Capítulo 2
Missão: Juntar Mu e Aioria
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"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que
mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la".
(Clarice Lispector)
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Aioros estava em sua casa zodiacal, comendo alguma coisa que Kanon havia lhe preparado. Ele tinha que admitir que a comida dele era maravilhoso e que estava viciado.
- "Que combinação perfeita. Bonito, gostoso, bom de cama e ainda por cima sabe cozinhar" – pensou, colocando outra colherada na boca.
Sagitário olhou para o relógio vendo que já estava na hora de ir treinar os novos guerreiros, e agora tinha que escolher que turma iria pegar, pois Shion ordenou que cada cavaleiro de ouro pegasse alguns garotos, e todos teriam que treiná-los na arena logo de manhã. Talvez ele estivesse fazendo isso para tentar uni-los novamente.
Aioros colocou seu pranto em cima da pia e foi até o banheiro, cruzando-se com o seu empregado. O cavaleiro sorriu para o rapaz, que o cumprimentou e foi direto para a cozinha. Sagitário continuou seu percurso, teria que ficar arrumado e limpinho para ir até a arena, não que quisesse trair aqueles pirralhos novos, mas tinha que agradar e seduzir Kanon o máximo possível.
Entrando no banheiro, retirou toda sua roupa e tomou uma ducha rápida, lavando seus cabelos com um novo xampu muito cheiroso, que havia comprado no mercado. Minutos depois, fechou a torneira e saiu do Box, pegando a toalha e começando a se enxugar. Foi andando até o espelho pegando um pente, arrumando seus fios loiros para trás, vendo como estavam lisos por causa dos fios molhados, mas logo iriam enrolar. Quando terminou de arrumar seus cabelos, começou a escovar seus dentes.
A roupa já havia sido escolhida há um tempo, e ela estava em cima da pequena cômoda de mármore que havia ali, Aioros pegou uma calça azul clara, um pouco colada ao seu corpo, e por cima colocou um regata branca, que delineava todo seu tórax e abdome. Por fim trançou os fios de couro da sua sandália até os joelhos. Agora estava pronto para encarar seu amado namorado.
O dia estava perfeito, os ventos estavam refrescantes e o sol não estava tão forte como semana passada. Aioros começou a descer a longa escadaria, passando pela casa dos cavaleiros de ouro, vendo que não tinha ninguém ali, até que finalmente encontra Aldebaran em sua casa.
- Bom dia! – cumprimenta Aioros.
- Bom dia! Está atrasado também! – disse, acompanhando-o.
- O povo aqui é muito apressado! Eu não estou nem aí...
- Ah! Levar bronca... Ninguém merece.
- Ai! Daquele que vier falar alguma coisa para mim! – disse, mostrando-se determinado – ele vai tomar tantos palavrões que até vai ficar traumatizado!
Aldebaran começou a rir baixinho, tinha saudade daquele rapaz tão cheio de vida. Os dois continuaram a conversar, até que chegaram na arena, onde todos os cavaleiros de ouro estavam. E pela suas caras podia afirmar que ninguém ali estava de bom humor. Afinal, ninguém queria treinar pivetes.
- Está atrasado, Aioros! – alguém diz.
- Ah! Vai se ferrar, eu me atraso quando quiser... – disse, colocando as mãos na cintura.
- Então é assim que você fala comigo?
- Kanon? – sentiu um frio na barriga. Ele olhou para trás, encontrando aquele olhar irritado – ahh! Desculpa, eu me atrasei, pois estava conversando com meu empregado. Me perdoe, não vai acontecer mais – disse, quase se ajoelhando no chão.
- Vai tomar palavrões até ficar traumatizado, né? – diz aldebaran, começando a rir alto.
Aioros ficou tentando pedir desculpas para Kanon em um canto mais afastado. Os cavaleiros de ouro os observavam, pois não tinham nada melhor para fazer.
Marin aproxima-se lentamente de todos eles, chamando a atenção de todos, inclusive Aioros e Kanon, que já trocavam alguns amassos. Ela sorriu e disse:
- Eles estão chegando.
- Por que essa demora toda? – indaga Máscara da Morte, irritado.
- Eles não conhecem o santuário, e, aliás, o treino começa agora – disse, secamente.
- Marin – Aioria o chama.
- Sim?
- Viu o Seiya?
A garota sorriu por de trás da máscara e virou de costas, andando lentamente para longe dos cavaleiros, quando estava quase para sumir disse:
- Está vindo com os novos garotos...
Aioros olhou para o seu irmão, que parecia estar contente. Ele olhou para Kanon, que fez um "não" com a cabeça. Aquele ali não tinha jeito, isso provava o quanto Aioria estava apaixonado, pois ele não iria esquecer o Seiya tão de repente.
Vozes foram ouvidas, os novos garotos estavam se aproximando. Seiya os guiava, conversando com eles, quando chegaram até os cavaleiros de ouro, os garotos fizeram uma cara de decepção.
- Eles? – um deles indaga, apontando para Mu, com todo seu desprezo.
Os cavaleiros de ouro olham para Mu que ficou passado com aquilo e depois fuzilam o garotinho, que nem se importou. A fama dos cavaleiros de ouro era gigante, e na imaginação daquelas crianças, eles eram grandes, fortes, com rostos fortes e usavam armaduras. Mas não eram nada disso. Eram pessoas normais, usando roupas normais.
- Sim! São eles... – disse Seiya, rindo baixinho – são muito fortes! Foi por sorte que consegui sair vivo das doze casas, eles merecem respeito, então não os subestimem!
Todos os cavaleiros olharam para Seiya não acreditando que ele havia dito tudo aquilo. Depois se olharam entre si, vendo se tudo aquilo não era um sonho.
- "O que deu nesse garoto?" – pensou Saga, tossindo levemente.
- "Por Athena, ele bateu a cabeça" – pensou Aioros, olhando para Kanon, que estava perplexo.
Seiya sorriu e continuou a falar, fazendo todos se silenciarem.
- E é uma honra estarem treinando com eles, então aproveitem ao máximo, por estarem perto dos homens mais fortes do mundo!
Aquilo era demais, Seiya só podia estar tirando sarro da cara deles, mas ele falava tão sério, com tanta convicção, que ninguém ali disse nada.
- Mesmo? – indaga uma criança, olhando para Mu e para Shaka – esse loiro é cego, como pode me treinar?
Seiya respirou fundo e disse:
- Esse é o Shaka, um dos cavaleiros mais fortes e é também o mais próximo de Deus.
- Uau! – as crianças disseram em uníssono.
Shaka abriu seus olhos, encarando Seiya, vendo se aquele ali era o verdadeiro cavaleiro de pégaso. Eles estavam com vontade de perguntar se tudo aquilo era uma brincadeira, ou se Seiya havia caído e batido a cabeça, mas o cavaleiro de bronze sorriu e disse:
- Bom, eu vou indo agora. Se cuidem!
Aioria viu o cavaleiro se afastar dele rapidamente, queria correr atrás dele e tomá-lo nos braços e dizer as palavras apaixonadas que estavam em seu coração, entretanto tinha que dar atenção ao treinamento. Não podia ignorar uma ordem direta do grande mestre.
- Hei, tio... – uma criança, puxava a blusa de Milo.
- Hum? – olhou-a com curiosidade.
- Por que você tem um olhar tão triste?
- Er... – gaguejou, não sabia como uma criança que o vira pela primeira vez podia notar sua tristeza. Será que era tão evidente assim?
- Hei, pirralho! Sai fora – disse Mu, pois aquele ali era o mesmo menino que o apontou com desprezo.
- "Ai... ai... hoje o dia vai ser longo!" – pensou Saga, vendo o ânimo de todos.
O treinamento teve um final finalmente. Na verdade, não era um treinamento intensivo, era apenas por algumas horas, pois as crianças logo iriam treinar com seus mestres, os cavaleiros de ouro seriam como um reforço, ensinando tudo que sabiam, pois tinham muita experiência em batalha.
Aioros estava conversando com Mu em um canto bem tranqüilo do santuário. Eles estavam sentados no chão, aproveitando a sombra de uma generosa árvore.
- Verdade, aquele filme foi muito engraçado – disse Aioros – é a cara do Aioria, vou alugar para ele assistir, e você poderia ir ver junto com a gente.
- Ver de novo?
- Ah! O que é que tem de mal? Saiu o segundo volume sabia? Que tal, se eu fizer o Aioria assistir o primeiro volume, e depois a gente assiste o segundo?
Mu olhou-o de canto não entendendo o porquê do seu entusiasmo. Ele pensou um pouco e disse:
- É seria interessante.
- Isso! Então que tal amanhã a noite?
- Tudo bem... hei, Aioros, eu tenho que ir agora. Deixe Kiki treinando sozinho, preciso vê-lo – disse, se levantando.
- Claro – sorriu – vai lá!
O ariano foi se afastando sob o olhar de Aioros, que estava muito feliz por saber que o ariano gostava do seu irmão.
- "Nossa! Aioria seu idiota, o que você está pensando? O Mu é um ótimo partido, ah! Eu preciso juntar esses dois. Mas primeiro, preciso tirar o Seiya do caminho..."- pensou, se levantando, batendo a mão nas suas roupas, retirando toda a sujeira.
Sagitário foi andando lentamente até sua casa zodiacal, sentindo o cosmo de Kanon, que estava na casa de gêmeos. Primeiro iria buscar seu amado para terem uma tarde bem tranqüila juntos, e depois iria pensar em alguma coisa para juntar Mu e Aioria. No entanto, antes de tudo, tinha que alugar o filme.
Na casa de virgem, as coisas estavam quentes. O seu anfitrião estava muito entretido com sua visita, que era ninguém mais, ninguém menos que Ikki.
O casal estava no quarto, Ikki estava em cima do corpo de Shaka, segurando seus braços no alto da sua cabeça, enquanto falava um monte de coisas picantes em seu ouvido. Fênix deslizou seus lábios por sua bochecha indo até sua boca, tomando-a num beijo apaixonado, explorando-a com a língua, sentindo aquela cavidade quente e úmida recebê-lo muito bem. Quando se separou, olhou-o e viu que ele ainda estava com aquela carinha amuada.
- Shaka, você não é sério demais, estava brincando! – disse, tentando consertar o que havia dito minutos antes.
- Hum!
- Não fica assim, você é muito divertido.
- Hum!
- Hein! Pára com esses "Huns" – disse.
- Hum!
- Ahhh! Você me enlouquece...
- Hum...
- Já chega! Eu vou mostrar como essa indiferença vai embora rapidinho!
As mãos calorosas de Ikki soltaram os braços de Shaka, mas antes pediu que ele os deixasse ali, e ele foi descendo lentamente até seus tórax, erguendo seu corpo e sentando no abdome do loiro, que estava com os olhos bem abertos. Ikki sorriu de canto, pensando nas maldades que iria fazer com aquele anjo fogoso.
- Está gostando de treinar pirralhos, Shaka? – indagou, desabotoando o primeiro botão da sua camisa bege, lentamente.
- Hum! Não barulhentos demais... – disse, finalmente.
- Soube que eles só ficaram treinando durante algumas horas.
- Sim...
Ikki sorriu quando desabotoou todos os botões, ele abriu aquela camisa e puxou Shaka pela cintura, e retirou aquela peça de roupa. A cabeça de Shaka tombou para o lado, fazendo o acesso ao seu pescoço ficar mais facilitado para Ikki, que começava a lamber toda sua extensão. A língua de fênix começou a descer até o tórax do loiro, fazendo cair novamente na cama, deixando-se levar por aquela saliva quente que o envolvia por inteiro. Uma mão ansiosa parou em cima de um mamilo, começando a brincar com ele lentamente, virando-o para um lado, beliscando-o, torcendo-o até que ficasse bem vermelhinho. Sua língua deu uma passada de leve por ali, como se fosse um prêmio por ter agüentado aquela agressão.
O ar ficou mais quente, as bochechas de Shaka estavam vermelhas pelo calor que lhe subia. Ele não conseguiu deixar suas mãos paradas no alto de sua cabeça, como Ikki havia pedido. Ele as desceu lentamente encostando-se à cintura de Ikki, deslizando até suas nádegas, as apertando, mostrando seu desejo.
- Não consegue ficar comportado, não é mesmo, Shaka de virgem? – indaga, com um sorriso divertido.
- Hum... – não disse nada.
Ikki pegou aquelas mãos novamente e as levou no alto de sua cabeça, dizendo sedutoramente em seu ouvido:
- Não saia daí, ok? Ou eu vou ficar muito bravo...
E Ikki voltou sua atenção para o corpo do loiro, continuando a brincar com seus mamilos. Ficou lambendo, chupando e mordendo eles lentamente, e às vezes olhava para virgem. Estava se divertindo com tudo aquilo, adorando saber o que provocava em Shaka e de como tinha um grande poder sobre ele.
- Por que não tenta meditar agora? – indaga, provocante.
Shaka olhou-o de canto não gostando da pergunta, que soou mais como uma provocação. Ele resolveu que não iria deixar essa escapar, Ikki estava muito folgado. O loiro se movimenta em grande velocidade, ficando por cima de Ikki, segurando seus braços no alto de sua cabeça.
- Por que não tenta ficar de boca fechada? – indagou.
- Que braveza! – zombou – hei! Me solta... Vamos. Deixa eu lhe dar prazer.
- Não, você está se comportando muito mal.
- Por favor. Você irá ficar agradecido depois.
- Convencido! – disse, sorrindo.
- Eu sei do que gosta, então deixa eu lhe dar – disse, passando a língua pelos seus lábios numa forte provocação, que sabia que iria surtir algum efeito.
Shaka sentiu uma forte pontada no seu baixo ventre, ele respirou fundo e fechou os olhos, só imaginando o que Ikki iria fazer com ele, então soltou suas mãos e o olhou, se rendendo por completo. Fênix sorriu e se apoiou nos cotovelos, olhando-o nos olhos.
- Me diga Shaka...
- O que?
- Me diga... O que você quer que eu faça com você hoje? – indaga, agarrando seu membro, que estava escondido pelo fino tecido de pano.
- O que... Você quiser – disse, olhando para a mão atrevida e depois para Ikki.
Ikki sorriu, Shaka era simplesmente perfeito em tudo que fazia e dizia. Ele puxou o loiro pela nuca lhe dando um beijo forte, mostrando que nada poderia separar aqueles lábios. Sua língua forçou entrada, onde não havia resistência alguma, indo mexer com a outra língua que se movimentava junto com a sua, e depois começou a mover-se para outros cantos, sentindo o gosto daquela saliva que o envolvia. A língua de Shaka adentrou em sua boca, mas tinha pouco espaço, pois Ikki estava tomando conta de tudo ali, então se deixou levar, adorando ser dominado daquela forma.
As posições foram invertidas novamente. Ikki finalmente largou os lábios de Shaka e foi descendo por seu corpo, indo até seu baixo ventre, retirando a fina calça de pano que o loiro usava, revelando a grande ereção que se mostrava desejosa e dolorida. As mãos de Ikki trataram de cuidar daquela região, ele começou a manipular seu sexo lentamente, com um vai-e-vem ritmado, fazendo o coração de Shaka acelerar e suas bochechas ficarem mais rubras ainda.
O semblante calmo de Shaka sumiu, dando lugar para uma face carregada de prazer, o que era perfeito para Ikki. Ele foi se ajoelhando na cama, abrindo as pernas daquele anjo loiro lentamente, enfiando-se no meio delas, pegando aquele sexo em sua mão e colocando em sua boca. Sua língua logo envolveu aquele pedaço de carne que cresceu ainda mais. Ikki começou a movimentar sua cabeça para frente e para trás, chupando com força e velocidade, como Shaka gostava.
As mãos do loiro ficaram brancas pela força que se agarrava aos lençóis. Ele afundou sua cabeça no travesseiro, mirando o teto branco do seu quarto, se perdendo em seus sentimentos e prazeres. Seu corpo estava a ponto de explodir, gemidos altos deixavam sua garganta, mostrando o prazer eminente. O seu corpo tremia em leves espasmos, não demoraria muito para ter um fim àquele prazer alucinante, e foi o que aconteceu, Shaka gozou na boca de Ikki, gritando alto.
Após engolir parte daquele sêmen, Ikki olhou para o loiro que estava jogado na cama. Ele foi engatinhando até ele, puxando sua cabeça para frente e procurando seus lábios para mais um beijo. Foi muito bem recebido como todas às vezes, e agora podia sentir o gosto diferente do seu sêmen misturado com sua saliva, era tudo perfeito demais.
Os braços fortes e musculosos de Ikki puxaram Shaka, fazendo-o se sentar na cama. Ele foi se aproximando mais dele, passando as pernas de Shaka por cima das suas, fazendo sentar-se em seu colo. Ele sentiu os lábios do loiro atacarem seu pescoço, sentiu aquela língua serpentear por sua pele amorenada, o que para ele era perfeito. Enquanto Shaka lhe dava um banho de saliva, Ikki desliza sua mão até suas nádegas as apertando com força, mostrando que agora era sua vez.
Shaka gemeu baixinho ao sentir um dedo lhe invadir sem aviso, ele abriu mais as pernas e continuou a beijar fênix, desta vez indo até seus lábios, sugando-os lentamente, desejando cada vez mais. Outro dedo invadiu o seu corpo, fazendo Shaka suspirar, ele adorava tudo aquilo.
- Vem logo... – sussurrou em seu ouvido.
Ikki derreteu com aquela ordem, ele retirou aqueles dedos e segurou seu próprio membro, olhando para Shaka que lhe sorriu de canto e lhe deu um selo nos lábios. O loiro segurou o membro de Ikki, retirando a mão dele dali e o colocou na frente da sua entrada e começou a descer lentamente, sendo empurrado para baixo pelas mãos de Ikki que logo foram param na sua cintura. O loiro franziu o cenho ao sentir aquele grande membro lhe invadir, sentia dor, mas o prazer era muito maior, então continuou a sentar lentamente, adorando sentir-se preenchido por quem tanto amava.
Quando finalmente se uniram, Ikki deu um beijo carinhoso na testa de Shaka e lhe deu uma forte estocada iniciando um lento vai-e-vem. Shaka se arrumou melhor e começou a descer e subir seu corpo, fazendo suas mechas aloiradas moverem-se com seu corpo. Ikki fechou os olhos e jogou sua cabeça para trás, apoiando suas duas mãos para trás, segurando seu corpo. Agora ele podia olhar para aquele anjo maravilhoso carregado de luxúria permitir que ele, um ninguém na vida, usufruísse daquele corpo.
Ikki retirou Shaka de cima dele e o deitou na cama, mas logo o penetrou novamente, sentindo as pernas de virgem envolverem suas costas, fechando-se ali. Ele começou a penetrá-lo com força, saindo e entrando rapidamente, dando fortes trancos no corpo do outro. Eles estão tão juntos que o pênis de Shaka era esmagado pelo abdome de Ikki, lhe dando muito prazer. Fênix fechou os olhos e gemeu alto, sentindo o seu gozo, que veio com tudo, preenchendo o interior do loiro.
Fênix saiu de dentro daquele corpo, e olhou para Shaka, que ainda não havia se aliviado. Ele fecha sua mão em seu membro e começa a masturbá-lo, mas não levou muito tempo para que Shaka alcançasse seu segundo orgasmo naquele dia.
Depois de satisfeitos, os dois se deitam comportados na cama. Ikki abraçou Shaka, deitando sua cabeça no peito do loiro, que o aninhava carinhosamente.
- Shaka...
- Hum?
- Sabia que você é muito bom de cama.
- Hum! Então vai aprendendo...
- Ah! Que metido – disse – sorte minha!
- Agradeça.
- Shaka...
- Hum?
- Sabia que você é muito metido?
- Não.
- Pois é... Acho que você tem que ser menos.
- Isso te incomoda? – indagou, o encarando.
Ikki olhou-o e começou a rir.
- Shaka, Shaka, Shaka... Eu estou brincando – disse, dando um selo em seus lábios – agora pára com essa paranóia.
- Hum...
- Hei... Você não é metido.
- Hum...
Ikki sentou-se na cama e ficou olhando para Shaka, que já estava com os olhos fechados. Ele tocou em suas pálpebras e disse:
- Não é metido! Que complexo Shaka!
- Hum!
- Pára com esses malditos "Huns"! – disse – será que vou ter que lhe ensinar?
- Hum!
Ikki sorriu e jogou-se em cima daquele corpo, iniciando mais uma vez um jogo de perversidades.
Aioria estava sentado num canto qualquer da sua casa, ele estava olhando para uma pequena corrente de prata que havia ganhado do cavaleiro de bronze há dois meses atrás. Ele suspirou fundo sentindo-se sozinho naquela casa tão grande, e não tinha ninguém que podia mudar isso.
A atenção de Aioria foi quebrada, quando sentiu um cosmos muito familiar adentrar em sua casa, ele vai correndo até a sala, encontrando Seiya sentando num dos sofás.
- Boa noite, Aioria.
- Seiya? O que faz aqui? – perguntou, sentando-se ao seu lado.
- Estava sozinho, então vim lhe fazer uma visita. Somos amigos não somos?
- Ah! Claro, pode vir sempre! – disse, passando a mão pelos cabelos, mostrando um lindo sorriso nos lábios.
- Fique para o jantar... – disse Aioria – eu vou pedir para meu empregado comprar algo.
Seiya sorriu, adorando ver como Aioria ainda estava encantado por ele. O cavaleiro de bronze passa sua mão pelo rosto do leonino, deslizando até seus lábios e com um dedo começou a contorná-los. Aioria fechou os olhos sentindo todas àquelas carícias.
- O que acha de irmos para o quarto, bem melhor, não é mesmo. Meu leão! – sussurrou em seu ouvido.
Aioria se arrepiou todinho, ele olhou para Seiya não entendendo nada, entretanto não queria pensar, os sentimentos estavam a flor da pele, queria mais do que tudo ter ele de volta. Aioria puxou sua nuca na sua direção e tomou seus lábios, devorando-os, matando toda a sua saudade.
O leonino se levantou e o pegou no colo, levando-o para o quarto como Seiya havia sugerido. Quando entrou, jogou-o na cama e subiu em cima dele como um felino.
- "Bom Aioria, muito bom... fique onde eu quero...!" – pensou, sentindo aqueles lábios deslizarem por seu pescoço.
- Estava com tanta saudade. Não me abandone mais...
- Aioria, posso te pedir algo?
- O que? – indaga, continuando a beijá-lo.
- Me deixe ficar com você...
- Ah! Claro Seiya, claro... Fique comigo, eu irei te proteger sempre – disse, quase explodindo de alegria.
- Me proteger? Bom... muito bom! – sorriu – Aioria... Vem pra mim, me tome como antes, estava com saudade!
Aioria estava tão excitado que se algo o interrompesse agora ele iria explodir. Mesmo que Seiya pedisse para ele parar ele não iria. Ele continuou a beijá-lo, até que suas mãos começaram a rasgar toda sua roupa, deixando-o nu rapidamente.
- Pára Aioria – Seiya pediu.
- O que? – não entendeu.
- Deixe-me ir...
- Mas... está louco?
- Agora!
- Não! – irritou-se.
- Me solta Aioria – gritou.
O leonino não entendeu o que ele queria, mas ele não parou e agora queria mostrar que ele não era brinquedo. Aioria o agarrou e começou a beijá-lo, e Seiya começou a gritar, chorando, berrando, fazendo todo o santuário prestar atenção na casa de leão.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?
Aioria olha para a porta do seu quarto, encontrando Aioros, Kanon, Milo e Mu que vieram correndo. Eles olharam para Seiya que estava jogado na cama, e para Aioria que parecia estar enfurecido.
- O que está fazendo Aioria? – Mu indaga, perplexo.
- VOCÊ ESTÁ DOIDO? – indaga Aioros.
- Pára de gritar Aioros! – disse Kanon, o segurando.
Aioria se senta na cama olha para o chão, sentindo-se envergonhado. Mu olhou para o leonino, sentindo nojo dele, e foi andando até um roupão que tinha jogado em uma cômoda. Ele foi até Seiya colocando o roupão no garoto, e o ajudando a se levantar.
- Aioria está louco, eu só vim dar o recado do mestre Shion para ele. Mas ele me atacou! – disse, com uma olhar de dar pena.
Todos os cavaleiros presentes não sabiam o que fazer ou dizer, Seiya parecia estar dizendo a verdade e Aioria estava em silêncio. E quem cala consente.
- Espera! O Aioria é tudo, menos um estuprador. Você deve tê-lo provocado – disse Milo.
- Eu? Acha que eu viria aqui para ser violentado? Acha que eu gosto disso? Por mais que me detestem, por mais chato que eu seja, isso não quer dizer que eu goste de apanhar e ser violado! – gritou Seiya, com lágrimas nos olhos.
Aioria ficou sem saber o que falar, ele estava com o coração despedaçado. O que Seiya queria afinal? Era tanto mistério, ele não estava entendendo nada. O leonino se levantou, chamando a atenção de todo mundo, ele olhou para Seiya, que estava atrás de Mu, que se mostrava irritadíssimo com sua atitude.
- Seiya, o que você quer? – indaga, com uma voz baixa e rouca fazendo todo mundo olhar para pégaso.
- Co... Como assim? – indaga Seiya.
- Você vem, me provoca, me ilude, me chama e depois me afasta... Por que? – indaga, com lágrimas nos olhos. Aioria não estava nem aí para ninguém ali, ele queria apenas conversar com Seiya.
- Aioria, você é louco, está tão cego... Eu vim aqui, sentei no seu sofá e você já começou a me puxar para seu quarto. Você é um safado, está cego, acha que tudo que eu faço é provocação. Eu falo "oi", e você pensa que eu estou pedindo para transar com você! – gritou.
Todos olharam para Aioria depois disso, estava realmente difícil de acreditar em Aioria, pois Seiya estava muito magoado com tudo que aconteceu.
- Já chega! Vamos Seiya – disse Mu.
- Não! Daqui ele não sai – disse Aioria, enraivecido.
- "Isso... briguem" – pensou Seiya, olhou para o chão.
- O que você quer Aioria? – indaga o ariano.
- Essa casa é minha, vai embora. Eu não quero ver você aqui!
Mu ficou magoado, ele olhou para o lado e puxou Seiya pela mão indo até a porta do quarto, onde todos estavam com vontade de bater no Aioria. Mas o leonino não queria saber de papo, ele colocou-se na frente de Mu e disse:
- Deixe-o!
- Já chega Aioria! Seu maluco! – disse Aioros, segurando seu irmão por trás.
- O... O que pensa que está fazendo?
- Você está louco! Me ajudem aqui! – pede Aioros.
Milo e Kanon seguram Aioria se remexia, os xingando de tudo quanto é nome, enquanto Seiya deixava a casa de leão junto de Mu. Agora que estavam fora daquela casa, o ariano diz:
- O que houve?
- Shion pediu para eu avisar Aioria que ele iria ficar responsável por ir viajar com Athena até asgard, mas ele ficou louco e me agarrou, dizendo que tinha saudade, que queria eu de volta... Eu disse para ele parar, mas ele estava louco. Sabe como é o Aioria, né?
- Sei... – disse, entristecido – venha, vamos em casa. Irei te dar roupas, e você tome um banho.
- Obrigado, obrigado mesmo! – disse, dando um sorriso amarelo.
- Não tem que agradecer.
Quando eles passaram pela casa de touro, aldebaran os parou, perguntando o que havia acontecido.
- (...) Então o Aioria fez isso! – disse Seiya, terminando todo seu relato.
Mu olhou-o de canto, vendo que Seiya havia mudado um pouco os fatos. Na verdade, ele havia aumentado a história. O ariano achou melhor não perguntar mais nada por enquanto, primeiro esperaria Seiya esquecer um pouco as coisas, para depois perguntar novamente com mais calma.
Na casa de Áries, Seiya foi tomar um banho, enquanto seu anfitrião pegava uma roupa para ele.
Na casa de leão, as coisas não estavam muito boas. Para piorar tudo, apareceram Ikki e Shaka.
- O Seiya veio aqui? – Ikki indaga, e logo começou a rir.
- O que foi? – indaga Shaka.
- O Seiya é um canalha... – disse, fazendo todo mundo ficar quieto.
Kanon, Milo e Aioros soltam Aioria que parecia ter se acalmado, prestando mais atenção nas palavras de Ikki. Fênix olhou para todos, vendo que o encaravam com curiosidade e ansiedade.
- O que foi? – indaga.
- O que quis dizer com: "o Seiya é um canalha" – indaga Aioros.
- O Seiya está com o Shiryu, os dois brigaram recentemente, então acredito que o Seiya veio aqui para fazer ciúme para seu atual ficante! – disse – ele é assim, sempre dando escândalos e fazendo teatro.
- Ah! Aquele maldito... – Aioros se irritou – vou matá-lo.
Ikki continuou a falar, fazendo Aioros silenciar-se.
- Ele planeja tudo certinho. E sempre faz tudo para ter quem quer... Eu lembro da vez que ele tentou ficar com o Hyoga, e ele não queria, nossa... Ele fez de tudo, infernizou o cisne, ele até envolve outras pessoas que não tem nada a ver no meio – disse – aliás, eu acho que ele tem algum problema sério. Verdade, ele precisa de tratamento.
- O Seiya? – Shaka ficou abobado.
- Exatamente. Acho que ele precisa de ajuda profissional.
Todos ficaram se olhando por um tempo. Aioria sentia-se usado, sentia-se um brinquedinho nas mãos de Seiya, e o pior que gostava muito dele, mas tudo estava se transformando em ódio. Amor e ódio caminham sempre juntos, quando a relação está estável não se sente nada pela pessoa, agora quando a balança do amor pesa mais a relação muda. No entanto, essa balança pode virar de repente, dando novas cartas ao jogo.
- Ele fez isso comigo... Ele disse que tinha alguém... Como sou burro – disse Aioria – sou um idiota, BESTA, SOU RIDÍCULO...AHHH!
Aioros segurou seu irmão novamente, temendo que ele se jogasse pela janela. Milo respirou fundo e lembrou-se de Camus.
- "Eu também fui um brinquedo, Aioria. Eu também... que você sofra até não agüentar mais viver e se mate, Camus de aquário, eu te amaldiçôo!" – pensou.
- E o Mu? – indaga Shaka.
Aioria pára tudo de repente e lembra-se do que havia dito ao ariano, ele olhou para Milo e Aioros, que abaixaram a cabeça. O leonino ficou mais irado ainda, agora ele queria quebrar Seiya ao meio. Ele foi andando para fora do quarto, deixando todos parados.
- O que houve? – indaga Ikki, não entendendo nada. Ele olhou para Shaka, que deu de ombros, ele também havia chegado agora.
- Acho que a nossa tentativa de junta Mu e Aioria foi por água baixo, Aioros – disse Kanon, colocando a mão no ombro do amado.
- Ah! Por que o Aioria tem que ser tão cabeça quente? Ele estragou tudo... – disse irritado.
- Mu e Aioria? – Milo indaga, sentindo uma pontada de ciúme.
- Sim – os dois dizem em uníssono.
- Hum... Legal – disse, sentindo-se um idiota – eu vou indo.
- Hei... Vamos sair para beber hoje? – indaga Kanon.
Milo olhou-o e respirou fundo, não tinha vontade de fazer nada.
- Não obrigado.
- Ah! Vamos Milo, você sempre ia com a gente. Não fique nessa depressão por mais tempo! – insistiu.
- Não quero! – disse, friamente, saindo do quarto.
Kanon e Aioros se encararam, vendo que aquele ali não estava bem e mostrava que não iria melhorar tão cedo. Mas tinham que pensar em Aioria agora, eles olharam para o quarto, vendo que o leonino havia partido há muito tempo, eles se encararam e saíram correndo.
- Que patetas – disse Ikki.
- Hum! Tantos problemas...
- Por que?
- Todos estão estranhos depois de terem sido revividos.
- Camus e Milo?
- Não só eles. Afrodite e shura também eram um casal, e de repente se separaram. Máscara da Morte está diferente, explosivo demais, e ele sempre conversava com shura, vivia na casa dele. Na verdade, eram bons amigos. Todos os três.
- E de repente, todo mundo briga! E Milo e Camus? E o Saga?
- Eu tenho uma noção do que aconteceu com Saga... Não é nada grave.
- O que seria? – indagou, curioso.
Shaka sorriu de canto, sentindo-se o maior fofoqueiro do pedaço, mas ele não podia negar informações àquela fênix, que lhe olhava tão carinhosamente.
- O Camus foi violentado por Radamanthys, e parece que Saga se envolveu e quis ficar com ele depois, mas radamanthys espancou Saga até ele não ficar desacordado, quase o matou. Ele tentou falar com Camus, mas ele não da brecha para Saga se aproximar. Então ele está sofrendo do coração, e também houve briga entre shura, Máscara da Morte e Afrodite. E parece que Saga se meteu no meio também, e eu não sei o que aconteceu.
- Hum! Que horrível, o Camus foi... Isso é tão... Nossa! Se fizessem isso com você eu iria matar o cara e... Ahhhh! Não... Se eu encontrar esse cara pela consideração que eu tenho pelo Camus eu... Ahhh! Já sei! O Camus não quer contar para o Milo, porque acha que o Milo vai atrás do radamanthys?
- Eu acho que sim, mas tem outra coisa que o Camus não disse, acho que é o principal. Nem Saga sabe, acho que o mestre Shion sabe, mas ele não vai contar – disse pensativo.
- Precisamos achar o Camus e arrancar tudo dele...! – disse determinado.
- Ikki meu amor... – Shaka o chama, passando a mão por seu rosto, fazendo Ikki lhe dar toda a atenção do mundo – eu sei que você quer ver todo mundo bem, eu fico feliz por isso, mas não podemos forçar o Camus, ele está sofrendo tanto quanto o Milo!
- Hum... – nem estavam mais prestando atenção no que ele dizia, agora estava perdido naquele olhar.
- Entendeu, Ikki?
- Hum...
- Ikki! Você não presta atenção em nada que eu digo!
- Hum! – fez uma cara séria.
Shaka notou a mudança de expressão e se arrependeu do que havia dito.
- Ah! Não falei sério, é que parece que você não presta atenção.
- Hum...
- Ikki pára com esses "huns", então me irritando.
- Hum!
- Ah! Você vai ver...
O loiro voa na direção de fênix que sorriu discretamente, deixando aquele cavaleiro maluco agarrá-lo e jogá-lo na cama.
Mu estava no seu quarto, conversando com Seiya, enquanto este se vestia. O ariano sentiu o cosmo de Aioria adentrar em sua casa com força total, ele não gostou de sentir sua presença, aliás, nem o queria em sua casa.
Antes que o ariano percebesse, a porta do seu quarto foi aberta com tudo, Mu olhou para o leonino, vendo seu olhar carregado de ódio. Seiya sentiu seu sangue gelar, ele pensou que os outros cavaleiros iriam segurar o Aioria, então não teria problema algum em provocá-lo.
- O que faz a...
- Desculpe-me Mu! – disse Aioria, se aproximando dele – eu fui irracional, não queria lhe dizer aquilo. Por favor, não fique chateado.
O ariano ficou perplexo, não sabia se perdoava, ia correndo beijá-lo, saia chorando ou protegia Seiya, pois Aioria ainda estava com intenções assassinas para com o cavaleiro de bronze, que estava atrás de Mu, pedindo silenciosamente proteção.
- Pare Aioria, você não vai tentar nada com ele – disse o ariano.
- Mu! Ele fez tudo de propósito para enciumar o seu novo namorado, para que ele sinta pena dele depois, caso eu tenha ido mais longe. Seiya fez tudo isso para se dar bem com seu novo flerte – disse, mostrando uma calma admirável.
- Ah! É? – ficou abobado.
Seiya sentiu um frio percorrer sua espinha, ele ficou pensando em como Aioria havia descoberto seu plano. No entanto, não era apenas isso que ele queria fazer, pois desejava fazer Aioria ficar gamado nele, era uma necessidade sua fazer seus ex-amantes ficarem apaixonados. Talvez isso fosse insegurança, a mAioria das pessoas era assim, mas Seiya colocava seus pensamentos e vontades em prática, não se preocupando na mágoa que causará nas pessoas.
O ambiente estava ficando cada vez mais tenso. Agora quem se encontrava confuso era Mu, ele não sabia se perdoava o leonino, se acreditava no Seiya, se acreditava no Aioria, era tanta coisa para pensar. Na verdade, o problema não ter que escolher algo, mas sim ficar cara-a-cara com Aioria, por quem era apaixonado. O ariano respirou fundo e sentou-se na beira da cama.
- Seiya, é melhor você ir indo – disse.
- Hum, hum! – concordou, mas quando olhou para a porta, sentiu medo, pois teria que passar por Aioria.
O leonino viu medo nos grandes olhos castanhos do cavaleiro, ele acabou sentindo-se um idiota por ainda dar atenção a ele, mas não podia negar seus sentimentos, mas ódio era o que estava mais presente no seu coração no momento. Ele da um passo largo para o lado, mostrando que não ficaria no caminho dele. Vendo aquela abertura, Seiya sentiu-se mais seguro e passou rapidamente, saindo do quarto.
- "Maldito... Só brincou comigo... Eu sou um idiota. Talvez o Kanon esteja certo, ele é uma criança e eu um idiota!" – pensou – "Bom... agora Aioria, você tem que se acalmar... acalme-se e encare o Mu".
- Mu...
- Oi? – olhou-o.
- Me perdoa?
- Claro Aioria, você estava irritado, eu que não devia me intrometer em sua vida pessoal. Desculpe-me – disse.
- Não! Você fez o que achou que era certo, e também, eu faria o mesmo se fosse com um amigo meu! – disse – eu fui grosso, você não mereceu ouvir aquilo.
- Tudo bem... – disse desanimado.
- Não, não está tudo bem! Mu eu tenho agido errado com você, desculpe-me.
O ariano olhou nos olhos do leonino se perguntando de onde havia saído aquele Aioria tão doce e compreensivo, além disso, ele estava muito calmo. Após refletir um instante Mu se levantar e diz:
- Vamos esquecer, tudo bem?
- CLARO QUE VAMOS ESQUECER TUDO!
A voz alta e forte de Aioros invadiu o quarto, eles olharam para o cavaleiro que entrou junto de Kanon. Aioros olhou para Aioria lhe dando um sorriso animado e depois olhou para Mu.
- Agora vamos assistir Kill Bill! – disse.
- Que filme é esse? – Mu e Aioria indagam, em uníssono.
- Um filme muito bom que tem personagens parecidos com o Seiya... – Kanon comenta, fazendo todos lhe encararem pedindo uma explicação – Ué... os caras jorram sangue até não querer mais e ainda continuam vivos, é muito parecido com aquela praga, não?
Aioros ficou um tempo refletindo, e disse:
- Kanon, que observação mais... Idiota!
- Hei! Você está muito agressivo comigo – reclamou.
- Ah! Desculpe – pediu – desculpa!
- Não! – virou a cara.
Mu e Aioria se encararam, tentando entender como aquele casal maluco conseguia se dar bem. Aioria ergueu uma sobrancelha vendo seu irmão se ajoelhar no chão e agarrar a perna de Kanon, implorando por um perdão, e aos poucos foi sentindo-se um idiota por ter tentado evitar que eles ficassem juntos.
- Você tem toda a razão Kanon meu amor! O Seiya perde os cinco sentidos, ele fica com o corpo destruído e perde mais de dez litros de sangue e ainda continua vivo. Quem escreveu esse filme se inspirou nele, eu concordo com você, por favor, eu estava brincado! – disse, suplicante.
- Não! Você me chamou de idiota! – disse, virando a cara – Mu, Aioria, vamos chamar o Milo e vamos para minha casa, onde meu irmão está com as fitas – disse, olhando para os dois.
Mu não havia se decidido ainda, ele sentiu um leve toque em seu braço. Aioria estava lhe puxando com delicadeza para fora do quarto, num pedido mudo para que ele assistisse ao filme também. O ariano sorriu e acompanhou o leonino, saindo finalmente daquele quarto.
- Ah! Por favor, Kanon... Olha para mim.
- Não...
Aioros não agüentou mais a indiferença de Kanon, ele puxou seu amado pela cintura o prendendo firmemente ali e roubando um beijo adocicado dos seus lábios. Depois de se separarem daquele beijo que parecia não ter mais fim, Kanon respirou fundo e disse:
- Greve de sexo.
- O QUE?
- Não vou fazer sexo com você, até você aprender a ser um homenzinho educado! – disse, com um sorriso divertido.
- Não... Você não pode!
- Posso sim!
- Não pode.
- Posso!
- Não pode!
- Já disse que posso e...
Antes de Kanon terminar sua frase, ele se encontrou deitado no chão com Aioros em cima dele, arrancando-lhe toda sua roupa. O geminiano tentou falar alguma coisa, mas foi calado com beijos ardentes. Agora não tinha como cumprir sua promessa.
Mu e Aioria estavam subindo as escadarias, parando na casa de gêmeos, onde Saga estava jogado no sofá. Eles cumprimentaram o cavaleiro de gêmeos, que lhes sorriu.
- Sentem-se ali – disse, apontando para um sofá de dois lugares, colocado ali especialmente para eles.
Os dois não entenderam o porquê de terem que sentar justamente ali, mas não disseram nada. Eles se sentaram, Mu cruzou as pernas e jogou seus cabelos para trás. Aioria ficou olhando-o com água na boca, mas logo parou com isso, sentindo-se um canalha.
Saga estava de olho nos dois, vendo que não iria demorar muito para que algo acontecesse entre eles. Por Mu os dois ficariam juntos, mas Aioria acabara de sair de um relacionamento conturbado e por enquanto não iria se aproximar de ninguém, pois não gostava de ficar se expondo muito. No entanto, Mu e Aioria sempre se flertaram, e Seiya foi simplesmente um acidente.
- Cadê meu irmão e Aioros? – indaga Saga.
- Verdade, eles estão demorando muito – disse Aioria – vou chamá-los.
- Não é preciso, daqui a pouco eles sobem – disse o geminiano, já imaginando o motivo do atraso.
- E Milo? – Mu pergunta.
- Não quis vir – disse Saga.
- Hum... Entendo – disse baixinho. É claro que escorpião não iria querer ficar perto de Saga.
Quinze minutos se passaram, e finalmente, para o agrado de todos, Aioros e Kanon apareceram. Kanon andava meio torto e reclamava baixinho de algo, suas roupas estavam todas amassadas e rasgadas. Os dois se encontravam no mesmo estado, bagunçados, vermelhos e suados.
- Desculpe pelo atraso Saga – disse Kanon.
- Hum! Claro – disse, olhando estado deplorável do seu irmão.
Kanon sentou-se na poltrona gemendo baixinho, fazendo todo mundo olhar para Aioros que estava com um sorriso vitorioso nos lábios. Aioros sentou-se no chão, entre as pernas de Kanon.
- E o Milo? – indaga Aioros.
- Não quer vir! – disse Saga.
- Entendo! Bom, então Saga, você sabe o que fazer! – disse.
Saga deu um olhar divertido para Aioros, que lhe deu uma piscada. O geminiano apagou as luzes e fechou as janelas, agora tudo estava muito escuro, não dava para ver nada só a luz que provinha da televisão. E o filme finalmente começou.
Após vinte minutos de filme.
- Nossa, o filme ficou preto e branco, pois acabou o corante para fazer o sangue – comentou Mu, fazendo todos rirem.
- Tem razão Kanon, parece que todos são inspirados no Seiya, principalmente àquela mulher que perdeu o braço! Dava para preencher um rio ali... – disse Aioria, entretido.
Mu sorriu e pegou um prendedor de cabelo, prendendo seus cabelos no alto, pois estava muito calor naquela sala. A atenção de Aioria foi desviada para os movimentos do ariano, ele ficou olhando-o de canto, observando com atenção aquele rosto tão fino e delicado. O coração de Aioria estava disparado, ele não conseguia controlar seus sentimentos, seus desejos, sentia-se um canalha por estar daquele jeito.
O ambiente estava perfeito para um romance. Aioros ainda conseguiu um incenso, que existia na loja de um curandeiro, esse incenso servia para "atiçar" os desejos dos outros. Como Aioria e já sentia algo forte por Mu, não seria nada difícil que aquele cheiro doce fizesse efeito. No entanto, eles não eram os únicos com desejos naquela sala. O efeito daquela fumaça estava atiçando o desejo dos outros três.
Kanon se remexeu na cadeira, ele fechou os olhos com força e continuou a tentar a assistir o filme, mas sua visão estava ficando embaçada. O corpo do ex-dragão marinho estava ficando cada vez mais quente, ele olhou para baixo, encontrando seu amado sentado entre suas pernas, e sem pensar em mais nada, leva sua mão até aquela cabeleira loira e começou a acariciá-la lentamente, em movimentos circulares.
Ao sentir o toque em seus cabelos, Aioros olha para cima com um sorriso divertido no rosto, ele era o único que sabia o poder daquela fumaça, e estava se divertindo com isso. Sagitário segurou uma perna de Kanon com a mão e começou a apertá-la lentamente, numa leve massagem. Agora Kanon parecia que ia explodir, ele queria Aioros em cima dele agora!
- Aioros... – chamou-o, num leve sussurro.
- O que foi? – indaga, inocentemente.
- Er... Não quero mais assistir ao filme! – disse.
- Ah! Fica quieto aí e assiste – disse, segurando-se para não rir.
Kanon ficou quieto, ele tinha que se controlar. Ele passou a mão por seus cabelos, jogando-os para trás com tudo e começou a respirar bem fundo. Ele suava levemente, sua camisa branca, estava com os botões abertos, pois antes de subir para a casa de gêmeos, Aioros deu um "trato" nele. Resumindo, todos os botões da sua camisa foram para o espaço, e agora o pano grudava em seu tórax.
Mu estava respirando bem fundo para parar de pensar em Aioria. O cheiro do leonino estava muito próximo a ele, não agüentava mais ficar ali, ele olhou para o lado, vendo Saga deitado num sofá sozinho, e do outro lado estava n, que não parava de se mexer e um Aioros que estava com um sorriso divertido no rosto. Se alguém de fora viesse e olhasse com atenção poderia perceber que ninguém ali prestava atenção no filme.
Saga estava pensando em tudo, menos no filme, ele fechou os olhos com força e lembrou-se de Camus e da conversa que teve com o cavaleiro de aquário na casa dele há um tempo atrás, tudo aquilo havia sido muito revelador. Seus pensamentos voaram para a cena do beijo, e como amou sentir aqueles lábios quentes e molhados juntos aos seus. O geminiano se levantou, chamando a atenção de todos.
- Eu... Eu já volto! – disse, saindo da sala.
- Ta! – Kanon diz, desejando ir com ele também.
- Kanon, eu estou com dor na bunda de ficar sentado nesse chão, vamos para aquele sofá – diz Aioros, apontando para o sofá que Saga estava.
- Meu irmão vai voltar – disse.
- Acho que não... – disse, sorrindo maliciosamente – mas se ele voltar, ele que sente nessa poltrona, já que ele está sozinho.
Antes que Kanon respondesse, Aioros se levantou e o puxou pela mão. Os dois passaram rapidamente na frente da televisão e sentaram-se no sofá. Aioros sentou-se encostado ao braço do sofá e puxou Kanon para que ficasse deitado no meio das suas pernas, fazendo sua cabeça ficar encostada no seu peito. O dragão marinho pensou que fosse morrer com tudo aquilo, mas até agora estava suportando bem.
Aioros abriu um pouco suas pernas e tombou sua cabeça para o lado, onde ficou apoiada na sua mão esquerda. O cavaleiro de leão suava levemente, ele não parava de olhar para o ariano. E Mu sentia aquele olhar felino para cima de si, não sabendo o que estava acontecendo ali, pois Aioria não era de ficar lhe flertando tão descaradamente.
- Está gostando do filme, Kanon? – indaga Aioros, em seu ouvido.
- Hum! Não, eu quero sair... – disse, fazendo a menção de se levantar, entretanto os braços de Aioros se fecharam em sua cintura.
- Não, não e não – disse – vamos ver até o final.
- Eu já vi esse filme.
- Vamos ver de novo então.
Aioros ficou acariciando os cabelos de Kanon, sob o olhar do mesmo, e mesmo este tentando se controlar a pressão foi demais, ele se virou para trás e segurou o rosto de Aioros entre suas mãos e lhe roubou um beijo afobado. Sagitário quase caiu do sofá, mas se segurou, sabia que logo, logo isso iria acontecer.
Mu e Aioria olharam discretamente para o casal ao lado com água na boca. Os seus olhares se cruzaram sem querer, fazendo os dois ficarem envergonhados, até pareciam duas crianças. Aioria sorriu nervoso e disse:
- Aqueles dois não se seguram...
- É! - concordou.
- Está gostando do filme?
- Estou – mentiu, nem sabia mais o nome do filme.
- Também! – mentiu, pois também estava na mesma situação.
Os dois ficaram se olhando por mais alguns segundos, até que Mu não agüenta mais e avança no leão, puxando-o pela nunca e cobrindo os seus lábios com os deles. Aioria se assustou, mas não podia evitar aqueles toques, sendo que ele mesmo estava desejando que aquilo acontecesse. Os dois estavam se beijando com tanta vontade, que parecia que o mundo iria acabar e aquela seria a única chance deles poderem se tocar.
As mãos afobadas do leonino apertavam a cintura de Áries e o seu corpo ia caindo para frente, fazendo Mu se deitar no sofá, tendo aquele leão o cobrindo por inteiro. Mu abraçou Aioria, e suas mãos começaram a deslizar por seu longo dorso, sentindo cada pedacinho daquele corpo tão desejado.
Os sentimentos envolvidos naquele ato tinham graus diferentes. Mu sempre fora apaixonado pelo leonino, não havia dúvidas por parte do coração de Áries, e quanto a Aioria, este estava confuso com seus próprios sentimentos. Nesse momento estava seguindo suas emoções, seus desejos e anseios, queria provar daqueles lábios e era isso que estava fazendo, queria sentir aquele corpo roçando e o fez. Agora queria ir mais longe, queria possuí-lo, telo para si, invadi-lo, ouvi-lo e amá-lo. Talvez o casal estivesse se precipitando, mas nenhum deles mostrava que queriam parar e pensar no que estavam fazendo. Se no final de tudo isso, descobrirem que foi um erro, então iriam se lamentar depois, pois agora, ninguém seria louco para interrompê-los, pois seus corpos quentes como um vulcão, estavam prestes a entrar em erupção.
A camisa de Mu foi jogada longe, ele nem havia percebido quando ela foi arrancada. O ariano olhou para aquele par de olhos verdes, que simplesmente pareciam lhe devorar. A frase "virar comida de leão", não soava muito distante para Mu naquele momento.
- Er... Com licença! Cof... Cof... Cof! Senhor Aioria!
Tudo pára de repente. Kanon e Aioria se afastam de suas presas e fuzilam o pobre guarda que estava na frente da televisão. Os cavaleiros sentam-se comportados no sofá e olham para o homem, que estava com o rosto rubro de vergonha.
- O que foi? – indaga Aioria, com um tom de voz raivoso.
- O mestre está querendo falar com você. Eu pensei que Seiya tivesse lhe dado o recado...
- Então havia um recado de verdade? – Aioria ficou surpreso, ele olhou para Mu que abaixou a cabeça desviando-se do seu olhar.
Aioria se levantou arrumando suas roupas, ele fez um sinal para o guarda que saiu dali tropeçando no seu próprio pé. O leonino olha mais uma vez para o ariano, ele estende sua mão e toca no queixo do cavaleiro, erguendo seu rosto assustado, que recebeu um beijo carinhoso nos lábios, e em seguida disse:
- Eu vou ver o que o mestre quer.
Kanon respirou fundo tentando se conter, mas não podia, estava insuportável demais. O ex-dragão marinho olhou para seu amado namorado, vendo como ele estava sem fôlego e sem mais demora pulou no seu pescoço mais uma vez, continuando o velho e prazeroso amasso. Quando a Mu, este se levantou, vendo o seu estado e sem esperar mais saiu da casa de gêmeos, correndo para a sua.
Dentro da casa do grande mestre, mais especificamente no centro do salão principal, estava Aioria ajoelhado no chão, mostrando respeito ao grande mestre, que estava sentado em sua cadeira ricamente decorada com pedras preciosas.
- Me chamou, grande mestre?
- Sim. Seiya não deu o recado? – indagou. No entanto, já estava sabendo do que aconteceu, pois é claro que ele ouviu a gritaria.
- Não, senhor.
- Bom, Athena irá viajar para Asgard esse fim de semana. Será aniversário da princesa Hilda e ela foi convidada. Os cavaleiros de bronze vão acompanhá-la, mas quero que vá também.
- Apenas eu? – indaga.
- Sim. E Aioria, não se preocupe, pois Seiya não irá.
- Não? – surpreendeu-se.
- Não.
- Hum... – animou-se – Só isso, senhor?
- Sim. Prepare suas coisas, você irá partir amanhã.
- Sim, senhor.
Aioria se levantou e fez um gesto respeitoso com a cabeça para Shion, que apenas lhe sorriu de canto. Quando sentiu o cosmo de Aioria sair do templo, Shion leva sua mão até o bolso da calça e pega seu celular e começa a ligar para seu amado cavaleiro, que estava nos cinco picos antigos.
Aioria descia as escadas tranqüilamente, estava se sentindo tão bem consigo mesmo, ele foi passando lentamente pela casa de Peixes, onde Afrodite estava jogado no chão, Aioria olhou-o de canto, mas Afrodite desviou o olhar e se escondeu no seu jardim.
- "... O que aconteceu com vocês?"- pensou, saindo rapidamente daquela casa.
Ele foi chegando na casa de aquário, sentindo que ali dentro ainda restava algum cosmos do seu anfitrião. Passou por ali sem problemas, foi quando chegou na casa de capricórnio, onde shura estava socando um saco de pancadas que ele pendurou no centro do salão. O leonino olhou-o de canto, mas shura nem o encarou, continuando a socar aquele saco com fúria.
- "Acho que ele está imaginando o Afrodite ou o Máscara da Morte ali!" – pensou, saindo dali.
Depois de passar pelas outras casas zodiacais, Aioria chegou em sua casa, indo direto para seu quarto se arrumar. Pegou uma grande mala, em cima do armário e a abriu, jogando-a no chão, e sem demorar pegou algumas roupas e jogou ali, fechou e a colocou num canto.
- "Agora... eu vou falar com o Mu" – pensou, saindo do quarto.
Os ânimos na casa de Áries estavam baixíssimos. Mu havia tomado uma ducha bem fria, e agora estava jogado na sua cama de casal, abraçado a um travesseiro bem grande e fofo, ele estava com o som ligado, ouvindo música clássica para relaxar, mas não estava adiantando.
- "Será que foi só de momento? Ele saiu tão apressado... e ele me deu um beijo. Foi um beijo de: "Até logo", ou foi um beijo de "Adeus"?" – pensava.
O coração de Mu parou uma batida ao sentir o cosmos de Aioria invadir sua casa e se aproximar do seu quarto. O ariano se sentou na cama todo atrapalhado, e ficou olhando para a porta fechada do seu quarto. Tudo parou, a música, o tempo e as batidas do seu coração, quando viu a maçaneta da porta girar levemente e abri-la.
- Oi! – disse Aioria, fechando a porta atrás de si – posso entrar? – sorriu amarelo.
- Pod... Pode! – gaguejou.
- Precisamos conversar – disse.
Mu fez um sim com a cabeça, e Aioria continuou:
- Me desculpe, eu não consegui me controlar, eu não sei o que deu em mim naquela hora e... – Aioria parou de falar ao ver um fio de lágrima escorrer pelo rosto do ariano – Mu!
- Não se aproxime, Aioria! – disse, escondendo seu rosto – tudo bem, eu fui bobo e me iludi, pode ir embora, por favor.
- "Se iludiu? Então... Ahh! Aioria seu imbecil!" – pensou – Não, não é isso é que...
- Por favor, vá – interrompeu-o.
- Não! Mu eu não quis dizer isso, delete tudo que eu disse – disse – eu quis fazer aquilo, e muito, mas eu pensei que não quisesse então...
- Aioria, não precisa dizer mais nada, eu já entendi – disse magoado.
O leonino foi andando até a cama, retirando as mãos que escondiam o rosto de Mu, e quando o fez, este o encarou, revelando aqueles azuis carregados de mágoa e medo. Aioria sentiu vontade de beijá-lo, acariciá-lo, e lhe dizer palavras bonitas e românticas.
Braços fortes e decididos envolveram o corpo do ariano, que ficou pasmo com tudo aquilo. O ariano ficou olhando para Aioria, pedindo que ele dissesse algo, o que não demorou a acontecer.
- Mu...
- O que foi?
- Quer ficar comigo?
- Eu... Eu... – ficou abobado – eu quero! – disse, abrindo um sorriso tão radiante, que fez Aioria sorrir também.
- Eu gosto muito de você – disse.
- Eu também! Sempre...
Os lábios dos dois uniram-se num beijo apaixonado, e logo caíram no meio daqueles lençóis terminando o que haviam começado na casa de gêmeos.
No dia seguinte. Todos os cavaleiros de ouro estavam se despedindo de Athena, que iria pegar um helicóptero para viajar até Asgard. Aioria estava abraçado a Mu, dizendo palavras apimentadas em seu ouvido.
- Chega Romeu! – diz Aioros, puxando a orelha do seu irmão.
- Ai, ai! – reclamou, enquanto era levando para o helicóptero.
Kanon se aproximou de Mu colocando a mão em seu ombro, dizendo:
- Olha por quem fomos nos apaixonar!
- É! – riu.
- Que bom que estão juntos... Aioros queria muito isso e eu também.
- Obrigado! – sorriu sincero.
- "Se ele descobrir que aquele incenso fez tudo isso... É melhor não deixar que ele descubra, ou vai achar que Aioria foi induzido" – pensou preocupado.
O helicóptero partiu finalmente e todos os cavaleiros, inclusive o grande mestre, voltaram para suas casas. Mu foi descendo acompanhado de Kanon e Aioros, que iriam treinar a pivetada.
Horas mais tarde. O helicóptero pousou em uma pista próximo ao castelo. Quando eles desceram, Aioria quase caiu para trás de susto ao ver quem estava ali para recepcioná-los.
- Seja bem vinda Athena, espero que tenha sido uma boa viagem!
- Obrigada Camus, foi sim – disse a deusa.
- Vamos entrar? Hilda está ansiosa por sua visita – disse.
- Claro!
- Mestre... – Hyoga o chamou – Que bom que está bem.
- Obrigado, agora vamos – disse friamente. Aliás, estava tão frio, que nem parecia ser humano, mas sim um robô.
Saori e os cavaleiros de bronze foram andando na frente, atrás dela estavam Camus e ao seu lado Aioria, que o olhava pasmo, parecia que havia visto um fantasma.
- Camus, por que foi embora?
- Porque precisei.
- Milo está sofrendo – disse, sem cerimônia.
- E eu com isso? Ele que cuide de seus problemas.
Aioria parou de repente e puxou Camus violentamente pelo braço, se irritando com sua atitude.
- VOCÊ NÃO TEM CONSIDERAÇÃO POR SEUS AMIGOS, SEU CUBO DE GELO? EU NÃO SEI O QUE ESTÁ ACONTECENDO, MAS VOCÊ NÃO PODE TRATAR OS OUTROS ASSIM!
Camus mostrou um olhar tão triste para Aioria que este achou melhor parar e soltá-lo. O aquariano poderia estar mais frio do que nunca, e jogando palavras ásperas nos outros, mas os seus olhos denunciavam sua tristeza.
- Aioria... Eu estou aqui, nesse lugar frio e gelado, para ver se meu coração pára finalmente de bater, para que eu suporte tudo.
- Tudo o quê? – indagou, curioso.
- Toda minha dor e ânsia de ver Milo.
- Se quer tanto vê-lo, vá ao santuário, ele lhe espera.
- Não. É melhor assim, ele me odeia agora e está perfeito.
Aioria estava ficando triste também, parecia que a tristeza de aquário era contagiosa. Então disse:
- Porque quer tanto fugir dele? Não o ama mais?
Camus respirou fundo e fechou os olhos, lembrando-se de fortes risadas e dos sofrimentos que sofreu enquanto estava no inferno. Seus pensamentos estavam voltados para o passado naquele momento, lembrou-se da briga, do sangue e das palavras cruéis e carregadas de ódio de Radamanthys: "Nunca mais Camus, nunca mais... Sofra! Eu realmente, realmente queria ter você!".
Camus olhou para Aioria e sorriu amargamente, dizendo:
- O amo mais que a mim mesmo...
- Ah... Camus, eu sinto muito...
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"Saudades são
águas passadas que se acumulam em nossos corações,
inundam
nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos,
deslizam em
gotículas de lembranças que por fim, morrem na
realidade de nossos lábios".
---
Continua...
Hello! O que estão achando?
Muito obrigada pelos comentários pessoal! Eles me animam muito. E graças a eles eu terminei esse capítulo rapidinho, e espero que quem comentou continue comentando, pois eu realmente quero saber o que estão achando. Seiya é um canalha, e está apenas brincando com Aioria, mas ele tem um pequeno segredinho... Bem pequeno, mas que no final pode virar uma grande bola de neve! Aliás, quem nessa fanfiction não tem um segredinho? Acho que o nome dessa história deveria se chamar: "Segredos".
Espero que tenham gostado do Lemon. Pediram que eu fizesse uma pontinha entre Ikki e Shaka, e eu fiz.
Milo e Camus nem apareceram nesse capítulo, mas quem sabe no próximo? -
Mu e Aioria estão de caso! Aeeee... Será que eles vão conseguir ficar junto?
Quem corrigiu esse capítulo para mim foi a minha amiga Ushi, e eu estou muito feliz. Dedico esse capítulo a você. Muito obrigada, moxinha!
Bom, é isso. Mais uma vez obrigado.
Ah! E obrigada por lerem.
Leona-EBM
28/07/2005
