Disclaimer: Gundam Wing não me pertence e blá blá blá... todos os direitos reservados aos produtores e blá blá blá... mas essa história é minha e eu faço o que quiser com ela! Muahuahuahuahahua

Resumo: Quando ele acordou, não tinha noção de onde estava, de quem era ou do que fazia antes. Então começa a ser perseguido, sendo obrigado a fugir enquanto trava uma batalha para recuperar as memórias e proteger as pessoas que ficam ao seu lado.

APENAS LEMBRANÇAS

CAPÍTULO 1 – A FUGA

Uma dor... uma dor de cabeça lascinante era tudo que podia sentir. Onde estaria? Não se atreveu a abrir os olhos. Um som agudo e contínuo vinha de algum lugar, não muito longe. Aos poucos ele tomou consciência dos braços e pernas. Estava deitado em uma cama, e aquela som reproduzia seus batimentos cardíacos. Compassados e contínuos...

Um som veio do lado esquerdo, um som de travas e uma porta se abrindo. Um homem entrou no aposento, pois podia-se ouvir sua voz, falando com mais alguém.

-Já está conectado, é so me entregar um relatório com as ondas cerebrais.

A outra voz respondeu.

-Depois fazemos isso. Não quer sair pra almoçar agora?

-Não estou com muita fome.

-Ora, vamos. Nem pela minha companhia?

-Está bem, faço isso por você...

Passos secos ecoaram, e um rangido de porta. Então novamente a voz veio do corredor.

-Deixe encostado. Hoje é dia de limpeza, você sabe que eles nunca trazem chave ou sabem o código.

A porta se fechou. O homem esperou, até ter certeza de que ninguém voltaria e abriu os olhos. Estava em um quarto pequeno e sem janelas, parecia um quarto normal, a não ser pelos vários aparelhos instalados ao lado da cama, e pelo chão impecavelmente limpo. O mais estranho para ele não era o quarto ou os homens, mas o fato de não se lembrar como fora parar ali. Tentando manter a calma, ele continuou a examinar o quarto, e deparou com uma câmera no canto esquerdo. Preciso sair daqui. O mais rápido possível.

Num impulso, ele sentou-se na cama. Arrancou os censores conectados ao peito e o barulho cessou. Consciente de que estava sendo filmado, pôs-se de pé rapidamente. Ao contrário do que imaginava, não teve qualquer tipo de mal-estar ou dificuldade para se mover. Correu até a porta, vestido apenas com uma espécie de pijama azul, que não cobria muita coisa, e com certeza chamava a atenção.

A porta estava encostada. Ele olhou para os dois lados de um corredor extremamente deserto. Encostou a pesada porta e notou que havia um número:47. Saiu. Andava encostado à parede, temeroso de deparar com alguém. Não sabia porque estava ali. Sabia que tinha de dar um jeito de sair.

O corredor era repleto de portas, mas sem nenhuma janela. A certa altura, havia um armário metálico embutido na parede. O homem observou o aviso impresso à porta do armário. QUARTOS 40 a 50.

A porta estava aberta. Se certificando de que não havia ninguém vindo, ele enfiou a cabeça para dentro do armário. Haviam lençóis, travesseiros, toalhas e pijamas como o que usava. Ele percorreu as prateleiras com o olhar e um conjunto de tecidos em cor diferente lhe chamou a atenção. Estava jogado a um canto, amarrotado. Ele puxou o embrulho. Eram roupas, roupas normais. Uma calça comprida, uma camisa e uma jaqueta, meias e um par de tênis. Ele abraçou as roupas e fechou o armário.

Continuou a andar, agora à procura de um lugar onde pudesse se trocar. Encontrou o que queria em uma curva do grande corredor. Um banheiro. Abriu a porta lentamente. Aquela solidão estava dando nos nervos. Logicamente ele não queria ser pego, mas era muito estranho não ter encontrado absolutamente ninguém.

O banheiro, ao contrário do quarto e do corredor, era amplo e iluminado. Na parede direita estavam as torneiras e cabines sanitárias. Na parede esquerda, haviam chuveiros e mais armários metálicos. O homem se aproximou dos armários, lendo os nomes na porta. Nomes diferentes e estranhos, professores e doutores. Ele se virou e deparou com a própria imagem refletida em um espelho. Quem era ele? Qual era seu nome? Ficou a mirar por muito tempo os olhos azuis e frios, os cabelos castanhos e curtos; mas não achou resposta.

Ouviu passos perto da porta. Entrou na cabine mais próxima, rápida e silenciosamente. Alguns homens entraram conversando, abriram armários e saíram. Ele ficou o tempo todo sentado no chão frio, encostado à parede, com as roupas no colo.

Seriam suas aquelas roupas? Ele passou a mão pelo tecido da calça, à procura de alguma dica, alguma sensação que lhe trouxesse alguma memória. Nada. Pegou a jaqueta e notou alguns bolsos internos. Para sua surpresa, ao tirar a mão de lá trazia alguns objetos.

Ele largou tudo no chão, ficando só com algo pequeno e dourado nas mãos. Uma aliança. Lisa, sem nome. Levou-a ao dedo anular da mão esquerda, e ela entrou sem esforços. Era do tamanho exato de seu grosso dedo. Estendeu a mão sobre o joelho, mirando-a com a aliança. Por mais que se esforçasse não conseguia lembrar quem seria a pessoa que estaria com a outra aliança. Ficou algum tempo em um desespero mudo, confuso, perdido. Então pegou os outros objetos que havia tirado do bolso. Algumas notas de dinheiro e um pedaço de papel.

Abriu-o e encontrou um endereço, escrito de forma apressada em uma letra firme. Dobrou o papel e guardou novamente no bolso. Pôs-se de pé e trocou de roupa. Jogou o pijama no vaso sanitário e deu a descarga. Saiu, tentando não encarar o espelho novamente. Voltou aos armários, observando as trancas e cadeados. Procurou pelo mais frágil e abriu-o.

Cinco minutos depois ele saía do banheiro, com um jaleco branco por cima das roupas um pouco amarrotadas e um crachá pendurado à lapela. Continuou a andar pelo corredor, à procura de uma saída. O corredor estava acabando, e bem no final parecia haver uma última porta... Não, era um elevador. O homem apertou o botão, pensando que tudo que tinha de fazer era achar o andar térreo. Então ouviu uma voz vinda do fundo do corredor.

-Ele fugiu!

Desesperado, deu um soco no botão. Não adiantou, o elevador não chegaria mais rápido. Ele olhou no visor. Haviam 15 andares no prédio, e o elevador estava no 10º. Olhou para o lado. Ele estava no subsolo.

-Vasculhem tudo! - as vozes começavam a aumentar. Não poderia esperar. Entrou por uma porta que parecia dar nas escadas. Subiu correndo, três degraus de cada vez. A escada dava voltas e mais voltas, mas nada de saída. Sua respiração estava rápida, o coração acelerado. Quando ele achava que aquilo era um pesadelo e as escadas nunca iriam acabar, vislumbrou uma porta. Ao lado dela, uma placa: Térreo.

Ele se recompôs rapidamente e saiu, como se fosse algo normal e rotineiro. Havia uma espécie de recepção e uma porta de vidro, dando para a rua. Se esforçando para normalizar a respiração, ele andou com os olhos fixos na porta.

Quando estava quase alcançando a liberdade da rua, a mulher do balcão o chamou.

-Você esqueceu de passar seu cartão.

Ele olhou para a mulher e então para a máquina, quase ao seu lado.

-É claro. - disse ele – Sempre esqueço.

A mulher sorriu e se virou para atender ao telefone. Ele passou o cartão rapidamente. Então ouviu a voz da mulher.

-Não deixar ninguém sair? Mas porquê?

Desistindo de disfarçar, ele saiu correndo porta afora, sem nem ao menos olhar pra trás. Tirou o jaleco e deixou-o para trás, sem se virar para ver aonde havia caído. A rua era movimentada, e haviam várias pessoas andando com sacolas, mochilas e pacotes. Ele chegou a uma esquina, e a rua que cruzava parecia ser um pouco mais tranqüila. Com aquela multidão dificilmente ele seria visto, mas também seria difícil para correr. Ele decidiu entrar na outra rua, e continuou a correr, agora com o caminho mais livre.


N/a: Oi pessoas! Quem será o 'homem'? Huahuahauhauhau Tá muito na cara... Esse fic foi algo muito estranho... eu comecei a escrever ele depois de assistir à Identidade Bourne, e até tem umas coisas parecidas no começo... mas depois meus dedos criaram vida e começaram a escrever sozinhos! Foi algo assutador... Coisas estranhas à parte, me digam o que acharam do primeiro capítulo. Devo continuar?

Bjos

Poly-chan