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13x02 - GRADUATION DAY - PARTE 2
CENA 04 - QUARTO DE RECUPERAÇÃO
Maggy está com as mãos abertas pressionando as bochechas da filha e beijando sua testa. Abby solta um "ouch" sorridente a cada beijo. Luka está próximo vendo a cena.
Abby: Maggy?
Maggie: pára de beijá-la Filha!
Abby: Oi. completamente sem graça
Maggie: sentada na cadeira ao lado do leitoEntão minha filha tem o bebê e eu só sou chamada uma semana depois?
Abby: Bom, eu...
Luka: A senhora estava fora da cidade, então...
Maggie: vira-se pra Luka, sorrindo
Luka: ... esperávamos que tudo se acalmasse.
Maggie: É ele?
Abby: Sim. Luka, o pai do bebê.
Maggie: faz cara de sonsa Eu sei disso. É o bebê? se levanta
Luka: Ow, claro.
Maggy vai em direção do neto, e Luka entrega a criança pra ela. Kovac vê que Abby fez cara de "o que você tá fazendo?". O croata retribui com uma cara de "qual o problema?". Lockhart faz cara de "sei lá".
Maggie: Ow, meu Deeeeus... ele é lindo.
Abby: Eu sei.
Maggie: Qual o nome dele?
Abby: Nós ainda não...
Luka: Não sabemos ainda.
Maggie: Ele teu seus olhos, Luka. E o narizinho de Abby. Mas é tão pequeninho... devolve pra Luka
Abby: Como dissemos, foi complicado.
Maggie: Poxa Abby. Que falta de consideração!
Abby: Ehr...
Maggie: Como depois do que aconteceu aqui você não me chamou?
Abby: Eu... eu... Até que queria, mas Luka não deixou.
Espantado com a resposta, Kovac começa a olhar pra cima procurando criar uma resposta, porque Maggy está encarando o croata e esperando uma explicação:
Luka: Eu... ehr... Ela tava desacordada, e não consegui achar seu número, e...
Maggie: Não, não, não. Eu conheço isso. Não foi você.
Abby: fica calada
Maggie: Abbyyy. Olhe pra mim - eu estou bem! Graças à você, ao Erik... Por favor, não me exclua. Ainda mais agora que eu tenho um netinho.
Abby: Me desculpe. Me desculpe mesmo.
Maggie: Certo. Não se desculpe, por favor. Eu... eu vim ver minha filha e meu neto. Já consegui isso. Agora só saio do hospital quando você receber alta.
Abby: Eu... por meio segundo, olha Luka com brabeza ... já tô quase melhor. Mas vai ser ótima a companhia.
Luka: Abby ainda tem problemas pra ir ao banheiro. E não gosta de ser ajudada por mim ou enfermeiras. Talvez...
Maggie: Absolutamente! Deixa isso comigo.
Abby solta um sorrisinho amarelo e Luka marotamente zona dela.

CENA 5 - AMBULANCE BAY
Esperando por uma ambulância estão Morris, Ray, Tony e Sam.
Tony: Por que esperar a ambulância aqui fora?
Morris: Como assim?
Tony: Não seria mais produtivo se nós estivéssemos lá dentro fazendo algo até os paramédicos entrarem com a maca, ao invés de ficar aqui fora fazendo nada?
Ray e Sam até que acham a pergunta interessante. Morris não sabe respondê-la.
Morris: Ehr... nós já recebemos o chamado, okay? Não faz mal ficar aqui um minuto. Acho...
Chega Weaver, vestida à caráter pra uma reunião. Archie gostou de vê-la:
Morris: Dra. Weaver, por que nós esperamos a ambulância aqui do lado de fora?
Kerry: Cala a boca, Morris.
Weaver passa direto pelo PS, e o trio que fica sorri dele.
Morris: É só da boca pra fora. Ela que me pediu pra ficar.
Tony: Certo...

O carro dos paramédicos dobra a esquina.
Morris: Shush. A ambulância. Gates, observe e lembre-se de todos os sinais vitais.
O quarteto segue pro carro. As portas se abrem, e tem uma mulher enorme na maca. Todos fazem repúdio ao cheiro de lá de dentro.
paramédica: Mulher indigente, entre 30 e 35 anos. É deficiente mental e atende pelo nome de Juliet. Os vizinhos reclamaram do fedor, e... fomos lá.
Morris: Que caatinga horrível! O que que ela tem?
paramédica: Está desitrada e... fez o favor de cagar na ambulância.
Sam: Não brinca.
paramédica: Sério. Vou levar uns três dias pra tirar esse cheiro!

A maca da ambulância já está no chão e falta a transferência.
Morris: Vamos lá: Um, dois, trêêêêê...
Mas a mulher é muito grande pra troca. E Morris sujou a mão nas fezes.
Morris: Droga!
Sam: Ótimo dia de estréia, não? sorrindo
Morris: Ah é? Você sabe que cocô é trabalho pra enfermeira, certo? Você vai dar um banho nela! com nojo, joga a luva no chão Eu vou chamar mais gente pra carregar essa... coisa.
Sam: Droga...
Tony: Carregar indigentes com fezes no corpo... Por isso passei tanto tempo estudando medicina.
Ray: Só melhora. Se formou semestre passado?
Tony: Hoje.
Ray: Hoje?
Tony: É. O fechamento do County atrasou minha papelada.
Ray: Parabéns então.
Tony: Obrigado.
O trio do County mais os paramédicos esperam por Morris, ficando longe do fedor.
Tony: Você... sabe se Neela Rasgotra ainda trabalha no hospital?
Barnet olha pro estagiário não gostando muito da pergunta...

CENA 6 - ALA CIRÚRGICA
Quatro residentes acompanham a ronda de Albright pelos pacientes. Neela é a menor do grupo, e a mais dispersa. Agora, eles estão vendo um homem com dores pós-operatórias.
residente: Homem, 65 anos com doença vascular periférica aguda manifestada por claudição do membro esquerdo. Pós-operatório, há 10 dias, normal até 6 horas atrás quando começou a sentir dor no quadrante inferior esquerdo sem fatores paliativos agravantes.
Albright: Medicamentos?
residente: Medicação pós cirúrgica e 30 ml de leite de magnésia.
A cirurgiã se aproxima do paciente e examina seu estômago.
Albright: Constipação?
residente: Sim...
Albright: Está com dores no abdômen? Está sensível aqui?
paciente Sim...
Albright: Não recua ao toque. passa a examinar a perna esquerda A perna esta quente. Joelho normal...
paciente Minha perna está boa. A dor é no estômago.
A cirurgiã se vira pros residentes, e a única pessoa a não dar atenção é Neela:
Albright: Dra. Rasgotra.
Neela: S-sim...
Albright: Que medida tomamos com este senhor?
Neela: Ehr... provavelmente infecção com a sonda usada na cirurgia. Hemograma, chem-7, urina, amilase e chapas.
Albright: E se der tudo normal?
Neela: Ela tem alta.
Albright: Parabéns Neela.
Neela: sente-se orgulhosa
Albright: Você acaba de dar um processo de 2 milhões de dólares ao hospital.
Neela: Como?
Albright: Stevenson, diagnóstico?
residente: Uma trombose com extensão nas artérias mesentéricas?
Albright: Exato. Nós substituímos uma artéria nesse senhor. Coágulos acontecem.
A cirurgiã fica encarando a indiana, que não sabe onde esconder o rosto.

Albright: Certo, fim das rondas. Stevenson, chame a radiologia e reserve uma sala pra nós. Ao restante, voltem pros seus pacientes. todos vão embora Dra. Rasgotra, você fica
Neela, que também estava indo embora, pára, e fica de frente pra cirurgiã. Quando ficam às sós, Albright se aproxima da Indiana.
Albright: Eu não sei o que Dubenko vê em você. É dispersa, não parece se encaixar, falha em todas as rondas mas mesmo assim consegue as melhores cirurgias. Está dormindo com Lucien?
Neela: não acredita no que ouviu
Albright: É. Essa sou eu. Foi tudo muito triste quando você ficou viúva, mas você me disse que não queria tratamento especial.
Neela: E não quero...
Albright: Ótimo. Porque não vai ter. Eu estou cansada de você. É melhor melhorar!
Neela: Okay...
Albright: Você vai na cirurgia da trombose.
Neela: Obrigada.
Albright: Eu não agradeceria. Como castigo, você vai fazer a retração.
Neela: Como?
Albright: Isso. Durante toda a cirurgia, vai ficar segurando a pelanca dele.
Neela: nervosa
Albright: Agora se mande. E fique disponível pra cirurgia!

A indiana vai embora, e... o senhor da trombose, que viu a conversa toda, encara Albright com medo.
Albright: olhando o que?

CENA 07 - QUARTO DE RECUPERAÇÃO
Lockhart está dando de mamar pro filho. Maggie e o croata vêem a cena com felicidade.
Abby: sem graça Vocês têm que ficar olhando?
Maggie: Ah, Abby. É a coisa mais natural do mundo.
Abby: É fácil falar quando não é o seu peito do lado de fora.
Maggie: Tem dó. Você sabe que eu já fiz isso pra você, né?
Abby: Se eu fizesse terapia... talvez eu incluísse esse meu momento Kodak num grande trauma emocional.
Luka: Eu acho... bonito, ver minha noiva dando de amamentar pro meu filho.
Abby: Luka, eu... OUCH!
Maggie: O que houve?
Abby: O miserável... rindo Ele não tem dentes mas me mordeu!
Maggie: Deve estar com pouco leite. Troque de peito ou faça massagens pra aumentar o fluxo.
Abby: Hellooo-oou. Eu trabalhei anos como enfermeira na obstetrícia, okay?
Maggie: Deixe que eu massageio. Maggie se levanta, e fica do lado de Abby
Abby: Não. Mãe! Mãe. Mãe...
É inútil. Maggie já está massageando o seio da filha. Funciona, e o bebê volta a mamar sem machucar.
Abby: Luka, minha mãe está massageando meu peito... na sua frente.
Luka: sorri infantilmente

Weaver bate duas vezes na porta, e entra. Nem com a presença de Kerry, Maggie tira a mão.
Kerry: Ehr... incomodo?
Abby: Claro que não. Hey, porque não trazem logo uma filmadora pra gente por isso no youtube?
Luka: Oi Kerry.
Kerry: É a hora, Luka.
Luka: Certo. Amor, eu vou na reunião, e... não sei quando volto. pega o paletó na cadeira Vou te deixar aqui com sua mãe, certo?
Abby: de boca fechada, impulsiona o lábio inferior, olhando pro teto
Kerry: Depois nos falamos Abby.

Os dois médicos saem do quarto. Maggie continua lá, do lado de Abby.
Maggie: feliz Enfim sós.

CENA 08 - CORREDORES DO COUNTY
Os dois veteranos seguem caminho pra sala de Anspaugh. Kovac está segurando o paletó com o braço esquerdo. Weaver caminha ainda meio que sem jeito, e sempre com as mãos juntas, alisando os dedos nunca olhando Kovac nos olhos.
Luka: Preocupada?
Kerry: E eu deveria?
Luka: Não sei. Eu tenho evitado pensar nisso. Tenho medo de que... eu seja demitido.
Kerry: Não vai acontecer nada com você. Não se preocupe.
Luka: Meio difícil. Eu tava com Abby esse tempo todo. Não pensei muito no caso Clemente.
Kerry: Mas eu sim... O tempo todo.
Luka: Então já sabe o que falar na reunião?
Kerry: Já.
Luka: E...
Kerry: E daí que não se preocupe. Pense em mim como bode expiatório.
Luka: Como?
Kerry: Não sabe o que quer dizer "bode expiatório"?
Luka: Não... envergonhado
Kerry: Vai cair tudo em cima de mim. Eles querem minha cabeça. Eu sei disso.
Luka: Eles quem?
Ambos chegam no elevador e Kovac aperta o botão.
Kerry: Anspaugh, Kayson, Coburn... Dubenko.
Luka: Sério?
Kerry: Tem sido um inferno viver com esse clubinho de cirurgiões. As decisões deles não batem muito com as minhas, e como eu tenho voz ativa no PS, sempre saem rusgas.
O elevador chega, e os dois entram.
Luka: Eu honestamente pensei que seria mais fácil o cargo de chefia.
Kerry: Acredite, você ainda não seria o chefe do PS não fosse por mim.
Luka: Como?
Kerry: Todos por lá querem a sua cabeça.
Luka: "Obrigado" por me deixar mais confiante ainda pra essa reunião.
Kerry: sorri Já te falei que nada acontecerá contigo.
Luka: Eu fui... um mau supervisor de departamento?
Kerry: Não. Só meio inexperiente. Isso você consegue com o tempo. Tempo que eles não querem te dar, mas vamos conseguir.
O elevador chega, e os dois saem.
Luka: Eu preciso falar alguma coisa então?
Kerry: Melhor não. Pense em mim como um colete à prova de balas.
Luka: Você está bem, Kerry?
Kerry: Por que?
Luka: Você está... estranha.
Kerry: Estranha não. Decidida. Não vou mais abaixar a cabeça diante desse pessoal.

CENA 09 - ESCRITÓRIO DE ANSPAUGH
Na ante-sala, a recepcionista de Anspaugh faz as unhas.
Kerry: Bom dia. Diga que os Doutores Kovac e Weaver chegaram pra reunião.
recepcionista: Sim, Doutora. Sente-se no sofá, por favor.
Os dois sentam-se no sofá. Ela olha pro relógio: são 09:57

CENA 10 - ER
O movimento já está ficando razoavelmente grande. Os estagiários parecem perdidos, e nenhum nome do quadro de pacientes foi retirado.
Frank: Eu já sabia.
Chunny: O que?
Frank: Que Morris como único atendente ia dar problema.
Três estagiários seguem Morris fazendo um milhão de perguntas. Mas Gates, já na recepção, finalmente limpa um nome no quadro de pacientes.
Tony: É com esse cara que vou aprender a ser médico?
Chunny: marota Se quiser pode brincar de médico comigo.
Ray: Hey... chegando sorrindo Isso é assédio sexual, Chunny
Tony: Não, não. Não tem problema. Se for com ela, perdôo. sorri mostrando vários dentes
Ray: Tome. entrega uma prancheta
Tony: Esse é...?
Ray: Corte no escroto. Precisa de sutura.
Tony: Ai, droga...
Gates vai pra SutureRoom. Barnet encara-o como se visse um inimigo.

Chunny: Que que o gatinho te fez demais, Ray?
Ray: Perguntou o que não devia. sai com uma prancheta Se precisarem de mim, tô na radiologia.
Frank: Gatinho... o que que houve com a "beleza inferior"?
Nesse momento, chega Sam com Juliet, a indigente que precisou de um banho. Frank encara como se tivesse vivenciado seu pior pesadelo.
Chunny: Você dizia...
Frank: Tá. Aquela ali pode ser a melhor pessoa do mundo... mas nao tem jeito!

CENA 11 - ESCRITÓRIO DE ANSPAUGH
Na sala com uma grande mesa pra poucas pessoas, estão Anspaugh, Coburn, Kayson e Dubenko. Eles estão exaltados mas aparentem estar em consenso.
Kayson: Eu nunca fui muito com a cara dela. Talvez por não ser cirurgiã, é verdade. Mas não apoiava nunca às nossas decisões.
Dubenko: Eu concordo. A Kerry parece ser uma boa pessoa, mas o poder de decisões pode te-lhe subido à cabeça.
Coburn: Deixe de ser morde-assopra. Ela não está aqui. Não é nenhum segredo de que ela sempre foi meio ditadora, não?
Dubenko: Eu acredito que ela mudou bastante.
Kayson: Você está aqui a dois anos. Não sabe o que é aturar essa mulher.
Anspaugh: Nós não estamos aqui pra definir o caráter da Dra. Weaver. Estamos falando sobre Clemente.
Coburn: Mas é a mesma coisa, Donald. A mulher parece nunca admitir um erro. Foi até o fim dizendo que ele era um bom médico. Precisou o cara se matar pra terminar o banho de sangue?
Kayson: E o Dr. Kovac? Ele admistrava o PS. Era mais responsabilidade dele do que dela.
Coburn: Não, não. Eu conheço a Kerry. Quando ela coloca uma idéia na cabeça... Pra ela, Victor Clemente era bom, e tá acabado.
Morris: É verdade. Sempre que ia lá embaixo, eu via com clareza que Kovac e Clemente não se davam.
Anspaugh: Então a culpa é de Weaver.
Kayson: Ditadorazinha arrogante.
Anspaugh: Janet? Lucien...
Coburn: Pra mim ela pode ir embora que não fará falta.
Dubenko: Eu não iria tão longe. Ela melhorou muito o PS. As reformas que ela fez... Ela merece um voto de confança.
Kayson: Então são três contra um.
Dubenko: Dr. Kayson...
Anspaugh: Não, não. Isso já está tomando tempo demais, e precisamos tomar uma ação enérgica. pressiona o viva-voz Lilly, mande-os entrar.

Na ante-sala, Weaver recebe o chamado da secretária. Já são 10:25...

Ela é a primeira a entrar na sala, seguida de Kovac que fecha a porta. Nenhum dos cirurgiões se levanta.
Anspaugh: Sentem-se, por favor.
A mesa é enorme, e os cirurgiões ficam pertos um dos outros. Luka se senta, mas Weaver não.
Kerry: Eu prefiro ficar em pé. Vocês ficaram mais de meia hora aqui dentro. Está claro de que não vai demorar muito.
Anspaugh: Que seja. Ehr... Conseguimos um acordo com a família de Fred Fong. O diabético que veio com uma gangrena no dedão, e Clemente... conduziu o caso até uma amputação. Não haverá indiciamento civil pelo caso.
Luka: Isso é bom, certo...?
Anspaugh: Não, se o acordo não fosse de 600 mil dólares.
Kovac faz cara de surpreso, mas Weaver continua impávida.
Anspaugh: E esse é um dinheiro que não temos.
Kerry: Nem nós dois, Donald.
Anspaugh: O histórico de Clemente em Newark, acessível de qualquer computador do mundo, poderia evitar esse processo. Mas nós sentimos que você ignorou esse fato. O contratou mesmo assim, e, ao que nos parece, Dr. Kovac, chefe do PS, não o queria por lá. Não é verdade, Dr. Kovac?
Luka: Ehr... eu...
Kerry: Prossiga.
Kayson: com desdém É disso que estou falando...
Anspaugh: Jack...
Kayson: Não Donald. Sempre que falamos de seus defeitos, ela desconversa.
Kerry: Mas é desproporcional, Dr. Kayson.
Kayson: pára pra ouvi-la
Kerry: Quando eu consigo verbas pro hospital, sou a melhor do mundo. Parabéns que não acabam mais. Diminui a lista de demora pra pacientes serem atendidos. Melhorei e muito a qualidade do County... Quando falam de meus erros, é como se anulassem meus acertos. Isso enche e eu fico confusa! Eu não estou nessa batalha de egos que é a vida de vocês.
Coburn: Mentira! A primeira coisa que fez ao ganhar o departamento foi sair do PS.
Luka: Não. Ela sempre dá plantões pra se manter no ritmo.
Kerry: Luka, eu agradeço, mas se você ficar do meu lado diante desse grupo, vai se dar mal.
Kayson: Desse grupo?
Kerry: Eu erro UMA vez e ouço a mesma ladainha milhares de vezes. Eu aposto que mais acertei do que errei durante minha administração.
Coburn: Ela não admiti mesmo os erros...
Kerry: Eu estou!
Anspaugh: Kerry.
Kerry: É "Dra. Weaver".
Anspaugh: "Dra. Weaver". Está claro pela reação do Dr. Kovac que você tem uma voz muito ativa lá embaixo. E que a culpa do caso Clemente é... completamente sua.
Kerry: Eu não disse que já tinham tomado uma decisão?
Anspaugh: Na verdade, chegamos sim. Não foi consenso, mas precisamos tomar uma ação enérgica quanto a isso. Você deve sair da administração do County.
Kerry: fica calada
Anspaugh: Não deu certo. E eu pensava que com Romano as coisas estavam ruins. Se não fosse aquele helicóptero, devolveriamos o controle pra ele.
Kerry: Claro. Pra outro cirurgião... do grupinho de vocês.
Anspaugh: Não torne isso pessoal, Kerry.
Kerry: Não tornar pessoal? VOCÊS... vocês que tornaram! Eu dediquei minha carreira à esse hospital. Mais do que qualquer um faria! Passei noites acordada consertando brechas administrativas, falta de orçamento... eu melhorei o atendimento!
Coburn: Então você é a onipresente que não precisa de ajuda.
Kerry: Não distorça minhas palavras, Janet. Eu delegava tudo muito direito, bem informado, pra quem quisesse ver. Dei meu tempo e minha paciência ao hospital e sejá quem for que me substituia... alguém de fora, ou vocês dessa ação enérgica, saibam de uma coisa: sinceramente, façam um bom trabalho. Porque eu amo o PS e odiaria que tudo o que eu construí fosse destruído. Inclusive... minha reputação, pois eu não vou continuar aqui. Não dá mais. Se vocês não me querem, eu me demito.

Weaver, abalada com a situação, mas prefere não falar nada. Ainda com as mãos sem jeito, sai decidida da sala, mas cabisbaixa. Kovac fica surpreso com a demissão da colega, e olha pros cirurgiões meio que surpreso.
Luka: Vocês vão deixá-la sair assim?
Anspaugh: E já vai tarde. Não precisamos dela. Temos uma equipe que pode fazer um trabalho melhor.
O croata, decepcionado, sai da sala, mas a ponto de ouvir ainda uma coisinha de Janet
Coburn: Incrível como algumas pessoas podem distorcer situações com palavras...

Luka fecha a porta.

intervalo