Capítulo 11
Autora: Yoko Hiyama
Beta: Bela-Chan
Aviso: Violência
- Pai, por que eu não consigo?
James olhou para o filho, a ternura estampada em seus olhos.
- Só porque ainda não chegou a hora, meu filho.
- Ainda não chegou a hora? Mas pai! Você me disse que despertou com cinco anos, mamãe despertou com dez! Eu já tenho dezessete! Por que eu não consigo?
- Filho...
- Eu não tenho capacidade, é isso?
- Todos têm capacidade. - James respondeu, paciente - Despertar é uma coisa tão natural como abrir os olhos.
- Se é tão fácil assim, por que eu não consigo? - Harry perguntou de novo - Por causa disso, eu não posso participar dos rituais, tenho que ficar sempre isolado do lado de fora da casa o tempo todo! Isso não é justo!
James deu um sorriso triste ao ver que as primeiras lágrimas começavam a surgir nos olhos do menino. O mago já havia perdido as contas de quantas conversas como aquela os dois tiveram durante os últimos anos, porém, por mais que ele tentasse explicar que ninguém pode realmente escolher a hora de despertar, Harry nunca se conformava.
Ser filho de magos e não ser capaz de realizar a mágika parecia ser um fardo pesado demais para o garoto.
James fez um cafuné no filho:
- Não chore... Estude. Prepare-se. Os magos mais poderosos nascem apenas nos momento decisivos. Lembre-se disso.
- Você está me ouvindo? - A voz impaciente de Draco espantou suas lembranças para longe.
- Você acabou de dizer que estamos chegando num dos lugares marcados no mapa. - Harry repetiu automaticamente a fala anterior do parceiro, dando a sua voz um tom entediado.
- Ótimo! Agora escute. Aquilo ali é uma boate e nós vamos entrar. Têm vampiros lá, mas também têm humanos. Tente lembrar disso antes de fazer alguma besteira.
- Como tentar salvar a sua pele?
- Eu sei me defender perfeitamente bem, obrigado.
- Se você diz... - Harry deu de ombros - Vamos entrar?
Draco assentiu com a cabeça e os dois entraram no local. Era um lugar muito cheio e barulhento, que fedia a álcool e nicotina. Havia um balcão, onde vários clientes se acocoravam, fazendo pedidos ansiosos de todos os tipos de bebidas. No centro, uma pista mal iluminada onde alguns casais dançavam, animados. De jeito nenhum o tipo de ambiente que qualquer um dos dois costumava freqüentar, Harry acostumado com lugares quietos e Draco com locais elegantes.
Desconfortáveis, os dois decidiram fazer uma ronda no local, reconhecendo o terreno e buscando alguma presença hostil, mas nada encontraram além de gente bêbada e buscando diversão.
- Tem certeza que eles estão aqui? - Harry finalmente perguntou, depois de meia hora de observação.
- Claro que não. - Draco imprimiu um tom de obviedade a sua voz - Mas é bom ficarmos um pouco e verificar.
- Ótimo. Vamos dançar.
- O quê? - Draco perguntou, incrédulo.
- Por que está tão espantado? Eu não quero ficar parado em pé aqui a noite toda e tenho certeza de que se sentarmos junto ao balcão teremos que pedir alguma coisa pra beber. E eu não estou com a menor vontade de segurar um copo cheio durante horas e horas. Venha, vamos dançar um pouco. Eu juro que não vou te morder. - Harry riu, divertindo-se com o duplo sentido de suas palavras.
Draco pareceu hesitar, mas logo superou a indecisão, dando alguns passos decididos na direção da pista de dança. Harry apenas o seguiu, um sorriso sardônico estampado no rosto. Uma música eletrônica agitada tocava e logo Draco começou a se movimentar de acordo com o ritmo, seus cabelos louros e finos se espalhando na medida em que dançava.
Harry por sua vez tentou acompanhá-lo como pôde, apesar de não ser nenhum especialista na arte da dança. Ficaram assim durante alguns minutos, um olhando para o outro, os olhos de Draco desafiadores, os de Harry predadores, até alguém passar por trás do Tzimisce, dando-lhe um empurrão nada delicado, mas extremamente bem-vindo e bem aproveitado. Harry se aproximou tanto de Draco que os dois corpos quase se colaram, mas nenhum dos dois se atreveu a parar de dançar.
Os olhos do Tzimisce subiram desejosos pelo corpo bem desenhado do outro vampiro que, como se soubesse de toda a fascinação que era capaz de causar, apenas continuava a se movimentar com toda a sua graça aristocrática natural. O moreno teve o impulso de enlaçá-lo pela cintura, trazendo-o para ainda mais próximo do seu corpo, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, foi surpreendido por um outro empurrão, dessa vez para afastá-lo.
Harry viu um homem moreno e muito alto tomar seu lugar, dançando tão próximo de Draco como dois corpos poderiam se aproximar antes de começarem a se tornar um só. O desconhecido segurou os quadris do vampiro, aproximando-os dos seus, enquanto o outro apenas se deixava levar, com um olhar claramente lascivo.
Os olhos de Harry se apertaram de raiva quando os braços do Ventrue envolveram o pescoço do brutamontes, deixando-o numa posição que melhor expusesse seu pescoço para as suas presas já desenvolvidas. Draco ainda lançou um olhar para Harry, parecendo satisfeito com a expressão claramente irritada que viu estampada no outro, e só então afundou suas presas no pescoço (1) do homem, fazendo-o gemer alto, enquanto apertava ainda mais os quadris do vampiro contra si.
Depois de sugar alguns poucos minutos, Draco lambeu o pescoço do outro de uma forma tão sensual e provocativa que Harry teve que se conter pra não arrancá-lo dos braços asquerosos daquele homem. Na verdade, ele se controlou não só porque não queria dar aquele gostinho ao loiro, mas também por considerar que se um sujeito esguio e de aparência frágil como a dele espancasse um homem daquele tamanho até a morte, certamente aquilo se encaixaria no conceito "quebrar a Máscara" que tanto tentaram lhe transmitir desde que ele havia sido aceito naquela cidade.
Porém, o próprio Draco tratou de dar um empurrão arrogante no homem, aproveitando que ele ainda tentava se recuperar do êxtase provocado pelo beijo vampírico, para só então retribuir, convidativo, um abraço por trás de outro sujeito, que o puxou não muito delicadamente para longe de Harry.
O Tzimisce viu o outro ser rodeado por pessoas até desaparecer do seu campo de visão, mas não fez nada pra impedir. Draco que se danasse, ele não ia ficar abanando o rabo pra aquele vampirinho metido.
Harry deixou a pista de dança, irritado, jurando a si mesmo que arranjaria uma forma de dar o troco em Draco. Pediu um cigarro emprestado a uma mulher de maquiagem muito pesada e o acendeu no cigarro aceso dela para só então encostar-se na parede, com os braços cruzados e cara de poucos amigos.
Draco por sua vez estava se divertindo como nunca. Nem tanto pela quantidade de sangue que havia ingerido, mas sim pela cara simplesmente adorável que viu Harry fazer assim que sua companhia foi sumariamente trocada pelo primeiro que passou. Oh sim, a cara de irritação daquele Sabá fora mesmo motivo de admiração.
Mesmo depois de ter sido puxado pra longe de Harry por um par ansioso de braços, o sorriso de satisfação do Ventrue não se apagou e ele continuou sua dança sensual, atraindo ainda mais pescoços para suas presas famintas.
Estava tão absorvido por aquela verdadeira orgia de sangue que nem se deu conta quando um outro par de braços o segurou cintura, dessa vez de uma forma bastante agressiva.
- Ei, pare com... - Draco se voltou para o dono daquelas mãos, irritado.
Um vampiro sorriu pra ele, deixando seu par de presas a mostra enquanto sua mão direita o levantava do chão pelo pescoço, apertando com tanta força que ele se viu incapaz sequer de gritar. E como se atendessem a um sinal invisível, dezenas de outras mãos ajudaram o primeiro agressor a imobilizar Draco.
- Veja só o que temos aqui... - A voz grossa e desagradável do vampiro que o imobilizara se fez ouvir, parecendo não sentir as unhas afiadas de Draco rasgando seu braço com força suficiente para cortar até o tendão - A nobreza veio visitar a ralé...
Era um vampiro de aparência extremamente suja e repugnante, os cabelos sem corte se espalhavam pelo rosto marcado pela idade. Sua aparência era tão lamentável que Draco poderia jurar que se tratava de um mero mendigo, ou algum outro miserável que teve o azar de esbarrar com um vampiro louco o suficiente para abraçar aquele monte de lixo.
O vampiro deu uma risada meio insana antes de finalmente tomar alguma atitude para evitar que as garras de Draco continuassem a perfurar sua carne, usando sua mão livre para puxar o braço do Ventrue com tanta força que ele sentiu o osso estalar ruidosamente ao se desprender do seu ombro, pendendo, solto e sem vida, preso somente pela pele.
- Arght! - Draco mal teve tempo de sofrer com a dor insuportável que aquele ataque havia lhe provocado e logo arqueou as costas ao sentir mordidas nada gentis pipocarem por todo o corpo, enquanto dezenas de braços se empenhavam ainda mais em mantê-lo imóvel.
A mão grosseira do vampiro trouxe o pescoço de Draco pra mais perto, ao alcance de suas presas, sem que ele pudesse fazer qualquer coisa para impedir, além de se debater em desespero. Mas quando os caninos do outro estavam a milímetros de furar sua carne, o Ventrue ouviu seu agressor gritar.
Foi rápido demais. As mãos de Harry seguraram o vampiro pela testa, puxando a pele pra trás. E antes que ele pudesse esboçar qualquer reação, o Tzimisce usou as duas mãos para esmagar o crânio do vampiro como se fosse uma uva, espalhando sangue e massa encefálica por todo lado.
Draco caiu no chão, libertado pelos outros vampiros, claramente assustados com a facilidade com que seu líder havia caído vítima de Harry e indecisos entre se unir e lutar ou simplesmente escapar o mais rápido possível. Mas Harry não parecia estar nada disposto a dar alguma chance de escolha a nenhum deles. O Ventrue fechou os olhos instintivamente ao ouvir o grito selvagem que o Tzimisce deixou escapar enquanto suas mãos trabalhavam com uma rapidez que ele poucas vezes vira antes, puxando com violência a pele e os músculos de todos que estavam a seu alcance, como se estes fossem feitos de papel.
Era um espetáculo grotesco. O sangue se espalhou por toda a parte enquanto Harry puxava e arrancava a carne daqueles vampiros, entortando membros, rasgando músculos e esmigalhando ossos com uma facilidade assustadora. Alguns vampiros, desesperados, vítimas fatais do frenesi (2), subiam pelas paredes da boate na tentativa de escapar das garras de Harry, mas ele os caçava, implacável, sem se importar nem um pouco com os gritos que se multiplicavam a sua volta.
As pessoas por sua vez corriam e se pisoteavam, tentando escapar dali, mas encontravam as portas trancadas. Os próprios vampiros com o intuito de prender Harry e Draco acabaram enjaulados em sua própria armadilha, incapazes de transpor a muralha viva que se formava em torno das saídas da boate.
Harry só parou quando percebeu que não havia mais um único vampiro vivo naquele lugar.
Draco segurava o braço ferido, sua expressão transtornada deixava claro a dor que estava sentindo, além do choque de ver a forma grotesca e selvagem com que Harry lutava.
O Tzimisce, por sua vez, finalmente recuperando o controle, cambaleou na direção de Draco, pouco ferido, mas exausto.
- Você está bem? - perguntou, esticando a mão para tocá-lo.
Draco se afastou imediatamente. Harry pôde ver o medo estampado nos seus olhos.
- Eu estou ótimo! - Draco garantiu, ainda segurando o braço.
- Deixa eu ver o seu braço.
- Não! - Draco se afastou ainda mais.
- Pára... Eu só vou colocar no lugar. - Harry falou.
- Não... - O vampiro balbuciou fracamente, ainda tentando se livrar da mão de Harry.
- Confia em mim... - Harry pediu, finalmente conseguindo colocar a mão no ombro de Draco.
Os olhos do Ventrue se arregalaram quando as mãos de Harry passearam pelo seu braço, como se examinassem o tamanho do estrago.
- Vai doer um pouco. - Ele falou, não dando tempo ao outro de protestar.
- Ahhhh! - Draco gritou quando seu braço era encaixado novamente no lugar, enquanto Harry ajeitava a pele esgarçada, deixando que sua regeneração natural cuidasse do resto.
- Pronto. - Harry falou rápido, suas mãos passando para o rosto contorcido de dor do vampiro - Pronto. Terminei. Está tudo bem, agora.
- Potter... - Draco começou a falar, mas logo percebeu que os olhos do outro começaram a ficar embaçados - Harry!
Draco segurou o vampiro em seus braços quando ele finalmente desfaleceu, já sem forças.
Era uma bola de neve. Um problema levava ao outro e o tornava mais grave. Era o que tinha acontecido entre eles. Sirius sugou Remus. Sirius gostou, Remus também gostou. Mas na noite seguinte, ambos tinham que lidar com uma sensação desagradável de frustração. Sirius tentava se afastar de Remus como se ele fosse o próprio diabo querendo tentá-lo e Remus por sua vez, preferia não encurtar a distância, respeitando a reclusão do outro. Mas refrear por muito tempo seus próprios sentimentos acabava tornando tudo pior e por mais que os dois evitassem, todos os seus esforços terminavam da mesma forma: com as presas de Sirius afundadas no pescoço de Remus.
Foi o que aconteceu naquela noite, quando no meio de uma conversa passional, cheia de perguntas constrangedoras, Sirius de repente sentiu um desejo incontrolável de marcar sua posse sobre o corpo de Remus. Mesmo que fosse cravando suas presas nele. Por isso o seu pedido hesitante e cheio de fome.
O que Sirius não esperava é que o lupino concordasse com seu pedido tão rapidamente, oferecendo seu sangue a ele de uma forma tão intensa que só de lembrar o vampiro sentia arrepios.
- Eu vou acabar te matando, Remus... - Sirius falou, nervoso, ainda com Remus em seus braços, algumas horas depois de ter sugado o seu sangue com sofreguidão.
- Não vai não. - Remus respondeu, tranqüilo, seu rosto aninhado no peito de Sirius.
- Eu não consigo me controlar... De alguma forma, você me enlouquece. - Sirius confessou com a voz rouca - Você tem um gosto delicioso, sabia?
Remus fechou os olhos. Era tão estranho ouvir aquele vampiro sempre tão hostil falando aquelas palavras possessivas. Era quase como se eles fossem um casal de amantes que tinha acabado de fazer amor.
- Sirius...
- O quê? - o vampiro perguntou, seus dedos subindo pela nuca de Remus para se embrenhar nos seus cabelos.
- Sobre o que a Tonks falou...
- Agora não, Remus...
- Mas...
- Shhh... - Sirius calou Remus com um toque suave do seu dedo indicador sobre os seus lábios. Não desejava saber nada que tivesse qualquer relação com Remus apaixonado por outro vampiro.
Remus pareceu se conformar, e os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, Sirius acariciando Remus, Remus beijando o peito de Sirius.
- Está quase amanhecendo... - Remus finalmente falou.
Sirius sabia. O sono já começava a invadi-lo (3). Mas não queria se desprender de Remus de jeito nenhum. Era como se ele corresse o risco de sumir caso Sirius se atrevesse a fechar os olhos.
- Durma. - Remus falou como se lesse seus pensamentos - Eu estarei aqui quando acordar...
Era tudo que o vampiro precisava ouvir. Fechando os olhos, Sirius se entregou ao sono, ainda com Remus em seus braços.
Continua...
(1) Abri uma nota aqui pra explicar que eu ignorei totalmente a seletividade Ventrue, que na verdade é uma fraqueza que consiste no fato de um vampiro desse clã só se alimentar do sangue de uma natureza em especial. Podem ser pessoas virgens, homens louros, incas venusianos, o que for. Um Ventrue só se alimenta desse sangue especial. Bem, mas como eu disse, eu preferi ignorar esse detalhe completamente.
(2) Frenesi - É o estado de pânico total de um vampiro. Um instinto que poderia se comparar com a necessidade de comida e sexo dos seres humanos. Quando ele é levado a uma pressão emocional forte o suficiente a ponto de perder o controle, libertando a besta aprisionada dentro de seu corpo. Nesses momentos, todo o controle é perdido e o vampiro se transforma numa verdadeira fera, capaz de atacar e matar tudo que vê pela frente, inclusive seus entes queridos. A Camarilla considera o Frenesi uma atitude vergonhosa, que demonstra a falta de controle de um vampiro. O Sabá, ao contrário, ridiculariza essa posição, acreditando que tudo que pensar nisso não é nada além de negar a natureza predadora natural de todo o vampiro. Assim, vampiros do Sabá costumam usar o frenesi para seu próprio benefício em uma batalha, como vocês tiveram a oportunidade de constatar, no caso do Harry.
(3) Acho que é bom falar um pouquinho sobre o sono vampírico. Vampiros dormem de manhã não só por serem criaturas essencialmente noturnas, mas também porque a luz do sol os enfraquece. Um vampiro precisa de toda a sua força de vontade para manter-se acordado durante o dia, e mesmo assim, não conseguirá manter-se acordado durante muito tempo, mesmo que esteja sendo alvo de ataques diretos. Por essas e outras, os refúgios dos vampiros são muito bem escolhidos e muitas vezes protegidos por "sentinelas" carniçais, que cuidam de proteger o sono do seu senhor enquanto o Sol estiver alto. Outra coisa importante a se dizer a esse respeito, é a estrita relação entre a humanidade de um vampiro e sua capacidade de manter-se acordado. Quanto menos humanidade um vampiro tem, mas difícil será pra ele acordar de seu sono todas as noites. Assim, desconfiem de vampiros que acordam muito tarde. ;)
Um pouco sobre Tenebrosidade (disciplina do clã Lasombra)
Garras de Prata perguntou: sobre o Lasombra, quais são as aplicações da Tenebrosidade? Apenas se mover como uma sombra, para, por exemplo, espionar alguém?
R. Tenebrosidade é uma disciplina muito poderosa, uma das minhas favoritas. O poder principal, na minha opinião, consiste na habilidade de criar a escuridão. Lasombras são capazes de criar uma escuridão densa e desagradável a ponto de abafar os sons. Humanos morrem sufocados pela escuridão e imortais sentem um enorme desconforto.
Agora, se você tiver a curiosidade de ver todos os níveis de Tenbrosidade, aconselho o seguinte endereço:
www (ponto) carthagian (ponto) net (barra) html (barra) modules (ponto) php (interrogação) name (igual) Sections&file (igual) tenebrosidade
(se não abrir, me avisa pela review que eu mando o link por email, ok?)
