Capítulo 12


Autora: Yoko Hiyama

Beta: Bela-Chan

Avisos: Lemon//


Snape não se curvou.

Snape jurou a si mesmo que nunca mais se curvaria.

O Arcebispo percebeu, mas nem por isso deixou morrer o sorriso estampado em seu rosto.

- Ora, mal posso crer em meus olhos... - Voldemort falou, descansando o queixo na mão ossuda, como se admirasse a figura sombria toda vestido de negro a sua frente. - Faz tempo que você não atende os meus chamados, Severus... Eu já estava começando a me sentir preocupado.

- Tenho estado atarefado. - Snape se justificou sem contudo se preocupar em parecer verdadeiro. Na verdade, ele não se preocupava particularmente com mais nada.

- Você parece um pouco aborrecido, meu amigo. Posso saber o motivo?

Snape teve vontade de dizer para o Arcebispo que ele certamente sabia muito bem o motivo do seu aborrecimento, mas conteve-se; sua figura permaneceu impassível e seu silêncio foi tudo que Voldemort recebeu dele.

- Ah... não me diga que você ainda está chateado por conta daquele incidente? - Voldemort decidiu ir mais fundo ao perceber que não conseguiria nada com simples insinuações.

- Não foi um incidente. - Snape o corrigiu, sua voz parecia mais rouca do que nunca.

- Mas você não acha que no fundo as coisas acabaram sendo melhores pra você? - O vampiro argumentou, com um sorriso divertido no rosto.

- Por favor, me esclareça de que forma as coisas ficaram melhores pra mim. - Snape perguntou, querendo ser cínico.

- Isso depende. Se você gastar mais um pouco do seu tempo aqui me servindo... Quem sabe eu não te premie bem?

As sugestões escondidas por detrás daquela frase deixaram Severus com vontade de simplesmente dar as costas para o Arcebispo e nunca mais voltar. Não mais entraria no jogo daquele vampiro. Não era nenhum maldito neófito pra ter que se subordinar à ordens e nenhum benefício no mundo parecia ser atraente a ponto de convencê-lo a seguir aquele crápula.

- Aprecio muito a sua oferta, mas me vejo forçado a recusar. - Ele respondeu, talvez um pouco polido demais. - E agora, se me dá licença...

- Não, não... - Voldemort levantou a mão, interrompendo a fala do outro. - Não quero que você me dê sua resposta agora. Antes, venha dar um passeio pelo castelo comigo. Quero te mostrar algumas coisas...

Voldemort levantou-se de seu trono, sua figura extremamente esguia e pálida ainda mais evidente enquanto ele andava em direção a Snape com uma elegância inquestionável. O Arcebispo tomou o braço do Lasombra, que apesar de ter odiado o gesto de intimidade, não se afastou, e o conduziu para fora do salão principal.

Os dois desceram as escadas poeirentas. Voldemort não demonstrava qualquer pressa, e Snape acompanhava as passadas do Arcebispo aparentando naturalidade, mesmo que sua vontade real fosse cravar as presas naquele pescoço repugnante e sugá-lo até que ele morresse, para só então cuspir todo aquele sangue nojento fora.

Desceram até um lugar extremamente escuro e opressivo, com um cheiro nauseante de vômito, dejetos e sangue seco. Snape sabia que se tratava de uma masmorra, mas não se deixou abater por esse pensamento. Estava pra nascer o vampiro com poder suficiente para aprisioná-lo em algum lugar.

Os dois andaram por um longo corredor, percorrendo as dezenas de celas que se enfileiravam na medida em que caminhavam, ignorando os gritos agonizantes vindos de algumas delas.

- Ignore... Algumas das minhas experiências ainda gostam de se queixar... - Voldemort comentou como se tivesse falando de cobaias de laboratório - Ah, é logo ali.

Era o fim do corredor. Os dois pararam diante de uma enorme fileira de barras grossas de ferro que os separava de algo muito parecido com uma arena. Voldemort se afastou de Snape, com um sorriso nos lábios, permitindo que o outro vampiro observasse com atenção o espetáculo que ele havia preparado especialmente para os seus olhos.

No meio da arena de pedra, havia uma presença que Snape imediatamente reconheceu, apesar do grosso capuz que amarrava a sua cabeça. Ao redor da figura magra, havia uma dezena de carniçais deformados horrivelmente, nada mais do que meras massas de carne sem o menor traço da humanidade que um dia tiveram.

- Tire o capuz. - Voldemort ordenou, sem demonstrar de forma alguma a mesma amabilidade de instantes atrás.

Imediatamente, um dos carniçais cortou a corda que prendia o pedaço de pano, desnudando a cabeça de Harry Potter. Ou o que sobrara dele, depois de inúmeras deformações que a vicissitude de seu mestre tinha esculpido em seu rosto e corpo.

Snape cerrou os punhos quando viu Harry olhar em volta, confuso, para logo depois dar alguns passos para trás, visivelmente apavorado.

- O que você está fazendo? - a voz mal saiu de sua garganta, tamanha era a sua raiva.

- Somente observe, meu bom amigo... Ataquem!

- Voldemort...

Harry gritou quando viu dezenas de monstros correrem na direção dele, dispostos a rasgá-lo ao meio só para se banquetear de seu sangue.

- Pare com isso. - Snape pediu, controlando perfeitamente o tom de voz, enquanto via Harry lutar por sua vida, usando as mãos nuas para se defender dos seres que o atacavam.

Logo o frenesi começava a tomar conta do corpo de Potter e ele apenas gritava e gritava, matando a tudo e a todos, sem se importar com os ferimentos que se multiplicavam durante a batalha, até que ele fosse a única criatura de pé no meio de pilhas de sangue, cadáveres e destruição.

- Não é fantástico? - O Arcebispo perguntou, parecendo sinceramente deliciado. - Toda a noite é assim... Ele grita... Ele chora... Mas no fim, o resultado é sempre o mesmo. É sempre ele quem emerge vivo, único sobrevivente no meio de uma chuva de sangue... Pobre e miserável criatura... Talvez um dia eu simplesmente o entregue ao Sol para que pare de sofrer.

- O que você quer que eu faça? - Snape perguntou, um filete de sangue escapando do canto de sua boca.

Voldemort cortou o pulso direito com um movimento seco, e quando o sangue começou a deslizar da ferida, ele a estendeu na direção do vampiro.

- Curve-se. - Ele ordenou - Beba!


Snape se curvou. E, desde aquele dia, tornou-se um escravo. Muitos anos haviam se passado, mas, até hoje, dizer não a Voldemort lhe provocava a mesma dor que dizer sim.

Mas de alguma forma, Snape já estava acostumado com a dor. Talvez até imune a ela.

- Esperava a sua visita, Severus... - Uma voz cansada se fez ouvir quando o Príncipe se deu conta de um estranho movimento entre as sombras. - Sente-se, por favor.

Snape andou em direção a escrivaninha de Dumbledore, mas não se sentou. Não tinha vindo pra bater papo. Dumbledore percebeu a irritação de seu interlocutor e decidiu adiantar sua defesa.

- Antes de tudo, acho que você gostará de saber que ele está bem, Severus. Apenas cansado.

- Não foi isso que nós combinamos. - Snape não estava interessado naquela conversa. - Ele não está aqui pra isso.

- Severus...

- Você o jogou num covil com mais de trinta vampiros!

- Eram vampiros fracos, recém-abraçados. Só um deles tinha alguma força e mesmo assim, nada que ele não pudesse lidar. - Dumbledore argumentou. - Você o está subestimando.

- Eu não estou subestimando ninguém! - Snape quase rosnou. - Se eu tivesse alguma dúvida de que ele esmagaria a todos como baratas, eu teria...

Snape se interrompeu, inquieto, para logo depois retomar a frase, num tom pouco menos agressivo.

- De qualquer forma, isso não me interessa. Eu não me importo com o que você faz com essas marionetes miseráveis que tem a seu serviço, mas deixe-o. Fora. Disso. Ou considere o nosso contrato desfeito.

- Severus, você sabe muito bem o que significa quebrar o contrato.

O olhar de Snape se tornou ainda mais sombrio:

- Espero que não passe pela sua cabeça que esse seja o tipo de coisa capaz de me impedir.

- De jeito algum. - Dumbledore garantiu. - Só quero te alertar para que não pense em romper o contrato levianamente. Ele está bem, nada aconteceu e nem vai acontecer. As coisas não ocorreram de forma descuidada como pode ter lhe parecido.

Snape não se deu ao trabalho de responder. Apenas retornou às sombras de onde veio, deixando Dumbledore novamente sozinho.


Sirius piscou, surpreso:

- Você está dizendo que vai embora comigo?

- Por que está tão surpreso? - Remus perguntou, deixando uma bandeja com um bule em cima da mesa e olhou para o vampiro enfiado no sofá que onde ele costumava sentar.

- Porque pensei que você nunca mudaria de idéia. - Sirius explicou.

- Bem... não faz mesmo muito sentido ficarmos os dois enclausurados aqui pelo resto da eternidade, não é mesmo? E... - Remus hesitou por alguns segundos, escolhendo as palavras - Se levarmos em consideração os últimos acontecimentos... bem, concluo que não é sábio permanecermos aqui.

- Bela forma de falar que os meus caninos lhe incomodam. - Sirius resmungou, se entregando ao mau-humor.

Remus corou como um pimentão:

- Não fui isso que eu quis dizer e você sabe. - o lupino se defendeu prontamente - Eu apenas...

- Você apenas... - Sirius o incentivou a continuar assim que Remus deu os primeiros sinais de hesitação.

- Eu apenas não gosto de me pensar como um tira-gosto.

- Oh, sim.. agora temos uma forma um pouco menos bela de dizer que meus caninos lhe incomodam. - Sirius reagiu imediatamente.

- Não coloque as coisas nesses termos, por favor.

- E em quais termos você quer que eu coloque? - Sirius perguntou.

- Será que dá pra você pelo menos tentar não ser tão egoísta? Ponha-se no meu lugar por um segundo. - Remus implorou.

- E por que você não tenta fazer o mesmo também? - Sirius retrucou, irritado - O que faz você pensar em si mesmo como um tira-gosto? Você não é um tira-gosto!

Remus deu um suspiro:

- Talvez eu tenha usado um termo forte demais, mas é a pura verdade. Nós não somos amigos, nem inimigos, nem amantes...

- E o que você quer que nós sejamos?

- Sirius, essa foi uma pergunta muito estúpida.

- Por quê? Óbvia demais? - Sirius espetou, mas sua irritação prejudicava sua tentativa de manter-se por cima da discussão.

Remus tomou ar antes de responder.

- Qualquer coisa que não esteja diretamente relacionada com seus hábitos alimentares estaria de bom tamanho.

- O que nos leva de volta a estaca zero, quando eu dizia que os meus caninos te incomodam.

- Certo. Perfeito então. - Remus desistiu, se recusando a participar daquele joguinho egocêntrico de Black. - Você tem toda razão. Seus caninos me incomodam. Você venceu. Quando podemos partir?

Mal tinha acabado de proferir aquelas palavras e os braços de Sirius o envolviam por trás, sua língua deslizando pelo pescoço de Remus, como uma proposta.

- Você deveria prestar atenção nas coisas que diz. - O vampiro sugeriu, seus braços apertando-o ainda mais contra o seu corpo.

- Era só isso que você queria desde o começo, não é mesmo? - Remus perguntou, fracamente, odiando a si mesmo por não ter forças para empurrá-lo.

- Talvez. - a voz de Sirius tornou-se rouca, antes que ele chupasse a pele do pescoço de Lupin como se pudesse sugar o seu sangue só com isso.

- Huum... - Remus gemeu em antecipação, fechando os olhos, esperando pela mordida que nunca veio. Ao invés disso, os lábios de Sirius seguiram num caminho de beijos até encontrar o lóbulo da orelha, que foi chupado com suavidade.

As mãos de Sirius subiram do peito de Remus para o seu pescoço, fazendo com que virasse o rosto na sua direção o suficiente para que seus lábios ficassem ao alcance dos seus. Sirius então lambeu os lábios de Remus, como se pedisse para que eles viessem ao encontro dos dele.

As bocas então se encontraram, primeiro num mero encostar de lábios, depois um rápido roçar de línguas. Remus gemeu quando os braços de Sirius o viraram na direção dele, para só então tornar o beijo ainda mais íntimo, a mão direita do vampiro ainda no seu pescoço, enquanto a mão esquerda o mantinha junto ao seu corpo.

Os quadris de Sirius foram pressionados contra os de Remus e o lobisomem soube que o vampiro podia sentir sua ereção e que isso o excitava, pois o beijo de repente havia abandonado o ritmo lento anterior para se tornar mais faminto, mais exigente; a boca de Sirius cobrando da sua uma resposta à altura de seus carinhos, o que Remus não tardou a oferecer, um pouco tímido a princípio, para logo depois tornar-se tão agressivo quanto seu parceiro.

A boca de Sirius então desceu para o queixo do lobo, a mão empurrando sua cabeça pra trás para que ele pudesse experimentar sua garganta. Mais uma vez Remus esperou por uma mordida que nunca veio e ofegou quando a mão livre do vampiro passeou pelas suas costas até estacionar e pressionar sua cintura, ameaçando descer ainda mais a qualquer momento.

- Qualquer coisa, você diz? - Sirius perguntou, sua perna abrindo espaço por entre as coxas de Remus - Você não deveria dizer isso dessa forma... E se eu o fizesse meu?

Remus gemeu ao sentir um volume se formar enquanto os quadris de Sirius se esfregavam na sua coxa, num convite indecente.

- Surpreso? - a voz de Sirius saiu provocativa, enquanto ele pressionava seu baixo-ventre contra Remus, como se quisesse com isso fazê-lo sentir melhor sua ereção.

Remus apenas procurou os lábios de Sirius, num beijo que começou selvagem, quase agressivo. Sirius o empurrou para o sofá, suas mãos finalmente alcançando suas nádegas, cumprindo a ameaça com um apertão possessivo antes que ele procurasse abaixar suas calças, sem o menor resquício de paciência.

Abandonando os lábios do lupino, o vampiro tratou de ser mais eficiente com a tarefa de despi-lo da cintura pra baixo, expondo sua quase nudez sem se importar nem um pouco com as primeiras demonstrações de constrangimento por parte de seu companheiro.

Remus gemeu alto quando os lábios de Sirius alcançaram seu membro dolorosamente endurecido e começaram a estimulá-lo com a mesma habilidade que demonstrava quando sugava o seu sangue. O lobo jogou sua cabeça pra trás, a cabeça rodando, contendo uma intensa vontade de uivar como um lobo enquanto o prazer começava a invadi-lo em torrentes inacreditáveis.

- Aaaah... Sirius... - ele gemeu, débil, sua mãos agarradas aos cabelos negros dele como se sua vida dependesse disso.

Mas apesar de seu desespero, o vampiro não lhe deu um instante sequer de trégua, a boca afundada na sua carne em movimentos cada vez mais rápidos, até que Remus sentiu que não suportaria mais um único segundo. Foi nesse instante que a boca do vampiro abandonou seu membro, arrancando de Remus um gemido frustrado a ponto de fazer com que Sirius sorrisse pra ele, num pedido mudo de paciência, fazendo questão de olhar em seus olhos enquanto sua mão substituía seus lábios na deliciosa tarefa de dar prazer ao lobo.

Remus arqueou as costas, enquanto a outra mão de Sirius levantava uma de suas pernas, depositando-a com cuidado sobre seus ombros, abrindo-o ainda mais pra ele, para logo depois a língua do vampiro alcançar sua virilha, numa lambida investigativa, sem deixar de estimular o membro do licantropo, porém, numa velocidade propositalmente mais lenta.

Remus deu um grito alto, dessa vez incapaz de conter um uivo prolongado ao sentir os caninos de Sirius se afundando em sua virilha enquanto o vampiro o sugava com fome. O Gangrel chupou o sangue de Remus com força, fazendo seu corpo inteiro se curvar em êxtase, adorando ouvir aquele lupino uivar, totalmente entregue aos seus carinhos.

Lupin jogou a cabeça pra trás, a respiração pesada. Seus uivos lentamente se transformaram em gemidos altos de prazer, enquanto os quadris erguiam-se ao encontro da mão cada vez mais veloz e ágil de Sirius. O movimento forçou o vampiro a afastar a boca por alguns segundos, mas ele logo depois voltou a morder sua virilha por um outro ângulo, novamente sugando seu sangue sem nenhuma gentileza.

- Aaaah... - Remus deixou escapar um gemido fraco ao sentir a segunda mordida. A mão abandonou os cabelos de Sirius, subindo até seu próprio rosto, numa tentativa inútil de recuperar pelo menos um pouco de controle. Mas Sirius não demonstrou qualquer clemência, mesmo quando sentiu o lupino tão transtornado pelo prazer, e sua mão continuou estimulando seu sexo até fazê-lo explodir num orgasmo inimaginável.

Sirius então lambeu a ferida aberta por ele, bem como os resquícios do prazer de seu companheiro, antes de juntar-se a ele naquele sofá pequeno demais para dois, suas pernas procurando espaço por entre as de Remus enquanto ele segurava o queixo do ainda desnorteado lupino para mais um beijo, dessa vez uma carícia longa e carinhosa. Os braços de Remus se envolviam no tórax de Sirius num abraço carente, aconchegando-se ainda mais.

Sirius por sua vez, abraçou-se a Lupin, possessivo e satisfeito, deixando seu corpo simplesmente descansar junto ao dele.


- Harry! - a voz animada de Hermione se fez ouvir assim ele abriu os olhos.

- Você está bem, cara? - Ron juntou-se a ela, balançando sua mão na frente dos olhos de Harry.

Harry ficou em silêncio por alguns segundos, tentando juntar algumas peças soltas no seu quebra-cabeça mental. Como tinha parado ali mesmo? Ah, sim... Ele e Draco tinham sido atacados naquela maldita boate e ele tinha perdido a consciência logo após lutar com aquela horda de carniceiros.

- Onde está Draco?

- Não sabemos dele. Ele está trancafiado no quarto desde que trouxe você pra cá. - Hermione explicou, tirando a possibilidade de Ron expor alguma de suas teorias a respeito.

- Ele me trouxe? - Harry perguntou, curioso - Ele disse alguma coisa?

- Ele não diria nada pra gente... Mas assim que chegou, se fechou com Sua Majestade no escritório durante quase uma hora.

Harry pensou que o melhor que ele poderia fazer era começar a fazer as malas. Ele não só tinha quebrado a Máscara sem a menor hesitação, como também matara não só um, mas vários vampiros de uma única vez. O resultado de tudo aquilo parecia mais do que claro pra ele, mesmo sem a ajudinha que Draco certamente tinha dado, provavelmente contando detalhe por detalhe como ele tinha destruído uma dezena de vampiros na frente de várias pessoas.

Mas apesar de lamentável, nada daquilo parecia importar pra Harry naquele momento. Pelo menos os dois tinham sobrevivido. E se Draco teve forças para contar tudo que viu para Dumbledore, então com certeza devia estar totalmente recuperado dos ferimentos.

- Bem... Já que você parece estar perfeitamente bem, nós vamos indo. - Hermione emendou, levantando-se da cadeira na qual estava sentada - Lamento pela pressa, mas precisamos avisar Sua Majestade que você acordou.

"Oh, sim"; Harry pensou, amargo. Dumbledore deveria estar com muita pressa de se livrar dele e por isso, provavelmente dera ordens expressas para que Hermione e Ron o avisassem assim que ele acordasse e fosse capaz de se retirar dali com as próprias pernas. De certa forma, era até admirável que ele tivesse tanta consideração.

Hermione andou até a saída do quarto, sendo seguida por Ron. Harry não fez nada para impedi-los, parecendo conformado com a sua falta de sorte. Assim, os dois vampiros deixaram o quarto silenciosamente.

Três segundos depois e a cabeça ruiva de Ron ressurgia por detrás do batente porta:

- Eu queria estar lá pra ver você chutando o traseiro daqueles vampiros, Harry. Forças ocultas me impediram, mas quem sabe da próxima vez?

Harry deu uma risada. O sangue de Malkav (1) sempre seria capaz de diverti-lo.

Continua...


(1) Malkav - É o nome do Antediluviano Malkavian. Vampiro de terceira geração, "fundador" do clã. Segundo a lenda, Caim, o primeiro de todos os vampiros, admirado com a inteligência do Vampiro que era a mais fantástica entre todos os demais, o presenteou com a loucura. Além disso, sua presença por si só é capaz de levar a loucura todos que estiverem próximos num raio de quilômetros. Alguns ainda conjecturam que Malkav se dividiu em dois, sendo que uma de suas formas consiste na rede de loucura Malkaviana. Sendo assim, todos os membros desse clã trazem dentro de si um pedaço de seu patrono e são de alguma forma misteriosa interligados através dele.


n.a. Ainda estou respondendo reviews do capítulo 11. Mil perdões pela demora! TT