Título: Algemas
Autora: Ivi
Beta: Tachel Black. Obrigada, querida!
Classificação: Conteúdo Adulto (R)
Par: Sirius Black, Remus Lupin
Avisos: Slash, yaoi, lemon.
Disclaimer: Todos personagens são da J.K. Rowling.
Referente a palavra nº 32 da minha table escolhida pela Celly que ganhou o segundo joguinho.
Algemas
- Sirius Black, o que você fez?
A voz de Remus, normalmente tão calma e controlada, mal disfarçava a raiva. Sirius sabia que estava em encrenca só pelo modo como ele disse seu nome.
- Nada demais, Moony. Eu apenas estava vendo como esse negócio funcionava. – Sirius falou, despreocupado.
- E tinha que testar na gente? – A expressão de Remus era de pura descrença. – Se queria fazer uma estupidez dessa, podia ter feito só em você e não me envolvido.
- Nossa, Moony. Você está nervoso à toa. Com um simples alohomora, eu abro isso.
Sirius pegou a varinha e fez o feitiço. Para sua surpresa, o objeto permaneceu fechado.
- Pelo visto, não estava prestando atenção à aula mais uma vez, não é?
- Claro que não. Essa aula é muito chata. – Sirius respondeu, ainda tentando abrir o 'negócio'.
- O que ficou fazendo enquanto o professor explicava que não era possível abrir com magia? – Remus falou, segurando sua mão para impedi-lo de continuar lançando feitiços. – Já sei, estava olhando as Corvinais novamente.
Sirius se remexeu, desconfortável. Nunca iria admitir para o amigo que tinha passado grande parte da aula apenas olhando para ele, reparando na forma como franzia a testa quando estava concentrado ou na letra caprichosa. Quando o professor falou que alguns trouxas pareciam usar o objeto para atividades eróticas - o que acabou custando uns 15 minutos deaula onde os adolescentes de 16 anos o crivaram de todo tipo de pergunta – Sirius simplesmente preferiu imaginar como poderia utilizá-lo e quando notou já estava fantasiando com Moony gemendo seu nome e...- 'Pare com isso, Sirius' , pensou tentando afastar as imagens tentadoras que estava tendo com as mãos de Remus.
- Ah, Remie. Há tantas coisas mais interessantes para se fazer durante essa aula.
Viu Remus inclinar a cabeça de leve e o olhar como se tivesse vendo um livro particularmente interessante.
- Eu nunca entendi porque decidiu fazer Estudo dos Trouxas, Paddy. E continuo sem entender.
- Mas não é nenhum segredo. Entre Adivinhação e E. T., eu achei que a última seria mais fácil e interessante. Além disso, saber que iria irritar profundamente minha família pesou bastante na decisão.
Remus sorriu de leve, antes de dizer:
- Tá explicado. Pois você deveria se concentrar mais nas aulas. Assim, teria ouvido a explicação do professor sobre o perigo de artefatos trouxas azarados.
Sirius fez uma careta. Só esperava que Remus não resolvesse contar toda a aula para ele. O amigo continuou:
- E saberia que essas algemas foram alteradas. Não abrem com chave ou magia.
Esperou que ele continuasse, mas pelo visto já tinha acabado. Sirius perguntou:
- E como nós as abrimos, então?
- Não abrimos.
- O que? Como assim?
- A pessoa que fez isso achou que seria divertido não ter como abri-las. A própria algema 'decide' quando irá se abrir. O Sr. Hopkins contou que o último trouxa que a usou passou mais de dois anos com ela. Que nenhum artefato trouxa ou mágico conseguiu quebrá-la ou abri-la.
Por um momento considerou que Remus estava brincando. Olhou para ver se via algum sinal na expressão dele, mas logo descartou a idéia. As 'marotagens' dele eram mais refinadas e raramente se voltavam contra os companheiros. Ficou mortificado. Pensar em passar tanto tempo ao lado de Moony era terrível. Ia acabar cometendo uma loucura como agarrá-lo e beijar cada pedacinho daquele corpo até não saberem mais os próprios nomes.
- Dois anos? Não posso passar tanto tempo preso a você. – A voz de Sirius soou levemente desesperada.
Viu o rosto de Remus se fechar e uma seriedade muito maior que o normal surgir. A voz dele soou sombria, ao dizer:
- Sirius ninguém, em sã consciência, iria querer passar tanto tempo comigo. Menos ainda estando preso por algemas a um lobisomem. A Lua cheia não demora.
- Calma, Remus. Nós vamos resolver isso antes. – Sirius falou também sério. Estava preocupado com o amigo. Teve uma idéia e não escondeu o tom animado quando disse: –Ei, já sei.
- O que...? Ai, quer arrancar meu braço? – Remus reclamou passando a mão pelo braço direito que estava preso ao esquerdo de Sirius.
Com uma expressão derrotada, Sirius voltou ao normal. Pensou que, ao se transformar em cão, a algema se alargaria e conseguiria se soltar. No entanto, ela havia se encolhido para ajustar a pata. Só tinha conseguido ficar pendurado, puxando o braço de Remus.
- Desculpe, Moony. Achei que seria uma boa idéia.
- Sirius, poderia me fazer um favor já que estamos presos? Quando tiver mais alguma idéia, poderia discuti-la comigo antes de agir? Por causa de suas idéias, ficamos depois da aula para arrumar a sala. Porque não presta atenção, estamos presos por uma algema que não abre. Além disso, eu fiquei com a mão direita presa. Precisarei de sua colaboração toda vez que for fazer magia. Acho que já fez muito, não é?
Sirius resolveu não contestar. Remus estava certo e podia fazer sermões insuportáveis quando assumia a postura de 'Monitor em ação'.
- Acho melhor procurarmos o professor e ver se ele tem como nos ajudar.
- Não. – Sirius quase gritou.
- Como não? Não podemos continuar presos um ao outro.
- Moony, por favor. Eu passei o último mês em detenção. O Sr. Hopkins vai adorar me colocar novamente, se souber o que fiz. Ainda que você assuma a culpa, sabe que ele não perderia essa chance. Por favor. – Sirius fez sua melhor cara de cãozinho abandonado. – Eu prometo te ajudar a encontrar uma solução.
- Tá bom, Paddy. Nós não vamos contar nada. Por enquanto. Se não conseguirmos achar uma saída, não teremos alternativa.
Sirius evitou sorrir e fazer a dança da vitória e concordou com Remus. Voltaram a arrumar a sala, gastando o dobro do tempo que levariam devido aos constantes desencontros. Quando terminaram, deu um suspiro aliviado e disse:
- Pelo menos era a última aula do dia. Não vejo a hora de poder me jogar em um sofá, sem ter nada para fazer. Vamos, Moony.
Permaneceram calados todo tempo até a Sala Comunal.
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Remus apoiou a cabeça na mão esquerda. Sentia o corpo todo dolorido, os ombros e a coluna completamente rígidos devido à tensão. Evitou um gemido. Sirius tinha tentado se afastar mais uma vez e a pele do pulso do braço direito já estava começando a ferir devido aos constantes puxões. Quando chegaram a Sala Comunal, foram direto para o quarto onde contaram tudo para Prongs e Wormtail. Remus esperou pacientemente que os amigos terminassem a crise de riso e as piadinhas.
Felizmente, ao notarem que não era brincadeira, pararam e resolveram ajudar. Prongs deu algumas sugestões – ineficazes – mas se limitou a isso, a detenção dele ainda não havia terminado e ele precisou sair em seguida. Assim, Remus arrastou Sirius e Wormtail para a biblioteca de onde quase foram expulsos, pois Padfoot não ficava quieto um minuto. Saíram de lá com os braços carregados do maior número de livros que Remus e Wormtail conseguiram selecionar em tão pouco tempo.
Na Sala Comunal, foi ainda pior: todas as garotas dos últimos anos foram conversar com Sirius. Era a primeira sexta-feira livre depois de um mês inteiro de detenção, então, toda hora alguém vinha propor algum programinha. Remus quase rosnou e lançou um olhar ameaçador ao amigo quando esse começou a se afastar. Sirius acabou inventando uma desculpa qualquer, alegando que estava sendo ajudado com um trabalho das detenções que ainda tinha de entregar. Remus até tentou lançar um feitiço de silêncio para ver se conseguia se concentrar, mas desistiu quando o braço foi puxado mais uma vez, quase o derrubando da cadeira.
Agora, estava com a cabeça doendo horrivelmente e sua paciência já tinha desaparecido há muito. Se ouvisse mais uma risadinha estúpida, seria capaz de estuporar o autor. Tentava relaxar, mas era inútil. Estava furioso, preocupado e muito, muito frustrado mesmo. Sentado no chão do banheiro, cada vez que sentia a água escorrer pela mão presa a de Sirius, tentava evitar a série de imagens do amigo, nu, tomando banho ao lado.
Sirius não contribuía em nada, chamando sua atenção quando começava a cantar. No início, até tentou fazer Moony cantar também, mas desistiu quando não obteve resposta. Remus não conseguia entender como podia ter acabado numa situação tão ruim. Ou melhor, ele sabia sim. E só por isso, não tinha azarado Sirius ainda. Tinha tanta culpa ou mais que o outro. Se não fosse sua idiotice, nada daquilo teria acontecido. 'Mas não. Vamos aproveitar o calor da mão de Paddy e fingir que nada está acontecendo. Bem feito.' Quando Sirius estava colocando a algema, suas mãos tinham se encostado e Remus não percebeu o que acontecia, procurando desfrutar do contato. 'Burro, burro, burro.'
Sua auto recriminação foi interrompida, assim como toda a capacidade lógica para pensar, quando Sirius saiu do chuveiro, enrolado numa toalha minúscula. Tentou não olhar, mas foi impossível. Observou, fascinado, uma gota escorrendo pelo peito liso e moreno. Acompanhou o trajeto dela pelo abdômen do rapaz, pensando se Sirius ficaria muito chocado se ele recolhesse aquela gotinha com a língua. Começou a se aproximar lentamente e ...
- ... por que não faz isso. Moony?
Com dificuldade, Remus parou de olhar a gota, sem saber se tivera coragem de fazer a pergunta em voz alta. Em choque, notou a preocupação no rosto de Padfoot e quando ele se abaixou, abrindo a toalha perigosamente. Recorreu a todo alto controle que ainda possuía para manter os olhos fixos nos de Sirius e não dar nem uma espiada para as coxas que agora estavam muito perto. Nem para o que a toalha já não escondia mais.
- Moony, você tá bem? Eu estava falando para você tomar um banho e relaxar, mas se tiver passando mal, eu me troco e vamos à enfermaria.
Com a voz um pouco mais rouca que o normal, Remus respondeu:
- Não, eu estou bem. Um banho é tudo que preciso. – 'de preferência, bem gelado' completou mentalmente
Sirius se ergueu e estendeu a mão para ajudá-lo. Agradeceu a todos os deuses pelas vestes de Hogwarts serem largas, pois, ao contrário, teria passado muita vergonha. Pegou suas coisas e entrou no box. Despiu-se e ligou o chuveiro. Tentava não lembrar que, a poucos passos, Sirius estaria se vestindo. Sentia a movimentação do outro apesar do cuidado dele em não usar muito o braço esquerdo. Bastaria um simples puxão mais forte e ele estaria ali, fazendo-lhe companhia. Mordeu o lábio para sufocar o gemido de frustração. Procurou pensar em coisas chatas, mas quase começou a bater a cabeça na parede de raiva quando percebeu que estava pensando em Astronomia. Especificamente em constelações. Mais precisamente ainda, em uma estrela.
Sirius que parecia ter se cansado de ficar em silêncio, começou a conversar com ele. Não ia ter jeito mesmo.
- Paddy, pode me entregar minha varinha? Está sobre a pia. – Remus falou, colocando o braço para fora.
- Claro, mas por que precisa dela?
Quando sentiu a madeira em torno de seus dedos, deu um suspiro de alívio. Sem responder nada, apenas lançou um feitiço de privacidade. Mesmo com parte do braço de Sirius dentro do box, este não poderia ver ou ouvir nada que acontecia lá dentro. Transferiu a varinha para colocá-la junto ao sabonete e passou a mão esquerda pelo próprio corpo. Daquela vez, teria de ser rápido. Padfoot era um excelente desfazedor de feitiços. Envolveu a própria ereção e passou a deslizar a mão para cima e para baixo, com movimentos precisos. Mantinha os olhos fixos na mão de Sirius. E foi imaginando que era tocado por ela e com a sensação de perigo em ser descoberto pelo objeto de seu desejo, que Remus gozou.
Continuou o banho se sentindo bem melhor. Não havia qualquer sentimento de culpa pelo que acabara de acontecer. Tivera muito tempo para se acostumar a isso desde a primeira vez que percebeu o interesse por Sirius, no quinto ano. Diante da confusão que seus sentimentos se tornaram, a culpa por ser masturbar pensando no amigo era a menor e o mais inútil deles. Portanto, resolveu aprender a conviver e aceitar isso. Tornava apenas mais suportável o desejo que sentia pelo outro rapaz.
Além disso, havia tantas outras culpas e receios com as quais tinha de conviver: por trair a confiança de Dumbledore todos os meses quando os amigos se arriscavam na Lua cheia com ele, por ser um monstro que poderia se descontrolar e matar alguém, por se descobrir gay em um mundo heterossexual, por ser apaixonar por Sirius, por querer – ainda que fosse apenas em seus sonhos mais loucos – ser amado por ele. Mesmo que isso – egoísta que era – significasse envolvê-lo na sua vida nada fácil.
Suspirou profundamente. Não queria pensar sobre isso agora. Queria apenas deitar e dormir. Fechou o chuveiro, enxugou-se e vestiu-se com alguma dificuldade por usar apenas uma mão. Desfez o feitiço e saiu do banheiro. Encontrou Sirius sentado em um banquinho com cara de poucos amigos. Tentou dar um de seus sorrisos calmos, mas falhou miseravelmente. Sem uma palavra, escovou os dentes. Saíram do banheiro quando terminou.
Só no quarto, percebeu que tinham mais um problema imediato. Como dormir? Os dois ficaram parados, apenas olhando para as camas. Então, sem trocar nenhuma palavra, juntaram-nas. Remus tentou não pensar como seria passar uma noite com Sirius.
Se hoje, pela manhã, alguém tivesse lhe dito que terminaria o dia preso a Padfoot por uma algema, que estaria com ele na hora do banho e ainda iriam dormir juntos, teria rido e mandado a pessoa direto para St. Mungus.
Fecharam o cortinado. Preferia que nem Prongs nem Wormtail vissem os dois juntos. Já iam ter muitas piadinhas para lidar sem isso. Deitaram-se de barriga para cima. Ficou olhando para o teto, pensando.
- Moony?
Surpreendeu-se. Achou que Sirius já estivesse dormindo.
- O que foi, Paddy?
- Você está chateado comigo?
Remus virou-se o máximo possível para o amigo e encontrou os fabulosos olhos acinzentados exibindo preocupação. Com carinho, quis desfazer a ruga que havia se formado na testa dele, mas conteve-se.
- Não. Por que?
- Então, por que fez o feitiço de privacidade?
Remus se remexeu, desconfortável.
-Desculpe, Paddy. Eu queria uns minutos sozinho. Eu...precisava pensar.
Sirius pareceu aceitar a desculpa e voltou a sorrir.
- Ah, então tá. Boa noite.
- Boa noite, Paddy.
Ficaram em silêncio novamente, mas Sirius não parava de se mexer. No mínimo, queria sair e fazer alguma coisa. Nunca dormia tão cedo. Por fim, ele acabou falando:
- Moony?
- Hun?
- Eu não consigo dormir assim.
- Assim como?
- De barriga para cima. Eu só durmo de lado.
Remus se virou novamente para o amigo, querendo saber se ele falava sério. Pelo jeito constrangido, parecia que sim.
- E o que sugere?
- Você não poderia deitar de lado? Se encostar as costas em meu peito, podemos deixar as mãos com a algema por cima da gente, ao lado do corpo.
Remus engoliu em seco. Provavelmente, não conseguiria dormir nada. Mas e daí? Quem queria dormir estando a um passo de realizar um sonho?
- Certo.
Com alguma dificuldade, fizeram conforme o sugerido por Sirius. Remus fechou os olhos, extasiado. Ainda que não estivesse completamente encostado, podia sentir perfeitamente o corpo do outro, o ar quente em sua nuca. Arrepiou-se quando Sirius pousou a mão sobre a sua. Ficou tenso, mas achou melhor relaxar para o outro não perceber nada.
Concentrou-se na respiração de Padfoot e acabou adormecendo.
Remus abriu os olhos e a sensação de bem-estar foi imediata. Estavam enroscados um no outro. Era tão bom estar assim. Como se tivesse apenas esperando um sinal seu, Sirius falou:
- Bom dia, Moony. Dormiu bem?
- Bom dia, Paddy. Sim e você? Acordou há muito tempo?
- Dormi. Não, eu acabei de acordar. E preciso urgentemente ir ao banheiro.
Remus evitou cobrir a cabeça com o travesseiro. Seu tormento já havia começado.
- Claro. Vamos lá.
Com algum exercício, logo conseguiram fazer as suas necessidades e a higiene pessoal. Remus esperava Sirius terminar de se pentear, quando os olhos deles se encontraram através do espelho. Estavam tão próximos. Seria tão fácil reduzir a distância entre eles e beijá-lo. Mas colocaria tudo a perder se fizesse isso.
'Você pensa demais, Moony' quase podia ouvir Prongs dizendo.
Olhou os lábios de Sirius, tão convidativos. Bastaria somente um passo. 'Seja mais impulsivo, Moon' dessa vez a vozinha em sua cabeça era a de Paddy Só uma vez. Voltou a encará-lo, âmbar nos azuis. Prendeu a respiração com a intensidade do que viu. Não soube dizer quem reduziu a distância entre eles. Mas logo, estava com um dos braços de Sirius o rodeando e a boca dele a apenas uns centímetros da sua. 'Vamos nos beijar.'
Se o beijo realmente aconteceria, Remus apenas poderia imaginar, mais tarde. Naquele momento, aconteceram três coisas: alguém rodou a maçaneta da porta - que estava aberta, houve um barulho alto no banheiro e Sirius se afastou. Sua mente demorou a registrar o que acontecia. Só sabia que sentia falta da proximidade anterior e queria que continuassem de onde pararam.
O 'alguém' era um despenteado Prongs que saiu logo em seguida, desculpando-se. Olhou para Sirius que evitava encará-lo. Sentiu um aperto opressivo no peito. Nada havia acontecido e ele já tinha se afastado. De repente, Remus percebeu que Sirius estava longe. Longe demais. E foi quando viu, caída a seus pés, a algema dourada.
Comentários:
Esse professor de Estudo dos Trouxas foi inventado. Não tem o nome dele em lugar algum. ¬¬"
