APENAS LEMBRANÇAS
Capítulo
12 – O conteúdo do envelope
Vozes foram ouvidas do lado de fora da porta, uma dizia que havia ouvido ruídos, a outra respondeu que deveriam abrir a porta. Sem se importar com o lacre, Duo abriu o envelope e puxou os papéis de dentro. Teve que se reprimir para não soltar uma exclamação, quando viu, no primeiro papel da pilha, uma foto de Heero.
-Então, amigão. Tem dois seguranças na porta prontos para arrombá-la. Como você me tira dessa?
-No canto da sala, à direita há uma entrada de ventilação – respondeu Heero sem se alterar.
Sem perder tempo, Duo subiu na mesa e forçou a grade de metal da entrada de ar, já um pouco gasta. Agarrou-se às bordas do buraco, deu um impulso e sumiu, três segundos antes dos seguranças entrarem na sala.
-Isso aqui é um labirinto! – disse o homem, assim que se afastou do buraco por onde tinha entrado.
Heero desconectou seu lap-top e ligou novamente as câmeras, tendo o cuidado de colocar o vigia desacordado em sua cadeira. Ligou o ar condicionado e saiu da sala, tomando o mesmo caminho por onde havia entrado.
-É só você ir na direção contrária do vento. Ele tem que entrar por algum lugar... – disse ele ao amigo, pelo comunicador.
-Droga. – disse Duo de mal-humor, enquanto engatinhava pelos tubos de ar, o envelope preso do lado de dentro da camisa, a poeira batendo em seu rosto. – Eu não disse que eu sempre faço o trabalho sujo?
Uma hora depois os dois amigos sentaram-se à mesa do pequeno quarto de hotel que haviam alugado. Duo tomou um banho rápido enquanto Heero analisava o envelope.
-Quê? Tá bem, tá... só um pouquinho. – Duo apareceu ao lado do amigo, os cabelos molhados e soltos, segurando um celular. – Acho que alguém quer falar com você.
O ex-piloto pegou o telefone, a mesma expressão impassível no rosto. Duo sentou-se para também olhar os papéis, vez ou outra lançando um olhar divertido ao outro.
-Sim, deu certo. Não precisa se preocupar. E o garoto? É? Está bem. Eu também... tchau.
Heero desligou o celular, deixando-o sobre a mesa. Pegou um papel da pilha, menor que os outros e mostrou-o a Duo.
-Você viu isso?
O homem puxou o papel. Era um e-mail impresso.
Parece que vocês não deram conta de nosso recruta fugitivo. Fui informado de que chegaram a balear uma criança, ao tentar realizar o serviço. Para sua sorte, a noticía não chegou à mídia, causando estragos ainda maiores.Também fui informado que o espião que enviaram para investigar se o tiro havia pego no alvo foi descoberto. Frente a estes acontecimentos, que só provam quão ineficaz é seu serviço, estou dispensando-nos. Aviso que não receberão nada do trato, uma vez que não cumpriram sua parte. Lembrem-se que qualquer coisa relacionada a esse serviço é ultra- secreto, e se algum tipo de de informação vazar, o governo saberá de quem suspeitar. Não os aconselho a ficar no nosso caminho, se quiserem ter a existência garantida.
Com os cumprimentos
Willem Hanka
-Quem esses caras pensam que são? Causando estragos ainda maiores... eles sequer ligam pras vidas das pessoas envolvidas!
Heero não respondeu. Estava examinando uma longa ficha, que parecia ser um resumo de sua vida.
Origem desconhecida... piloto rebelde... elemento perigoso...homicida e suicida em potencial.
Então era quilo? Aquilo fora sua vida? Ele correu os olhos pelas linhas, tentando achar um siginificado para as expressões, algum sentido... alguma coisa que o fizessa entender.
-Heero? – o homem ergueu os olhos, um pouco surpreso para Duo – Aqui tem algumas fichas que aprecem ser exames médicos e... isso.
Em um papel um pouco amassado, havia um endereço, rabiscado em uma letra apertada. E, logo abaixo, o nome Willem Hanka.
-Ótimo. Já sabemos para onde dar o próximo passo.
Os dois amigos passaram grande parte da madrugada analisando o conteúdo do envelope e cogitando possibilidades.
Haviam colocado o endereço de Willem Hanka em um site de busca, descobrindo que nele havia um laboratório de análises clínicas. Duo iria até o lugar, no outro dia para ver o que descobria.
Os raios de sol começaram a inundar o quarto, incomodando os olhos do ex-piloto do Wing. Já passava das dez horas da manhã, mas nem ele nem seu amigo davam mostras de que iriam levantar. Um celular tremeu em algum lugar do balcão e o homem abriu os olhos, cansado. Virou-se para Duo, que dormia em uma cama praticamente encostada ao balcão, mas não havia ouvido o vibra-call do aparelho. Heero levantou-se, e antes que o celular do amigo caísse no chão, pegou-o.
-Alô?
-Heero? – a voz de Hilde soou preocupada – Onde está Duo?
Ele lançou um olhar ao outro, atravessado na cama, enrolado em uma confusão de lençóis e travesseiros.
-Dormindo.
-Ah, está bem então. Quando ele acordar peça pra ele me ligar, se levantar agora vai estar com um mau-humor...
-Hilde? – Heero falou, antes que ela desligasse. – Como estão todos aí?
-Estão bem. – respondeu ela, pensando um pouco. – Eiji anda um pouco mais quieto que de costume, mas fora isso não tem nada de anormal.
-Mais quieto? – o piloto tentava imaginar o garoto, que não parava de falar um minuto, quieto.
-É. Sam o chama pra brincar lá fora mas ele diz que não está disposto, fica dentro de casa, sentado em algum canto, lendo um livro ou assistindo tv.
Heero tinha poucos lembranças do filho, mas todas elas eram dele aprontando alguma coisa. Subindo em árvores, fugindo dos olhos dele, quebrando objetos.
-Posso falar com ele. – disse Hilde, pouco à vontade com o silêncio de Heero e realmente estranhando sua atitude. Não dera maior atenção ao comportamento de Eiji, porque achara algo normal na criança, até mesmo por causa do episódio no parque. Mais que isso achou estranha a preocupação de Heero, não era algo normal nele, se bem o conhecia...
-Obrigado. – Ele desligou o telefone, deixando Hilde parada por alguns minutos, pensando no comportamento daqueles dois, pai e filho. – Tão diferentes... mas tão parecidos. – ela deu risada do comentário sem sentido, largou o telefone e foi fazer suas tarefas.
N/a: Oieeeeee! Antes de mais nada, me desculpem pelo atraso. Não foi sacanagem nem nada, é que eu realmente não conseguia logar ou fazer upload de nenhum documento. Só hoje que consegui. Mas enfim, depois de uma invasão os dois ex-pilotos finalmente conseguem descobrir algo! E o que sairá dessa investigação?
Ah, e aproveitando, queria deixar um aviso. Teve há pouco tempo o concurso nacional de fics, promovido pela animearts. Quem quiser ler o texto que eu enviei, ele está disponível aqui na fanfiction mesmo, é só pesquisar por autor Animearts. O nome do texto é Escolhas, é uma história mais ou menos na mesma linha que eu costumo escrever, mas o personagem que tem mais destaque é o Quatre. Pra quem for ler pela fanfiction, já aviso que como eu havia feito a separação temporal com asteriscos, nenhum deles saiu, ou seja, o texto está contínuo do começo ao fim. ¬¬' Realmente peço desculpas por isso, mas garanto que dá pra entender mesmo assim.
Valeu ao povo que leu e deixou review, vocês sabem que eu adoro saber a opinião de vocês.
Bjos e até o próximo capítulo!
