Capítulo 13


Autora: Yoko Hiyama

Beta: Bela-Chan

Avisos: Lemon


Sirius encontrou James e Lilly sentados no mesmo balanço em que o mago costumava ficar todas as noites para fazer sua vigília, os braços dele envolvendo os ombros da esposa, enquanto a sua mão livre segurava o cachimbo aceso, mas esquecido.

Sirius se apoiou na parede mais próxima dali, em silêncio. Os três olhando para uma figura jovem que andava pelo jardim da casa descalço e de olhos vendados, se afastando cada vez mais na direção da floresta até desaparecer da vista do grupo.

- O que ele está fazendo? - Sirius finalmente perguntou, desistindo de respeitar o silêncio do casal.

- Tentando acordar de um sono longo demais. - James respondeu, finalmente parecendo lembrar do fumo, levando-o a boca.

- Está dando certo? - o vampiro quis saber - Ele já está com essa venda nos olhos há mais de uma semana, não é?

- Dando certo ou não, será um aprendizado valioso. - Lilly opinou.

- Mas não é perigoso ele andar por aí assim pela floresta? - Sirius perguntou, nem um pouco próximo de ter a mesma tranqüilidade do casal. - Temos sido muito atacados ultimamente.

- Harry precisa caminhar por conta própria. - James respondeu, tranqüilo - Tentar protegê-lo demais só vai atrapalhar a evolução dele.

- Além disso, ele já tem um excelente guardião. - Lilly sorriu.

Nenhum dos dois pareceu perceber o ponto de interrogação que se formou no rosto de Sirius.


Harry andou alguns passos a mais, a escuridão o envolvendo mais do que nunca. Os barulhos da floresta se tornando cada vez mais assustadores. Seus pés pisavam com cuidado, procurando sentir algo mais do que o chão e a relva, evitando pedras e pedaços de graveto que podiam machucá-lo.

De repente, ele parou. Sentiu uma presença sombria caminhando ao seu lado, algo ou alguém não completamente material, mas que definitivamente existia.

- Quem é você? - Ele finalmente perguntou.

Silêncio. Quem quer que fosse, não se mexeu.

- Por que você nunca me responde?

Nada. Novamente o silêncio. Fazia algum tempo que Harry tinha a sensação de estar sendo acompanhado, mas o que não passava de mera desconfiança se transformou em certeza depois que seus sentidos foram desenvolvidos, graças àquele treinamento que estava fazendo para Despertar. Agora Harry podia claramente sentir aquela presença misteriosa ao seu lado durante quase todas as noites. Mas, apesar de não ter a menor idéia do que poderia estar lhe seguindo com tanto empenho, Harry de forma alguma temia a sua presença. Ao contrário, sempre se sentia um pouco mais seguro e protegido perto dela.

Harry estendeu a mão na direção de sua misteriosa companhia, mas tudo que foi capaz de agarrar foi um punhado de ar. Quem quer que fosse, era sorrateiro o suficiente para escapar de seu alcance com facilidade.

- Por que você foge de mim?

Snape estendeu a mão na direção do rosto de Harry, mas não o tocou. Aquele tolo não desistia nunca. Fazia anos que ele tinha ganhado a incumbência de espionar aquele local, recolhendo informações úteis para um futuro ataque e desde então, sua atenção se voltara em especial para aquele filho de magos que não se conformava por não ter o mesmo poder de seus pais.

Incontáveis foram as noites em que Snape presenciara as lágrimas amargas da criança, sempre que se via forçada a ficar de fora de algum ritual mágiko, ficando totalmente sozinho, sem poder sequer falar com seus pais, ou com qualquer outra pessoa durante semanas a fio.

O Lasombra entendia bem o motivo de Harry desejar tanto ser mago. Não tinha nenhuma relação com poder. Tudo que ele queria era fugir da solidão. Era só por isso que aquele garoto se submetia a todo o tipo de treinamento, por mais árduo que fosse, que o ajudasse a despertar. Mas apesar de tudo, parecia que quanto mais o garoto tentava, mais aquele sonho escorria por seus dedos como grãos de areia.

E Snape o amou por isso. Amou aquela alma inocente que aos poucos se deixava atrair pela escuridão à medida que suas tentativas se transformavam, uma a uma, em fracassos. O amou por sua esperança e também por seu desespero. O amou por sua infelicidade e por cada uma de suas lágrimas.

Tanto que chegou a procurar o Arcebispo pra lhe dizer o impensável: que não iria mais participar daquela invasão, que ele poderia fazer o que bem entendesse com ele, que não estava interessado. Mas Voldemort fez questão de fazer com que ele visse sua situação por outro ângulo.

"Se você tem alguém que queira proteger, é bom que esteja presente, não é mesmo?" - aquelas palavras pareciam queimar como ferro em brasa. De alguma forma Voldemort sabia de Harry e ele sabia perfeitamente que o Tzimisce jamais deixaria sua deserção passar em branco.

"Ora, meu querido amigo. Não tome isso como uma ameaça. Eu não estou lhe ameaçando... Mas acho que nós dois poderíamos fazer um bom acordo, que deixasse satisfeitas as duas partes, o que me diz?" - A proposta do Lorde veio logo em seguida e Snape não precisava de detalhes. Sabia perfeitamente qual deveria ser a sua parte no acordo. Lutar ao lado do Arcebispo Sabá. Se preciso, dar até sua não-vida por isso. Quem deveria sugerir condições era ele.

Que fosse assim. Pelo menos dessa forma Snape poderia estar presente e proteger Harry não de tudo que estava pra acontecer, mas pelo menos do que ele tivesse forças para proteger.

"Minha condição é que você não encoste um dedo sequer nele". - Snape disse, solene, sabedor de que Voldemort compreendia perfeitamente de quem ele estava falando - "Pode matar todos os outros se quiser. Eu não me importo e nem farei nada pra impedir".

"Temos um acordo". - Snape lembrava da risada rouca do Tzimisce.

- Responda! - A voz de Harry arrancou Snape de seus pensamentos, suas mãos batendo no ar, como se pudesse alcançá-lo somente com aqueles movimentos.

Snape não respondeu. Não era necessário. Ao invés disso, ele apenas olhou para aquele rapaz, quase uma criança ainda, tentando não pensar que ele de alguma forma contribuiria para aumentar ainda mais o seu sofrimento. Mas não havia mais saída. Pra nenhum dos dois.


Aquela presença que o acompanhava há tantas décadas ressurgiu mais uma vez na noite passada. Harry tinha certeza disso.

Mesmo no meio daquela loucura toda, Harry podia sentir aquela presença poderosa, mas ao mesmo tempo etérea como uma sombra, por perto. Mas há muito tempo havia desistido de chamar por ela, ou exigir respostas. Sabia que não obteria coisa alguma. Ele apenas aprendera a aceitar aquela companhia sem questionar.

Bem, mas, definitivamente, não era hora de pensar nisso. Não podia perder tempo com conjecturas, tinha um encontro muito importante e decisivo pela frente.

O Tzimisce achou prudente ir ao encontro do Príncipe assim que recebeu o aviso de que estava sendo esperado. Caminhou com passos apressados em direção ao gabinete de Dumbledore, mas quando o alcançou, anunciou seu nome sem demonstrar qualquer hesitação e, assim que recebeu a devida autorização, entrou no escritório do vampiro, fazendo uma reverência respeitosa.

- Oh, Harry. - Dumbledore o cumprimentou, deixando de lado alguns documentos antes de apontar para a cadeira. - Boa noite. Espero que já esteja totalmente recuperado...

- Sim, majestade. Eu estou bem. - Harry respondeu antes de sentar-se de frente para o Príncipe.

- Bem, o senhor deve imaginar o motivo do meu convite, não é mesmo? - Dumbledore perguntou.

- Não, senhor. - mentiu. Não estava disposto a tornar as coisas tão fáceis. Se Dumbledore queria expulsá-lo dali, que pelo menos se desse ao trabalho de dizê-lo.

- Hum... Acontece que o senhor Malfoy me contou tudo o que aconteceu na boate.

Harry não tinha dúvida alguma de que o Ventrue havia caprichado bastante nos detalhes. Sentiu uma ponta da raiva do loiro por antecipação, mas a conteve.

- Mas, mesmo sabendo dos seus esforços para salvar o seu companheiro... Eu gostaria que da próxima vez você tentasse ser um pouco mais discreto. Foi bastante trabalhoso apagar os vestígios.

Harry estava surpreso demais pra responder qualquer coisa. Teve vontade de pedir para que Dumbledore repetisse a parte dos "esforços para salvar seu companheiro", mas no final, a única coisa que foi capaz de fazer foi acenar em compreensão.

- No mais, eu gostaria de lhe parabenizar pelo seu bom trabalho. Apesar dos problemas, a sua habilidade e coragem foram notáveis. E é claro que quebrar a Máscara é permitido em situações extremas como a que você e Malfoy passaram na noite de ontem. - Dumbledore comentou, antes de concluir. - Isso é tudo por enquanto, você pode ir.

Harry ainda não tinha se recuperado o suficiente quando levantou-se da cadeira e fez a devida reverência antes de sair daquele lugar.

Bateu a porta do gabinete com cuidado pra não fazer muito barulho e quando levantou os olhos na direção do corredor, deu com Draco Malfoy, encostado na parede, a roupa extremamente elegante e impecável e o cheiro de sabonete tão gostoso que Harry sempre ficava com a impressão de que aquele vampiro tinha acabado de sair do banho. O loiro não o recebeu com sua cara de desdém de sempre, mas também não lhe concedeu o menor sinal de amizade.

- Como vai, Draco? - Harry foi o primeiro a quebrar o silêncio.

- Muito bem e você? - Draco respondeu, sem demonstrar real interesse na resposta.

Harry olhou pro vampiro.

- Você é incompreensível, sabia? - perguntou.

- Eu sou incompreensível? - A reação de Draco foi como a de quem ouviu o maior absurdo do mundo. O Ventrue não esperava de forma alguma receber uma acusação tão emocional como aquela de uma hora pra outra.

- Por que não aproveitou a chance para acabar comigo de uma vez? Era a sua oportunidade de ouro. Você não me odeia tanto?

Draco revirou os olhos:

- Do que você está falando?

- Você poderia ter me ferrado com Dumbledore. Por que não o fez?

- Não chame Sua Majestade pelo nome. - Draco fechou a cara - E não me confunda com a sua laia de vampiros baixos a ponto de não saber reconhecer quando alguém salva a sua pele.

Os olhos de Harry pareceram brilhar de satisfação ao ouvir aquela frase.

- Mas não pense com isso que alguma coisa mudou entre nós. - Draco emendou, não gostando nem um pouco daquela expressão.

- Pensei que você reconhecesse o que eu fiz. - Harry fingiu um tom magoado.

- Todo o maldito trabalho que eu tive para apagar a mente daquelas pessoas e te carregar até aqui depois que você desmaiou já são provas suficientes do meu reconhecimento. - Draco respondeu, para logo depois se arrepender ao ver que a expressão deliciada de Harry só se alargava - Mas da próxima vez eu juro que te deixo largado no meio da rua, a mercê da luz do Sol.

- Vou me lembrar disso.

- Ah, e pode se preparar, porque a partir de amanhã voltamos a ser o que nós sempre fomos. Inimigos. - Draco fechou a cara.

- Combinado. - Harry sorriu e então emendou, numa reverência exagerada - E agora, meu príncipe Ventrue... se Vossa Majestade me dá licença.

- Não se atreva a zombar de mim, Potter! - Draco quase soltou fumaça pelo nariz.

Harry apenas deu uma risada, antes de dar as costas para o Vampiro.


Voldemort olhou para o carniçal bem a sua frente, que acabara de ler um breve relato trazendo sobre o paradeiro de Sirius Black.

- A minha cria está com ele? - o Tzimisce perguntou, ansioso, ainda querendo confirmar as palavras antes ditas por Snape.

- Não, senhor. - O homem garantiu.

- Entendo... - o Arcebispo fez alguns segundos de pausa antes que ele desse seu último decreto. - Atire-o aos lobos.

- Sim, senhor.

- Diga também... que o momento esperado por nós está chegando.

- Sim, senhor.

O outro se curvou, compreendendo a mensagem e logo deixou o salão, com pressa de transmitir o recado.

O Arcebispo não se importava com Sirius, apesar de não poder de forma alguma perdoar o fato dele ter levado sua tão preciosa cria consigo. Mas este não era o único motivo para que ele desejasse a morte daquele vampiro; o que realmente o preocupava era a possibilidade de a mera presença de Sirius viesse a atrapalhar seus planos. O Tzimisce havia perdido muitos anos tentando conquistar aquele lugar para que aquele Gangrel desgraçado viesse atrapalhar, exatamente da mesma forma que quase o fizera da última vez.

Melhor cuidar logo daquele problema, antes mesmo de tomar aquele buraco pra si de uma vez. Voldemort pensou antes de se refestelar com a idéia de que enfim, o grande momento que ele tanto esperava iria chegar. Depois dos mais de 50 anos que precisara para recuperar plenamente tudo que perdera na última batalha, ele voltaria, invencível como nunca o fora.

Tinha muitos carniçais e vampiros ao seu serviço, alguns muito poderosos, outros muito bem posicionados. Planejara com calma e cuidado, tentando evitar movimentos afobados. Tinha todo o tempo do mundo para alcançar seus objetivos e não poderia deixar um sentimento tão humano como a ansiedade tomar conta de sua mente nem por um único segundo.

Claro, ainda havia certas preocupações. A maior delas era a sua cria desaparecida, que se não fosse recapturada e adestrada logo, com certeza acabaria lhe dando muita dor de cabeça. Além disso, havia um certo prisioneiro que com certeza estaria doido pra se vingar depois de uma década de torturas. Mas Voldemort cortaria esses problemas pela raiz. Ele seria seco e inclemente com todos que se levantassem contra ele.

Levantou-se de seu trono, caminhando até a janela para apreciar a vista degradada e desértica que circulava o castelo. Um único grito seu e centenas se apresentariam, prontos para a guerra. Uma parte dele, aprisionada dentro de si há muitas décadas, pareceu remexer-se, inquieto e desgostoso, mas Voldemort sabia que ele nunca teria forças para escapar de sua jaula.

- Espere pra ver. - o Arcebispo falou em voz alta. - Eu vou criar um império a minha altura. E você vai estar comigo pra ver isso.


Remus acordou na cama de hóspedes, ainda nos braços de Sirius. O lobisomem olhou para o rosto pálido do vampiro, afastando uma mecha negra para admirar melhor sua beleza.

Sirius era belo, apesar do aspecto selvagem e descuidado. Seu rosto másculo era de causar admiração e seus cabelos pretos e compridos, completavam perfeitamente aquela bela visão. Remus sorriu ao olhar como aquele vampiro genioso por natureza parecia quase uma criança em meio ao seu sono sobrenatural.

As mãos de Remus deslizaram pelo rosto frio de Sirius, num carinho suave. Não conseguia entender como caíra tão fácil nos braços daquele homem, ele que sempre se considerou senhor de seus impulsos. Mas perto de Sirius descobrira-se inacreditavelmente fraco.

Era verdade que ele tinha enfrentado 10 anos de solidão, tendo seus livros como seus únicos companheiros. Também era verdade que estava carente, que precisava de alguém ao seu lado, que precisava até mesmo das brigas, dos desentendimentos que duas pessoas inevitavelmente enfrentam quando são forçadas a conviver. Mas recusava-se a pensar que só tinha se entregado daquela forma simplesmente por carência. Estar com Sirius parecia tão... inevitável.

Remus encostou a cabeça no peito de Sirius, mas logo levantou novamente, nervoso por não poder ouvir a cadência da respiração, nem o som do coração batendo. Beijou o peito do vampiro, conformado, concluindo que gostava bem mais dele quando estava acordado. Sua boca subiu em suaves beijos até o pescoço, chegando aos lábios.

Sirius não esboçou qualquer reação, seu sono imperturbável mesmo quando Remus o beijou e suas mãos desceram lentamente pelo peito dele, em carícias exploradoras, até alcançar o umbigo. Mas antes que sua mão pudesse avançar um pouco mais, a voz rouca de Sirius se fez ouvir:

- Você está tentando abusar de mim?

Remus quase morreu de susto. E quando levantou a cabeça, teve consciência absoluta da vermelhidão estampada em sua face. Sirius deu uma gargalhada.

- Não que eu esteja reclamando... - ele explicou, ainda em meio a risadas.

- Muito engraçado. - Remus fez cara feia, incomodado com a falta de delicadeza do outro.

- Ah... venha cá, meu lobinho. - Sirius falou, carinhoso, abraçando o outro e o puxando para mais próximo de si.

Remus estremeceu tão violentamente ao ouvir Sirius chamá-lo de "lobinho", que teve que fechar os olhos por alguns segundos, respirando fundo. Abraçou-se forte a Sirius, como se tivesse medo de perdê-lo e então descansou a perna sobre os quadris do vampiro que, por sua vez, deslizou a mão pelas nádegas do lupino, acomodando-o melhor antes de puxá-lo para um beijo.

A carícia começou suave, um leve acariciar de línguas, mas Sirius fez com que se tornasse mais intensa assim que sentiu a ereção do outro se avolumar, uma das mãos de Sirius apertando as nádegas de Remus de maneira possessiva, enquanto este movimentava os quadris, esfregando-se nele sem o menor pudor.

Sirius quebrou o beijo e quando Remus fez menção de recomeçá-lo, dois dedos roçaram seus lábios para impedi-lo, forçando delicadamente a entrada em sua boca. O lupino saboreou os dedos de Sirius, com um olhar lascivo que deliciou o vampiro, até ele retirar os dedos, provocando um gemido de antecipação do companheiro.

Remus arqueou o corpo quando os dedos do vampiro o invadiram, não tão gentis. Sirius beijou sua testa, num pedido mudo de desculpas, mas nem por isso o poupou dos movimentos cada vez mais profundos de seus dedos. Remus gemeu, totalmente entregue àquelas carícias tão íntimas, buscando novamente a boca de Sirius para um beijo agitado, antes que o vampiro o puxasse pra cima dele, retirando os dedos para logo depois posicionar seu membro em seu lugar.

Sirius puxou os quadris de Remus pra baixo, tentando penetrá-lo, mas assim que ouviu um gemido dolorido de Remus, passou a suavizar as tentativas. Queria estar por inteiro dentro daquele lobo, mas conteve sua impaciência para não machucá-lo desnecessariamente. Suas mãos subiram pelas costas de Remus dando-lhe liberdade para se deixar penetrar da maneira que preferisse. O lobo apreciou a gentileza e, apoiando as mãos em Sirius, procurou seus olhos enquanto abaixava os quadris sobre o seu membro lentamente.

Trocaram um olhar cheio de desejo, os caninos do vampiro eriçados, enquanto suas mãos subiam e desciam das nádegas para as costas do lobo, estimulando-o quando o lobo finalmente começou a se mexer numa cadência lenta, que logo foi ficando cada vez mais rápida.

Sirius sorriu, fascinado ao sentir as mãos de Remus apoiadas sobre sua pele começarem a tremer à medida que ele se movimentava, sua face transformada pelo prazer e, querendo levá-lo ainda mais à loucura, uma de suas mãos abandonou relutante suas nádegas, passando a estimulá-lo com vigor.

Remus jogou a cabeça pra trás, gemendo alto, agora tremendo da cabeça aos pés enquanto sentia o orgasmo se aproximar, para deleite de Sirius que lambia os lábios de desejo, seu olhar lascivo passeando pelo corpo do lupino como uma carícia, deliciado com a visão do seu prazer.

O gozo explodiu pouco tempo depois, Remus quase gritando, enquanto Sirius não parava de bombear seu pênis, como se quisesse arrancar até a última gota de seu prazer, mal contendo a onda de prazer inacreditável que o invadiu segundos depois, provocada pela mera visão do êxtase de seu amante, até o corpo do lupino cair pesadamente sobre o do vampiro, sua respiração muito agitada. Sirius acariciou seus cabelos.

- Lindo... - o vampiro sussurrou em seu ouvindo - Você nem imagina o quanto...

Remus apenas sorriu antes de se aninhar no peito do vampiro, satisfeito e cansado, apenas aceitando passivamente os carinhos do amante. Com algum custo, Sirius retraiu seus caninos, resistindo a tentação de mordê-lo mais uma vez. Não conseguiria parar de beber se tentasse.

Observou seu lobo cair num sono leve, parecendo totalmente a vontade em seus braços e mais uma vez aquela sensação de que aquela não era a primeira vez que ele se sentia como se precisasse protegê-lo do mundo. Por mais que Remus fosse um lupino poderoso a ponto de poder estraçalhá-lo se quisesse, a Sirius parecia que estava com um filhote indefeso nos braços.

Abraçou-se a ele com um pouco mais de força, arrancando um gemido do outro em meio a seu sono. Mas Sirius não se importou.

Continua...


N.A. - Estou mais adiantada com as reviews, mas ainda preciso responder três reviews muito importantes. Um pouco de paciência com essa autora lerda, ok?