Por Leona-EBM
Capítulo 4
O Convite
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"Amor é encontrar a si próprio, é terminar a busca por si mesmo.
É encontrar alguém que se enquadre perfeitamente a você, que lhe
permita as maiores loucuras, lhe poupe de qualquer medo
ou constrangimento... Que lhe permita ser você mesmo".
(Guimarães Rosa)
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Saga chegou em sua casa finalmente, indo direto para o seu quarto. Quando abriu a grossa porta de madeira, deu de cara com a penumbra que envolvia aquele lugar, ele retirou suas roupas, jogando-as num cesto de roupa suja, que ficava num canto próximo ao banheiro, ficando apenas de cueca. Ele foi até o grande espelho, que pegava seu corpo inteiro e ascendeu a luz do abajur.
- "... Será que não te atraio para mim por causa do meu corpo, aquário? Ou será que prefere o intelecto de um inseto, como o de Milo?" – pensou entristecido, olhando sua imagem – "Não, Milo não é um idiota, eu sei disso. Ele é o meu maior rival, mesmo que ele não saiba, mesmo que ninguém desse mundo saiba. Ah! Quanta dor... Como amar dói!".
Saga saiu de frente do espelho, andando até sua cama, jogando-se nela como se fosse um peso morto. Ele fechou os olhos, sentindo o sabor da bebida que ainda estava na sua boca. Então acabou se levantando rapidamente, e indo até outro cômodo, onde existia um pequeno bar. Ele abriu uma garrafa de vinho e ficou jogado no chão, bebendo mais ainda.
- "Que imagem mais deplorável devo estar transmitindo..." – pensou, rindo baixinho.
Na casa de escorpião, o seu anfitrião agarrava o braço do seu visitante. Os dois conversavam baixinho para não acordar as outras pessoas, isso é, se já não estivessem acordadas.
- Milo, amanhã os cavaleiros de bronze chegarão ao santuário, precisamos acordar cedo.
- Ah! Quem disse que não queria fugir? – indagou, pondo as duas mãos na cintura, olhando para Camus, como se ele fosse uma criança que quebrou uma promessa.
- Er... – ficou sem palavras. Como Milo tinha o poder de lembrar de tudo que ele falava? E sem contar que estava com um pouco de dor de cabeça, por causa da bebida.
Camus fechou os olhos, abaixando a cabeça, pensando nos seus planos para fugir daquele olhar penetrante e devorador que Milo lhe lançava a todo o instante. Quando ergueu sua cabeça, abriu os olhos e ficou face-a-face com àquele grego fogoso, que estava com os olhos vermelhos de desejo.
- Então, amanhã eu prometo. Tudo bem? – disse.
Milo ficou um tempo pensando no que havia ouvido. Ele abriu um sorriso exibindo seus dentes perfeitos e logo em seguida soltou uma alta gargalhada, dizendo:
- Essa... Essa foi a pior desculpa de todos, Camus! Você se superou!
- Hum... – tinha que concordar, que não tinha muitas coisas a pensar, e sua cabeça também não lhe ajudava.
- E a resposta para essa proposta tentadora é... – ele disse, como se fosse um apresentador de programas de jogos. Camus parecia a grande platéia, com seu olhar atencioso e ansioso, mas ele já sabia a resposta, mas não custava esperá-la -... É NÃO! – disse finalmente, continuando a rir baixinho.
Antes mesmo que Camus pudesse dizer outra coisa, Milo agarrou-lhe pela cintura, abraçando-o com força, envolvendo aquele corpo que tanto desejava, assustando-se com isso às vezes. Como a cada dia dependia cada vez mais daquele olhar e calor amoroso, que Camus sempre lhe dava.
Rendendo-se aos encantos daquele escorpião encantador, Camus deixou-se levar por aqueles braços, que lhe prometiam o paraíso e tinha a certeza de que eles sempre o levariam para esse lugar. Os dois foram andando lentamente pelos cômodos, rindo baixinho.
Milo prensava o corpo de Camus na parede de cada corredor que viravam, e depois lhe amassava dando beijos quentes, carregados de sofreguidão, deixando o aquariano sem fôlego algum. E quando finalmente chegaram ao quarto, Milo deu um chute na porta a fechando com força, não queria que seus empregados ficassem lhe ouvindo, apesar de que não se importava, pois ele era um homem de fazer escândalos, mas nunca perdia a classe.
A blusa de Camus foi retirada por ele mesmo, que já se encontrava livre dos braços de Milo, pois este estava retirando suas roupas, e como sempre acabou retirando-as primeiro, jogando-as de qualquer jeito no chão. E logo, suas mãos afoitas foram até Camus, retirando aquele pano que cobria seu belíssimo corpo. No entanto, não demorou muito a vê-lo nu. Agora ambos poderiam se olhar sem obstáculo algum.
Não existia constrangimento algum. Na verdade, isso nunca aconteceu entre eles, desde o dia que descobriam seu amor, desde o dia que se deitaram pela primeira vez. E agora era mais uma das muitas noites de amor e desejo que já tiveram, e que com certeza teriam novamente, principalmente nesse momento.
O casal era um pouco peculiar, mas perfeito. Camus sempre certinho, dizendo "não" e Milo sempre impulsivo, querendo que tudo seja rápido e divertido, sempre contradizendo o que o seu parceiro dizia. No entanto, um completava o outro e não incomodava, como se podia imaginar, e tinha um motivo para isso, os dois se amavam.
Um sorriso indescritível desenhou-se no rosto de Camus, que ergueu uma mão tocando a face amorenada de Milo, fazendo este fechar os olhos e esfregar seu rosto naquela mão que lhe acariciava, como se fosse um gato pedindo carinho, que vinha prontamente. As pernas de Camus moveram-se, ele foi se aproximando de Milo, pondo a mão em sua cintura, abraçando-a, puxando aquele corpo musculoso ao seu.
Milo abriu os olhos e tocou na mão de Camus, que estava no seu rosto, retirando-a dali e a colocando em sua cintura. Uma mão de Milo subiu pelo dorso de Camus, passando por debaixo dos seus longos cabelos, que batiam no meio das suas costas. Quando chegou na sua nuca, brincou com alguns fios, enrolando-os em seus dedos e logo em seguida o puxou na sua direção.
Os seus lábios encontraram-se de repente e logo começaram a se esfregar um no outro, sentindo a maciez e gosto tão característicos dos seus parceiros. Suas línguas dançavam numa doce melodia dentro das suas bocas molhadas e quentes, fazendo-as deslizarem com facilidade. Milo sugava os lábios inferiores de Camus, que ergueu um pouco o seu queixo, deixando seus lábios a mostra para que ele fizesse o que quisesse com eles. Camus abaixou sua cabeça novamente, abrindo um pouco os olhos, vendo os olhos semicerrados de Milo lhe sorrirem.
Os lábios avermelhados de aquário deslizaram pela bochecha de Milo, indo até sua orelha, mordendo seu lóbulo lentamente, passando a língua dentro do seu ouvindo, causando arrepios no outro, que riu baixinho virando a cabeça para o outro lado, tentando fugir daquela língua que insistia em provocá-lo.
Camus riu baixinho e continuou a provocá-lo, adorando ver aquele corpo todo arrepiado por seus toques, e amando saber que era o único que podia fazer isso. No entanto, Milo o afastou com suas mãos e tomou novamente seus lábios, pressionando fortemente a boca do outro na sua, enquanto ia andando com ele até a cama, pois não queria mais ficar ali de pé naquele chão gelado.
O corpo de Camus foi depositado na cama. Milo ficou em pé olhando para aquele corpo, ele ficou um tempo olhando para as mechas azul-petróleo que se misturavam com o branco do seu lençol, e aquela pele pálida que estava começando a ficar mais escura por causa do sol daquele país, estava mais linda do que nunca. Era o seu Deus.
Os braços de Camus abriram-se, pedindo que Milo fosse até ele, e não demorou para que Milo subisse em cima dele com as pernas lado a lado com seu corpo, ficando de joelhos, sentando em cima do seu abdome. As duas mãos de Milo trataram de retirar os cabelos de Camus da sua face, jogando-os para trás, tendo total acesso àquela visão divina.
Cansando de apenas olhar, Milo começa a traçar um caminho com a língua pelo corpo do aquariano. Sua língua serpenteava por sua pele, brincando com os pontos sensíveis de Camus. Ora parava em seu mamilo para sugá-lo e mordê-lo, ora lambia seu umbigo, ora voltava para seus mamilos novamente, ora descia até sua virilha.
- Ah! Milo... – o chamou, passando a mão em seu rosto, puxando-o até ele – Eu... Amo-te tanto, mas tanto... Não tem como dizer ou expressar o que sinto. É tanto sentimento existente no meu peito!
Os olhos de Milo brilharam de forma diferente, ele pegou a mão de Camus e beijou sua palma e depois deu um selo em seus lábios, mas não disse nada. E logo continuou com que estava fazendo, mas desta vez iria parar de judiar do seu querido namorado, que parecia estar impaciente.
A boca de Milo fechou-se no sexo do aquariano, sentindo toda sua textura, colocando-o aos poucos na boca e momentos depois, começou a mover-se lentamente, com aquele membro em sua boca, arrancando os suspiros que tanto queria ouvir de Camus, que já gemia um pouco mais alto.
Os olhos atentos de Milo miravam a face avermelhada de Camus, quando este olhava para baixo. Milo parou com o que fazia e ergueu seu tronco, visualizando aquele homem excitado em sua cama.
Camus abriu suas pálpebras, vendo aquele olhar divertido que o outro lhe lançava. Ele se sentou na cama e puxou seu corpo, jogando do seu lado na cama, subindo em cima dele, prendendo seus braços no alto da sua cabeça. Milo apenas ficou fitando-o, amando quando Camus fazia isso.
O pescoço de Milo logo foi atacado por lábios ferozes. Camus começou a chupar aquele pedaço de corpo, deixando marcas profundas, que Milo nem se importava, pelo contrário, ele adorava as marcas de Camus em seu corpo, como se ele estivesse escrevendo seu nome nele. E Camus desceu seus lábios, após deixar marcas vermelhas e de dentes ali, e foi indo até seu ombro, mordendo-o com força, para depois passar a língua por eles.
Uma coisa que Milo se surpreendeu quando conheço Camus, era que ele era um pouco sádico. No começou se assustou com isso, mas acabou pegando gosto e sabia que Camus nunca iria machucá-lo de verdade. Apenas uma vez que ele passou dos limites, mas isso não vinha ao caso agora. Ou talvez sim?
A mão direta de Camus fechou-se no braço de Milo, cravando suas unhas ali, ouvindo um gemido baixinho de Milo, que já sentia que aquela noite iria ser um pouco dolorosa, mas ele não tinha que reclamar, pois ele mesmo que provocara. Quando sentiu as unhas descerem por seu braço, gemeu mais alto, aquilo realmente ardia, e Camus tinha unhas um pouco compridas.
- "... Ainda bem que eu possuo esse corpo... pois eu morreria de dor se ele me tomasse..." – pensou, ao sentir os dentes de Camus fechando em seu mamilo.
Enquanto mordia um mamilo a sua mão tratava de beliscar o outro, fazendo ficar vermelho. Milo passou a mão pelos cabelos de Camus, acariciando sua cabeça delicamente, diferentemente de Camus, que o atacava com desejo. Após brincar com seus botões rosados, Camus desceu sua língua por seu tórax, indo direto ao seu membro, abocanhando-o e começando a sugá-lo.
A cabeça de Milo foi afundada no colchão, ele a jogou para trás e abriu a boca franzindo seu cenho, sentindo todas as sensações que lhe eram causadas. Por entre a respiração compassada saiam gemidos longos e prazerosos. Camus olhou para cima, não encontrando aqueles olhos envolvidos pelo fogo, mas não fez nada, continuou a sugá-lo, até que retirou aquele membro da sua boca, dando uma mordida de leve na glande, fazendo Milo, se apoiar nos cotovelos para vê-lo.
Camus sorriu ao ver que Milo se ergueu para ver o que ele estava fazendo, e então começou a lamber a extensão do seu membro ao mesmo tempo em que o bombeava com as mãos, depois deslizou sua língua até seu saco, começando a sugá-los lentamente, ouvindo mais e mais suspiros por parte do outro.
- Camus... – o chamou, puxando uma mecha do seu cabelo e empurrando sua cabeça na direção do seu membro, pedindo mais daqueles lábios.
- O que foi? – sorriu cinicamente.
- Vamos... – disse meio contrariado.
Camus ficou olhando-o nos olhos e abriu a boca lentamente, colocando a língua para fora, deixando aquele pedaço de carne entrava novamente, mas bem devagar desta vez, causando ansiedade e desespero em Milo, que empurrou sua cabeça para baixo, fazendo Camus colocar aquele membro todo em sua boca de uma vez. Agora as mãos de Milo fecharam-se no seu cabelo movendo sua cabeça para frente e para trás, tendo controle sobre tudo.
- Ah! Isso... Assim... Isso mesmo continue, Camus... – dizia, extasiado de prazer.
Após achar que era o suficiente, Milo conseguir retirar Camus que desta vez havia grudado no seu membro. Mas foi mais forte e o jogou na cama, subindo nele novamente, mostrando seu corpo todo marcado para Camus, que se sentiu um pouco culpado, não gostava de machucá-lo. No entanto, comparado com outras vezes, até que Milo estava com o corpo bem limpinho.
- Minha vez, meu amor – disse, dando um selo em seus lábios.
- Então... Vem! – sussurrou sedutoramente.
O corpo de Camus foi virado, fazendo-o ficar com o peito encostado no colchão. Ele olhou para trás vendo que Milo já puxava sua cintura para cima, fazendo-o ficar de quatro. O aquariano abriu um pouco as pernas, obedecendo as mãos de Milo que as afastavam.
- Ai... Ahh! Milo... – gemeu alto, ao sentir um dedo invadi-lo de uma vez só.
O escorpiano colocou mais dois dedos, ouvindo um grito de Camus, que contraiu todo seu corpo, mas ele não parou e sim continuou a penetrá-lo com aqueles dedos, que abriam cada vez mais aquela região. E quando finalmente achou que estava bom, tomou seu membro ereto em sua mão e começou a invadi-lo. E a penetração foi lenta e forte, ele saia e entrava com mais força, abrindo, exigindo e tendo a passagem que tanto queria.
Os dedos de Camus encontravam-se mais brancos de nunca, isso pela força que fazia ao apertar os lençóis. Milo colocou seu membro pela metade, até que forçou o colocando tudo de uma vez, fazendo Camus gritar e cair para frente. Milo o puxou para cima novamente e deu um beijo na sua nuca, pedindo desculpas nesse gesto mudo.
A respiração de Camus estava mil vezes mais acelerada que a de Milo, que estava esperando aquele corpo se acalmar. Realmente, não foi uma boa idéia entrar daquela maneira tão abrupta.
- Camus? – chamou-o.
- Hum?
- Tudo bem? – indagou, passando a mão por seu dorso, e por fim retirando seu cabelo do seu rosto, pondo-o atrás de sua orelha.
- Hum...
- Camus... – chamou-o preocupado.
Milo saiu de dentro dele e o virou de barriga para cima, encontrando aquela face carregada de dor, sentindo-se horrível ao ver aquilo. Ele tocou em sua face e beijou seus lábios.
- Pode continuar... – ouviu o sussurro fraco de Camus.
- Não... – disse determinado.
- Por favor, eu...
- Não – interrompeu-o.
- Milo, só me assustei um pouco, vamos... – disse, puxando seu corpo em cima do seu, mas Milo resistiu.
- Não, eu te machuquei!
Camus sorriu e disse:
- E o que eu fiz? – indagou, apontando para as marcas do seu pescoço, ombro, braço e tórax.
- Bom, é diferente – disse. Aquilo nem tinha comparação.
- Anda logo, vem – disse, impaciente. É claro que havia doido muito, e que pensou em se afastar e jogar Milo no chão para depois socá-lo, até ele pedir desculpas, mas acabou pensando que ele também não era muito diferente dele.
Milo continuou então, mas com um cuidado excessivo desta vez, começando a beijar Camus carinhosamente, pedindo desculpas pela sua pressa. E lentamente abriu aquelas pernas, que o ajudaram também, pois Camus não era nenhuma boneca de pano. E foi introduzindo seu membro novamente naquela região, sentindo que Camus tremia mais agora, sentindo mais dor.
- "Idiota, idiota, idiota... eu o machuquei..." – pensou, enquanto o invadia, vendo a face dolorosa naquele belo rosto.
Quando finalmente entrou por inteiro, Milo parou e esperou Camus se acalmar um pouco. O aquariano sorriu de canto ao sentir-se melhor, e então Milo moveu-se lentamente, fazendo-o fechar a cara novamente, sentindo seu corpo arder com aquele membro que lhe invadia.
- Acho...
- Continue... – disse, interrompendo-o.
Milo fechou os olhos com raiva e continuou a mover-se naquele corpo, sem deixar de olhá-lo nos olhos, vendo como ele sentia dor com aquilo. Então agarrou seu membro e começou a masturbá-lo, desejando que ele sentisse prazer naquilo, e finalmente Camus deu um gemido prazeroso, fazendo Milo tranqüilizar-se.
Camus virou seu rosto para o outro lado abriu mais a boca, respirando bem fundo a cada estocada que recebia do corpo maior. Os gemidos de Milo eram abafados pelos seus, que aumentavam a cada segundo, anunciando a chegada do seu prazer. Seu corpo começou a tremer lentamente, e finalmente explodiu em êxtase naquela mão, que continuava a masturbá-lo.
Com a mão lambuzada, Milo levou-a até sua boca e passou a língua naquele líquido viscoso, sentindo aquele gosto tão bom. E depois deu um beijo em Camus, sentindo aquela língua envolver a sua. Mas logo se afastou, e segurou a cintura do francês, mantendo-o firme ali, começando a estocá-lo com mais força. Ele também estava no seu limite, e não demorou a ejacular no interior do outro, caindo em cima dele logo em seguida.
Os dois se abraçaram e se beijaram. Milo se arrumou na cama e puxou Camus, fazendo-o se deitar em cima do seu braço, e com o outro braço, enlaçou sua cintura. Adorava ficar agarradinho assim a Camus depois que faziam amor.
- Camus, eu sinto por ter lhe machucado.
- Sempre tem primeiras vezes – disse, com uma voz cansada. Ele se perguntava se Milo não estava cansado.
- Prometo não lhe machucar mais.
- Eu também.
- Não.
- O que foi?
- Eu... Gosto... Das... Er... Bem, você sabe – disse meio constrangido.
Camus riu baixinho concordando com a cabeça, e logo fechou os olhos deitando a cabeça no travesseiro, ficando bem próximo aquele tórax largo que parecia uma barreira a fim de protegê-lo.
O sono demorou a chegar ao corpo do escorpiano, que ficou um tempo a contemplar a face serena do seu Deus.
O cheiro fresco da manhã invadiu as casas zodiacais. O sol fraco saia por entre as densas nuvens acinzentadas que obstruíam a visão daquele imenso azul claro que insistia em aparecer.
Os ventos eram frios e fortes. O tempo não estava tão quente como os outros. Já eram dez horas e todos estavam de pé no santuário, começando a arrumar suas coisas, pois daqui uma hora os cavaleiros de bronze iriam aparecer no santuário.
Na casa de touro, o cavaleiro regido por este signo acordou colocando uma música alta, para que não incomodava as outras casas, pois ele mesmo não queria encrenca com seus vizinhos.
Aldebaran tomou seu café da manhã e logo saiu da sua casa, passando por Mu que ainda estava tomando seu café, mas não foi perturbá-lo. Ele foi descendo, indo até a arena, onde os cavaleiros de bronze já se encontravam.
- Bom dia! – diz, acenando para eles.
- Aldebaran de Touro – disse Shun, sorrindo – Bom dia.
- Chegaram cedo – disse.
- Não queríamos nos atrasar – disse Seiya, colocando a mão no ombro de Shun.
- Verdade. Aqueles cavaleiros são estressados – disse, lembrando-se especialmente de Máscara da Morte, Saga, Milo e Aioria. Até que Shura conseguia se comportar às vezes.
- Eles irão nos treinar? – indaga Shiryu.
- Sim. Vocês vão ser treinados por eles, não gostaram?
- Não! Não é isso, eu achei isso muito legal. Ter cavaleiros de ouro nos ensinando a queimar nossos cosmos para proteger a Deusa... Isso vai ser muito bom! – disse Jabu, aparecendo.
- Então finalmente chegaram! – disse Shun, olhando para os outros cavaleiros de bronze, que estavam sentados nas rochas.
Aldebaran ficou olhando para aqueles cavaleiros tão promissores e acabou sorrindo. Então ele começou a avisá-los.
- Vamos ver. Eu digo para vocês não provocarem ou contrariarem alguns deles.
- Ah! Já o conhecemos nas doze casas – disse Seiya, rindo baixinho.
- Er... Na verdade eles estavam dóceis nas doze casas, pois lá eles queriam apenas matá-los, e a maioria de todos eles estavam cientes que tinha alguma mentira acontecendo no santuário. Portanto, foi fácil passar. Como por exemplo, eu! – disse, sorridente – deixei vocês passarem quebrando apenas meu chifre.
Os cavaleiros de bronze se olharam de canto, temendo encontrarem um monte de cavaleiro irritado. Eles ficaram um tempo pensando, até que o primeiro cavaleiro apareceu, e era o cavaleiro de Áries para a alegria de todos.
- Bom dia – disse, exibindo um sorriso amarelo. Ele não estava de bom humor pela noite passada. Estava chateado por não conseguir demonstrar seus sentimentos para com Aioria.
- Bom dia, Mu! – disse todos, começando a conversarem com eles.
- Chegaram aqui há quanto tempo? – indagou, bocejando.
- Chegamos às oito horas – disse Shiryu.
Os cavaleiros de ouro presentes estavam sem armadura, e com certeza nenhum outro iria vestir. E assim eles poderiam conhecer mais daqueles homens. Agora viam seus gostos, como eram atrás daquela barreira dourada.
Saga apareceu na arena com uma cara de pouquíssimos amigos, ele não disse nada para nenhum cavaleiro de bronze, ele apenas cumprimentou Aldebaran e Mu que se assustaram com aquele cosmo enraivecido.
- Acho que o Aldebaran tinha toda a razão – Shun comentou com Hyoga, que estava sentado com os braços cruzados. Ele não estava com muita vontade de ter que encarar o cavaleiro de escorpião.
- O que foi? Parece irritado.
- Não queria vir – disse.
- Não queria vir? Mas você disse que estava com vontade de ser treinado por Camus! – comentou.
- E estou, mas você verá que não será apenas um cavaleiro que irá nos treinar. Acho que vai ser um treinamento em conjunto, e eu não quero receber ordens de ninguém aqui.
- Hum! Mas será bom aprender com eles – disse, com seu sorriso carismático.
- Sim – sorriu, amando ver aquele rosto angelical.
Em cinco minutos foram chegando os outros cavaleiros todos juntos, pois haviam se encontrado na casa de Áries e acabaram descendo juntos. Quando chegaram, ficaram olhando para os cavaleiros de bronze.
Alguns se cumprimentaram, outros não. Então Mu começou a falar como seria o sistema. Eles seriam treinados por dois ou um cavaleiro de ouro, mas quem não quisesse que fosse embora, pois não era obrigatório e não queriam fracos perto deles.
- Quem irá me treinar? – Seiya indaga para Shiryu, com um sorriso divertido.
- Eu irei!
Os cavaleiros de ouro olham para trás, onde Aioria estava com os braços cruzados. Ele olhou para o cavaleiro de pégaso com um certo interesse que ele ainda não sabia qual que era. Talvez fosse pela força que aquele garoto arrancava quando mais precisava.
- Hyoga eu irei treiná-lo – diz Camus, com sua voz séria e autoritária de sempre.
- O cisne vai suar com esse homem carrancudo aí! – disse um cavaleiro de bronze, fazendo todos os outros rirem baixinho, mas alguns tiveram consciência e ficaram em silêncio.
Os cavaleiros de bronze olharam para Hyoga, sentindo pena do rapaz, pois nenhum deles ali conheceu Camus, mas ele parecia ser bem chato. Milo ficou olhando para aqueles cavaleiros, vendo como eles encavaram Camus com antipatia. Os outros cavaleiros perceberam isso, vendo que Milo já havia fechado a cara. Era simples e fácil de irritar Milo, só tinham que provocar, olhar, falar ou pensar em Camus, que ele já mudava seu humor.
- Você aí pirralho! Vou treinar você – disse Milo, apontando para Nachi de Lobo, que engoliu seco. E era ele que havia feito o maldito comentário.
- Ta, ta... – disse com receio.
- "Ta, ta..." o caramba, fale que nem homem! – disse, mostrando seu olhar assassino.
- Sim, senhor!
- Assim mesmo! – disse, cruzando os braços e fechando ainda mais a cara.
Camus olhou para Milo e depois para Saga que estava ao seu lado. Então indagou:
- Por que ele ficou assim?
Saga sorriu de canto e disse:
- Camus... Você é tão... Er... Deixa pra lá!
O aquariano ficou um tempo pensando até que olhou para Hyoga, que estava conversando com o cavaleiro de Andrômeda.
E finalmente todos os cavaleiros de ouro escolheram os garotos que iriam treinar. Eles não estavam com vontade alguma de fazer isso, mas não tinham escolha, pois a própria Athena que pediu isso.
Saga ficou com Shun, Hyoga com Camus, Seiya com Aioria, Shiryu com Shura, Aldebaran com Jabu, Milo com Nachi, Afrodite com Ichi, Ban com Máscara da Morte, e Mu com Geki.
- Está faltando alguém! – disse Shaka.
- O meu irmão – disse Shun.
- Eu sei – comentou, ignorando-o – onde ele está?
- Não sei! – disse entristecido.
- Hum! – não disse nada, mas iria achá-lo de um jeito ou de outro, sendo que queria muito conhecer melhor o cavaleiro de fênix.
Cada um foi para um canto com o cavaleiro que escolheram e ficaram conversando e explicando como iria ser. Máscara da Morte, porém, nem sequer falou com seu mais novo pupilo e já mandou ele dar cem voltas pelo santuário.
Milo fez o mesmo procedimento, ele resolveu testar a força do cavaleiro, já subindo na arena, para que lutasse com ele, fazendo todos olharem.
- Ele é forte? – indagou Jabu.
- Muito – disse Aldebaran.
- Então por quê vai lutar contra o Nachi?
- Er... Bom, vamos dizer que isso foi o famoso "Efeito Camus".
- Que? Efeito o quê?
- Er... Você vai aprender o que é isso com o passar do tempo. Apenas digo para que siga o conselho que dei antes sobre os cavaleiros, lembra-se deles?
- Ah! Sim, lembro. Seria não contradizer nenhum dos cinco mais bravos, não implicar com Shaka, não falar em aioros, não provocar Shura de maneira alguma, er...
- Tem um muito importante – disse Aldebaran.
- Ah! Er... Não falar, olhar ou pensar besteira de Camus? Isso é ridículo, quem ia fazer isso?
- Er... Bom, a questão é a seguinte. Não toque, fale besteira ou fique olhando para Camus que está tudo bem – disse – isso irá poupar vocês de dois cavaleiros de ouro – sorriu de canto, olhando discretamente para Saga, que estava ao lado deles, por isso mesmo falou mais baixo. Talvez ele fosse o único que percebesse os sentimentos do outro.
Na arena, Milo já havia jogado o cavaleiro de bronze no chão umas dez vezes e agora estava chutando-o.
- Milo ficou irritado – comentou Afrodite com Shura.
- Muito. Quem mandou aquele idiota falar algo? – comentou.
- Ele não sabia, mas eu disse para o Aldebaran descer antes para avisá-los do gênio de todos vocês – disse.
- Você pensou bem! – comentou Shura, admirando a sua beleza atípica.
- Eu sei – sorriu – bom, agora eu tenho que ir até meu garotinho de bronze – disse, dando uma piscada para ele, deixando-o com as bochechas avermelhadas.
Máscara da Morte percebeu os olhares dos dois, mas não disse nada. Ele se aproximou de Shura por trás, falando baixinho em seu ouvido.
- Te quero hoje também.
- Hum, não pense que estou sempre disponível – disse, sem olhá-lo.
- Não está? Hum... Então o que tem melhor para fazer? Sei que seu corpo não vai suportar ficar longe do meu.
- Você é um grande sedutor Máscara da Morte – comentou, sorrindo – quem diz que você é frio e sem coração comete um grande engano, ou você está mentindo a todo tempo para mim!
- Não, não duvide do que sinto! – disse, mostrando-se irritado – Odeio que me julguem pelos boatos da minha frieza!
- Ok! Desculpe-me, senhor!
Máscara da Morte tocou em seu ombro, fechando seus dedos com força naquela carne, desejando ter ela naquela hora para fazer o que estava com vontade. No entanto, o pupilo de Shura aparece na frente deles com um sorriso amarelo, esperando que Shura o instruísse.
- Er... Vá correr! – disse Shura – Cem voltas pelo santuário, para... Er... Fortalecer suas pernas! – completou, respirando fundo.
O garoto ficou desanimado e começou a se afastar da arena correndo lentamente, para depois aumentar seus passos. Então Shura encara câncer com um sorriso divertido nos lábios, dizendo:
- Agora estou disponível!
- Eu também!
E os dois se afastam da arena sob o olhar raivoso e enciumado de Afrodite que mandou seu pupilo pastar também, pedindo para que ele desse cem voltas pelo santuário também. Momentos depois da sua ordem, Afrodite sai da arena a fim de seguir aquele casal.
Os treinos seriam diários, e de uma jornada de 4 horas. Não era muita coisa, mas Athena havia pedido para que os cavaleiros de ouro compartilhassem suas habilidades de batalha, pois além de tudo, eles eram evidentemente mais velhos.
E o dia passou-se rapidamente então, fazendo os cavaleiros de ouro respirarem aliviados e voltarem as suas casas.
Na casa de leão. Aioria estava conversando com Seiya, pois este havia sido convidado a passar a noite em sua casa zodiacal. Agora os dois estavam conversando tranqüilamente, sentados no chão da sala.
- A Saori tem cada idéia – comentou Seiya, rindo baixinho – mas o que vocês fazem aqui?
- Nada. Agora que Athena voltou, ela nos deu permissão para sairmos do santuário, isso é, nós já fazíamos isso antes. Mas agora estamos mais livres que antes – comentou.
- E agora saem à noite na vila?
- Não! – riu – vamos aos barzinhos e danceterias na cidade.
- Mesmo? Que legal!
- Se quiser, eu posso... Er... – ficou vermelho de repente, mas continuou a falar – eu posso levá-lo se quiser. Isso é, bom, se um dia... Você sabe? Quando quiser.
Seiya sorriu de canto e indagou:
- Saga parece ser bastante invocado, não?
- O Saga? – não entendeu o comentário.
- Sim! Ele estava com uma cara de poucos amigos, e quando o enfrentei na casa de gêmeos, ele parecia estar bastante irritado também! Ele é assim normalmente.
Aioria ficou um tempo pensativo. Ele mesmo não entendia os sentimentos de Saga, mas tinha uma noção totalmente errada do que ele sentia.
- Eu acho que ele é muito triste, pois perdeu seu irmão – disse.
- Acha? – estranhou.
- Sim. Assim como eu... E quando eu lhe vejo, eu sempre lembro do meu irmão – disse, olhando com certo encanto para Seiya.
Pégaso sorriu de canto e sentou-se mais próximo a Aioria, dizendo:
- Lembro? Isso é bom ou ruim...
- Muito bom... – disse, tocando em seu rosto, não entendendo os conflitos que se instalaram em seu peito.
Os dois sorriram e continuaram a conversar, mas com uma intimidade maior desta vez.
Um mês passou-se desde então. O santuário, assim como a Terra estavam em paz, e finalmente os humanos poderiam viver tranqüilamente sem a interferência de um Deus invejoso a procura de vingança.
A guerra poderia ser vencida sim, mas o mais difícil era conseguir manter a paz que se consegue conquistar através dela. E todos os cavaleiros sabem, que a maior batalha da Terra ainda estava por vir, e suas vidas dependeriam. Era por isso que estavam ali, e todos em silêncio aceitavam seus destinos, por mais dolorosos que fossem.
Saga e Camus estavam andando pelo santuário, tendo o imenso azul escuro cobrindo suas costas. A noite estava bem fria, e as estrelas estavam meio apagadas. Não era uma noite limpa e bonita como as anteriores, mas estavam ocupados demais conversando, para notar a natureza a sua volta.
Os dois riam alto, eles realmente se davam muito bem e tinham gostos parecidos.
- Aquela música é bela demais... – concluiu Camus.
- Uma das minhas favoritas. Pena que agora a banda desmanchou-se.
- Sim, mas o bom é que temos tudo gravado para podermos ouvir sempre.
- Claro. O seria dos músicos sem isso? Não poder repetir seu som por diversas partes do mundo.
- Certamente.
- E Camus, você gostaria de jantar em casa hoje à noite?
- Obrigado pelo convite – disse, olhando para seu amigo.
Os olhos de Saga brilharam de uma forma tão encantadora, que se Camus o encarasse teria a absoluta certeza dos sentimentos de Saga. No entanto, Camus abriu novamente seus lábios, dizendo:
- Mas, eu tenho que cumprir uma promessa que fiz a Milo hoje. Outro dia, tudo bem? – indagou, exibindo seu gentil sorriso.
Saga ficou destruído após ouvir tais palavras, ele até parou de andar, vendo que Camus deu apenas alguns passos a mais na sua frente para depois olhar para trás o esperando. Os olhos de Saga viam a imagem perfeita de Camus, mas atrás do francês tinha o rosto de Milo, e podia até sentir o cosmo dele envolvendo-o.
- Saga?
- Hum?
- O que foi?
- Nada. Eu vou indo – disse secamente.
- "O que foi que aconteceu? Que expressão é essa? Será que disse algo errado?" – pensou Camus, andando até ele.
Saga ia falar algo, mas cala-se de re pente olhando para os lados, fazendo Camus ter a mesma atitude.
- Quem está aí? – indaga Saga.
Camus virou-se de costas e Saga fez os mesmo, fazendo os encostarem suas costas na do outro. Agora seus olhos atentos procuravam o cosmos que estava a observá-los.
Um vulto preto aparece de repente para eles. Era um homem com uma grande capa preta que se aproximava deles, mas ele não parecia ter a intenção de atacá-los.
- Quem é você? – indaga Camus.
- Não reconhecem meu cosmos? – indaga, com um ar sério.
- Não, pode ser! – Saga e Camus dizem em uníssono.
- Não reconhecem mais seu antigo mestre? – continuou a se aproximar.
- Mas... Você foi morto... Isso, isso não pode ser! – disse Saga.
- Vocês cinco são os únicos que entenderiam o meu plano e minha vontade. Portanto, peço que me ouçam antes de tentarem qualquer coisa... O que tenho a lhes dizer não vai ser fácil, mas prestem atenção!
O ser que aparecia na frente deles era o antigo mestre do santuário, Shion. Ele havia sido assassinado por seu irmão que tomou seu lugar como mestre do santuário, a fim de tentar dominar o mundo, usando os cavaleiros de ouro a seu favor. No entanto, a verdadeira Deusa Athena finalmente apareceu, fazendo os cavaleiros de bronze invadirem o santuário, atravessando as doze casas zodiacais, para finalmente vencer o mestre e retirar a flecha cravada no peito de Athena.
Saga e Camus ficavam cada vez mais surpresos com as palavras de Shion, e no final, quando ouviram tudo o que ele tinha a dizer, Camus e Saga se encaram seriamente, pensando no que ele havia proposto.
- E o que me dizem? Por acaso suportarão a dor de serem chamados de traidores bastardos, para salvar a nossa Deusa Athena, sabendo que todos seus amigos irão amaldiçoá-los com todas suas forças e no final desejarão matá-los como se fossem simples vermes? Estão preparados para pisarem em cima dos seus princípios e dizer não a o que lhes é ético para ir até essa jornada? O que me dizem, Saga! Camus!
- Sim! – dizem em uníssono, abaixando a cabeça lentamente, mostrando um olhar entristecido.
- Pois bem, vamos cavaleiros. Temos que ir ao Hades então, para que assim possamos concluir nossos objetivos, que com certeza, não são muito ocultos dos nossos inimigos. No entanto, enquanto vocês jurarem lealdade a Hades tudo estará bem!
Saga olhou para Camus, que agora estava olhando na direção das doze casas, vendo ao longe as luzes acesas. Ele sabia que o aquariano estava pensando em seu amado cavaleiro de escorpião, então colocou a mão no seu ombro, apertando-o com força, mostrando que tinham que partir e despedidas não seriam aceitas.
Eles finalmente somem do santuário, fazendo seus cosmos sumirem da face da Terra abruptamente. E isso não passou batido pelos seus amigos, que notaram na hora essa falta.
Nas casas zodiacais.
Na casa de Áries, Aioria e Mu estavam conversando, quando se calam de repente, sentindo o cosmos de Saga, Camus, Máscara da Morte, Shura e Afrodite sumiram de repente.
- O... O que foi isso? – indaga Aioria, perplexo.
- Não, não... Sei! – disse, assustado – Os seus cosmos sumiram... De repente! Isso é...
Na casa de Escorpião.
Milo estava jogado no sofá da sua sala lendo uma revista qualquer, quando a mesma cai no chão fazendo um barulho alto. O cavaleiro de escorpião levantou-se de repente, suando frio e correu até a grande janela da sala.
- Ca... Camus? – sussurrou o nome do amado, sentindo uma forte pontada no coração - Camus? Camus... Camus, Camus... Você... Não, não pode ser, mas... Os outros também, onde você foi... Onde, Camus? CAMUS!
Os cinco cavaleiro de ouro escolhidos estavam ajoelhados em frente a uma bela garota, que tinha um longo cabelo negro, assim como a suas veste. Ela estava sentada na frente de uma grade harpa, tocando uma música calma com os olhos fechados.
- Juram obedecer às ordens do grande Hades? – indagou ela, sem se mover.
- Sim, senhora – disseram em uníssono.
- Por que isso de repente? – indagou.
- Athena não tem competência para reinar a Terra. Faz pouco tempo que ela apareceu, e seu cosmos mostrou-se incapacitado de proteger os humanos – disse Saga.
- Vocês foram muito espertos. Hades é ideal para governar a Terra, cuidados dos fracos humanos que insistem em serem contra as leis divinas! – disse, abrindo os olhos finalmente – Vocês serão muito úteis, por conhecem o santuário. Mas por hora, vocês irão ficar sob o comando dos Juízes, principalmente de Radamanthys.
Os cavaleiros de ouro concordaram em silêncio, nem imaginando quem seria esse tão de radamanthys. No entanto, o juiz logo apareceu perante eles, ficando em pé ao lado da garota, que continuava com sua pose impassível.
- Eu Radamanthys serei o seu superior, obedecendo sempre às ordens da senhorita pandora! – disse, mostrando seu olhar gélido carregado de desprezo.
Camus respirou fundo e abaixou ainda mais a cabeça, pensando no seu amado cavaleiro de escorpião, que nesse momento devia estar pensando nele, assim como estava pensando nele nesse momento.
- "... Às vezes a vida coloca obstáculos em nossos caminhos, que nós mesmos achamos que não podemos atravessá-los. Eu nesse momento, eu estou inseguro e com medo de perder o pouco que tenho, mas só de pensar que estou fazendo o que acho certo me sossega. Milo, eu espero que me perdoe, e que continue a me amar assim como eu o amo, e por mais que tudo que eu faça possa parecer errado aos seus olhos, eu quero que saiba que meu amor, acima de tudo, nunca, nunca irá diminuir, mesmo que no final você me odeie..." – pensou entristecido.
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"Há três tipos de pessoas que têm sorte na vida: as que querem,
as que perseveram e as que sabem amar de verdade".
(Harry Benjamin)
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Continua...
Nesse capítulo teve Milo e Camus! E teve um lemon muito legal deles, não é verdade? Então não reclamem, pois eles já apareceram. Eu na verdade, confesso que tenho mais prazer quando vou escrever sobre eles.
Agora a história está finalmente desenrolando! Espero que estejam gostando, e aguardem o próximo capítulo que será voltado para o inferno. Agora irão descobrir o que irá acontecer. Talvez, eu disse: "Talvez", possa ter um dark ou dark lemon, mas caso isso ocorra eu irei avisar, pois sei que tem gente que não gosta. E caso não queiram ler o dark lemon, simplesmente o pulem. (pois geralmente, eu pego pesado!).
O Seiya vai ser treinado pelo Aioria! Nãooo... Mu! Os empeça! Hahahahha... Como o pégaso vai conquistar esse leãozinho? Querem realmente ver isso? Ou posso ficar apenas no inferno, esquecendo o mundo dos vivos?
Eu quero comentário de quem está lendo. Não tenham medo (Leona vacinada!), é só enviar pelo mesmo. Pode até ser anônimo, se quer me xingar também, tudo bem! Desde que tenha fundamento. Ou pode ser por e-mail, ou pela amiga da amiga que me conheço, ou por MSN, ou por carta, telefone, hahahaha...O que der na teia! -
Sobre os erros de português, eu vou lembrar que eu não corrijo minhas fanfictions, também não curto muito betas, pois eles demoram muito para devolver as fanfictions, e não gosto de ficar dependendo de ninguém. Tem fanfictions minhas que foram betadas, mas acho que foram umas 4 no máximo, mas isso foi por uma ocasião. Então pesso mil desculpas pelo assassinato a nossa bela língua!
Bom, é isso.
Ah! E obrigada por lerem.
29/08/05
15:57
Por Leona-EBM
