N/A: gente, deixa eu explicar uma coisinha... esse cap. acontece AO MESMO TEMPO em que o Harry e o Draco estão fazendo o teste, ok?

Cap. 15 – O chamado da Fênix

Virgínia lavou-se num riacho dentro da Floresta Negra. As águas eram correntes frias que vinham da neve eterna das montanhas que contornavam Hogwarts. Ela saiu da água, tremendo, e envolveu-se em toalhas macias de pele, secou-se rapidamente e vestiu a túnica de sacerdotisa. Apesar de não ser uma sacerdotisa tatuada (N/A: todas as noviças de Avalon, após a sua iniciação como uma prova na qual elas deveriam convocar sozinhas as Brumas, recebiam a tatuagem que era marca de sua ascensão a sacerdotisa, uma lua crescente azul entre as sobrancelhas.), ela sentia que já tinha poder e controle o suficiente para ajudar Draco em sua missão.

Uma dificuldade havia interposto-se no seu caminho. Dumbledore não permitiu que ela ajudasse Draco e Harry: ele achava que não era permitido, e que eles deveriam conseguir sozinhos. Mas ela os amava, como homem e como irmão, e não podia ficar sem fazer nada. Ela deveria entrar em transe, sabia, mas como sem as ervas mágicas de Merlin?

Virgínia por dias procurara em sua mente uma solução. Vasculhou todas as suas lembranças, mas foi em uma lembrança desta vida que encontrou sua resposta. Lembrou-se de quando, ao lado de sua mãe, fiava lã. Fiar, cerzir e tecer eram coisas que fora ensinada desde pequena, e se lembrou disso. Do ritmo pesado da roca, e de como desligava-se do mundo ao fiar. Não era aquilo uma espécie de transe? Era, sim, foi o que sua mente respondeu. E foi assim que escondeu em uma pequena caverna sua roca e punhados de lã tosquiada.

Agora, estava ali. Já purificada pela água corrente do rio, e vestida com vestes de sacerdotisa. Sentou-se em uma pedra da gruta, pegou um punhado de lã e começou a fiar. O fio saía liso e perfeito, e a roca fiava. Não era necessária atenção quando você tem habilidade e prática, e ela deixou a mente vagar, aberta. O transe veio logo.

Abriu as asas cobertas de penas marrom- claras e correu os olhos pelo chão. Enxergava cada folha de grama com uma clareza extraordinária. Voava através do vento, sentindo o movimento dele nas penas, o ar quente que a elevava, nuances que jamais percebera. Via tocas de coelho, sabia aonde achar água, mas não estava com fome e só queria voar com calma, curtir o vento. De repente, o cenário e sua percepção mudaram.

Via um bando de cavalos correndo sobre pradarias, as crinas e caudas revoando, alguns relinchavam. Sentiu-se abandonar o corpo do falcão, e descer gradativamente até aonde corriam os cavalos. Passou, então, a ser um dos cavalos, uma égua baia de pêlo cor de mel. Corria com o vento, a brisa fazendo voar a sua crina, a velocidade alucinante. O ritmo dos cascos no chão, a terra sob as patas e o seu sobre a cabeça. Relinchou de pura alegria, saltando à frente, correndo. Era uma sensação deliciosa, que a fazia sentir-se presa, de alguma forma, ao solo, ao chão, à Mãe Terra. Mas mais uma vez mudaram os cenários.

Sob a luz da lua, ela caçava. Era agora um lobo, de pêlo longo, sedoso e prateado. As árvores da floresta formavam um teto sobre a sua cabeça, e ela seguia furtivamente. Suas patas não faziam barulho, nem a respiração. Farejava o ar, e seguia o rastro de um pequeno animal. Encontrou-o atrás de um arbusto: um coelho. Sentiu-lhe o pavor no cheiro, e viu-o nos olhos arregalados do bichinho. A sensação de poder que a invadiu foi deliciosa. Fechou os dentes na carne macia, e sentiu o sangue quente e doce escorrer. O júbilo foi imediato. No mundo real, a roca fiava.

Começou a tentar dirigir o transe. Focou toda a sua vontade em Draco. Forçou todo fiapo de pensamento que pôde encontrar a voltar-se para ele. Sua mente voltou a abandonar o corpo em que se encontrava, e correu por sobre campos e colinas. Encontrou, no meio do mar de grama, uma estrada antiga, de terra batida, que circundava colinas e vales. Por ela foi seguindo, sempre chamando por Draco, a uma velocidade vertiginosa. Até que a estrada começou a subir, circulando um monte coroado por pedras. Seguindo o impulso da rotação, Virgínia subiu cerca de trinta metros acima do monte, rodando, e então disparou como um foguete bem no centro das pedras, em direção ao chão. Ao invés de bater no solo, atravessou-o, e continuou atravessando terra e pedra até o centro do monte, aonde encontrou um calor em brasa. Caíra direto na câmara do fogo, no centro vivo e pulsante de fogo. Ali, seu espírito tomou forma: uma ave de fogo, uma fênix. Ficou voando em meio à lava, mergulhando e ressurgindo, inteira feita de fogo. Sem saber porquê, fez soar seu canto.

Ele saiu da sua garganta como um lamento. Correu seu corpo todo, da cauda ao bico, e entoou o canto que ouvira sair da harpa e Draco tanto tempo atrás. Mergulhou na lava, voou nas correntes de ar, rodopiou e dançou em meio ao fogo, sempre cantando seu lamento, sempre chamando por Draco. Mas chegou um momento em que sentiu-se esfriar, seu corpo enregelado chamou por ela, e ela teve de voltar às amarras do corpo. Nesse momento, Draco atingia a câmara da água.

Virgínia voltou ao seu corpo enrijecido. A fome e principalmente o frio a consumiam. Trêmula, agarrou o manto que estava sobre uma pedra da gruta e saiu, cobrindo com ela a cabeça. Lá fora estava noite, uma noite estrelada de lua minguante, quase nova. Como uma figura na escuridão, cruzou a Floresta em direção às luzes e o barulho do Castelo de Hogwarts. Tremia, chorava e esfregava os braços. Estava fraca, trôpega, febril. Quando alcançou a porta do castelo, apenas conseguiu atravessar o saguão e parar à entrada do Salão Principal. Ali, desmaiou.

Dumbledore levantou-se imediatamente de sua cadeira.

Menina tola! – disse, e correu até o corpo inconsciente, com todos no Salão olhando abobados. Apanhou-a nos braços, como faria com uma criança, e com inesperado vigor levantou-a e correu com ela até a Enfermaria. Ali, deitou-a sobre uma cama, chamando Minerva.

Rápido, Minerva. Vá até as Estufas e me traga Athelas. Se não houver lá, procure na floresta.

Athelas, Alvo? – disse ela, torcendo as mãos, nervosa.

Folha- do- rei! – Alvo estava ficando irritado. O estado de Virgínia era grave ela estava coberta de suor. Virou-se, e Minerva ainda estava ali. – VAI!

Folha-do-rei... claro, claro. – disse, virando-se, e saiu apressada.

Alguém ponha água pra esquentar! – Madame Pomfrey saiu, apressada. – Severus! Rápido, comece a preparar a poção antídoto da poção do Morto-vivo.

Não seria um exagero, Alvo? Uma infusão de Athelas pode dar conta do recado. – Snape disse, com uma sobrancelha erguida.

Severus, ouça este pobre velho. Ela prolongou demais o transe, demais. A vida dela corre riscos, e ela está ardendo em febre. Não sei como conseguiu chegar até aqui. Agora corra, meu querido! A vida dela agora está em nossas mãos, e escorre por entre nossos dedos.

Assim, Dumbledore cuidou dela ininterruptamente por cerca de quatro dias. A febre recuava e depois voltava a subir, e às vezes Virgínia deixava escapar murmúrios delirantes por entre os lábios, e debatia-se na cama. Dormiu um sono agitado por quatro dias inteiros, até que, numa noite, despertou com um grito.

Eles voltaram. – disse, abrindo os olhos castanho -escuros cercados por profundas olheiras. Dumbledore despertou de seu breve cochilo aos pés da cama, e os olhos profundamente azuis encararam uma Virgínia desperta, abatida e feliz.

Dumbledore sorriu, pela primeira vez em longos dias insones.

Eu te disse, não foi, menina? Te disse que você não devia ter ido! Mas você conseguiu sozinha. Eles realmente voltaram? – disse, com uma voz que misturava censura e orgulho, como um mestre que repreende e parabeniza um aluno por sua ousadia e sucesso.

Sim. Estão de volta. – disse, sorrindo ainda mais. – Os dois, professor, os dois! Temos que mandar alguém para buscá-los?

Calma, Virgínia. Tudo será arranjado. Você mandou muita força pr'aqueles dois nesses dias, não foi? Está muito fraca ainda. Descanse, e os espere nos portões de Hogwarts daqui a quinze dias, com o exército em formação. Daqui a quinze dias, meu doce, virá a guerra.

N/A: yupi! Novo cap! bom, nesse cap ficou bem explicadinho a força q a Ginny deu pro Draco, a coisa toda do labirinto e eu pude preparar caminho pra uma das pequenas surpresas da fic. Ah, e claro, a guerra vem aí!

Essa coisa da roca está totalmente retirada das Brumas. A Morgana matou sei lá quem assim, segurando o manto do cara, ela começa a fiar e então ela entra no corpo d um javali q o carinha tava caçando e mata ele. Prático, não? Vou comprar uma roca.

Thank you for reviews!Foram só 4…. Vcs não sabem como eu preciso delas. Mas o maldito não me deixa retribuir: sabe deus por que, minhas reviews não aparecem. BUAAAAAA... c mais alguém estiver com esse problema, e ainda assim quiser deixar reviews, manda pelo email: Crismalfoyhot, ok?

G.W.M.: num quer mesmo quebrar a perna? Ah, que pena. Não dói nada! espirro de lado que soa com uma semelhança enorme à palavra MENTIRA ei, calma com as ameaças de morte. Eu mato quem quiser matar e pronto! mentira de novo, meu coraçãozinho parava c eu matasse alguém como... a Gina. Ela é a única que eu garanto que não morre... bom... sobre os finais... não seria uma boa poder reescrevê-los? Eu acho. Beijos!

Nathoca Malfoy: que assanhada, menina! Hauahauha brincadeira! Bom eu acho que seria uma boa cena pra ser colocada em um filme, mas não ficou muuuuito boa escrita. Virou escritora? Opa! Vou ver se leio a sua fic...

Miaka: uma eternidade? Que pena... bom eu tento escrever o mais rápido possível, mas não é muito realmente. A melhor de todas as provas foram os sete pecados? Bom, é a última e a que me deu mais trabalho. Eu gostei especialmente de escrever a do ar e do fogo também. Voldemort ferrado? É quase certeza! Mas não se esqueça que um deles morre no final. Vlw a review! Bjus!

Kelly Codell: Oi! Nenhum deles morreu agora porque eles dois são necessários na batalha, por isso aquele que matar o Voldie morre como oferenda, ou algo assim. Você gostou da ira? Legal! Foi uma idéia que me veio meio espontaneamente. Ficou bom, não foi! Adorei a sua review! Continua lendo! Bjuuuxxxxx

Bjaum pa todos, da Cris!