Amando Você
Um presente para alguém especial. Otanjoubi omedetou, Naru! o/
CAPITULO 1
Chuva
Uma inútil, é isso o que eu sou. Uma completa inútil...
#-#-#-#-# Flash Back #-#-#-#-#
O carro esporte prata corria a toda velocidade na auto-estrada.
Atrasada. Atrasada. Tudo o que eu não precisava!
A paisagem ao lado parecia correr aos olhos de quem podia observá-la de dentro do carro. A garota ao volante permanecia com os olhos fixos na estrada a sua frente. Ainda se perguntando o porquê de não ter saído daquele sítio na noite anterior. Ela sabia que na manhã seguinte teria uma reunião importante com o seu cliente.
– Merda, sempre faço tudo errado...
O silêncio do carro foi quebrado quando seu celular tocou. Pegou-o de dentro da bolsa e, acionando o viva-voz, atendeu.
– Sim? - disse com um tom de voz sério já sabendo, sem ao menos olhar o visor do celular, quem estava ligando.
– Rin, onde você está?
– A caminho.
– Quanto tempo mais você precisa para chegar aqui?
– Mais vinte minutos. Ah... Sesshy? - ela falava agora com a voz um pouco infantil.
– Fale.
– Por que não me acordou mais cedo? Até onde eu me lembre você não voltou para a cidade à noite.
– Você estava tão bonita dormindo que eu não resisti em deixá-la descansando por mais tempo. Além do mais, você precisa aprender a levantar sozinha.
A única resposta dela foi fechar a cara e se despedir, desligando o telefone logo em seguida.
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Vinte minutos depois lá estava ela subindo o elevador e tentando, quase que inutilmente, ajeitar o cabelo. Estava atrasada e tudo o que menos queria era chegar totalmente desleixada e causar má impressão. Quando as portas de metal finalmente se abriram ela se dirigiu, quase correndo, a sala em que sabia que a aguardavam.
Parou em frente as enormes portas de carvalho e abriu-as para encontrar dois homens a esperando. Um era Sesshomaru, para o qual sorriu, o outro era Kouga do qual recebeu um aceno de cabeça e retribuiu o gesto com outro. Dirigiu-se a cadeira que era apontada por Sesshourmaru e sentou.
– Bem senhores, acho que podemos dar inicio a reunião.
– Que já deveria ter começado há mais de meia hora. - disse Kouga rolando os olhos, indicando o quanto estava entediado com tudo aquilo.
Ela apenas o olhou atravessado. Definitivamente aquele não estava sendo um bom dia.
Que culpa tenho se moramos longe? Pirralho abusado...
Notou que Sesshoumaru lançava-lhe olhares preocupados e achou melhor começar logo a reunião.
Quanto mais cedo começar, mais cedo terminaremos e poderei ir para o meu escritório.
– Bem Senhor Yamamiya a audiência com o juiz esta marcada para amanhã. O seu caso não é dos melhores, mas com um pouco de sorte conseguiremos que o senhor seja absolvido.
– Sorte? Não estou pagando os melhores advogados de Tokyo para ser absolvido por um golpe de sorte. Não estou pagando seus honorários à toa, senhora Akai.
Rin olhou para ele como quem olha para uma barata. A única vontade que ela tinha era de matá-lo e de preferência que fosse esmagado com o pé
– O Senhor precisa entender que um caso de desvio de dinheiro do ministério público não é nada fácil de ser resolvido. Ainda mais quando existem tantas provas contra o senhor.
– Não quero saber. Estão sendo pagos para que eu seja inocentado e é isso o que farão, entenderam?
Rin apenas ficou calada e encarou Sesshoumaru. Ele logo entendeu que se não terminasse aquela reunião imediatamente ela pularia no pescoço de Kouga e, definitivamente, não seria algo interessante.
– Senhor Yamamiya acho que podemos dar essa reunião por encerrada. - disse Sesshoumaru, sorrindo como se estivessem falando de algo casual. - Entraremos em contato com o senhor assim que tivermos uma data e maiores informações. - terminou e estendeu a mão para apertar a do jovem a sua frente.
– Assim espero senhor Akai, passar bem. - disse se virando e saindo da sala.
Viu-o passar por Rin e sair sem falar com ela. E ele viu, pela expressão aborrecida no rosto dela, que ela não se importava com aquilo.
– Aaahh... Não acredito que ainda estamos cuidando do caso desse fedelho abusado. - disse Rin erguendo os braços preguicosamente.
– Não devia ter dito aquilo para ele Rin. - disse Sesshoumaru, olhando-a seriamente.
– Aquilo o que? Que ele não deveria ter muitas esperanças de ser absolvido? Eu só falei a verdade. - disse levantando-se e indo até a janela a fim de olhar a chuva que agora caia lá fora.
Ele olhou-a novamente. Ela estava naqueles dias. Sempre era assim. Ela ficava mal humorada e nada saia como planejado. E ele sabia que teria que tomar cuidado com as palavras quando resolvesse conversar com ela.
– Rin. Acho melhor você ir pra casa e descansar, ama...
– Não. Estou muito bem aqui e preciso trabalhar. Não quero ficar em casa fazendo nada.
– Rin você...
– Eu não quero discutir Sesshoumaru. - disse entre dentes virando-se para encará-lo.
A única coisa que ele conseguiu fazer foi fechar os olhos e contar ate dez. E então falar:
– Ótimo. Só não exploda o prédio ou tente matar alguém nos corredores.
– Ora...
Ela apenas abriu a boca, mas nenhum som saiu de dentro dela. Virou-se e se encaminhou em direção a porta.
– Não sei que horas chego em casa. Tenha um bom dia. - disse fechando a porta com força.
Sesshoumaru apenas suspirou e olhou para a janela.
– Espero que isso acabe logo.
Apenas quero a minha doce Rin de volta.
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Rin fechou a porta do carro com forca e saiu a toda velocidade do estacionamento.
Ele não precisava ter falado comigo daquele jeito. Não sou nenhuma criancinha que precisa ser regulada o tempo todo.
Em pouco menos de dez minutos já estava na estrada rumando para casa.
Olhou para a estrada a sua frente. A chuva continuava a cair torrencialmente.
– Droga. Eu não devia ter me levantado hoje, não devia.
Acelerou o carro um pouco mais. Queria chegar logo em casa. Dormir, relaxar e quem sabe depois, quando acordasse, ela não estaria melhor?
Assustou-se quando viu um cachorro a poucos metros a sua frente.
Tentou frear, mas a pista estava muito escorregadia. O carro derrapou e então...capotou...uma...duas...três vezes...até parar de cabeça para baixo do outro lado da pista. Sentiu uma pontada na cabeça e uma dor insuportável na coluna, olhou para fora e viu a grama verde ao lado do asfalto.
E isso foi tudo o que viu e sentiu antes de cair na mais completa escuridão.
#-#-#-#-# Fim do Flash Back #-#-#-#-#
Abriu os olhos novamente e olhou para a janela.
Mais uma vez as lembranças daquele dia a perseguiam.
Até quando ia ser assim? Até quando suportaria tudo aquilo?
Moveu o controle da cadeira, aproximando-se mais da janela.
Foi em um dia de chuva como aquele.
Fechou os olhos novamente tentando controlar a raiva que crescia dentro de si.
Agora não passo de uma completa inútil...
Abriu os olhos novamente e fez a única coisa que podia naquele momento.
Viu a chuva cair.
Olá!
Espero que a senhorita esteja gostando do que está lendo, Naru.
Não me pergunte de onde saiu essa idéia maluca, mas acho que dará um bom fic.
Até o próximo capítulo.
E para aqueles que lerem o fic e se sentirem a vontade para mandar review ficarei feliz em recebê-la.
Kissus e ja ne
Leila
