N/A: oi! Queria agradecer todas as reviews! Meninas, muito obrigada. Mesmo. O apoio de vocês é muito importante pra mim, e só deus sabe como foi difícil escrever esse NC.
Cap. 11 – Magia bruta
Assim como dormira iluminada pela lua, Virgínia despertou com a luz do sol em seu rosto. Olhando em volta, viu que estava na mesma sala em que dormira, mas sobre uma cama que fora conjurada por Draco. Ele não estava lá. O perfume da madeira de macieira ainda estava no ar. Bem desperta, andou até as portas de vidro da sacada e as abriu. Um vento deliciosamente fresco invadiu o quarto e fez voar seus cabelos.
Lá fora, o sol brilhava sobre as águas do lago. Eram nove horas. Pássaros cantavam na Floresta proibida, e algumas flores brancas pontilhavam o gramado. Parecia que os Jardins sentiam-se como ela: renovados, frescos, cheios de vida. Ela sentia como se tivesse acabado amadurecer mil anos, mas continuasse jovem! Espreguiçou-se gostosamente.
Ficou lá imaginando o quanto seria maravilhoso nadar no lago. A água fria, a temperatura maravilhosa do ar. O sol espantava os grindylows (N/A: eh assim q escreve?), e havia uma braça do lago escondida na floresta. Pra que sonhar? Ela poderia ir até lá. A sacerdotisa dentro dela clamava por isso, contato com a natureza, para purificar seu corpo.
Gina despiu a camisola (teria que devolvê-la para Draco depois )e colocou o vestido que usava na noite passada. Mais uma vez teria que apelar para o feitiço de despistagem. Aproveitou para apagar também as pequenas manchas vermelhas em seu pescoço. Ansiosa pela água do Lago, saiu da sala. Andava pelos corredores de pedra apressadamente quando ouviu um grito.
Virgínia Molly Weasley! – "Ah, não!" Rony vinha em sua direção, vermelho como um tomate. – Onde diabos você passou a noite, mocinha? – sua expressão mudou, e ela percebeu que ele havia vislumbrado as manchas de chupão em seu pescoço por uma brecha no feitiço. – O quê?
Hermione, que viera logo atrás dele, pensou mais rápido. – Finite Incantatem! – Gina apareceu como ela realmente era. O vestido amassado, marcas vermelhas no pescoço. Virgínia não chegou a corar. Olhou em volta, para a rodinha de alunos que se formara. Com frieza, disse:
Isso não é assunto para ser discutido aqui. E isso não é assunto que eu queira discutir com você. Além disso... você não está preocupado, não é? Eu já mostrei que não preciso da sua proteção. Afinal na hora que eu preciso dela ela não está lá, não é mesmo, Ronald? – o rosto de Rony ficou pálido. Ficou claro que ela atingira um ponto fraco. Ele se culpava por não ter defendido a irmãzinha caçula do Malfoy malvado. Ela sorriu, sarcástica, antes de virar-se e anunciar – Vamos todos circulando, o showzinho acabou.
Enquanto observava a rodinha se dispersando, foi abraçada por trás. Era Draco.
Quer dizer que seu fogo Weasley não se resume à cama? – ela corou, e deu um tapinha na mão dele.
Ah, Draco, pára com isso. Aonde você estava? – ela disse, se virando para ele.
Dumbledore. Ele está nos chamando. Vamos? – o banho esquecido, ela aceitou.
Claro.
Olá, meus queridos. – Dumbledore saudava a entrada do casal. Harry já estava na sala. – Eu os chamei aqui porque devemos recuperar o mais rápido possível o tempo perdido. Eu decidi pular algumas das etapas de nosso treino, e vou ensinar-lhes algo muito útil. Magia sem varinhas. – uma rápida exclamação de surpresa, e ele continuou. – Para isso, vocês devem compreender qual o verdadeiro uso de uma varinha. A varinha, como vocês devem saber, tem dentro dela algum material de grande poder: pena de fênix, pêlo de unicórnio, ou qualquer coisa desse tipo. A varinha amplifica e canaliza o poder de um bruxo. Mas ela é totalmente dispensável.
Como poderemos canalizar a magia sem a varinha, professor? – perguntou Gina, curiosa.
Vocês terão que descobrir sozinhos. Venham comigo. – o diretor os levou até a sala vazia do quarto andar. – Eu acredito que vocês tem magia de sobra correndo nas veias. Tudo o que vocês precisam é aprender a direcioná-la sob a forma de emoções. – apontou para um tinteiro que estava sobre a mesa. – Você primeiro, Virgínia. Quero que você focalize sua raiva nesse objeto. Rapazes, por favor afastem-se.
Virgínia começou a encarar o objeto. Raiva? Não havia raiva. Ela ressuscitou a lembrança do sonho que tivera. O sonho da dança das espadas. É claro que havia raiva! O tinteiro começou a tremer. Lembrou-se de Rony, fazendo aquele pequeno escândalo há alguns minutos. Seu braço ergueu-se, sozinho, e ela apontou para o objeto.
Tremia toda, e seus olhos estavam em fogo. Seus cabelos voavam, como chamas, sobre sua cabeça, tamanha a força da magia. Alimentar a raiva era mais fácil do que segurá-la. Sua raiva atingiu seu auge no momento em que veio à tona a lembrança – a maldita lembrança – de Lúcio Malfoy. Assim que ela viu em sua mente a imagem dos olhos prateados, sentiu toda aquela força represada se soltar, e caminhar pelo braço estendido, as mãos e as pontas dos dedos. O tinteiro explodiu, e cacos e pingos de tinta azul voaram em todas as direções. Dumbledore bateu palmas, enquanto os cabelos dela assentavam no lugar.
Não tão difícil. É como magia acidental, não é, professor?
Isso mesmo, minha menina. Agora faça-o voltar ao normal.
Com um pequeno esforço, ela conseguiu.
Maravilha! Draco, Harry, um passo à frente.
Harry levou mais tempo. Gotas de suor escorreram pela sua testa, e ele soltou um grito de fúria quando o tinteiro explodiu. Draco conseguiu rapidamente, e sem utilizar os braços como canalizador. Apenas encarou o objeto, nem um músculo contraído na face, e o tinteiro explodiu. Era seu jeito: ódio frio e velado, porém mortal.
Como conseguiu, Draco? – Virgínia perguntou. Ele deu de ombros.
Meus olhos. – ele tinha razão. Os olhos sempre foram a janela de sua alma.
Dumbledore caminhava em sua sala. Seus alunos estavam treinando o tempo todo. Começaram com feitiços simples: Wingardium Leviosa, Feitiços Convocatórios, transformar coisas pequenas. Treinavam à noite, na hora do almoço, finais de semana. Draco, Harry e Virgínia, agora, não tinham energia pra nada. À noite, depois dos treinos, largavam-se sobre suas camas sem um único pensamento, ele sabia.
Semana após semana eles melhoraram a magia sob seus cuidados, chegando a ponto de se conterem para que os pães não flutuassem sozinhos até o prato no café da manhã. Passaram a grandes feitiços, e a transformações, azarações e maldições. Sem varinha aprenderam mais feitiços do que nunca, facilitando tudo não ter toda aquela coisa de gira três vezes no sentido horário, uma sacudida aqui em uma estocada ali.
O diretor decidira manter em segredo o fato de poderem fazer magia sem varinhas, o que ele chamava de magia bruta. Seria uma maravilhosa vantagem se os Comensais não soubessem disso. E vantagens eram desesperadamente procuradas naqueles tempos de guerra. Alvo suspirou. Tom... o que tanta mágoa não faz? Tantas vidas, tantos amigos. Até mesmo o que havia de bom em Tom se perdera em Voldemort. Ainda estava lá, ele sabia, mas estava enterrado tão fundo que ninguém poderia desenterrar. Paciência, o que está feito está feito. Tom se foi, e agora Voldemort deve arcar com as conseqüências de seus atos.
Virgínia estava abatida, até mesmo melancólica. Grandes olheiras emolduravam seus olhos. Há algumas noites o sonho da dança das espadas voltara. Todas as vezes acordava com um grito, no meio da noite, branca como giz e suando. O sonho mudara no final. Ao invés de morrer com uma flecha, ela assistia de cima. Harry e Draco estavam lutando. Ela sabia que estava em algum lugar distante guiando seus movimentos. Ela estava terrivelmente ansiosa: não sabia qual deles morreria com a flecha dourada. Com um medo enorme comprimindo seu coração, viu o comensal arqueiro erguer o arco. De repente, era sugada para dentro do comensal. Ela era o comensal. Qual dos dois mataria? A flecha vibrava entre seus dedos, doida para deixar o arco. Ela tinha que escolher. Tinha que escolher AGORA. Mas não queria matar nenhum dos dois. Ela os amava. Tentou levantar o arco e disparar a flecha para cima. Seu braço não se erguia. Sem conseguir resistir, ela fechava os olhos e libertava a flecha. Nesse momento, despertava. Sempre, sempre despertava antes que pudesse ver quem fora trespassado pela flecha.
Maldizia sua própria sina. De que adiantava ver o futuro se não sabia qual dos dois seria o escolhido? Servia apenas para torturá-la, para fazê-la, noite após noite, atirar a flecha. Odiava-se por isso, mas estava fora de seu comando.
Enterrou os dedos nos cabelos. Devia contar a Dumbledore.
N/A: Oi! Sim, eu vou terminar o capítulo desse modo esdrúxulo. Até que ficou um pouco maiorzinho, não? Eu gostei dele. Desde antes da descoberta do niver da Gin eu já estava querendo fazer isso da magia bruta. Quem gostou? Eu sempre quis poder explodir alguma coisa de tanta raiva, especialmente a cabeça do meu irmão.
A idéia do Draco fazer magia com os olhos eu tirei da fic Anjos Caídos. Se existirem outras idéias originais de outras fics, que as autoras me perdoem. Minhas fics são uma colcha de retalhos, com umas poucas idéias originais, e se eu fosse citar todas as fics das quais tirei alguma coisa, estaria perdida.
Pekena Malfoy: obrigada pela sinceridade! Olha, eu gostaria que você explicasse no que eu posso melhorar. Não dá pra dizer "está ruim" sem saber no que preciso melhorar, né? Se quiser pode falar por email, Crismalfoyhot. Vlw! Bjus!
Miaka: Poxa, obrigada! Queria ter mais leitoras empolgadas q nem vc ;-)! Qto ao Harry morrer, é o que todas queremos. Mas eu tenho queVlw! Bju
Nathoca Malfoy: Obrigada! Adorei os elogios! E olha eu tento colocar detalhes mas tem certas coisas que eu prefiro deixar para a imaginação do leitor. Odeio quando leio um livro ou fic, imagino o cara moreno e de olho azul e a autora coloca o cara loiro de olho castanho, um pouco gordinho. Dá licença, né? Bjus!
Nacilme: Ainda pequena? Qtos anos vc tem! O silmarillion é ótimo, mas fica um pouco confuso com todos aqueles nomes. O que eu amo nele é o dicionário de élfico que tem no final! Vc n gosta de coisas melosas? Eu gosto, dependendo do humor. Beijos!
Princesa Chi: saiu mesmo, e custou pra sair! Fofa? Eu prefiro coisas bonitas a fofas. Mas fazer o que? Elogio é elogio! Bjus! Vlw a review!
Alexiel-chan: Prefere ler NC em inglês? Aonde vc mora? Eu falo inglês bem, mas não entenderia patavinas! A história está voltando a andar agora. Eu prefiro quebrar o clima "guerra" da história com um pouco de romance, mas não dá pra perder as raízes da fic, então vou voltar mais pra esse lado agora. Beijos!
Kelly Codell: O Harry, bolha? Claro! Outras coisas também, como corno manso, e etc. NC de respeito? Amei! E olha é uma honra ter a autora de Sonhos Surreais entre as minhas leitoras!
Beijos pra todas! Adoro vcs! Ah e QRU REVIEWS!
