Título: Por Trás de Olhos Azuis
Autor: Draco Malfoy-Potter

Resumo: Quando Draco recusa a Marca Negra, seu pai o cega. Um certo moreno Grifinório o salva. Slash.
Classificação: Tragedy/Romance, M/R

Tradutora: Paula Lírio
Beta da Tradução: Bela-Chan

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Capítulo 5 – Quando eu tropeçar, é porque Voldemort me empurrou.

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Harry caminhava pelo corredor depois de checar como Draco estava se saindo sem ajuda. Ouviu uma discussão vinda do quarto de Ron. Ele e Hermione brigavam por algo obviamente insignificante.

Depois de passar em frente ao quarto de Ron e de outros que estavam vazios, foi até a sala de estar, onde pôde ouvir a voz calma de Remus conversando com Oliver.

"Ah, então vocês descobriram quem têm muito em comum, não é?" Harry perguntou alegremente, enquanto se abaixava para dar um beijo na bochecha do namorado.

"Acredito que sim", Oliver disse e sorriu.

"Eu te disse", o moreno falou, cruzando os braços.

"Estou certo ao afirmar que a situação com Malfoy já foi resolvida?" Remus perguntou num tom doce, claramente preocupado.

Harry balançou a cabeça, confirmando.

"Excelente. Bem, eu vou deixar vocês a sós pra poderem se despedir. Boa noite, Oliver. Boa noite, Harry."

"'Noite, Remus," eles disseram em coro e Remus riu.

Depois de se dirigirem até a saída, Oliver respirou fundo, chamando a atenção de Harry.

"Harry, eu preciso te dizer uma coisa, e vai ser complicado."

Harry inclinou a cabeça para o lado e disse, "Você pode me contar tudo. O que foi?"

Oliver mordeu os lábios antes de dizer: "Eu vou viajar por uns tempos. Sabe, fui chamado para jogar na Turnê Mundial de Quadribol e o treino começa amanhã, na América. Me desculpe, eu deveria ter dito antes, mas..."

"Quanto tempo?"

Oliver baixou a cabeça e disse, "Um ano, talvez mais."

Harry começou a ver tudo embaçado. "E eu faço o quê? Você está me deixando?"

Oliver segurou as mãos de Harry e disse, "Não, é claro que não. Eu só…" Ele mordeu o lábio e continuou, hesitante. "Não sei. Você terá que ficar pra terminar a escola, e eu não posso recusar essa oferta. Talvez devêssemos tentar um relacionamento à distância por uns tempos."

Harry deu um muxoxo e Oliver continuou, "Vai dar trabalho para nós dois. Eu posso aparatar nos finais de semana pra poder vir te ver. Não quero desistir de nós, eu gosto muito de você..."

"Você gosta muito de mim," Harry repetiu, uma única lágrima correndo por sua bochecha. "Você gosta muito de mim? O que isso significa exatamente? Você gosta da minha companhia? O que?"

"Harry…" Oliver disse num tom derrotado, mas Harry ergueu a mão, calando-o.

"Não. Você não me ama, não é? Você gosta muito de mim, mas não tem amor. Você só… Eu sou um brinquedinho pra você. Sou Harry Potter, seu namorado… o Namorado-que-Sobreviveu," ele terminou, rindo de forma estranhamente sarcástica.

"Não tem nada a ver com isso, e você sabe! Tudo para você tem que ser relacionado a Você-Sabe-Quem, não é?" Oliver passou as mãos pelos cabelos, frustrado. E quase gritou ao dizer, "Tudo de ruim que acontece a você tem que ser culpa daquele louco!"

Harry girou os olhos. "É. Quando Hedwig morreu, deve ter sido culpa de Voldemort! Quando eu bati o dedão, Voldemort colocou alguma coisa no meu caminho! Quando meu namorado é chamado para a DROGA da América, foi culpa da DROGA DO VOLDEMORT!"

"Acalme-se…"

Harry batia o pé, sem se importar por parecer infantil."NÃO VOU ME ACALMAR! Você quer saber? Vá. Vá para a América e jogue sua droga do seu Quadribol. Divirta-se. Pode trepar com milhões de pessoas, não me importo."

"Harry, por favor…"

Harry enxugou a bochecha violentamente e sacudiu a cabeça.

"Vá."

Oliver mordeu o lábio e murmurou, "Eu não vou trepar com milhões de pessoas, você sabe disse."

"Francamente, não me importo com o que você vai fazer.", Harry disse, gélido e girou os calcanhares, batendo a porta ao entrar em casa.

"Não quer conversar?" A voz de Remus veio da escada e Harry lutou para segurar as lágrimas.

"Ainda não," Harry disse baixinho ao sentir os braços de Remus em volta dos seus ombros.

"Vai ficar tudo bem. Tudo vai dar certo."

Harry apenas suspirou e descansou a cabeça no ombro do homem mais velho.

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"Deu umas beijocas no Wood, Potter?"

"Não."

"Nossa. Quem mijou no seu suco?"

"Eu não quero falar disso, Malfoy."

"…Certo."

"Vai dormir."

"Certo, Potter, não precisa se estressar."

"Boa noite, Draco."

"Idem, Potter."