N/A: Calma, calma! Eu ainda estou viva, apenas viajei hehehe
Cap. 5- Discurso apaixonado
Durante a aula de História da Magia, Draco olhava os jardins pela janela. Ele não estava preocupado coma matéria: tinha uma pena- de- repetição- rápida para aquela matéria. Ele viu a turma grifinória do sexto ano sair do castelo, mas não havia ninguém com os chamativos cabelos flamejantes pelos quais ele tanto ansiava. Alguns segundos depois ela apareceu. Se ele não estivesse procurando talvez nem tivesse notado a presença dela ali. Ela parecia parte da paisagem parada ali. O vermelho do cabelo dela estava nas folhas, e também o chocolate dos seus olhos. Ele viu-a parar um instante, olhando para o lago, e então ir andando na mesma direção de seus colegas. Draco foi despertado de seu estado de torpor pelo sinal.
Depois do jantar, Draco seguiu até a sala do diretor. Ao contrário do que esperava, a sala estava vazia. Olhou no relógio e viu que ainda era cedo. "Saber que estaria aqui com Potter acabou com o meu apetite. Nem sequer tentei jantar.". Ele viu uma harpa encostada no canto. Era a harpa de Dumbledore. Ele dizia que o nome dela era Minha Dama, e que já pertencera a ele em vidas passadas. A grande harpa o encarava, em um chamado silencioso. Ele andou até ela, sentou-se na cadeira atrás dela e começou a tocar.
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Virgínia andava em direção às estufas. Os jardins estavam lindos naquela estação. O outono... ela amava o outono. As folhas adquiriam tons de vermelho, amarelo e marrom. O chão permanecia sempre coberto de folhas e havia aquele friozinho gostoso que anunciava a proximidade do inverno. Ela olhou em volta. Algumas folhas boiavam nas águas escuras do lago, e a Lula Gigante brincava com elas. Ela se lembrava de quando caíra no lago, anos antes. Ela tentara se matar por causa de Tom, mas ele não quis isso. Ele se apossara dela e a fizera nadar até a margem. Rony sequer percebera, tão ocupado que estava. Ela suspirou. Ele sempre estava ocupado.
As aulas da tarde correram normalmente. Alguns pontos perdidos com Snape no dia anterior foram recuperados com McGonagall, e ganhou mais cinco pontos com a professora Sprout. Ela aguardava a noite como quem espera por seu aniversário: algum dia vai chegar, por que a pressa?
No Salão Principal um silêncio opressivo reinava. Desde o começo do ano não havia mais os burburinhos que costumavam estar no salão. O café-da-manhã era a pior hora do dia. Todos corriam, afoitos, para a última página do Profeta Diário. Era ali que se encontrava a nova sessão do jornal, o obituário. Todas as manhãs, em meio aos suspiros de alívio, ouvia-se soluços desesperados de alguns, enquanto os amigos retiravam o infeliz do Salão. Quando havia batalhas os professores, todos, saíam e voltavam no dia seguinte. Muitos voltavam feridos. Nas noites de espera os alunos se recolhiam em seus Salões Comunais, aonde encontravam consolo nos braços daqueles que sofriam da mesma angústia. Na manhã seguinte não havia quem abrisse a boca antes da chegada do Correio. Ninguém ousava falar enquanto não houvesse confirmação da saúde de toda a família, fosse por carta ou no Profeta.
Foi nesse clima que ela jantou, garfada por garfada, sentindo o sabor da comida. Estranhou Harry não descer para jantar, mas mais preocupada estava era com um certo sonserino que não apareceu também. Depois de terminar seu prato, levantou-se e foi até a sala de Dumbledore. Bem antes de chegar à porta da sala, ouviu uma música linda. Era um lamento, um desabafo. E era linda. Falava de amor, de guerra. Falava da sua dor.
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Draco tocava uma canção de sua própria autoria, que fizera anos antes, na época da morte de sua mãe. Começou a cantar. Cantava medo e solidão, desilusões e dores. Cantava seu eterno inverno. Sua voz ecoava pelas paredes da sala.
E no refrão, uma voz doce uniu-se à sua. Ela cantava como se... como se soubesse de tudo aquilo que ele sentia. Como se entendesse o que se passava dentro dele. Pela primeira vez de muitas outras, as vozes de Draco e Virgínia se ergueram em perfeita harmonia. A canção atingiu seu ápice e então começou a decair, chegando ao final. Draco levantou-se, tomou as duas mãos de Virgínia e disse:
- Isso tem de ser um segredo. – aqueles grandes olhos chocolate o encaravam. Ela assentiu, e ele sentiu, estranhamente, que ela não iria contar ao Potter. Não iria contar a ninguém. Ele viu os lábios dela, convidativamente entreabertos e próximos. Ele sentiu um desejo forte assolar seu corpo. Cada fibra de seu ser implorava pelos lábios dela. Mas séculos de herança genética Malfoy não podem ser ignorados facilmente, e ele virou-se de costas para ela.
Um segundo depois isso se provou uma sorte porque Harry Potter entrava na sala.
- Eu cheguei atrasado?
- Duas coisas Potter. Um: acho que seus pais te deixaram ao menos dinheiro para comprar um relógio, porque o único defeito que os Potter não tem é a pobreza. – um sorriso de escárnio estava em seu rosto. Nem em um milhão de anos Gina acreditaria que era ele quem cantava a menos de um minuto atrás. - Dois: você é cego ou burro? Não viu que Dumbledore não está aqui?
- Queira você ou não Malfoy, nós vamos trabalhar juntos daqui pra frente. Eu vou fazer o possível para tornar essa convivência suportável.O mundo mágico depende da sua colaboração, porque se você continuar assim um de nós não sobreviverá para contar a história. Certo?
- Harry você está certo, mas não precisa falar assim. Quanto a você, Malfoy, não posso repreendê-lo, mas... Harry está certo. Vamos fazer isso funcionar, sim? Não por nós. Por todos.
- Você falou bem, Virgínia. – Dumbledore entrou na sala – Vocês devem aprender a conviver. Vocês podem precisar um do outro mais pra frente.
- Desculpe professor, mas não vejo porque eu deva me relacionar com alguém que logo mais pode ser um cadáver.
- Sr. Malfoy, o que seria do mundo se todos tivessem essa mentalidade? Em época de guerra, qualquer um pode ser achado morto. – Dumbledore parecia levemente irritado, o que bastou para que Draco se calasse. – Vamos, então, para a Floresta?
O treino correu de modo tenso. Virgínia dividia-se entre observar os movimentos corporais de Draco procurando sinais de cansaço, irritação ou qualquer outra coisa visível e ajudar Harry nas tarefas que para eles eram quase simples graças às suas lembranças. Eles treinaram duelo com espadas naquela noite. Virgínia esforçou-se mais do que o normal naquela aula: ela sabia que, no futuro, seria útil.
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No jantar do dia seguinte, o clima continuava pesado. Tímido, Neville Longbotton levantou-se, andou até a mesa dos professores e cochichou alguma coisa com o diretor. Este levantou-se e disse:
- Seu colega Neville gostaria de dizer-lhes algumas palavras. – com um movimento da varinha ele conjurou um banco, no qual Neville subiu. Ele começou a falar, com voz fraca
- Sonorus.Colegas.... eu tenho algo a dizer a vocês. Sem distinção de casas. Não me importa se vocês são grifinórios como eu, corvinais, lufa-lufas ou mesmo sonserinos. Eu me dirijo a todos. – aos poucos sua voz ganhava força, na medida em que a coragem grifinória despertava. – Muitos de vocês sabem que fui criado por minha avó. Mas não sabem por que. Há dezessete anos meus pais foram torturados por Comensais. Eles eram aurores, e os Comensais tentaram tirar-lhes informações. Eles foram torturados até a loucura, mas não lhes disseram nada. Eu tenho orgulho deles por isso. Eu os visito na ala psiquiátrica de St. Mungus. Minha mãe não sabe quem eu sou. Eu tenho de ir lá e olhá-los nos olhos sabendo que eles não sabem que sou seu filho. Que eles não sabem quem são. Isso me dá forças. Mais do que qualquer um aqui, eu me esforço. Mais do que qualquer outro aqui, eu estudo. Não por vingança, mas para que mais ninguém tenha que olhar nos olhos vidrados de sua própria mãe. Eu quero viver em um mundo aonde crianças crescem felizes com suas famílias. Eu vou lutar por esse mundo. – as lágrimas escorriam de seus olhos, e dos olhos de todos no salão. Afinal, sonserinos também choram. Afinal, sonserinos também perdem pais. – Tem que ser assim. Não por vingança, não por rancor. Por um mundo melhor.
N/A: UIÓÓÓÓÓÓÓÓIN!UIÓÓÓÓÓÓIN! (sirene tipo alarme) MOMENTO FLUFY DA AUTORA, CUIDADO!!!! Hahahahahaha
Vixi esse cap saiu enormeeee.... gente, calma. A fic é DG, não precisam me matar. Esse cap. foi difícil d sair......... bom, vamos as reviews!!!
Princesa Chi: hm ainda não chegou o dia q o Draco faz surpresinha..... e, como já disse, a fic continua D/G, ok? Bjs!
Youko Julia Yagami: Oi! Q bom q vc tah gostando da fic... olha, não vem não!!! Não são outras, é só uma, porque não dava mais. Eu estou escrevendo, e não tenho caps. reserva XD! Eu posto quando o cap. sair, e espero que ainda dê uns bons 10 caps.
Pekena Malfoy: É D/G!!!!! O envolvimento H/G é só pra esquentar o clima huhuhu. O cap. tah longo o suficiente pra vc? Espero q sim hehehe continua comentando bjs
Pirokiko: H/G eh horrível sim!!! A fic é D/G!!!! hahaha apesar d amar Avalon eu sou católica d carteirinha!!! Mas cada um com a sua religião. Tem um livro chamado "a senhora de avalon" (acho) que conta a historia de Avalon, desde o início. É muito bom!!! Quanto a quem morre, eu já matei o Draco antes, na Última Jornada (num tem nenhuma review!!!! Crimeee!!!). quem sabe não sou malvada de novo?
Alexiel-chan: Levando bem demais? Mudei um pouco agora. E aumentei o cap. Gostou? Reviews!
Bela Malfoy: nossa que empolgadaaa!!! Que ótimo que gostou. Continua deixando reviews!
Quem gostou do discurso do Neville? REviewsssss
