Destino Inevitável

- Hoje a gente podia ir para a praia, não é, Brian?

- Certo... Você vem, pai?

- Só hoje, temos que voltar cedo, vou apresentar o projeto para a empresa.

- Ok!

Então saíram como sempre saíam, para a praia, com o carro novo que o Sr. James havia comprado com o trabalho que agora rendia mais do que nunca.

- Hey, B., Leon.

- Hã? O que você disse? Por que você não se senta logo, Brian? Você está de pé desde que chegou! – o pai de Brian saiu andando com o filho – Ah, espera, então... Isso é que... ele...?

- Oi, maninho! - disse Leon, com o sorriso sarcástico que já fazia tão facilmente - Brian, não precisa fingir. Aquele beijo público no McDonald's foi suficiente para saber que você de fato mudou seus interesses sexuais, pelo visto! – Brian virou-se, alarmado. – Vai ser legal matar alguém em público, para variar... Mais adrenalina. – o coração de Tucker acelerou-se – Concorda?

Três. O pai de Brian largou as coisas no chão e correu em direção a Leon.

Dois. Brian correu em direção a Tucker, o mais rápido que pôde.

Um. Tucker levantou-se e ergueu os braços.

- Ande logo com isso. ME MATE! – gritou.

Tiro.

Tiro.

Tiro.

Tiro...

Pessoas gritando, correndo para todos os lados. Um homem de meia idade berrando no chão com uma mão ensangüentada. Dois jovens abraçados. Um jovem com um revólver na mão, pela primeira vez em sua vida, arrependido por ter usado-a. Sua mão tremia, estava paralisado... Mas não sabia o por quê, se matar já havia se tornado tão fácil para ele.

- Tucker, não se esqueça de mim...

- Não...

- Lembre-se que eu...

- Não...

- Te amo mais que tudo. – os olhos se fecharam. As pernas cederam. Tucker não suportou o peso e caiu junto, ajoelhado, com o namorado. Lágrimas misturavam-se ao sangue, e à areia fina e esbranquiçada da praia que agora jazia deserta. Estava morto. Para sempre. Tucker ficaria sozinho de novo. Como um dia, achou que merecia...

- NÃO! – berrou. Se sentia inútil. O garoto arrependido ainda tremia, olhava com a maior culpa de sua vida o resultado de suas atitudes alucinadas.

- M-maninho... Brian... não... – Tucker olhou para ele, ódio mesclando com tristeza nos olhos verdes. – Era só você que eu ainda...

- Você! Não acredito...!

- Eu não queria...

- Você o matou!

- Eu o amava, muito...

- Desgraçado! – Tucker tirou o revólver do braço de Leon e mirou-o para o dono. Restava uma única bala. Tucker apertou um pouco o dedo, lutando contra a própria consciência.

- Não faça isso... – disse o pai de Brian, ao lado, tentando estancar o sangue. Mas não era apenas ele... Brian, Brian também disse! Em sua mente... "Soul Society, lá vou eu... Como será que é lá? Tucker..." Tucker abaixou o revólver e olhou o corpo de Brian, serenamente deitado. Levantou Allan e foi pegar Brian. Brian... morto... Não havia um sentimento pior do que o sentimento de ser inútil, dispensável... De ter sido um pai terrível.. De não ter cuidado deles para que tivessem uma vida que mereciam.

- Nunca mais apareça na minha frente, Leon Richard. – disse Tucker, apontando Leon – Nunca mais.

- Eu... não aparecerei. Nunca... mais. – disse Leon, com dificuldade. Pegou a arma na areia, tremendo incrivelmente, e apertou o gatilho em sua orelha... Mas... nada. – FUNCIONA! FUNCIONA! EU NÃO MEREÇO MAIS VIVER! – Apertou, apertou, apertou o gatilho... Começou a chorar, o desespero tomou conta de sua cabeça. Mas uma hora, a bala funcionou... E a vida dos irmãos Brian e Leon Richard encerraram-se ali, na praia mais famosa do Rio de Janeiro.

E praticamente sozinho e deprimido, Tucker enfrentou quatro anos, tentando trazer de volta, de todas as formas, a pessoa a quem mais amara em toda a sua vida.

- Soul Society... É pra lá que eu vou!

N/A: é... acabou! Pequena, a história, mas é isso aí:P

Continuação? Não sei, o que acham? Um Tucker de 17 anos será capaz de ir ao mundo dos mortos só para buscar o amor de sua vida de volta? Suas Reviews decidiram o futuro do casal!

Leiam a dedicatória! xP

Dedicatórias: eu dedico essa história aos meus amigos, que sem perceber me ajudaram a criá-la, essa história que para mim foi uma experiência incrível. Eu dedico essa história ao Bruno, que foi a primeira pessoa a lê-la e comentá-la, e me incentivar a continuar. Eu dedico aos fatos que acontecem em minha vida, sejam bons ou ruins, porque eles me deram a criatividade o suficiente para escrever algo que eu me senti bem em escrever, afinal, uma história, para ter um conteúdo envolvente, tem que ter um escritor que teve ao menos um pouco de experiência de vida, não é mesmo? E por último, mas não menos importante, dedico essa história aos Animes que a inspiraram: Bleach, xXxHolic, Air e Gravitation. Talvez hajam outros que eu nem percebi, ou nem me lembrei. É isso. Espero que tenham gostado!