Disclaimer: Eu pedi, mas a Jô não quis me dar o Harryzinho... Jô má! Jô má!
N/A: É ESTRITAMENTE NECESSÁRIO QUE VOCÊ LEIA SPEED EXCESSIVE (que também está publicada aqui)ANTES DE LER ESSA FANFIC, SE NÃO VOCÊ NÃO VAI ENTENDER ABSOLUTAMENTE NADA!
N/A II: Bom, pessoas, primeiramente eu quero pedir desculpas pelo transtorno de re-publicar essa continuação da Speed. Esse primeiro capítulo está praticamente igual ao da continuação anterior, então os que já tinham lido a "Speed Excessive II" pode tranquilamente pular para o cap II.
Primeiro Capítulo:
Pena Que Seja Assim
- Música: Sobrancelha -
º Biquine Cavadão. º
Era um bom restaurante, e na verdade, eu nunca esperaria por tê-la encontrado ali. Não porque era caro - ela tinha se casado com o Potter e ficado rica - mas porque eu nunca mais tinha pensado nela.
Nunca mais.
Fazia um bom tempo. Coisa de... de vários anos desde que eu a tinha "seqüestrado" e a entregado inteira em casa. Inteira. Eu tinha sentido saudades da pele branca e quente daquela ruiva, mas depois disso muitas outras vieram, e ela foi deixada de lado por minha seletiva memória.
Ao entrar no restaurante, conversando com Potter, seu longo vestido vermelho sangue ondulou classicamente pelos tornozelos. Muitas pessoas - e não só eu - se viraram para olhar, porque a ruiva chamava grande atenção com a pele tão alva e o cabelo tão chamativo.
Mas Virgínia Weasley olhou para mim.
Ao passar naquela tarde por seu corpo
Que insistia em te levar para algum lugar
Seus olhos me tocaram
Com um leve cumprimento de sobrancelhas
Suas grandes orbes castanhas se estreitaram, quase imperceptivelmente surpresas. Nenhum sinal de reconhecimento, a não ser o suave movimento da sobrancelha ruiva. Impassível, curvei levemente a cabeça em resposta.
Por que eu só via a ela nitidamente?Porque o mundo ao redor estava borrado? E porque toda uma eternidade para apenas uma troca casual de olhares?
Potter sussurrou algo em seu ouvido. Ela me fitou por mais um único segundo e, despertando abriu um belo sorriso para seu marido, esquecendo daquele estranho familiar que era eu para sua pessoa.
Eu repeti, eu te imitei
Como se fosse um ritual
Mas qual, você seguiu seu rumo
E eu segui o meu
Seguiu para uma das mesas. De pé, revirei os olhos, irritado com minha atuação debilóide, e andei até o balcão para pagar a conta. Mas... mas o brilho do seu castanho cintilava bem na minha cabeça.
Virgínia estava lembrada de mim? Já sabia que eu era aquele inimigo de sua família agora... me odiaria? Ou será que sentira falta? Me amaldiçoaria por tê-la lhe omitido minha identidade naquela ocasião? Ou será que... sequer tinha me reconhecido?
E esse gesto poderia ser "Alô", "Adeus"
"Como tem passado?",
"Estou com saudade" ou "Não olhe pra mim"...
Pena, pena que seja assim...
Aqueles pensamentos estavam me irritando. Era só uma mulher! Uma mulher do passado, que já servira para o intento! Nem eu mesmo tinha acreditado no que eu tinha escrito naquele último bilhete:
"A velocidade da vida sempre nos fará encontrarmos. Em breve, acontecerá novamente, e estaremos preparados".
Naquela época, eu realmente teria gostado de encontrá-la novamente. De sentir o doce sedento dos lábios tão vermelhos e até mesmo compartilhar de adrenalina em conjunto... Virgínia era a única que compartilhava daquela opinião de velocidade comigo. A única.
Única.
Suspirei afetadamente. Intrometida, devia ser esquecida, nada de estar em meus pensamentos daquela maneira! Eu não devia sentir... saudades! Fora só... um divertimento casual, uma divertida insensatez. Tinha passado. Tinha acabado?
Passei pela sua mesa ao sair do restaurante. Parecia feliz com o paspalho do Potter.
Possivelmente - certamente - ele nunca chegara e nem chegaria a saber daquela minha aventura com sua mulher no dia de seu noivado, e eles teriam um bom casamento, sendo o acontecimento esquecido.
Pude olhar nos olhos dela novamente. Ainda estavam inexpressivos, ela parecia olhar um estranho. Tive vontade de lhe contar aquilo que trancava minha garganta. Vontade de pedir um bis. Mas a coragem... coisa de Grifinório. Os Sonserinos ficam com a astúcia e a paciência. Paciência, Draco...
Potter não tinha me visto, mas certamente arrancaria minha cabeça se eu falasse com a sua imaculada esposa.
Ah, se ao menos te dissesse com palavras...
Mas não faço
Palavras me desculpem, o silêncio é fundamental
Pena, pena que seja assim
Desviei meu olhar duramente. Por mais que evitasse, e que achasse absurdo, o castanho dos olhos de Virgínia me faziam lembrar de cada pequeno detalhe dos nossos contatos naquele "seqüestro".
Mas já faziam muitos quatro anos! Como eu me recordava até do cheiro de sua pele?
E por instantes não me lembro
De ter visto vida a minha frente
Piloto automático, segui pelo pátio
Mas não indiferente
Quando pisei para fora do restaurante, havia uma única certeza: eu não podia largar de mão aquela mulher. Sim... a velocidade da vida nos tinha feito encontrarmos novamente. Dessa vez ainda não estávamos preparados, mas isso era uma pequena questão de presença ou ausência de pessoas.
Era apenas saber se ela tinha esquecido. Mas não, Virgínia Weasley dificilmente poderia ter esquecido daquela minha promessa. Eu a podia garantir...
"Hei, Virgínia, continue esperando por nós".
Aguardando a próxima vez
Em que eu pudesse vê-la
Em que pudesse fazer algo mais
Que um cumprimento de sobrancelhas.
N/A: Agradecimentos para Fabri, para a Rafinha, para a Lou e para a Driste (pode deixar que eu vou escutar minha beta de vez enquando...)
Beijos!
Ly.
