venceu.
Ele
sorriu novamente e se aproximou dela. Passou um dos braços da
ruiva por trás de seu pescoço:
-Apoie-se
em mim. –ele disse segurando-a pela cintura.
Foram
andando juntos para o elevador e Gina percebeu a situação
desconfortável de Draco (ele era consideravelmente mais alto
que ela e tinha que se curvar para que ela pudesse se apoiar
direito):
-Por
quê? –ela perguntou.
-Por
que o quê? –Draco perguntou simplesmente.
-Por
que está fazendo isso Malfoy? –ela perguntou de cara
amarrada –Me ajudando.
-Você
acabou de responder. Estou fazendo isso para te ajudar. –disse e os
dois entraram no elevador.
Gina
revirou os olhos em tédio:
-Sabe
do que estou falando. –como ele nada disse a respeito disso, ela
continuou – Então por que está me ajudando? Não
é obrigado a fazer isso. Você nem ao menos se preocupa
comigo Malfoy.
Draco
então olhou intensamente dentro dos olhos de Gina, o rosto
dele inexpressivo:
-Não
me conhece tanto quanto acha, Virgínia. Talvez eu me importe
mais do que pensa...Weasley. –disse dando ênfase ao sobrenome
dela.
