Cap. 16 – A Senhora do Lago

Guerra! Era isso que estava sendo feito. O que estava sendo esperado. O que todos diziam, ansiavam e temiam. Mas não ela! Ah, não, não a Ginny. Ela tinha que ficar trancada ali naquela caverna, meditando. Estava certo, tinha que se preparar para a consagração de sacerdotisa, e depois disso receber o poder das Deusas e passá-lo ao exército da Luz, mas de que adiantava todo o seu treinamento prático se apenas ficaria ali, esperando?

Deixou esses pensamentos de lado. Como sacerdotisa treinada, cabia a ela ser paciente, e fazer o que lhe era esperado. Deitou-se sobre a cama que lhe haviam preparado.

Sem esperar por isso, adormeceu. Quando despertou, não podia saber se havia dormido dois dias ou duas horas. Levantou-se, tonta, e viu que à sua frente se encontravam as quatro figurar encapuzadas das Deusas. Como sempre, estavam paradas, etéreas porém reais, na penumbra. Abaixaram sincronizadamente os capuzes, e Virgínia pôde ver seus rostos divinos. Postou-se de joelhos imediatamente, abaixando a cabeça, como fazem os chineses para seu Imperador.

Virgínia, venha. Chegou a hora do seu teste. – Quem lhe falava era Igraine, a Virgem, a Primavera. Ela era símbolo de juventude e renascimento, e era um bom augúrio que fosse ela a falar. Mas, ainda assim, Virgínia tremeu ao encarar o destino que se abatia sobre ela.

Em Avalon, as sacerdotisas eram testadas por um método simples. Elas eram abandonadas do lado de fora, na outra margem do lago. Tinham de esperar uma noite inteira sozinhas, e então elas deveriam tentar convocar as Brumas e retornar a Avalon. Se não fossem capazes disso, voltavam pra casa, desconsoladas, e jamais poderiam retornar a Avalon. Era um teste assustador e terrível, e Virgínia imaginava como seria o dela, afinal, nessa época não havia Avalon à qual retornar, e as Damas empregariam um novo teste.

A moça trêmula acompanhou as Quatro através da Floresta. Era dia, e havia acabado de chover. A terra estava molhada e o céu clareando após a chuva. Quando atingiram os campos, na orla da floresta, todo o exército se calou. As Deusas haviam erguido os capuzes, e lembravam Dementadores de um modo assustador, escondidas nas sombras. Continuaram seu caminho através do acampamento improvisado, e todos desviavam-se para que pudessem passar, num misto de curiosidade e terror. Virgínia seguia atrás delas, cabisbaixa.

Inacreditavelmente, quando saíram do exército ninguém as seguiu. Todos foram deixados para trás, olhando, enquanto elas seguiam em direção ao Lago. Subiram a última colina até o Lago, e finalmente puderam vê-lo. O lago negro refletia maravilhosamente as nuvens iluminadas pelo sol poente. O céu estava laranja, as nuvens cor-de-rosa, e Virgínia ficou sem fôlego ao deitar os olhos sobre tão linda paisagem.

Pararam por alguns instantes ali. Gina guardou tudo na memória. Ela sentia-se como um condenado indo para a forca, e apreciava cada segundo que lhe restava. Cada respiração era de ouro, cada cor a mais linda. O vento no rosto era delicioso como jamais antes.

Mas antes que fosse tempo suficiente (e ela sentia que jamais seria, e que gostaria de ficar ali para sempre), as Sacerdotisas retomaram seu caminho, e pararam à beira do Lago. Ali, viraram-se para ela, e começaram a falar juntas, naquela voz assombrosa que ecoava dentro da alma.

Na Avalon de antigamente, as aprendizes chamavam as Brumas. Tua prova, Sianna, é diferente, porque tua sina é diferente. Tua prova é mais difícil, pois assim é teu destino. Na paz, era-se necessário dominar a Natureza. Mas agora existe a guerra, Avalon já não existe mais. Tu deverás chamá-la através dos tempos! Chama Avalon! Vence o Tempo! Chama Avalon! Vence o Tempo! Chama Avalon! Vence o Tempo! – as sacerdotisas rodopiavam à sua volta. Ela, assustada, via seus rostos. Primavera, Verão, Outono, Inverno. Primavera, Verão, Outono, Inverno. Elas rodavam na direção do Sol, no rumo da Vida, no rumo do Tempo. Era isso! Se tinha que vencer o tempo...

Descalçou os pés. Eles tocaram a grama molhada, sentindo a terra úmida. Estabelecida esta ligação com a terra, ela abriu os braços, e começou a rodar na direção contrária ao sol. O movimento lhe custava enorme energia, era como se tivesse de vencer uma força que a levava a rodar na direção contrária. Ela estava mudando o rumo do Tempo.

Enquanto lutava contra a força que a tentava deter, lançou um chamado inconsciente. Confusamente, fechou os olhos, e começou a pensar em Avalon. Somente Avalon.

Chama Avalon! Vence o Tempo! Chama Avalon! Vence o Tempo! Chama Avalon! Vence o Tempo! – as sacerdotisas cantavam enquanto rodopiavam em torno dela, sempre na direção do Sol.

Os pés pisavam a terra revolvida, os braços abertos, e ela rodava contra o Sol, contra o Tempo. A mente chamava Avalon, e chamava desesperadamente. Lembrava-se de cada árvore, do Pomar e das casas, da floresta de aveleiras, e das noviças, e dos campos e das plantações. Chamava o riacho, e o Poço Sagrado, e as sacerdotisas, e os rituais, e o Povo dos Pântanos. Novamente tornou-se todos os animais que eram seus totens. Foi a águia a voar sobre os campos de trigo, e então um cavalo empinando e rodando sobre as patas de trás, pisoteando a grama das margens do Lago, e foi o Lobo a uivar para a lua cheia de dentro da floresta de aveleiras. Chamava toda a aura de Avalon com uma saudade que não era sua. Sianna chamava por seu lar .

Ela vencia o Tempo, e chamava Avalon, mas faltava ainda uma coisa. Ela tinha de chamar as brumas, a neblina sagrada que protege Avalon daqueles que não devem pisar o solo sagrado. Se a neblina não viesse, era tudo inútil.

Chama Avalon! Vence o Tempo! Chama Avalon! Vence o Tempo! Chama Avalon! Vence o Tempo! – e elas todas rodavam, e rodavam, e rodavam.

Virgínia, sem abrir os olhos ou parar de rodar, cantou o canto da fênix. De dentro de seu coração veio o lamento agudo e cadenciado, o som maravilhoso que era o canto da ave dourada. Quando começou a cantar, sentiu passar por seu corpo uma espécie de energia. Era tudo tão confuso, e tão maravilhoso! Um feixe de energia subiu da terra, utilizando como ponte o corpo de Virgínia, enquanto o tempo voltava pelo movimento rotatório, Avalon voltava pelo chamado de Sianna, e tudo cobriu-se de névoa pelo canto doce e triste.

De repente, Virgínia abriu os olhos, e soltou um grito de susto, e caiu de joelhos na grama. No centro do Lago de Hogwarts, erguia-se uma ilha encoberta pela neblina. Atordoada, Virgínia levantou-se com dificuldade. As quatro figuras se puseram à sua frente, lado a lado, entre ela e a Ilha de Avalon, Ynys Wydryn, a ilha de vidro, que erguia-se sobre a água magicamente.

Você conseguiu, Sianna. Trouxe-nos Avalon. Venceu tua prova. Leva, então, a nossa bênção. – elas quatro estenderam as mãos. Virgínia desceu sobre apenas um joelho, o que simbolizava que não era mais uma pessoa qualquer. Aquela era a posição da sacerdotisa. – Deste a tua vida à Deusa. Deste a tua vida a Avalon. Que sua necessidade seja esmagada pela necessidade de Avalon, e que teu desejo seja o Dela e não o teu. Ergue-te agora como Sianna, a Sacerdotisa de Avalon e a Senhora do Lago! – Virgínia ergueu-se, sentindo-se como se algo tivesse se soltado dentro dela. Um poder não conhecido libertou-se, e ela sentiu uma chama fria lamber-lhe a testa e entrar em sua mente.

Meu nome é Sianna, e sou para sempre a Senhora de Avalon. Que minha vontade seja forte, meu punho firme e meu coração sábio para guiar o Povo da Deusa! – exclamou. As Quatro Damas sorriram.

Sianna, nós lhe entregamos uma dádiva. Quando chegar a tua hora, tu partirás em paz. Teu coração vai parar de bater, e a alma vai deixar o corpo suavemente. Seguirá sem pressa para a Casa Além-Mar, aonde repousam as almas cansadas, e lá restará até que o mundo lhe chame. Além disso, te damos três que lhe são caros. Saberá aonde encontrá-los por seus sonhos. Estes presentes lhe damos em troca de Avalon. É cumprida tua tarefa. Agora vai... – uma brisa soprou, docemente, e as Quatro Damas se foram.

Virgínia abaixou-se sobre o lago, aonde viu seu reflexo. À noite, as estrelas brilhavam na superfície do lago, e uma meia-lua prateada reluzia em sua testa. Sorriu. O brilho da estrela diminuiu e diminuiu até que não mais se podia ver a lua. Quando ela apagou-se totalmente, Virgínia deixou de sentir o fogo gelado na testa, saiu da posição que estava, olhou em volta e seguiu até a sala de Dumbledore. Ela finalmente estava pronta para a guerra.

N/A: sabe quando vc fica dias sem saber o que escrever, totalmente empacada?

Bom, aconteceu comigo, então eu fui reler a fic. E sabe aquele clic q te dá? Eu me lembrei que a gina ainda não era sacerdotisa, e, bom, precisávamos de um ritual. Ta aí!

Explicando uma coisinha só, a tatuagem das sacerdotisas era uma lua AZUL MARINHO, que elas retocavam sempre com tinta, mas acontece que a Gin é especial. Qualquer um que visse alguém com uma lua na testa ia saber que era ela, e numa época de guerra isso realmente não seria bom.

Mais alguém AMA os bichinhos totêmicos da Gina? Eu amo. São meus animais preferidos, sério, e acho que o meu seria o lobo...

REVIEEEEWS!

Kelly Codell: você não pensou? Bom, eh pra isso q serve essa kbecinha aki...C vc naum gosta da guerra, deu sorte, pq ganhou mais um cap antes dela! Quanto a manter o Harry e o Draco vivos, sinto muito... um deles tem que morrer, isso é certeza. Trato é trato, e deus me livre quebrar promessa com Deuses! Heheheh bjinhus crisss

Amanda Pucey: Oi! Tadinha da Gina? C vc leu a fic toda percebeu que a coitada soh c estrupia. Tá virando amigona da Madame Pomfrey! Q bom q vc gostou da fic... leitores novos são sempre ótimos! Obrigada pela review! Beijins

Miaka: juraa? Heueheuheeuh...bom, é verdade. Mas ela não ta só agoniada por eles, ela tem toda uma responsabilidade nessa guerra que não pode ser deixada de lado. Beijos, Cris.

G.W.M: CADÊ OS VENDEDORES DE ROCAS? Tudo bem que o pai da Bela Adormecida queimou todas as rocas do reino dele mas até hoje já devem ter construído alguma. PRECISAMOS DE ROCAS AKI! Será que estão esgotados todos os príncipes encantados E AS ROCAS TAMBÈM? Oh, malditos contos de fadas. Acabam com o material disponível. E ainda casam os príncipes com princesas com bafo, porque depois de dormir 100 anos... Quanto à Athelas, totalmente Lord of The Rings. Esse, por sinal, é um livro que eu amo tanto quanto HP. Quem não quer um Legolas da vida?

Dark-Bride: oba oba review! Gina? Fodona? Nah. Hauhauahauah ela eh A MAIS FODONICA! Vc quer a Guerra logo? Ui... conversa com a Kelly... ela não quer... mas alguma hora a guerra sai. Por sinal, deixa uma reviewzinha aí pra eu poder me animar mais a escrever! Bjinhu, Crissssssss

Nathoca Malfoy: a gina naum tah doida! Ela soh tah meio febril heueheuehu... q bom q vc gosta da minha fic! Pq eu AMO escrever ela. Às xs eu amo mais meu MSN, mas eu amo ela tbm... é, vc tah certa. Com a Guerra, perde um pouco do romance na fic. Mas ta cheio de água-com-açúcar por aí, c precisar d romance dah uma lidinha numa short qlqr... bjus da Cris!

Nacilme: Ah, tudo bem. Desde que deixe review no próximo... bom, vc TAMBEM quer guerra logo. 2x1, vcs venceram. GUERRA! Bjinhus!

Thai: Senhor dos anéis eh TUDO! Que bom q gostou da fic! Continua dexando review hein, senhorita? Heueheuh beijinhos

BJUUUUUS CRIS!