Disclaimer: Personagens não me pertecem e é exatamente por isso que eu ponho o Blaise do jeito que eu quiser...
Nota: Capa para Lou, que esteve me ajudando e rindo comigo passo a passo quanto a ele, e para a Rafa que vai gostar da briga do Harry com a Gina e o Harry parecendo bobo e para a Frani, sem noçããão como essa menina me ajudou ontem!
Capítulo 7
Mas Nem Tudo São Flores
- Bom - Lya deu um sorriso ainda mais maldoso. - Isso realmente depende do seu ponto de vista
Tina avançou para a irmã. Gina deu um pulo para trás. Ela ia gritar seu espanto, mas alguém tocou a campainha.
E todos ficaram imóveis, subitamente.
- Eu... ahn... eu atendo - disse Blaise, percebendo que nenhuma das três ia ter a iniciativa. Ele foi até a porta e girou a fechadura com curiosidade, mas o que escapou da sua boca foi um suspiro, quando viu quem era.
Gina não suspirou. Ao contrário, sua respiração travou quando viu o moreno parado na porta, a roupa social com a qual trabalhava e a capa dobrada no braço, os cabelos espetados para mais ângulos do que a matemática podia calcular e no rosto uma expressão um pouco desorientada. Ele olhou para a sala e para todo mundo, parando o olhar cor de esmeralda desconcertante em Tina por um segundo, em seguida, na esposa.
- Ginny...
A ruiva voltou a respirar a todo vapor.
- Que é que você está fazendo aqui! - ela atropelou suas próprias palavras - Será que você pode me dizer que idéia foi essa! - indicou as flores, furiosa.
- Você... não gostou? - ele levantou as sobrancelhas, surpreso.
- Seu cínico! - disse a ruiva, avançando para ele.
- Gina, por favor! - Tina avançou depressa, a segurando pelo braço - Har... - a mulher pigarreou - Hmm, Harry, que é que você está fazendo aqui... exatamente?
- Preciso falar com você, Gina - ele disse para ela, que fumegava com toda sua raiva da noite anterior despertando novamente - Nós precisamos conversar.
- Eu não tenho nada para conversar com você! Não depois de ontem! Acho que já falamos o bastante e que a situação ficou bem clara, inclusive sobre as suas opiniões sobre mim! - ele abriu a boca - Não, Potter, eu não quero escutar nada depois daquilo, obrigada!
Ele passou as mãos pelo cabelo, nervoso. Pediu arrego com o olhar para Tina, que ainda segurava a amiga.
- Gina... - ela suspirou - Ouça-o só um pouco... Talvez haja alguma coisa que...
- FALEI PRA NUNCA MAIS OLHAR NA MINHA CARA...
- Até que eu percebesse as idiotices que tinha falado - ele completou se aproximando - eu percebi, Ginny. Fui muito idiota de supor que você teria alguma coisa com Malfoy.
Gina só sentiu uma coisa esquisita no estômago e a mão de Tina, em torno do seu braço, tremer.
- Você é uma mulher incrível, Gina, uma pessoa maravilhosa para mim. Eu nem tenho o direito de desconfiar de você! Desculpe, querida, talvez eu estivesse estressado demais naquele momento para ser delicado com você, porque... eu entendi que viver sem você é muito complicado.
Ele deu um sorriso franco. Gina estava boquiaberta. Blaise sequer tinha se afastado da porta, tal era seu espanto à cena que se desenrolava. Tina, ao seu lado, ofegou.
- Hey, cara - Lya se pronunciou, diretamente para Harry e com um olhar estranho - pega leve.
Os dois trocaram olhares intensos, Lya estreitando os olhos cor de mel para ele, deixando Gina sem compreender.
- Com licença - Tina disse em seguida, desviando o olhar de Harry - eu vou... vou até... até a cozinha, pegar... hmm... café... café para todo mundo.
Gina viu Tina sair em direção a cozinha com Lya atrás e Harry acompanhá-la com o olhar, provavelmente achando sua reação estranha. Bom, ele não sabia o quão estressante havia sido o trabalho naquele dia, a ponto de deixar qualquer um agindo estranhamente.
- Ginny... - Harry tentou de novo, após o longo e torturante silêncio.
- Harry - ela disse tentando parecer fria - Vá para casa, é o melhor que você pode...
- NÃO! - ele se aproximou dela o suficiente para tocá-la, se quisesse - Não vou embora sem você!
- Ah, por favor! - a ruiva protestou - seja um pouco mais...
- Vem comigo, Gina. Você é a minha esposa. Tem que me perdoar, tem que voltar pra casa, fica vazia sem você...
- Me dê apenas um tempo...
Ele suspirou, frustrado. Ela estava começando a sentir vontade de chorar, dois fortes sentimentos se chocando forte em seu peito.
- Não posso voltar sozinho para aquela casa.
- Não sei se posso voltar contigo depois de tudo que me falou.
Ela abaixou a cabeça fitando longamente o tapete da sala. Aquilo estava começando a incomodá-la, a doê-la, porque de alguma forma, parecia o absolutamente certo e o completamente errado, e odiava estar indecisa sobre um assunto que sempre parecera ter única solução em sua vida. Pela primeira vez, tinha um duvida real.
- Volte com ele, Gina. Ele ama você, não percebe?
Ela olhou surpresa para a porta da cozinha, pois sequer percebera que Tina voltara. O castanho dos seus olhos estava vermelho e injetado, a voz trêmula, dona de uma dolorosa verdade.
- Certo. - disse baixinho - Está bem, eu vou... eu vou voltar.
Harry a abraçou forte, mas ela não correspondeu. Amava-o intensamente, e algo parecia errado. Voltaria, e aquilo não se encaixava direito.
- Obrigada, Gina - ele disse em seu ouvido - Eu já não sei o que faria, se não me perdoasse.
- D&G -
Pior do que ela imaginava, os dias seguintes foram estranhos. Como se a normalidade de seu casamento estivesse sido substituída por uma rotina diferente da que estava acostumada. Como se seu marido tivesse sido substituído por uma cara que nunca conhecera na vida.
- Bom dia, querida - disse entrando na sala já pronto para sair e lhe dando um beijo no topo da cabeça - Tudo bem com você? Precisa de alguma coisa? Você está linda.
Gina franziu as sobrancelhas. Tinha acabado de acordar, estava enfiada numa camisola de algodão enorme e seu cabelo nada mais era do que um emaranhado indomável e vermelho em trono do seu rosto.
- Obrigada.
E tomaram café em silêncio, um silêncio muito profundo. Às vezes ela pegava Harry parado, a fitando fixamente e parecendo ter um pensamento distante, então ele balançava a cabeça de leve e voltava para o que quer que estivesse fazendo.
- Já vai?
- Ahn? Ah, sim - disse o moreno, que estava pegando a pasta e vestindo a capa para enfrentar o dia frio que fazia na rua - É, eu tenho que sair mais cedo. - ele a olhou de lado. - Espero que não se importe.
- Não. - a ruiva disse, dando de ombros.
E Harry simplesmente tinha saído mais cedo todos aqueles dias seguintes e nunca mais a tinha esperado para deixá-la no trabalho. Ela estava dizendo para si mesma que nem ligava, e que podia se cuidar sozinha. Claro que podia. Também podia deitar sozinha e ignorar que Harry chegava muito tarde do trabalho. E só ficava perguntando se estava bem, se precisava de alguma coisa, quando não ficava a encarando daquele modo estranho e pensativo, nas poucas vezes que se viam.
Na quinta feira, 22 de Dezembro, Gina o esperou. Tina tinha resolvido chegar atrasada naqueles últimos dias e isso a estava custando mais trabalho, e Tina havia saído mais cedo duas vezes, deixando o serviço para a ruiva e quase a levando à exaustão. A amiga costumava se desculpar, dizendo que estava completamente apaixonada pelo namorado ao qual Gina sequer sabia como se chamava, e ficar longe dele estava sendo complicado, e ela queria ficar o máximo de tempo em sua companhia. Isso, claro, não deixava Gina menos cansada.
Portanto, naquela quinta feira Gina chegou em casa, tomou um banho e sentou no sofá do escritório dele, muito decidida a esperá-lo o quanto fosse preciso. Começou a folhear as revistas dele. Revistas chatas, e Gina deixou de lado. Aumentou o fogo da lareira e circulou a mesa dele. Forçou gavetas por puro tédio - e estavam trancadas. Não querendo invadir a privacidade do marido, Gina voltou para o sofá e esperou. Tanto que, ao despertar com o clique de Harry aparatando na sala, quase pulou ao ver a hora no relógio, que há tempos já ultrapassara a meia noite.
Ela levantou sonolenta e, antes que saísse do escritório, Harry a encontrou na porta.
- Gina? - ele parecia realmente surpreso – O que você está fazendo acordada à essa hora?
- Esperando você, óbvio.
Pegou a pasta dele e pôs em cima da mesa. Tirou sua capa e jogou no sofá. E o abraçou, encostando o rosto no peito dele. Harry, visivelmente sem jeito, a afastou, com um olhar preocupado, e mais algum sentimento que ela não sabia desvendar.
- Que houve? Que aconteceu, Gina? Está tudo bem com você, hein?
Ela o encarou, e teve uma estranha e súbita vontade de chorar. Não era uma vontade lógica, era sentimental, porque as coisas estavam diferentes, e ela não conhecia mais aquele Harry frio, que nunca fora realmente um marido, mas sempre lhe fora um irmão e repente parecia tão distante. E tinha ódio daquela pergunta que ouvira tanto, nos últimos dias. Por que ele queria tanto saber se ela estava bem? Porque ao invés de perguntar se estava bem, não a fazia se sentir bem?
- Está, querido. - Gina correu a mão pelo rosto dele, sem realmente senti-lo - E com você? Como foi o trabalho?
Harry pareceu sem fala por instantes, e seu cérebro parecia trabalhar intensamente por debaixo do desordenado cabelo preto.
- Foi... ruim. Por que teria sido bom?
- Eu não disse que foi.
- Certo.
Gina viu que ele estava nervoso e não conseguia encontrar um motivo.
Um motivo. Um motivo para aquilo tudo. Era só o que ela queria saber. Uma obstinação por isso foi o que fez Gina arrastar Harry até o sofá que ficava em frente à lareira e fazê-lo sentar, sentando ao seu lado. Era estranho, quando ele sentou a olhava e parecia ainda mais nervoso, cada vez mais, como se Gina o estivesse ameaçando. Ela ensaiou um sorriso para tranqüilizá-lo.
- Gina, que você... eu estou cansado, eu bem... tem algo qu...
- Você não me parece bem de verdade, Harry. Eu só queria conversar com você, como... como nos velhos tempos. Você sempre está ocupado e nunca mais ficamos juntos. Eu mal vejo você durante o dia. Sinto que estou... é como se eu tivesse perdendo algo importante.
Isso o fez virar rápido de vez para ela.
- O que você quer dizer com isso?
A situação e o modo estranho como ele reagia a irritou.
- Afinal, qual o problema com você?
- Eu não tenho problema nenhum! Eu não faço idéia do que está passando na sua cabeça, porque eu não tenho problema nenhum e não vejo nada mudar!
- O que deveria estar passando pela minha cabeça, Harry?
- Eu não sei! É você quem anda esquisita!
- Eu! Não, não sou eu! Você está se distanciando de mim! Não é como antigamente!
- Você quer que tudo seja eterno, Gina! E nada pode ficar do mesmo jeito para sempre!
- Eu só quero saber porque mudou! - Gina protestou, nervosa e dura no sofá.
- Eu não sei do que você está falando!
- Agora você nunca sabe de nada! - exclamou por fim, se largando no sofá, fumegando e vermelha.
O silêncio seguinte foi pesado e desconfortável. Gina ficou arranhando a perna, trincando os dentes e olhando para o nada, sentindo o sangue borbulhar em cada veia do seu corpo e nenhum pensamento lógico pela mente, só alguns ímpetos violentos e raivosos. Harry respirava forte e estava estranhamente quieto. ao menos até falar:
- Eu vou viajar.
- VOCÊ VAI O QUÊ?
Harry olhou para ela com uma cara completamente absurdada. Gina bufou, ajeitando o cabelo com violência e o fuzilando.
- Repita, por favor - disse com fúria contida.
- Foi o que você ouviu. Surgiu uma viagem de negócios. Eu não posso não ir, porque é urgente e inadiável.
Gina estava fora de si. Quer dizer que o seu casamento estava em crise, e de repente ele ia viajar!
- Quando? - perguntou, fechando os olhos e controlando a respiração, para não matá-lo.
- Hmm... amanhã. E volto... no sábado...
- VOCÊ O QUE? EU ESPERO QUE VOCÊ NÃO ESTEJA ME DIZENDO QUE VAI VIAJAR NA VÉSPERA DE NATAL! QUE VAI ME LARGAR SOZINHA NA VÉSPERA DE NATAL!
- Gina, eu...
- "GINA" É O ESCAMBAU! Eu não... EU NÃO ACREDITO NISSO!
- Ótimo! - ele disse levantando com fúria, e foi só ai que Gina percebeu que tinha levantando e estava gritando no meio do escritório - Eu não preciso do seu consentimento! Não estou pedindo a sua permissão! Eu realmente sinto muito, mas a viagem surgiu de última hora e eu não posso prejudicar o ministério por causa do seu mimo!
- MIMO! - ela gritou histérica - É NATAL, POTTER! Época de passar com a família, e não trabalhando!
- Poupe-me das suas tradições exageradas, Gina!
Ela deixou cair o queixo, sem ação. Não era Harry que estava falando aquilo, era? Não podia ser!
- CERTO, HARRY! VÁ PARA O INFERNO, ENTÃO, E EU ESTOU POUCO LIGANDO!
- E EU MENOS AINDA!
Ela saiu do escritório e bateu a porta com força, a corrente furiosa de ar fazendo sacudir as janelas e as portas. Se enfiou no quarto e bateu a porta, a trancando com o feitiço mais poderoso que conseguiu pensar. Se jogou na cama, borbulhando com uma raiva explosiva e incontida. Derrubou tudo de cima dos criados mudos com patadas, gritando seu ódio.
Quando tudo já estava no chão, ela levantou e foi para o banheiro, olhar o seu reflexo com fúria. De repente os pensamentos ficaram lógicos. Era como se soubesse dos sintomas do seu casamento, mas não fosse capaz de especificar a doença. Num estalo, sabia com quem falaria para resolver o seu problema.
- D&G -
- Então ele lhe deu uma pulseira cara sem nenhuma data comemorativa?
- Sim.
- E ele começou a tratar você de uma maneira esquisita?
- Sim.
- E ele está saindo de casa muito cedo e chegando muito tarde?
- É.
- E fica superprotegendo você?
- Eu diria super-abafando.
- E quando você disse que as coisas estavam mudando, ele ficou nervoso e disse que era coisa da sua cabeça?
- É.
- Ele implorou seu perdão quando brigaram pela primeira vez, com um gesto exagerado?
- Ele infectou a casa da Tina com aquele cheiro horrível.
- Ele está frio com você?
- Ele não olha mais nos meus olhos.
- Ele vai... - o loiro fez uma careta - viajar à negócios?
- Sim.
- Ah, Gina! - Collin explodiu, batendo as mãos na mesa com impaciência - Está tudo tão óbvio!
Gina fez cara de choro, respirando fundo e revolvendo sua frustração. Ela não estava achando mais nada óbvio. Acordara com a mente bloqueada e novamente os sintomas iam batendo uns com os outros e o nome da doença que afetava seu casamento se recusava a tomar forma em seus pensamentos.
E então, ela tinha recorrido à Collin. Ele era seu amigo há anos, e ela não conhecia no universo ninguém melhor que ele para classificar uma crise, principalmente as amorosas.
Agora ambos estavam numa pequena lanchonete numa galeria de lojas no centro da cidade, discutindo a situação. Gina fizera questão de desabafar cada mínimo detalhe dos problemas que a perturbava e a confundia, e mesmo depois de repetir tudo, nada estava completamente óbvio, como a expressão dele lhe sugeria.
- Collin, meu amor, você pode ser mais claro?
- Sim - o loiro disse sentando reto na cadeira - mas ai eu seria direto demais, e eu tenho pena de você.
- Certo - a ruiva disse impaciente - mas eu preciso saber!
- Hmm - o amigo franziu os lábios finos, e empurrou o copo de Gina para perto dela - certo, beba um pouco de água.
Gina rolou os olhos e bebeu. Sabia que se não fizesse o que ele estava mandando, ele a enrolaria ainda mais.
- Relaxe.
- Collin... não me irrite...
- Talvez eu deva amarrar você, isso me parece algo seguro a se fazer...
- Collin!
- Certo. Eu ainda não sei como você não percebeu isso, Gina. Eu estou pasmo. Eu teria desconfiado a séculos. Bom... então, eu sinto muito, Gina... de lhe dizer... mas o seu marido perfeito, ele está... traindo você.
Gina franziu as sobrancelhas ruivas. Por um momento, ela era a própria imagem da pura surpresa.
- Harry o quê? – balbuciou, aturdida.
- Ah, querida... - ele passou a mão no queixo dela, que estava estática, processando rapidamente - está tudo tão óbvio... eu sinto tanto... mas essa é a minha conclusão e bom... esses são os sintomas... nunca pensei que o Harry pudesse, mas...
- Oh, meu deus, Collin - ela olhou para ele de modo urgente - Oh meu deus... oh meu deus... OH MEU DEUS!
Ela levantou de vez, fazendo ir ao chão sua cadeira de madeira com um baque que atraiu de graça a atenção da lanchonete. Collin viu o rosto dela começar a corar...
- Gina, não...
- AQUELE DESGRAÇADO! ESTAVA NA MINHA FRENTE O TEMPO TODO E EU NÃO ENXERGUEI! COMO EU SOU BURRA! BURRA, COLLIN, BURRA!
- Não, você só...
- AQUELE FILHO DA PUTA!
- Eu não acho que a Lílian tenha nada haver com isso... - o loiro tentou amenizar, segurando os braços dela, mas Gina se soltou, enlouquecida.
- EU CONFIAVA NELE! COMO QUE ELE PÔDE, COLLIN? DESCARADAMENTE! E ELE FICAVA DIZENDO QUE ME AMAVA! AMAVA UMA OVA! TANTANDO ME ENGANAR! COM AQUELE PAPO FURADO E ESSA PULSEIRA IDIOTA!
- Gina, pára, se controla, tá todo mundo olhando...
Gina estava vermelha como molho de tomate, espumando, gritando à todo pulmão e naquele momento, arrancando com raiva a pulseira do braço e jogando longe.
- E ME TROCOU POR UMA VAGABUNDA QUALQUER! ELE VAI... ELE VAI PAGAR TÃO CARO! (Ah, com certeza q vai, eu tbm faria...)- ela trincou os dentes, com um olhar cruel - ELE VAI SE ARREPENDER DO DIA, VAI, AH, EU VOU MATAR ELE, COLLIN, VOU BATER TANTO NELE, EU VOU...
- Vem, vamos sair daqui... - ele estava tentando puxá-la, as pessoas estavam simplesmente de olhos fixos nos dois e alguns até riam. E Gina arrancou seu braço da mão dele.
- Collin - ela disse abruptamente - eu vou matá-lo.
- Não vai nada! Você não vai fazer nada agora, garota, vai se acalmar!
- ME LARGA! EU VOU ATRÁS DELE! SE PRECISAR EU VOU ATÉ O INFERNO QUEBRAR A CARA DELE EM MUITOS PEDACINHOS NOJENTOS! AHHHHHHHHHHHH! - ela disse de repente - ELE NÃO PER DE POR ESPERAR!
- Gina, que é que você vai fazer? Não vai fazer nenhuma besteira, ruiva maluca!
- EU VOU DEVOLVER NA MESMÍSSIMA MOEDA! - ela agora estava gargalhando descontroladamente, como uma possuída - ELE VAI SE ARREPENDER TANTO! AHHHH!
- Gina, o que você vai fazer?
- Você vai ver, Collin! - a ruiva exclamou, se afastando com passos para trás - Você vai ver!
E antes que Collin pudesse agarrá-la ou impedi-la Gina aparatou.
- D&G -
A loira sentiu a mão forte do rapaz subindo a barra da sua minissaia jeans. Ela já tinha falado quinhentas vezes aquilo, mas repetiu:
- Não, Blaise... aqui não...
Talvez ele não estivesse levando a sério porque aquilo soava mais como um gemido, enquanto Lya sentia o corpo quente de Blaise pressionando o seu contra a parede fria de mármore do saguão ou a boca dele beijando seu pescoço com avidez e as mãos passeando por suas coxas.
- Blaise, pare... vá embora... você disse que tava de saída...
- Eu já estou indo - ele ofegou, rindo contra a pele dela e a fazendo arrepiar - só um momento...
Ela estava começando a rir também quando alguém aparatou no saguão. Lya levou tal susto que afastou o namorado com um empurrão.
- Gina! - a garota exclamou alarmada, arregalando os olhos de espanto - Isso é um prédio trouxa, você não pode ficar aparantando e...
Lya percebeu uma cólera intensa estampada no rosto muito vermelho da ruiva e seus dentes trincados, os cabelos revirados.
- Sua irmã! - disse Gina apontando o dedo para Lya e a fazendo dar um pulo para trás - Ela está lá em cima, não é?
- Sim, mas... - balbuciou a loira, estagnada.
- ÓTIMO! - a ruiva praticamente gritou, se dirigindo ao elevador e socando o botão.
- Mas Gina, espere! - Lya completou, recuperando a fala - Bata em vez de derrubar a porta, ela está com visita!
- QUE SE DANE! - disse Gina, entrando no elevador que mal acabara de abrir e sumindo de vista.
Lya e Blaise trocaram olhares confusos. A garota podia ouvir Gina gritando e dando pancadas no elevador enquanto ele subia e, de alguma forma, estava pressentindo problemas.
- D&G -
Gina saiu do elevador pisando forte, praguejando alto e, ao chegar na porta do apartamento de Tina, bateu com tanta força que sentiu os nós dos dedos estralarem. Ainda estava praguejando e pela segunda vez em poucos dias, quase bateu na cara da uma moradora daquela casa, após a porta ser bruscamente aberta.
Tina lançou um olhar escandalizado para a ruiva na sua frente, enquanto a mesma via a dona do apartamento toda molhada, enrolada numa toalha e com o cabelo preto e encharcado colando no colo e pescoço.
- Que é que você está fazendo aqui? - Tina quase gritou, escandalizada e pasma ao extremo. - Gina eu não...
- ONDE ELE ESTÁ?
- "Ele" QUEM? - a morena arregalou os olhos, o batimento cardíaco falhando.
Gina respirou fundo, mas não adiantou. O cheiro que vinha do apartamento de Tina era conhecido, era familiar, idêntico ao cheiro de Harry. A ruiva se chutou mentalmente, sabia que estava ficando doida, que queria que ele estivesse próximo de suas mãos para matá-lo, e ignorou aquela impressão, e também o fato de estar tendo delírios olfativos.
- Me diga! Ele falou que você sabia! - ela agarrou a mulher pelos ombros - SÓ ME DIGA!
- Ele quem! - Tina repetiu desesperada, quase tendo um enfarto - Eu não sei do que você está falando!
Gina falou o nome de quem estava procurando, quase cuspindo. Tina arregalou os olhos, surpresa.
- Bom... - disse sem fôlego - você não precisar andar muito...
A outra lhe lançou um olhar rascante e Tina recuou.
- Vá... hmm... procure no apartamento 903.
Foi a vez de Gina arregalar os olhos.
- Ok! - disse com avidez. Tina piscou, e no momento seguinte, Gina já seguia à passos firmes pelo corredor novamente, murmurando coisas furiosas e sem sentido, e a morena suspirou, tensa.
- D&G -
A próxima porta na qual bateu não foi em menor mas em maior intensidade. Enquanto esperava, respirando muito forte, ela passava rápido a mão no cabelo e no rosto, limpando as lágrimas de raiva, mas era incapaz de se acalmar. Até mesmo suas mãos estavam formigando.
E alguém abriu a porta.
Ela cravou os olhos fundo nos olhos dele, e ainda assim pôde vê-lo por completo. A calça cinza do moletom; o casaco do moletom com os botões todos abertos, revelando uma faixa dos músculos de seu peito; o cabelo loiro caindo pela face, o ar angelical que aquilo lhe dava; e a boca vermelha de frio, entreaberta, surpresa.
- Virgínia!
Ela não esperou, nem respondeu. Antes de qualquer reação de Draco, ela cravou as mãos em seu pescoço alvo e colou a boca úmida nos lábios dele com uma fome incalculável, um desejo refletido em sua fúria, e o beijou tão intensamente quanto desejara desde que ele se despedira de si, ao que parecia uma eternidade atrás.
FIM do CAP
N/B: Cap mais perfeito da fic até agora, e até q foi bem grandinho... Finalmente a Gina descobriu, qm será a amante? Ganha um doce quem descobrir... E eu nem preciso dizer o q vem no próximo cap (NC), então se vcs querem o cap bem rápido é só mandar REVIEWS q ele chega bem rapidinho e super perfeito!
Bjinhos, Lou Malfoy!
N/B: Eis meu cap preferido dessa fic toda! E o Collin simplesmente arrasa! Graças a Merlin ele fez a Gina enxergar o que estava tão ÓBVIO e ela era tão cega pra ver! Eu também amo os barracos desse cap e o Harry completamente confuso! E tenho uma pena horrível da Tina, pobrezinha, que está enrolada nessa história toda... bom, sobre quem é a amante, só a Gina não reparou, né!
Agradecimentos: DD Black Malfoy (é tão cruel ler e não comentar... sua garota má! Eu perdôo por ter aparecido agora! Eu me acabei de rir com "Ginny Pontas", rsrs. AMEI seu coment, não deixe de aparecer!), Lou Malfoy (É, eu sei que suas partes preferidas sempre envolvem o Blaise ou vc mesmaa... vc é uma fofa! E uma beta perfeitosa!), Driste (Ai, não fala mal do meu baby Harry... e por mais que eu demore, não vou parar de escrever não, pó deixa ), Fabri (a Lou/Lya é uma sortuda mesmo... e ainda se vangloria horrores com isso, rs. E as suas idéias não são nada malucas, pode crer!), Rafinha (O Harry é um marido ótimo... eles só não se combinam! Pode deixar que eu vou providenciar a capa de LE... Espero que goste desse cap e sinceramente espero que goste do próximo, pq se vc gostar, eu gosto tb!).
Bom, pessoas, minha última declaração é que o próximo cap eh NC e eu estou providenciando...
Beijos! Obrigada a quem comenta e tb a quem lê e não comenta e que tenho certeza de que vai comentar, não é mesmo? Ótimo!
Bye, Ly Anne Black.
