PEQUENOS GRANDES PROBLEMAS – VERSÃO 2.0
CAPÍTULO 01 – MEET YO-TAN BABY
Domingo, 4:30 da manhã...
Depois de muito errar o buraco da fechadura, um bêbado conhecido finalmente acerta, entra em casa e tranca a porta. Yohji Kudou está torto, foi uma noitada das boas, muita mulher bonita, muita bebida rolando...
-E o melhor (hic), quando eu acordar ainda vai ser domingo, não tenho nada me esperando... (hic).
Com um olho fechado, para ver se acertava o caminho (é muito difícil ter que descobrir qual dos dois é o certo, gente!) foi cambaleando até a escada. Mas voltou para a cozinha.
-Vou (hic) levar uma garrafa d'água pro meu quarto, que é ba (hic) ba (hic) tata! Eu durmo e sonho com um deserto, acordo morrendo de sede... E eu não vou sair daquela cama tão cedo, oh, não, não, não senhor...
Abriu a porta da geladeira, enfiou a cabeça lá dentro, procurando a garrafa de água que o Ken usava nos treinos. Puxou um frasco cheio de um liquido amarelo, procurou ler o rótulo. (À toa, né? Se fosse só pela pouca luminosidade da cozinha, até vai. Mas penumbra e a vista de bêbado...)
-Deve ser Gatorade de maracujá. – decidiu ele, desistindo após alguns minutos. E foi para seu merecido descanso.
Algumas horas depois, Ken levantou-se, fez um café da manhã reforçado e um pouco antes dele sair para jogar, Omi também se levantou. Olhando para a mesa, o loirinho se lembrou de algo importante:
-Comprei ricota fresca ontem, não quer?
-Putz, que bom. Quero.
-Vou pegar na geladeira...
O arqueiro abriu o refrigerador, se abaixou pra pegar o queijo e olhou distraidamente para a fileira de garrafinhas no fundo. Quando acabou de por o prato na mesa, levantou-se de novo e abriu a geladeira outra vez, agora prestando atenção.
-Que foi?
-Tá faltando uma das garrafinhas do nosso rejuvenescedor...
-Ah, eu quebrei o bocal de uma delas ontem, esqueci de te contar. Pra não perder o líquido eu coloquei num frasco de Gatorade. Como só eu que tomo isso nessa casa, não tem perigo...
-Nem de você tomar, Ken-kun?
-Fiz um "x" em vermelho bem grande nos dois lados... – riu o jogador. – HEY! Eu não sou daqueles atletas que só tem músculos mas não tem cérebro...
Aya entrou na cozinha enquanto eles estavam rindo.
-Acordaram de bom humor hoje...
-Ohayo, Aya-kun. Ken-kun estava defendendo seu lado de esportista... Que nem todos são 100 músculos e 0 cérebro...
-Ah, não precisa ser esportista pra não ter cérebro... Vide Kudou. Os poucos neurônios que funcionam devem estar conservados em álcool.
-Isso é só pra nos dizer que ele chegou tarde, ontem?
-Não. Isso é pra informar que ele chegou cedo, hoje. E caindo de bêbado.
-Como você sabe?
-Digamos que a trombada sutil que ele deu na minha porta me deu uma idéia.
Os dois garotos deram outra gargalhada e até Aya sorriu. Depois cada um foi cuidar da vida.
Mais tarde, quando eles se reuniram pra almoçar, Ken que abriu a geladeira pra pegar os refrigerantes. Ele olhou para a fileira de garrafinhas do rejuvenescedor das Scheirents, que Omi havia descoberto serem úteis para cuidar das plantas mais frágeis, e notou o pior: o frasco de Gatorade não estava mais lá.
-Omi? Omi, você já trocou o frasco de Gatorade por uma das garrafinhas normais?
-Não, ué. Você não me disse que o frasco tem umas marcas em vermelho? Então não tem necessidade de tirar ele daí. Por que?
-Porque ele sumiu.
Omi arregalou os olhos e a boca e abriu a geladeira. Aya parou atrás deles, curioso:
-Que aconteceu?
-Você não tomou Gatorade hoje, certo?
-Não. Você sabe que eu não gosto disso. Podem me explicar o que ta acontecendo?
Mas Omi estava com outra linha de pensamento:
-Yohji-kun chegou bêbado essa madrugada. Todo bêbado tem uma sede fenomenal...
-Essa não! – Ken colocou as mãos sobre a cabeça e ambos saíram correndo para o quarto do playboy.
Aya não teve outro remédio do que correr atrás deles. Ken abriu a porta do quarto de Yohji duma vez, mas nem chegou a entrar. Omi escutou o gemido dele e o empurrou de leve, para poder ter a mesma visão que o jogador tinha... O ruivo, mais alto, só teve que olhar por cima. Dormindo na cama de Yohji, estava uma criança, tão pequena quanto Aya tinha ficado, talvez até mais, loirinha, ressonando tranqüilamente, com a boca semi aberta...
N/A: Nyaaa... lá vamos nós de novo! Explicações e agradecimentos:
Eu detesto mesmo continuações. Acho que o que é bom, deve ser feito uma vez só e direito. Mas vou abrir uma exceção porque o plot era bom e porque minha companheira de escravidão merece um presentinho. (Vai soltar da minha perna agora, Kaline?) Agradeço a Evil, amor da minha vida e destravadora dos meus bloqueios de inspiração. Mozzie, as nossas conversas rendem muuito. Obrigada. Bem, logo mais, a atualização. 13/06/06.
