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- GRADUATION DAY - PARTE 2
CENA
04 - QUARTO DE RECUPERAÇÃO
Maggy está com
as mãos abertas pressionando as bochechas da filha e beijando
sua testa. Abby solta um "ouch" sorridente a cada beijo.
Luka está próximo vendo a cena.
Abby:
Maggy?
Maggie: pára de beijá-la
Filha!
Abby: Oi. completamente sem
graça
Maggie: sentada na cadeira ao lado do
leitoEntão minha filha tem o bebê e eu só sou
chamada uma semana depois?
Abby: Bom, eu...
Luka:
A senhora estava fora da cidade, então...
Maggie:
vira-se pra Luka, sorrindo
Luka: ... esperávamos
que tudo se acalmasse.
Maggie: É ele?
Abby:
Sim. Luka, o pai do bebê.
Maggie: faz cara de
sonsa Eu sei disso. É o bebê? se levanta
Luka:
Ow, claro.
Maggy vai em direção do neto, e
Luka entrega a criança pra ela. Kovac vê que Abby fez
cara de "o que você tá fazendo?". O
croata retribui com uma cara de "qual o problema?".
Lockhart faz cara de "sei lá".
Maggie:
Ow, meu Deeeeus... ele é lindo.
Abby: Eu
sei.
Maggie: Qual o nome dele?
Abby:
Nós ainda não...
Luka: Não
sabemos ainda.
Maggie: Ele teu seus olhos, Luka. E o
narizinho de Abby. Mas é tão pequeninho... devolve
pra Luka
Abby: Como dissemos, foi complicado.
Maggie:
Poxa Abby. Que falta de consideração!
Abby:
Ehr...
Maggie: Como depois do que aconteceu aqui
você não me chamou?
Abby: Eu... eu...
Até que queria, mas Luka não deixou.
Espantado
com a resposta, Kovac começa a olhar pra cima procurando criar
uma resposta, porque Maggy está encarando o croata e esperando
uma explicação:
Luka: Eu... ehr... Ela
tava desacordada, e não consegui achar seu número,
e...
Maggie: Não, não, não. Eu
conheço isso. Não foi você.
Abby:
fica calada
Maggie: Abbyyy. Olhe pra mim - eu estou
bem! Graças à você, ao Erik... Por favor, não
me exclua. Ainda mais agora que eu tenho um netinho.
Abby:
Me desculpe. Me desculpe mesmo.
Maggie: Certo.
Não se desculpe, por favor. Eu... eu vim ver minha filha e meu
neto. Já consegui isso. Agora só saio do hospital
quando você receber alta.
Abby: Eu... por
meio segundo, olha Luka com brabeza ... já tô quase
melhor. Mas vai ser ótima a companhia.
Luka:
Abby ainda tem problemas pra ir ao banheiro. E não gosta de
ser ajudada por mim ou enfermeiras. Talvez...
Maggie:
Absolutamente! Deixa isso comigo.
Abby solta um sorrisinho
amarelo e Luka marotamente zona dela.
CENA 5 - AMBULANCE
BAY
Esperando por uma ambulância estão Morris,
Ray, Tony e Sam.
Tony: Por que esperar a ambulância
aqui fora?
Morris: Como assim?
Tony:
Não seria mais produtivo se nós estivéssemos
lá dentro fazendo algo até os paramédicos
entrarem com a maca, ao invés de ficar aqui fora fazendo
nada?
Ray e Sam até que acham a pergunta interessante.
Morris não sabe respondê-la.
Morris: Ehr...
nós já recebemos o chamado, okay? Não faz mal
ficar aqui um minuto. Acho...
Chega Weaver, vestida à
caráter pra uma reunião. Archie gostou de
vê-la:
Morris: Dra. Weaver, por que nós
esperamos a ambulância aqui do lado de fora?
Kerry:
Cala a boca, Morris.
Weaver passa direto pelo PS, e o trio
que fica sorri dele.
Morris: É só da boca
pra fora. Ela que me pediu pra ficar.
Tony: Certo...
O
carro dos paramédicos dobra a esquina.
Morris:
Shush. A ambulância. Gates, observe e lembre-se de todos os
sinais vitais.
O quarteto segue pro carro. As portas se abrem,
e tem uma mulher enorme na maca. Todos fazem repúdio ao cheiro
de lá de dentro.
paramédica: Mulher
indigente, entre 30 e 35 anos. É deficiente mental e atende
pelo nome de Juliet. Os vizinhos reclamaram do fedor, e... fomos
lá.
Morris: Que caatinga horrível! O
que que ela tem?
paramédica: Está
desitrada e... fez o favor de cagar na ambulância.
Sam:
Não brinca.
paramédica: Sério.
Vou levar uns três dias pra tirar esse cheiro!
A
maca da ambulância já está no chão e falta
a transferência.
Morris: Vamos lá: Um,
dois, trêêêêê...
Mas a mulher é
muito grande pra troca. E Morris sujou a mão nas
fezes.
Morris: Droga!
Sam: Ótimo
dia de estréia, não? sorrindo
Morris:
Ah é? Você sabe que cocô é trabalho pra
enfermeira, certo? Você vai dar um banho nela! com nojo,
joga a luva no chão Eu vou chamar mais gente pra carregar
essa... coisa.
Sam: Droga...
Tony:
Carregar indigentes com fezes no corpo... Por isso passei tanto
tempo estudando medicina.
Ray: Só melhora. Se
formou semestre passado?
Tony: Hoje.
Ray:
Hoje?
Tony: É. O fechamento do County
atrasou minha papelada.
Ray: Parabéns
então.
Tony: Obrigado.
O trio do
County mais os paramédicos esperam por Morris, ficando longe
do fedor.
Tony: Você... sabe se Neela Rasgotra
ainda trabalha no hospital?
Barnet olha pro estagiário
não gostando muito da pergunta...
CENA 6 - ALA
CIRÚRGICA
Quatro residentes acompanham a ronda de
Albright pelos pacientes. Neela é a menor do grupo, e a mais
dispersa. Agora, eles estão vendo um homem com dores
pós-operatórias.
residente: Homem, 65 anos
com doença vascular periférica aguda manifestada por
claudição do membro esquerdo. Pós-operatório,
há 10 dias, normal até 6 horas atrás quando
começou a sentir dor no quadrante inferior esquerdo sem
fatores paliativos agravantes.
Albright:
Medicamentos?
residente: Medicação
pós cirúrgica e 30 ml de leite de magnésia.
A
cirurgiã se aproxima do paciente e examina seu
estômago.
Albright: Constipação?
residente:
Sim...
Albright: Está com dores no
abdômen? Está sensível aqui?
paciente
Sim...
Albright: Não recua ao toque.
passa a examinar a perna esquerda A perna esta quente. Joelho
normal...
paciente Minha perna está boa. A
dor é no estômago.
A cirurgiã se vira pros
residentes, e a única pessoa a não dar atenção
é Neela:
Albright: Dra. Rasgotra.
Neela:
S-sim...
Albright: Que medida tomamos com este
senhor?
Neela: Ehr... provavelmente infecção
com a sonda usada na cirurgia. Hemograma, chem-7, urina, amilase e
chapas.
Albright: E se der tudo normal?
Neela:
Ela tem alta.
Albright: Parabéns
Neela.
Neela: sente-se orgulhosa
Albright:
Você acaba de dar um processo de 2 milhões de dólares
ao hospital.
Neela: Como?
Albright:
Stevenson, diagnóstico?
residente: Uma
trombose com extensão nas artérias
mesentéricas?
Albright: Exato. Nós
substituímos uma artéria nesse senhor. Coágulos
acontecem.
A cirurgiã fica encarando a indiana, que não
sabe onde esconder o rosto.
Albright: Certo, fim das
rondas. Stevenson, chame a radiologia e reserve uma sala pra nós.
Ao restante, voltem pros seus pacientes. todos vão
embora Dra. Rasgotra, você fica
Neela, que
também estava indo embora, pára, e fica de frente pra
cirurgiã. Quando ficam às sós, Albright se
aproxima da Indiana.
Albright: Eu não sei o que
Dubenko vê em você. É dispersa, não parece
se encaixar, falha em todas as rondas mas mesmo assim consegue as
melhores cirurgias. Está dormindo com Lucien?
Neela:
não acredita no que ouviu
Albright: É.
Essa sou eu. Foi tudo muito triste quando você ficou viúva,
mas você me disse que não queria tratamento
especial.
Neela: E não quero...
Albright:
Ótimo. Porque não vai ter. Eu estou cansada de você.
É melhor melhorar!
Neela: Okay...
Albright:
Você vai na cirurgia da trombose.
Neela:
Obrigada.
Albright: Eu não agradeceria.
Como castigo, você vai fazer a retração.
Neela:
Como?
Albright: Isso. Durante toda a cirurgia,
vai ficar segurando a pelanca dele.
Neela:
nervosa
Albright: Agora se mande. E fique disponível
pra cirurgia!
A indiana vai embora, e... o senhor da
trombose, que viu a conversa toda, encara Albright com
medo.
Albright: Tá olhando o que?
CENA
07 - QUARTO DE RECUPERAÇÃO
Lockhart está
dando de mamar pro filho. Maggie e o croata vêem a cena com
felicidade.
Abby: sem graça Vocês têm
que ficar olhando?
Maggie: Ah, Abby. É a
coisa mais natural do mundo.
Abby: É fácil
falar quando não é o seu peito do lado de fora.
Maggie:
Tem dó. Você sabe que eu já fiz isso pra você,
né?
Abby: Se eu fizesse terapia... talvez eu
incluísse esse meu momento Kodak num grande trauma
emocional.
Luka: Eu acho... bonito, ver minha noiva
dando de amamentar pro meu filho.
Abby: Luka, eu...
OUCH!
Maggie: O que houve?
Abby: O
miserável... rindo Ele não tem dentes mas me
mordeu!
Maggie: Deve estar com pouco leite. Troque
de peito ou faça massagens pra aumentar o fluxo.
Abby:
Hellooo-oou. Eu trabalhei anos como enfermeira na obstetrícia,
okay?
Maggie: Deixe que eu massageio. Maggie se
levanta, e fica do lado de Abby
Abby: Não. Mãe!
Mãe. Mãe...
É inútil. Maggie já
está massageando o seio da filha. Funciona, e o bebê
volta a mamar sem machucar.
Abby: Luka, minha mãe
está massageando meu peito... na sua frente.
Luka:
sorri infantilmente
Weaver bate duas vezes na porta, e
entra. Nem com a presença de Kerry, Maggie tira a mão.
Kerry:
Ehr... incomodo?
Abby: Claro que não. Hey,
porque não trazem logo uma filmadora pra gente por isso no
youtube?
Luka: Oi Kerry.
Kerry: É
a hora, Luka.
Luka: Certo. Amor, eu vou na reunião,
e... não sei quando volto. pega o paletó na
cadeira Vou te deixar aqui com sua mãe, certo?
Abby:
de boca fechada, impulsiona o lábio inferior, olhando pro
teto
Kerry: Depois nos falamos Abby.
Os dois
médicos saem do quarto. Maggie continua lá, do lado de
Abby.
Maggie: feliz Enfim sós.
CENA
08 - CORREDORES DO COUNTY
Os dois veteranos seguem caminho pra
sala de Anspaugh. Kovac está segurando o paletó com o
braço esquerdo. Weaver caminha ainda meio que sem jeito, e
sempre com as mãos juntas, alisando os dedos nunca olhando
Kovac nos olhos.
Luka: Preocupada?
Kerry:
E eu deveria?
Luka: Não sei. Eu tenho
evitado pensar nisso. Tenho medo de que... eu seja demitido.
Kerry:
Não vai acontecer nada com você. Não se
preocupe.
Luka: Meio difícil. Eu tava com
Abby esse tempo todo. Não pensei muito no caso
Clemente.
Kerry: Mas eu sim... O tempo todo.
Luka:
Então já sabe o que falar na reunião?
Kerry:
Já.
Luka: E...
Kerry: E
daí que não se preocupe. Pense em mim como bode
expiatório.
Luka: Como?
Kerry:
Não sabe o que quer dizer "bode expiatório"?
Luka:
Não... envergonhado
Kerry: Vai cair tudo
em cima de mim. Eles querem minha cabeça. Eu sei disso.
Luka:
Eles quem?
Ambos chegam no elevador e Kovac aperta o
botão.
Kerry: Anspaugh, Kayson, Coburn...
Dubenko.
Luka: Sério?
Kerry:
Tem sido um inferno viver com esse clubinho de cirurgiões.
As decisões deles não batem muito com as minhas, e como
eu tenho voz ativa no PS, sempre saem rusgas.
O elevador
chega, e os dois entram.
Luka: Eu honestamente pensei
que seria mais fácil o cargo de chefia.
Kerry:
Acredite, você ainda não seria o chefe do PS não
fosse por mim.
Luka: Como?
Kerry:
Todos por lá querem a sua cabeça.
Luka:
"Obrigado" por me deixar mais confiante ainda pra essa
reunião.
Kerry: sorri Já te falei
que nada acontecerá contigo.
Luka: Eu fui...
um mau supervisor de departamento?
Kerry: Não.
Só meio inexperiente. Isso você consegue com o tempo.
Tempo que eles não querem te dar, mas vamos conseguir.
O
elevador chega, e os dois saem.
Luka: Eu preciso falar
alguma coisa então?
Kerry: Melhor não.
Pense em mim como um colete à prova de balas.
Luka:
Você está bem, Kerry?
Kerry: Por
que?
Luka: Você está...
estranha.
Kerry: Estranha não. Decidida. Não
vou mais abaixar a cabeça diante desse pessoal.
CENA
09 - ESCRITÓRIO DE ANSPAUGH
Na ante-sala, a
recepcionista de Anspaugh faz as unhas.
Kerry: Bom dia.
Diga que os Doutores Kovac e Weaver chegaram pra
reunião.
recepcionista: Sim, Doutora.
Sente-se no sofá, por favor.
Os dois sentam-se no sofá.
Ela olha pro relógio: são 09:57
CENA 10 -
ER
O movimento já está ficando razoavelmente
grande. Os estagiários parecem perdidos, e nenhum nome do
quadro de pacientes foi retirado.
Frank: Eu já
sabia.
Chunny: O que?
Frank: Que
Morris como único atendente ia dar problema.
Três
estagiários seguem Morris fazendo um milhão de
perguntas. Mas Gates, já na recepção, finalmente
limpa um nome no quadro de pacientes.
Tony: É com
esse cara que vou aprender a ser médico?
Chunny:
marota Se quiser pode brincar de médico comigo.
Ray:
Hey... chegando sorrindo Isso é assédio
sexual, Chunny
Tony: Não, não. Não
tem problema. Se for com ela, perdôo. sorri mostrando
vários dentes
Ray: Tome. entrega uma
prancheta
Tony: Esse é...?
Ray:
Corte no escroto. Precisa de sutura.
Tony: Ai,
droga...
Gates vai pra SutureRoom. Barnet encara-o como se
visse um inimigo.
Chunny: Que que o gatinho te fez
demais, Ray?
Ray: Perguntou o que não devia.
sai com uma prancheta Se precisarem de mim, tô na
radiologia.
Frank: Gatinho... o que que houve com a
"beleza inferior"?
Nesse momento, chega Sam com
Juliet, a indigente que precisou de um banho. Frank encara como se
tivesse vivenciado seu pior pesadelo.
Chunny: Você
dizia...
Frank: Tá. Aquela ali pode ser a
melhor pessoa do mundo... mas nao tem jeito!
CENA 11 -
ESCRITÓRIO DE ANSPAUGH
Na sala com uma grande mesa pra
poucas pessoas, estão Anspaugh, Coburn, Kayson e Dubenko. Eles
estão exaltados mas aparentem estar em consenso.
Kayson:
Eu nunca fui muito com a cara dela. Talvez por não ser
cirurgiã, é verdade. Mas não apoiava nunca às
nossas decisões.
Dubenko: Eu concordo. A
Kerry parece ser uma boa pessoa, mas o poder de decisões pode
te-lhe subido à cabeça.
Coburn: Deixe
de ser morde-assopra. Ela não está aqui. Não é
nenhum segredo de que ela sempre foi meio ditadora, não?
Dubenko:
Eu acredito que ela mudou bastante.
Kayson: Você
está aqui a dois anos. Não sabe o que é aturar
essa mulher.
Anspaugh: Nós não estamos
aqui pra definir o caráter da Dra. Weaver. Estamos falando
sobre Clemente.
Coburn: Mas é a mesma coisa,
Donald. A mulher parece nunca admitir um erro. Foi até o fim
dizendo que ele era um bom médico. Precisou o cara se matar
pra terminar o banho de sangue?
Kayson: E o Dr.
Kovac? Ele admistrava o PS. Era mais responsabilidade dele do que
dela.
Coburn: Não, não. Eu conheço
a Kerry. Quando ela coloca uma idéia na cabeça... Pra
ela, Victor Clemente era bom, e tá acabado.
Morris:
É verdade. Sempre que ia lá embaixo, eu via com
clareza que Kovac e Clemente não se davam.
Anspaugh:
Então a culpa é de Weaver.
Kayson:
Ditadorazinha arrogante.
Anspaugh: Janet?
Lucien...
Coburn: Pra mim ela pode ir embora que não
fará falta.
Dubenko: Eu não iria tão
longe. Ela melhorou muito o PS. As reformas que ela fez... Ela merece
um voto de confança.
Kayson: Então são
três contra um.
Dubenko: Dr.
Kayson...
Anspaugh: Não, não. Isso
já está tomando tempo demais, e precisamos tomar uma
ação enérgica. pressiona o viva-voz Lilly,
mande-os entrar.
Na ante-sala, Weaver recebe o chamado da secretária. Já são 10:25...
Ela é
a primeira a entrar na sala, seguida de Kovac que fecha a porta.
Nenhum dos cirurgiões se levanta.
Anspaugh:
Sentem-se, por favor.
A mesa é enorme, e os
cirurgiões ficam pertos um dos outros. Luka se senta, mas
Weaver não.
Kerry: Eu prefiro ficar em pé.
Vocês ficaram mais de meia hora aqui dentro. Está claro
de que não vai demorar muito.
Anspaugh: Que
seja. Ehr... Conseguimos um acordo com a família de Fred Fong.
O diabético que veio com uma gangrena no dedão, e
Clemente... conduziu o caso até uma amputação.
Não haverá indiciamento civil pelo caso.
Luka:
Isso é bom, certo...?
Anspaugh: Não,
se o acordo não fosse de 600 mil dólares.
Kovac
faz cara de surpreso, mas Weaver continua impávida.
Anspaugh:
E esse é um dinheiro que não temos.
Kerry:
Nem nós dois, Donald.
Anspaugh: O
histórico de Clemente em Newark, acessível de qualquer
computador do mundo, poderia evitar esse processo. Mas nós
sentimos que você ignorou esse fato. O contratou mesmo assim,
e, ao que nos parece, Dr. Kovac, chefe do PS, não o queria por
lá. Não é verdade, Dr. Kovac?
Luka:
Ehr... eu...
Kerry: Prossiga.
Kayson:
com desdém É disso que estou falando...
Anspaugh:
Jack...
Kayson: Não Donald. Sempre que
falamos de seus defeitos, ela desconversa.
Kerry: Mas
é desproporcional, Dr. Kayson.
Kayson: pára
pra ouvi-la
Kerry: Quando eu consigo verbas pro
hospital, sou a melhor do mundo. Parabéns que não
acabam mais. Diminui a lista de demora pra pacientes serem atendidos.
Melhorei e muito a qualidade do County... Quando falam de meus erros,
é como se anulassem meus acertos. Isso enche e eu fico
confusa! Eu não estou nessa batalha de egos que é a
vida de vocês.
Coburn: Mentira! A primeira
coisa que fez ao ganhar o departamento foi sair do PS.
Luka:
Não. Ela sempre dá plantões pra se manter no
ritmo.
Kerry: Luka, eu agradeço, mas se você
ficar do meu lado diante desse grupo, vai se dar mal.
Kayson:
Desse grupo?
Kerry: Eu erro UMA vez e ouço
a mesma ladainha milhares de vezes. Eu aposto que mais acertei do que
errei durante minha administração.
Coburn:
Ela não admiti mesmo os erros...
Kerry:
Eu estou!
Anspaugh: Kerry.
Kerry: É
"Dra. Weaver".
Anspaugh: "Dra.
Weaver". Está claro pela reação do Dr.
Kovac que você tem uma voz muito ativa lá embaixo. E que
a culpa do caso Clemente é... completamente sua.
Kerry:
Eu não disse que já tinham tomado uma
decisão?
Anspaugh: Na verdade, chegamos sim.
Não foi consenso, mas precisamos tomar uma ação
enérgica quanto a isso. Você deve sair da administração
do County.
Kerry: fica calada
Anspaugh: Não
deu certo. E eu pensava que com Romano as coisas estavam ruins. Se
não fosse aquele helicóptero, devolveriamos o controle
pra ele.
Kerry: Claro. Pra outro cirurgião...
do grupinho de vocês.
Anspaugh: Não
torne isso pessoal, Kerry.
Kerry: Não tornar
pessoal? VOCÊS... vocês que tornaram! Eu dediquei minha
carreira à esse hospital. Mais do que qualquer um faria!
Passei noites acordada consertando brechas administrativas, falta de
orçamento... eu melhorei o atendimento!
Coburn:
Então você é a onipresente que não
precisa de ajuda.
Kerry: Não distorça
minhas palavras, Janet. Eu delegava tudo muito direito, bem
informado, pra quem quisesse ver. Dei meu tempo e minha paciência
ao hospital e sejá quem for que me substituia... alguém
de fora, ou vocês dessa ação enérgica,
saibam de uma coisa: sinceramente, façam um bom trabalho.
Porque eu amo o PS e odiaria que tudo o que eu construí fosse
destruído. Inclusive... minha reputação, pois eu
não vou continuar aqui. Não dá mais. Se vocês
não me querem, eu me demito.
Weaver, abalada com a
situação, mas prefere não falar nada. Ainda com
as mãos sem jeito, sai decidida da sala, mas cabisbaixa. Kovac
fica surpreso com a demissão da colega, e olha pros cirurgiões
meio que surpreso.
Luka: Vocês vão deixá-la
sair assim?
Anspaugh: E já vai tarde. Não
precisamos dela. Temos uma equipe que pode fazer um trabalho
melhor.
O croata, decepcionado, sai da sala, mas a ponto de
ouvir ainda uma coisinha de Janet
Coburn: Incrível
como algumas pessoas podem distorcer situações com
palavras...
Luka fecha a porta.
intervalo
