Capítulo 2 - Um reencontro, um beijo que traz ciúmes.
- Não... - murmurou Rin, ainda caída no chão. - Me diz que isso não é verdade...
Isso era impossível. Por que justo quando tinha um momento de felicidade esse momento se acabava em um piscar de segundos? O jeito era seguir em frente. Mas Rin não conseguia. Por mais que tentasse era impossível seguir em frente sem Sesshoumaru. Apenas em pensar que nunca mais iria vê-lo, seu coração doía.
- Tudo bem se é assim que você quer. - disse Rin se levantando, e enxugando as lágrimas. - Adeus Sesshoumaru. Você me perdeu. "Não. Na verdade eu é que o perdi!".
Começou a andar lentamente, em direção a sua casa. Sentia que o seu mundo estava perdido. Seu mundo desmoronara. Mas se um dia, algum dia, pudesse vê-lo novamente, não iria dar bola. Fingiria que não o conhecia. Era uma promessa. E que iria cumprir.
- "Você só me traz sofrimento". - pensou Rin, atravessando uma rua, sem nem mesmo consultar o sinal. - "Eu te odeio Sesshoumaru".
Andou mais uns três quarteirões e chegou na sua casa. Entrou, no maior silêncio, pois a mãe e o avô de Kagome provavelmente estavam dormindo. Subiu as escadas e entrou no seu quarto. Kagome estava dormindo. Abriu o armário e pegou seu pijama. Caminhou até o banheiro, tirou o vestido e colocou o pijama. Depois entrou no quarto novamente e deitou em sua cama.
- Foi boa a festa? - perguntou Kagome, com uma voz triste, mas tentando fingir que estava tudo bem.
- Não sei. - respondeu Rin, sentando em sua cama. - Eu vim atrás de você.
- E por que demorou? - perguntou Kagome, sentando na cama dela também.
- Eu... Encontrei o Sesshoumaru... - respondeu Rin, fechando os olhos, tristemente. - Ele me salvou de um ladrão, mas depois sumiu...
- Mas... - dizia Kagome, encarando a amiga. - Por quê?
- Eu não quero saber! - disse Rin, já deixando que as lágrimas caíssem. - Ele que se dane! Ele só me faz sofrer! Eu... Eu...
Kagome deu um simpático sorriso e abraçou Rin. A situação dela era bem pior que a sua. Só ficara chateada porque InuYasha desconfiara dela, mas Rin... Tudo era diferente.
- Não se preocupe, Rin. - consolou Kagome. - Eu sei que você ama ele, e que ele te ama. Deve haver algum motivo para ele fazer isso...
- Mesmo assim eu não me importo. - respondeu Rin, se levantando. - Eu vou seguir a minha vida. Não posso ficar dependendo dele.
- Sim... - disse Kagome, sorrindo. - É melhor dormirmos. Amanhã teremos aula.
- Está bem. - respondeu Rin, deitando em sua cama. - Boa noite Kagome.
- Boa noite Rin. - disse Kagome, deitando na cama dela.
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Segunda-feira.
- Olá garotas! - cumprimentou Sango, quando Rin e Kagome se aproximaram para sentar em suas devidas carteiras.
- Oi. - cumprimentaram as duas, com uma voz rouca e seca.
Rin sentou em sua carteira, pensativa. Kagome sentou na carteira dela, solitária. E Sango não estava entendendo nada.
- O que houve com vocês? - perguntou Sango, curiosa. - Que baixo astral é esse?
- Eu vou beber um pouco de água. - disse Kagome, se levantando. - Até logo.
Kagome saiu da sala e foi caminhando lentamente até o bebedouro da escola. Desceu as escadas, e quando ia terminar de descer o último degrau, viu InuYasha e Kikyou conversando, rindo. Sentiu uma pontada no coração, e seu corpo não se mexia, ficou imóvel.
- Algum problema, Kagomezinha? - sussurrou Kouga, por trás, fazendo-a estremecer.
- Saia daqui. - mandou Kagome, se afastando do youkai.
- Calma! - pediu Kouga. - Eu só queria pedir desculpas por ontem. Eu estava irritado e com ciúmes, por isso me perdoe.
- Kouga. - disse Kikyou, se aproximando dos dois, junto com InuYasha. - Boa atitude sua.
- Kikyou... - chamou Kouga, sorrindo. - Você ainda é minha namorada, não?
Kagome desceu as escadas, mas não sabia para onde ir. Não estava mais com sede. Foi então que alguém puxou o seu braço, e quando se virou, viu InuYasha.
- Kagome... - disse o hanyou. - ...
- Algum problema? - perguntou Kagome, na sua melhor voz possível.
- InuYasha! - chamou Kikyou, sorrindo. - Vamos! Precisamos ver sobre os folhetos!
- Kagom... - dizia InuYasha, mas Kagome se soltou dele.
- Eu tenho que ir. - disse Kagome friamente, e seguindo o seu caminho.
Lhe doeu o coração fazer aquilo. Mas não tinha escolhas. Se InuYasha preferia Kikyou a ela, a decisão era dele. Não podia forçar nada. Sentiu vontade de chorar, mas não fez isso. Subiu por uma outra escada e entrou na sua sala novamente. Rin estava contando a Sango o que acontecera depois da festa, e Sango estava com uma expressão assustada.
- Meu Deus! - comentou Sango, de boca aberta. - O Sesshoumaru... Você o encontrou e... Ele depois saiu sem dizer nada! Eu não acredito...
Naquele momento, Miroku entrou na sala, chamando a atenção das garotas, que depois do baile, ao verem o quanto ele era bonito, começaram a dar em cima dele. O garoto caminhava na direção de Sango, mas foi barrado por três garotas lindas, que sorriam com um sorriso malicioso.
- Olá Miroku! - cumprimentou a líder delas, que era loira, cabelos lisos e olhos azuis brilhante.
- Olá garotas. - cumprimentou Miroku, tentando desviar o caminho.
- Aonde vai com tanta pressa? - perguntou a segunda garota, que era morena e de olhos verdes, puxando o braço dele.
- Me desculpem, preciso falar com a minha amiga. - respondeu Miroku, olhando Sango, que olhava para ele também, desconfiada.
- Não quer ficar aqui um pouquinho? - perguntou a última garota, ruiva com olhos castanhos. - Podemos nos divertir...
- Humpf. - resmungou Kagura, que estava passando por ali. - Será que vocês só sabem se oferecer?
- E quem é você para nos dizer isso? - perguntou a líder, com um olhar enraivecido.
- Kagura. A mestra dos ventos. - respondeu a youkai, sorrindo por baixo do leque.
- Ai, que medo! - respondeu a loira, rindo.
Kagura fez um movimento com o leque, e mesmo com as janelas fechadas, um forte vento bateu contra as três garotas, que foram arremessadas para longe. Enquanto isso, Miroku foi para onde Sango estava.
- Oi, Sangozinha. - cumprimentou Miroku, sorrindo.
- Oi. - cumprimentou Sango.
- Então, quer tomar um sorvete comigo, hoje, depois da aula? - convidou Miroku.
- Só... Se não for na sorveteria passada! - respondeu Sango, rindo.
- Ah, sim! Nem me lembre! - disse Miroku, rindo também.
Sem querer, Sango derrubou o seu lápis no chão. Miroku e ela se abaixaram para pegar, e ficaram muito próximos um do outro. Sango corou. Os rostos iam se aproximando automaticamente, e quando os lábios estavam muito próximos de se tocarem, o sinal tocou, fazendo com que os dois levassem um susto e se levantassem rapidamente.
- Bom, eu já vou para a minha sala. - Miroku falou, sorrindo. - Até mais.
- Até mais... - respondeu Sango, ainda vermelha.
Quando Miroku saiu da sala, a professora de matemática entrou. Os alunos sentaram em seus lugares, e ficaram todos em silêncio. Então a professora começou sua aula.
- Bom dia. - cumprimentou ela. - Antes de tudo, quero lhes apresentar uma aluna nova. O nome dela é Yuriko Kitsue.
Então Yuriko entrou na sala. Mas não era uma Yuriko comum. Era a Yuriko que tentara assassinar Rin. Rin congelara ao vê-la. Os garotos ficaram babando pela beleza dela, e as garotas ficavam cochichando. Mas o que ela estava fazendo lá? Por que estava lá?
- Pode se sentar... Hm... - dizia a professora, analisando o único lugar que estava livre. - "Se Yuriko sentar lá, Satsuki irá conversar muito... Então...", Sango sente-se na cadeira vazia, e Yuriko, pode se sentar no lugar da Sango.
Porém o lugar de Sango, era logo atrás de Rin. Yuriko sentou-se lá, e quando a aula começou com a correção dos exercícios, Yuriko tocou no ombro direito de Rin, delicadamente. Rin se virou lentamente, com os olhos cheios de raiva.
- Olá Rin-chan! - cumprimentou a garota, sorrindo. - Bom te ver.
- Pois eu não digo o mesmo! - respondeu Rin, se virando para a frente.
- Eu, hein? - comentou Yuriko, fazendo uma careta. - Que mal-humor garota.
- O que você está fazendo aqui? - perguntou Rin, se virando.
- Oras, vim estudar. - respondeu Yuriko, abrindo a tampa de seu gloss.
- Estou falando sério. - disse Rin severamente.
- Deixa eu me apresentar. - disse Yuriko, sorrindo.
- Hã? - perguntou Rin, confusa.
- Pa-pare! - disse Yuriko alto. Muito alto. Toda a sala se virou.
- Do que está falando? - perguntou a professora se virando também.
- A Rin está me assustando...! - respondeu Yuriko, desesperada. Ou melhor, fingindo-se de desesperada. - Ela disse que... Iria quebrar o meu dedo se eu não... Entrasse para o clube de patricinhas dela! O Patty Girl!
- Rin! - chamou a professora, olhando feio. - Não acha que está velha demais para fazer uma ameaças dessas, e principalmente um clube desses?
- Quê! - perguntou Rin, indignada. - Mas...
- Nada de mas! - interrompeu a professora, irritada. - Já para fora da classe! Nunca imaginei uma coisa dessas, viu?
Rin se levantou de sua carteira e caminhou para fora da classe. Injusto o que a professora fizera. Não estava com paciência para ficar ali parada, decidiu beber um pouco de água, para acalmar os nervos. Desceu as escadas e chegou ao bebedouro. Bebeu a água, e quando terminou, antes de se virar, alguém vendou seus olhos com as mãos.
- Adivinha quem é? - perguntou uma voz masculina, que Rin reconheceu na hora. Impossível de não reconhecer.
- Su-Suikotsu? - perguntou Rin, com uma enorme alegria.
A pessoa tirou as mãos da visão de Rin, e quando se virou, viu ele mesmo. Inclusive, estava usando a corrente que o garoto dara para ela. Sorriu, encantada. Então deu um forte abraço no amigo, muito feliz em revê-lo.
- Suikotsu! - disse Rin, sorrindo. - Que saudades!
- Eu também estava com saudades! - respondeu Suikotsu. - E sabe, acho que alguém também estava com muitas saudades de você...
- Hã? - perguntou Rin, se soltando aos poucos do colega.
- Olhe para trás. - disse Suikotsu.
Rin se virou lentamente, e então pôde ver seu Sesshoumaru. Estava lindo, como sempre, e com o seu olhar frio. Quase a garota sorriu, mas resistiu. Tinha que cumprir sua promessa, não podia mais sofrer. Então tomou a primeira atitude que lhe veio à cabeça. Em um movimento rápido, se virou e beijou Suikotsu.
Suikotsu se assustou, mas não agüentou e acabou retribuindo o beijo. Sesshoumaru sentiu muito ciúmes, mas não podia fazer nada. Já estava namorando. Mas será que Rin amava Suikotsu? Mas então por que dissera na noite anterior que o amava? Mas não podia ficar assistindo aquela cena. Era tortura demais. Ver a pessoa que amava beijando um amigo... Simplesmente se virou e saiu daquele lugar.
Rin se separou de Suikotsu. Seus olhos se enxeram de lágrimas, mas não. Não queria chorar. Só que não conseguiu, e começou a chorar ali mesmo, abraçando Suikotsu.
- Me desculpe! - pediu Rin, sem encará-lo. - Eu...
- Não Rin. - disse Suikotsu. - Não me diga que você não devia. Porque eu ainda te amo.
Então ele beijou Rin. Que, pela surpresa de Suikotsu, retribuiu. Tinha que esquecer Sesshoumaru. Sesshoumaru era passado. Tinha que ser apenas amigos. E começar uma nova chance de vida...
N/A: Domo! Tudo bom com vocês? Primeiro eu queria agradecer a todos vocês que estão lendo a minha fic! Obrigada mesmo! E bom, a segunda coisa, é espero que estejam gostando! Próximo capítulo sai logo! Acho que amanhã XD Kissus!
Susi Maru: Olá! Tudo bem com você? Que bom que gostou do primeiro capítulo! Muito obrigada pela sua review! Ah, só uma dúvida! Você leu "Seqüestro"? É que assim, se você não tiver lido, talvez goste de ler ela, porque essa é a continuação, mas acho que não faz tanta diferença! Mas se você leu, tudo bem também! Obrigada de novo! Kissus!
Leila: Oie! Tudo bom com você? Hehe, é verdade, o Sesshy sempre aparece para salvar a Rin! Muito obrigada pela sua review no capítulo anterior! Espero que tenha gostado desse capítulo também! Kissus!
Carine: Olá! Tudo bom com você? Fico muito contente que esteja gostando da minha fic! Muito mesmo! Ah, de nada por te avisar! Olha, eu vou te mandar um e-mail explicando passo a passo como se posta no fanfiction, ok? Bom, é isso! Obrigada pela review! Kissus!
Kyouyama Anna: Oi! Tudo bem com você? Desculpa não ter respondido a sua review na fic anterior, então vou responder aqui mesmo! Muitíssimo obrigada por ter acompanhado àquela! E fico feliz que tenha gostado! Ah, e também que esteja gostando dessa! Muito obrigada pela sua review! Sei que não foi exatamente uma resposta, mas mesmo assim! Valeu! Kissus!
