N.A: Sei que o titulo desse cap é o nome de uma fic (muito legal por sinal)..mas vocês vão concordar cmg depois de ler.. Acreditem!


Um Estranho no Paraíso

4. Da Magia a Ilusão

Malfoy estava arrumando os badulaques que trouxe na sala de estar quando Gina se levantou na manhã seguinte. Ele já deveria ter tomado café, devido a louça suja que se encontrava na pia. Ignorou-as. Tinham combinado de cada um cuidar das próprias tarefas.

Comeu uma fruta e preparou café bem forte. Por um simples ato de educação, ou sabe-se lá o porquê, pegou uma xícara com café e resolveu levar-lhe na sala.

- Dormiu bem? – perguntou enquanto entregava-lhe o café recém preparado.

A primeira vez que dormira ali tinha sido um caos. Os grilos, mosquitos, aves noturnas, folhas, o bater das ondas, tudo tirou seu sono. E por ironia do destino, agora tudo a acalmava. Aliás, a sua vida estava completa de ironias.

- Como um bebê.

- Espere até ter que dormir com tempestades e ciclones.

- Eu não estarei mais aqui quando chegar a temporada propicia.

- Não esteja tão ciente assim. – falou Gina ao olhar para o céu. O sol estava brilhante, mas nuvens anunciavam chuva até no máximo o final do dia. Malfoy aprenderia antes do que imaginava que o tempo ali não era algo certo.

Ele olhou-a contemplar o céu, parando de tomar seu café.

O que te trouxe para um lugar tão remoto?

A pergunta até parecia ser inocente, mas vinda dele tinha um sentido bem ardiloso.

- Desilusão amorosa.

Ele deu um sorrisinho mesquinho.

- Ele era casado?

Falou como se não soubesse. Isso estava lhe dando nos nervos.

-Não. Apenas não deu certo, e eu achei mais fácil me afastar do que ficar por perto.

- E por que escolheu tão longe?

- Uma oportunidade. – respondeu ríspida, tentando finalizar o assunto.

- Não se arrependeu?

- Sobre o quê? – ela indagou, aprece que ele não entendia o recado.

- Sobre deixar Londres para vir se esconder por aqui, não tinha esperanças de reatar?

- Não, não me arrependi. Muito pelo contrário adoro tudo que descobri em Jambi.

- Parece muito segura.

- E por que não seria? Adoro meu emprego, Alfred é uma pessoa maravilhosa, estou num lugar lindo, na verdade me sinto compensada.

Malfoy deu um sorriso malicioso, e voltou sua atenção para uma pilha de fios que estavam amontoados em sua frente.

- Quais são seus planos hoje? – perguntou ela enquanto se dirigia a cozinha.

- No momento, nadar. Depois dá uma olhada na ilha. Você vem comigo?

Foi um convite, e não uma ordem como na maioria das vezes anteriores. Ele estava tentando ser razoável, ela não sabia a razão de tudo isso, mas não via problema em passar algum tempo de forma amistosa. Sugeriu, então, que pegassem a lancha e fossem além dos arrecifes, e eles com sorte poderiam encontrar alguns golfinhos.

(N/A: vocês já se imaginaram em uma ilha paradisíaca com o gostoso do Draco, nadando entre golfinhos? Se não, não percam a oportunidade.. :P) (N/B: Eu vivo imaginando, é esse é o meu consolo...)

- Você não está falando sério, está?

Perguntou enquanto a via terminar de preparar algo parecido com salada.

- Estou, qual o problema?

- Nenhum. – respondeu ele com uma cara apreensiva.

- Com medo Malfoy?

- Claro que não. Apenas, prezando minha saúde física.

Ela sorriu. E o deixou a ver navios, enquanto corria para lancha. Ele a seguiu, e foi o primeiro a mergulhar nas águas claras como cristal. Os olhos chocolate de Gina refletiam no azul do mar conforme observava a performance do loiro na água. Sua pele branca se movia silenciosamente, como se fosse uma criatura marinha. Quando ele emergiu na superfície ela prendeu a respiração sem querer, ao ver aqueles músculos bem torneados numa agilidade indescritível.

- A vista lá embaixo é espetacular. – ele falou alto, e ela rapidamente fez sinal para que se calasse. Ele obedeceu e se virou lentamente. Um murmúrio de surpresa escapou de seus lábios ao ver alguns golfinhos se aproximarem.

Ela sorriu, ele estava meio assustado. Nunca pensou que viveria para ver Draco Malfoy assustado com uns golfinhos inofensivos.

Deslizou o mais silencioso possível para a borda da lancha e nadou até ele. Os golfinhos, que eram uns doze, moviam-se em círculos, curiosos, mas desconfiados tanto quanto Malfoy. Gina entrelaçou sua mão na do loiro e tornaram a nadar na superfície. Com todo aquele tempo na ilha Gina sabia o que fazer. Tinham que provar aos animais que não constituíam nenhum perigo.

Pouco a pouco eles começaram a chegar mais perto, trazendo inclusive os filhotes. A garota puxou a mão de Draco para que mergulhassem, e nadaram de volta ao ar sem soltar as mãos. Nenhum dos dois disse nenhuma palavra.

O tempo pareceu parar, e o mundo deixou de existir. Um elo mágico se formou entre eles naquele momento.

Depois de um tempo, Gina se sentia cansada, mas não tinha coragem de deixar aquelas criaturas lindas. Elas haviam adquirido confiança nos dois. Chegavam a convidá-los a mergulharem atrás delas e brincar.

Malfoy estava tão diferente. Rindo a valer. Parecia tão tocado quanto ela. Sempre fizera isso antes, mas sozinha. Dessa vez fora diferente, como se compartilhar a mágica a tivesse engrandecido.

No último mergulho, viu Malfoy brincado com o mais jovem do grupo como duas crianças travessas. Parou para fitá-los. Aquilo era tão surreal. Digno de uma fotografia.

Exausta, nadou até o barco e se deitou no fundo com a cabeça apoiada no assento, os olhos fechados contra o sol. Queria guardar para sempre na memória aquele momento. Sentiu a lancha balançar, não se moveu. Logo depois, uma languidez estranha se espalhou por seu corpo conforme Malfoy a beijava de uma forma tão quente e erótica que não teve forçar, ou vontade, de recusar.

Quando ele se afastou, olhou-o, mas não conseguiu enxergar nada além de uma nuvem de lágrimas.

- Desculpe – ele pediu e respirou fundo. Parecia genuinamente arrependido. – Depois de uma experiência tão diferente, foi a única atitude que me surgiu.

Ele se afastou ligou o motor e guiou em direção a praia. A ruiva, sem dizer nada, sentou-se. Sua mente não conseguia registrar o que estava acontecendo.

Quando ele jogou a âncora, ainda conservavam o silêncio.

Deixe que eu preparo o almoço. – Ele se ofereceu.

Ela agradeceu e foi para ao quarto. Tirou o biquíni e entrou debaixo do chuveiro. Foi quando se deu conta da tensão que a abraçara. Encostou testa no azulejo e resmungou de raiva.

O beijo abalara. Algo inesperado. Tão inesperado que nem se quer quis matar Draco Malfoy por tê-la beijado, algo que se estivesse em sã consciência não lhe restaria nem mais uma parte de seu corpo sem uma macha roxa. Quem ele pensava que era? Chega em sua vida bagunçando tudo, tirava seu emprego, a fazia de assistente pessoal sem uma previa autorização, e depois ainda a beijava? Isso não estava certo. Aliás, não tinha uma coisa nesses últimos dias que tivesse ocorrido de forma coerente. E além do mais, apesar de ele ter pedido desculpas, estava claro que ele não tinha se arrependido, seu instinto lhe dizia isso. E se ele achasse que o beijo deixou uma porta aberta para algo mais? Ah, azar o dele. Só ia ter dois trabalho: achar e deixar de achar. Tinha que ignorar tudo. Já que tinham que conviver juntos era melhor esquecer. O problema era que ainda sentia o calor dos lábios desesperados a procura dos seus. Desde que chegara ali ninguém a havia beijado daquela forma, ou melhor ninguém nunca a havia beijado daquela forma. E isso era ainda mais irritante.

Após vestir-se, foi até a varanda, onde o loiro a esperava, também havia tomado banho e estava devidamente vestido, com a mesa posta. A salada que ela fizera antes de ir, um prato de frios, e uma tigela de molho que pelo aspecto e cheiro deveria ser italiano.

Sentaram-se. Estava um pouco sem jeito, rezando para ele não falar sobre o beijo. E ele realmente não o mencionou. Na verdade ele não falara nada. O que a estava deixando realmente incomodada.

- Talvez seja uma boa idéia darmos uma volta pelo resto da ilha, uma vez que o céu nublou. Não posso dizer que me anima andar sob o sol – disse ele de repente quebrando o silêncio.

- Primeiro o levarei na floresta. Será bem diferente dos golfinhos.

- Em que sentido.

- Aguarde e confira.

- Eu já vi uma floresta tropical antes. Estive na América do Sul, lembra?

- Mas uma floresta nunca é igual a outra.

Quando estavam se preparando para sair Gina perguntou:

- Você tem alguma bota?

- Estudei sobre a estas ilhas antes de viajar. Acredito que tenha trazido tudo que seria necessário para qualquer eventualidade.

Ela havia de concordar, a bagagem dele era imensa.

- Então calce sua bota e vista uma capa.

Eu não trouxe nenhuma impermeável. Você acha mesmo necessário?

A ruiva foi até seu quarto e trouxe-lhe uma capa reserva.

Daqui a pouco vai cair um dilúvio. Não deixe para vestir a capa antes de se molhar ou você cozinhará. Experiência própria. – acrescentou.

- Você é bem eficiente.

- Não esperava que você, criada com costumes ingleses aprendesse a viver num lugar como esse.

Na verdade, eu é quem achava que você não agüentaria uma noite aqui, com todos esses mosquitos, essa primitividade.

- Ossos do Oficio. – ele sorriu

- Apesar das diferencias culturais serem enormes eu me adaptei bem.

- Nota-se.

Foi essa última frase dita até a floresta se aproximar. Conforme o atalho se estreitava ela seguia a frente. Conhecia o caminho, e ele não. Malfoy não reclamou. Até que ele não era tão má pessoa assim. Só um pouco. Na verdade ela nem o conhecia, então não poderia tirar conclusões.

Pouco tempo depois a chuva começou. Pararam imediatamente para por as capas. O calor era tremendo, e a vontade era com certeza de rasgar aquelas roupas e se molhar na chuva, mas sabia que logo a temperatura diminuiria consideravelmente.

Olhou para Malfoy, ele estava hilário. Toda sua pose estava jogada na lama da chuva. Tinha uma dificuldade de se mover com aquela roupagem. Aquele andar de felino prestes a dar o bote estava completamente danificado. Não pode deixar de sorrir. E esse descuido lhe custou muito caro. Topou em um arbusto e caiu na lama.

Malfoy a levantou num instante como se tivesse o peso de um bebê. Ela se agarrou nele para recuperar o equilíbrio. Ergueu o rosto e viu uma certa preocupação. Que criatura mais estranha.

- Você está bem? – ele perguntou prontamente.

Gina afirmou com a cabeça e cuspiu uma folha. Um ato nada sedutor. Mas mesmo assim ele retirou de seu rosto uma mecha de cabelo enlameada. A ruiva se afastou tão depressa quanto pode. O toque dele causava sensações não muito acolhedoras em seus sentidos. Ele olhou para ela preocupado.

- Desculpe. Estou bem. Apenas aborrecida comigo mesmo por ter sido tão descuidada.

Dê-me sua mochila. É muito peso para você.

Nunca imaginou que ele fosse tão educado. Na verdade só tinha pensamentos perversos e mesquinhos sobre ele.

- Não precisa. Estou bem. E já estamos quase chegando.

- Vamos voltar. – ele disse.

- Não, estamos quase lá, e por aqui sempre é assim, nunca existe um tempo firme.

- Tudo bem então.

A partir de então Malfoy quis ir a frente. Cada passo era dado como um teste. Tinha que ter certeza que o caminho era firme.

Ela avançou até estar perto dele. Nenhum dos dois falou por um longo tempo.

A ruína de uma antiga cabana jazia entre as árvores como se estivesse sido estripada pelo vento. Como se fosse no quintal da "casa" havia um lago com águas escuras, um cenário sereno e exótico, com molduras de flores silvestres e orquídeas.

- É um lugar especial. Não é o Hilton, mas é bem aconchegante – Gina murmurou estendendo a mão. – Venha, é seguro.

Ele hesitou, mas acabou entrando.

Não se preocupe, não vai desmoronar. – falou enquanto se livrava da capa e da mochila. Malfoy permaneceu imóvel por um momento, depois fez o mesmo.

- Você não acha aqui sufocante? – ele perguntou.

Ela sentou-se numa pedra e sorriu.

Como pode ser sufocante se é totalmente aberto? E ainda com uma vista dessas! – Apontou para o lago e para as orquídeas.

– Acho que quem vivia aqui se sentia no paraíso.

- Ou não. – ele concluiu num tom pensativo.

- Aqui é maravilhoso! A família que viveu aqui deve ter sido bem feliz.

- Ou não. – repetiu, desta vez provocativo.

- É o que gosto de pensar – Gina murmurou – Espero que tenham sido bem felizes.

Você me surpreende. É a mulher mais arredia que conheço, entretanto, não passa de uma romântica inveterada.

- Venho aqui exatamente por imaginar que aqui é um lugar de bons fluídos. Se estou aqui me sinto em paz, não penso em nada.

- Isso soa muito profundo.

- Nem tanto. E você, não tem um lugar onde gostar de pensar?

- A minha cabeça, é um bom lugar.

Gina riu.

Só um homem para dizer algo assim.

- É. Geralmente não somos muito românticos.

O que é uma pena. – Ela concluiu. – Pegue um biscoito.

Ele a olhou e se pôs a rir. Uma gargalhada genuína, não sorrisos debochados e cheios de insinuações.

- O que houve?

- Bem oferecer um biscoito após lamentar falta de romantismo não é algo muito romântico.

- E isso é uma situação romântica?

- Não. Mas estávamos falando a respeito.

- Foi você quem começou. – ela se defendeu.

Permaneceram em silêncio, apenas olhando para o chão. Estava arrependida por tê-lo trazido ali. Aquele lugar era tão íntimo. Aquela situação estava realmente estranha. Era melhor voltarem. Não tinha o porquê compartilhar aqueles momentos com ele.

Levantou-se, guardou os biscoitos na mochila e disse:

- Vamos voltar?

- Antes quero tirar algumas fotos. Você se importa?

- Claro que não.

Foi até sua capa e começou a vestir-se, mas não foi rápida o suficiente para terminar antes que Draco a ajudasse e a tocasse na nuca. Ela enrijeceu. Sentiu uma pressão nos ombros, virando-a para encará-lo.

- Não estou arrependido por tê-la beijado esta manhã, embora tenha pedido desculpas. E quero beijá-la de novo. Agora.

Antes que ela pudesse tomar qualquer atitude ele já estava enlaçando seus lábios nos dele. Acarinhando suas costas e apertando-a num abraço bem apertado, fazendo com que ela sentisse sua excitação. Despiu a capa que ela havia acabado de vestir, massageava seus lábios na voracidade de um leão degustando sua presa. As pernas da ruiva tornaram-se bambas e com gentileza ele a fez deitar no chão coberto de folhagem.

Quando Gina percebeu o que estava fazendo Malfoy estava com uma mão em seus seios e sua blusa completamente levantada. Num ímpeto largou-se dele. Isso não poderia acontecer. Que carência era essa? Deus que a ajudasse.

Ele a olhou surpreso. O choque com o que acabara de fazer deixou-a embaraçada e enfurecida.

- Malfoy, nunca mais faça isso. Não quero nada com você. Não ouse me tocar outra vez.

- Se eu cheguei a te tocar foi porque você quis tanto quanto eu, não venha dar uma de vítima. Não tenho necessidade de atacar mulheres, no geral são elas que me atacam. E foi você quem veio com esse contato místico com golfinhos, mostrar lugarzinhos especiais. Então não me venha com chiliques.

Com essas palavras, ele saiu e foi fotografar o local como se nada tivesse acontecido.

Ela tremia de indignação ante a arrogância de Draco. Como era possível que ele achasse que tudo não passara de uma maneira de seduzi-lo! Estava tentando ser sociável, educada e olha o que resultou. Saiu feito um furacão.

- Eu não o levei para nadar nem o trouxe aqui porque queria ter algo com você. Se pensa que me sinto atraída está muito enganado! Seu babaca convencido!

Se pôs no caminho de volta. Queria que aquele loiro aguado, ridículo, convencido, egocêntrico, idiota, babaca, se perdesse ou fosse picado por um mosquito mortal.

..Continua?..


N.A: estão vendo como eu sou boazinha? Muitaaa action pra vocês! Na verdade, a minha inspiração são vocês... A cada review que eu leio minha mente ununda de cenas maravilhosas ...e talz.. então plix.. Submit to review! E não .. isso não foi chantagem! ehehehehe
Obrigada a todas que mandaram reviews, espero que continuem lendo e comentando...
Bjoks ..
Cah
Ps: Aguardem o prxm cap... Talvez ele seja mais proveitoso do q vcs imaginam.. e SIM.. ele já está escrito.. e está única e exclusivamente esperando sua review para ser posto no ar!
(Tá, tudo bem..tô aprendendo a ser malvada desse jeito aqui no prp eheheh)

N/B: Oi xuxus! Eu sei que vocês estavam loucos por este capítulo, né! Não foi mágico? Eu achei, mas como sempre o Draco estragou o clima. E bem, o amasso foi de tirar o fogo! Imagina quando vir a nc-17, vocês vão enlouquecer de vez, né! Eu estou aqui roendo as minhas unhas. Pra que as coisas aconteçam mais rapidamente, que tal encher a caixa de entrada do email dela com reviews! Ahh, pra mandar review nem se gasta dinheiro e se você não sabe o que escreva assim "É isso aí, sua fic é muito boa! Parabéns pelo trabalho!". Mas não deixe de dar a sua opinião. Bjinhoos, Rafinha M. Potter.