- ... E nunca se esqueçam que não admitimos lamechices nos cantos escuros do Banco. Dá má imagem. Namoro entre funcionários nunca dá certo. Devia haver uma cláusula para isso. Se o teu rendimento, Weasley, ou o seu, Miss Delacour, diminuir um knut que seja, eu...

Bill revirou os olhos, deixando de ouvir o "aviso delicado" do duende. Um sorriso aflorou-lhe nos lábios ao relembrar o começo de tudo, apenas duas semanas antes. Fleur não recuara e até correspondera ao beijo. Fora algo de diferente, de surreal... algo suficientemente forte para que...

- É disto que eu estava a falar! – a voz roufenha e irritada do duende interrompeu-lhe os pensamentos. – Esse sorriso idiota, esse ar apatetado! É disso que eu falo! Isso assusta os clientes!

- Peço desculpa, não volta a acontecer – respondeu Bill, adoptando um tom profissional. Mas não pode evitar um pequeno sorriso com a imagem que lhe invadira o espírito...

Os dias haviam passado tão rapidamente, com Fleur a seu lado... Não se importava com as lojas que fechavam na Diagon-Al, não reparava nas pessoas desaparecidas, não se arrepiava com a ideia dos Dementors soltos por Londres... Tudo isso lhe parecia distante e muito menos importante do que ele e Fleur.

Nessa tarde, em que nenhum dos dois tinha de trabalhar, resolveram passar por Londres, de mãos dadas, como dois garotos. Bêbados um no outro, caminharam sem destino, sendo levados inconscientemente até às margens do rio onde tudo começara.

- Oh, meu, isto só pode querer dizer que é agora... que é o momento certo... – pensou Bill, sentindo o peso da aliança ainda encaixada que transportava no manto.

Ainda não se passara assim tanto tempo desde que se haviam conhecido, mas Bill sabia que Fleur era a rapariga certa e, afinal, nos tempos que corriam, sabia que não poderia esperar muito tempo, pois o dia seguinte poderia ser o último para qualquer um dos dois.

- Erg, Fleur?

- Bill?

O ruivo parou, pensativo. Respirou fundo várias vezes, sem largar a mão da namorada.

- Billy? Estás bem? – perguntou Fleur, sem perceber o momento.

Bill ajoelhou-se, lentamente, na frente de Fleur. Ergueu-lhe a mão à altura da cabeça, e sorriu-lhe, enquanto tirava do bolso uma caixinha de veludo azul.

E, num desses bons momentos,
houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela:
'Sabes Cinderela, eu gosto de ti...'

- Eu amo-te, Fleur. – disse Bill, abrindo desajeitadamente a caixa só com uma mão. – Casas comigo?

- Oh, Bill... – Fleur olhou-o intensamente com os seus olhos azuis e, finalmente, murmurou – Clarrrô, Bill, clarrrô!

Então, bate, bate, coração

Louco, louco de ilusão

A idade assim, não tem valor

Crescer, vai dar tempo para aprender

Vai dar tempo para viver

O teu primeiro amor...


N/A: E...FIM! Esperamos que tenham gostado (os aplausos podem vir no mar de reviews que vão deixar –cofcof), e que não se esqueçam de aparecer no casamento! Respostas aos nossos caríssimos fãs: Lua Azul: Absolutamente de acordo! Nós também queremos um ruivo daqueles (a Elyon preferia o Fred, mas isso é pormenor)! Como é que te correram os exames? Esperamos que tenhas gostado! Hermy: Nós também gostamos mais do segundo, principalmente por se parecer com a Dama e o Vagabundo misturados com a Pequena Sereia! (Só que na Ariel ele não a beija, mas ok). E... Vá, deixa lá uma outra review a estas meninas que te adoram – cofcof. Beijos!