Feitos Pra Seduzir
Capítulo 02 – Quando os Olhares se Encontram...
O quarto estava completamente escuro. Tudo era silencioso e calmo. O vento adentrava a janela, assim como a luz plácida da lua, que após sair detrás de um expeça nuvem, passa a iluminar parte do quarto, porém, seu ocupante se encontrava em um local onde ela não poderia tocá-lo.
Na parte mais escura do quarto, duas safiras se abrem mirando a imensidão do quarto. Estava com o lençol cobrindo-lhe apenas parte das nádegas firmes. Ainda se encontrava de bruços, seus cabelos azuis com mexas levemente roxas se espalhavam pela cama e deixavam suas costas nuas.
Após alguns minutos parados, ele se levanta um pouco, sentando-se na cama e então olha para o convite que ele acabou pegando da blusa de Algol. Longos minutos se passaram e ele se levantou, deixando o lençol escorregar por seu corpo nu. Pegou o convite, era uma festa em homenagem a um famoso empresário.
Colocou o convite novamente na mesinha de seu quarto, onde também ficava uma garrafa com sangue. Caminhou até a suíte e olhou para a banheira, mas não estava com paciência de esperar que ela enchesse. Ligou o chuveiro e colocou a água no morno.
Foi deixando a água escorrer por seu corpo, contornando cada pedaço de seu ser. Seu olhar estava distante, melancólico. Sempre se sentira bem após se alimentar, mas dessa vez, sentia apenas um vazio... Um grande vazio dentro de si.
" Uma eternidade...", Falou. Estava realmente nostálgico. Só podia ser isso! Sempre gostou da vida que levara, mas... Já estava cansado de ficar sozinho! Resolveu deixar de pensar nisso e tomar seu banho em paz. Suspirou pesadamente e escorou a cabeça no azulejo branco do banheiro, parando de pensar em qualquer coisa.
Deixava que a água morna caísse sobre seu corpo, moldando-se aos seus músculos definidos e o deixasse mais relaxado. Ensaboou o corpo e começou a enxaguá-lo sem pressa, apenas sentindo uma satisfação gostosa de bem estar que começou a se apoderar de seu ser.
Terminou o banho e começou a se enxugar, passando a toalha macia e felpuda sobre o corpo, secando-o por completo. Abriu a porta do armário e deparou-se com suas roupas, pensando em qual seria melhor para o seu divertimento.
Já tinha se decidido, ele agora queria um parceiro para passar a noite. Uma noite quente e prazerosa! Um sorriso malicioso se desenhou em seus lábios e ele passou a escolher a roupa que vestiria na festa, da qual roubou o convite. Decidiu-se por ir mesmo!
Olhou e olhou e então escolheu o que vestiria. Era uma festa informal, então poderia usar o que tinha em mente. Pegou uma calça de tecido que imitava jeans, mas era mais macia e sedosa. Era uma calça preta mais justa e em suas coxas havia cortes verticais, ao lado um pouco maiores e um na frente, um pouco menor. Vestiu a calça, sem colocar nada por baixo! Calçou uma bota preta de couro que possuía algumas fivelas e passou a escolher a blusa que vestiria.
Estava difícil escolher, mas então ele viu uma blusa de manga longa e gola alta transparente na cor vermelha. Havia detalhes em dourado, sendo da mesma cor dos botões da blusa. Sorriu e a pegou, vestindo-se rapidamente.
Penteou os longos fios azulados repicados e então se olhou no espelho. Tinha algo errado! É... Era isso mesmo. Ele estava certinho demais com os cabelos tão arrumadinhos. Sorriu sensualmente e balançou a cabeça, jogando os cabelos de um lado para o outro e então voltou a se olhar no espelho. A franja desfiada caía-lhe sobre os olhos, seus cabelos caíam como cascata em suas costas, desfiados e com ar de rebelde.
" Agora sim!", Um sorriso sensual e malicioso se formou em seus lábios.
Virou-se e saiu. A noite estava apenas começando e ele tinha uma festa para ir e alguém bem lindo e gostoso para encontrar e se satisfazer das duas formas que mais gostava!
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Caminhava com um sorriso satisfeito nos lábios, só por pensar na possibilidade de encontrar alguém que o satisfizesse naquela noite. Havia se alimentando de uma mulher que encontrara na rua, mas ainda não estava totalmente satisfeito. A noite parecia que seria monótona, mas graças à festa, teria muito divertimento. A festa parecia ser para homens de negócios, o que a tornaria chata e irritante, mas todos os filhos e parentes dos homens poderosos estariam lá, o que tornaria essa festa muito interessante, uma vez que muitos eram bonitos e atraentes.
A noite estava fresca e agradável, do jeito que Milo adorava. Olhou para um lado e para o outro e resolveu que chegaria lá mais rápido se usasse seus poderes. Não queria ir de carro. Utilizou-se da velocidade da luz que seus poderes vampíricos lhe proporcionava e em alguns segundos se encontrava na porta do prédio da festa, sorriu e começou a caminhar até lá.
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Os longos fios repicados balançavam elegantemente de um lado para o outro e com um lindo sorriso nos lábios, um jovem de olhos azuis intensos, tão intensos que pareciam duas pedras de safira vinham caminhando em direção a porta de entrada do prédio onde seria realizada a festa.
" Espere, Senhor! Onde está o convite?", Perguntou o segurança que se encontrava na porta de entrada do grande e luxuoso prédio. Olhou o jovem de cima a baixo, sentindo seu coração acelerar. Ele era lindo!
Os outros seguranças também observaram aquela bela criatura à frente deles. Podiam ver os músculos definidos do tórax de Milo através da blusa vermelha tão transparente, a calça preta colada delineava as coxas grossas e roliças. Sentiam-se estranhos, como se estivessem hipnotizados pela beleza daquele jovem. Ergueram o olhar, dando de cara com as duas safiras que pareciam lhe ver a alma.
" Aqui está o convite!", Milo disse em um tom de voz sensual e sedutor, vendo os jovens estremecerem.
O segurança ergueu a mão, pegando o convite e sem querer, tocando de leve nos dedos de Milo, retirando rapidamente a mão, como se tivesse levado um choque e olhando-o um pouco assustado, vendo apenas um sorriso se formar naqueles lábios.
Milo dá uma breve olhada em tudo a sua volta, sorrindo ao notar que todos o observavam fixamente. Adorava ser o centro das atenções! Isso o deixava extasiado... Sentir que era desejado por tantas pessoas, homens e mulheres, jovens e adultos.
" Hã... Desculpe senhor, mas... Não poderá entrar...", Falou, ainda hipnotizado pelos olhos de safira de Milo.
" E por que não? Eu tenho o convite.", Perguntou. Só faltava ter a sua noite estragada por algo idiota, mas entraria naquela festa de um jeito ou de outro.
" Si... Sim, mas... Não há nenhum Sr. Milo na lista.", Falava sem tirar os olhos dos belos e carnudos lábios do vampiro.
" Hum... Deve haver algum engano. Poderia olhar na lista novamente?", Falou sensualmente, se debruçando sobre a mesa de entrada, olhando nos olhos do segurança e fazendo seu rosto ficar muito próximo do outro.
As pessoas olhavam admiradas aquele belo jovem de cabelos azuis. Não tinham palavras para descrevê-lo! Milo exalava sensualidade e isso, nenhuma pessoa presente poderia deixar de notar.
" Por favor, chame o chefe da segurança!", O jovem que ainda olhava para Milo, conseguiu falar para o outro chamar seu superior. Por ele, aquele deus já podia ter entrado, mas infelizmente não era ele o dono da festa.
O outro segurança foi chamar seu superior e enquanto isso, Milo passava a mão sensualmente pelos cabelos, deixando as pessoas que passavam babando. Esperou mais uns minutos e então foi permitido a sua passagem.
" Nossa! Que cara hein!", Falou o segurança que estava olhando a lista de convidados. Suspirou e voltou sua atenção para o trabalho que executava.
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Milo entrou no luxuoso prédio, indo de elevador até o andar da festa. Ao passar pela grande porta, todos os olhares forma destinados a ele, mas Milo, apesar de achar aquelas pessoas lindas, não sentia nada além disso, de admiração pela beleza efêmera das mesmas.
"Quem sabe eu consigo um pouco de diversão mais interessante aqui!", Pensou, andando com leveza e sensualidade.
Tocava uma música um pouco agitada, do tipo que ele gostava. Era uma festa de empresários, mas havia muitos jovens no local, parentes e convidados dos mesmos, que tornava o ambiente mais atrativo aos olhos do belo vampiro.
Do outro lado do luxuoso salão, duas íris verdes observavam as formas sensuais e sedutoras do vampiro de longos cabelos azuis repicados, que lhe concediam um ar selvagem. Ela começa a caminhar em direção aquele que tanto lhe chamou atenção. Dava passos decididos e sensuais e em poucos minutos cruzou o salão e se aproximou dele.
" Você quer dançar?", A voz firme da garota chega aos ouvidos de Milo.
As belas safiras se movem lentamente, pousando-se sobre a jovem ao seu lado. Ela possuía cabelos repicados verdes e olhos da mesma cor, a pele era clara e de aparência macia e ela vestia um vestido preto tomara que caia longo com um corte na perna esquerda que deixava a mostra parte de sua coxa.
Os lábios de Milo se curvaram em um sorriso sedutor e ele se aproxima languidamente dela, tocando a cintura da jovem e ficando a centímetros de tocar os lábios dela com os seus. Ela prende a respiração por um instante e fica presa pelos olhos azuis de Milo.
" Humm... Eu aceito o seu convite!", Falou sensualmente, hipnotizando a garota com seu olhar e sua voz.
Milo começou a se mover de forma bem sensual, acompanhando o ritmo da música, fazendo a jovem acompanhá-lo. Os movimentos sensuais de ambos chamaram a atenção das pessoas ao redor, que ficaram admiradas com a maneira que o casal dançava. O jovem em especial chamava a atenção das jovens garotas do local, que só faltavam gritar de tão eufóricas que estavam e alguns jovens também tinham sua atenção presa pelos movimentos lânguidos daquele corpo.
" Qual o seu nome?", Milo perguntou em um sussurro no ouvido dela sem deixar de dançar, sentindo-a estremecer.
" Shina...", Falou desnorteada com a presença do vampiro. Sempre fôra uma mulher decidia e conquistadora, mas sentia-se completamente envolvia pela presença sensual daquele homem.
A noite avançava mais e mais e as pessoas continuavam se divertindo naquela festa que estava melhor que o esperado. Para Milo, apesar de interessante, não estava mais tão atrativa. A música acaba e a loira que agora estava ao lado dele, agradece a dança. Ele sorri enigmaticamente para ela, ponderando se deveria levá-la pra brincar um pouco, já que começou a ficar com fome novamente. Toda aquela agitação em dançar o deixou com um pouco de sede!
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" Droga!", Um homem de 23 anos diz irritado em voz baixa. As íris cor de jade vasculhavam todo o local a procura de alguém, mas nada dela aparecer. Batia as unhas na mesa, demonstrando sua impaciência.
" Shiryu, o Presidente da Aquárius ainda não chegou?", Perguntou sério, olhando o estagiário de longos cabelos negros e olhos azuis, vestido com uma elegante roupa chinesa.
" Parece que ele já está subindo Sr. Shura!", Respondeu calmamente.
" Hum... Obrigado!", Respondeu e tomou um pouco de vinho. Olhou novamente para o belo jovem ao seu lado.
" Tente se divertir um pouco, Shiryu! Até agora não vi você dançar ou se distrair.", Falou, olhando dentro dos olhos do garoto. Era um ótimo estagiário, muito responsável e talentoso.
" Ah, não se preocupe. Prefiro ficar e...", Não pôde terminar sua frase, pois seu chefe o interrompeu.
" Por favor, Shiryu. Isso é uma festa!", Disse com um sorriso nos lábios, acabando por convencer o sério jovem a se divertir um pouco ao lado de sua amiga, que também se encontrava na festa, Shunrey.
Da mesa onde se encontrava, Shura podia ver a porta de entrada do salão. Estava ansioso e preocupado com o Presidente da empresa, pois nos últimos meses, estavam ocorrendo atentados contra a vida dele.
A porta de entrada se abre e de lá sai um homem de cabelos negros de 2,10 de altura, vestido todo de preto. Da mesa, Shura sorriu. Sabia que seu chefe era discreto e odiava chamar atenção, o que era impossível tendo um guarda-costas do tamanho de Aldebaran!
"Acho que ele ainda vai me matar!", Shura pensa, sorrindo consigo mesmo. Sabia que seu chefe só não brigava com ele por causa do segurança que ele indicou pelo fato do simpático brasileiro ser eficiente!
Atrás de Aldebaran, a figura bela e elegante de um francês com um olhar frio e indiferente se faz presente. Odiava aquelas festas e não fazia a mínima questão de esconder isso! Achava tudo aquilo uma banalidade.
Milo se despede da bela loira que estava com ele, desistindo de torná-la lanchinho da madrugada e sente alguém passar atrás dele, sendo atraído imediatamente pelo perfume e algo mais vindo dessa pessoa. Vira-se vagarosamente para ver a criatura que chamou sua atenção.
Leves e sedosos fios de uma cor azul-petróleo passam em frente aos olhos de Milo, movendo-se suavemente de um lado para o outro, exalando um perfume marcante e instigante. O olhar do vampiro se fixou na bela figura daquele jovem, que depois de passar por ele vira lentamente o rosto. Tudo pára e nenhum deles nada vê ou sente, quando seus olhares se encontram. As safiras de Milo se viam refletidas pelas íris de um tom azul apenas um pouco mais clara que os seus.
Para o vampiro não havia mais nada. Tudo parecia ter desaparecido e ficado apenas aquele jovem de franja longa que lhe caía nos olhos, os lábios entreabertos, a pele alva e uma feição quase perdida naquele exato momento.
Sentia-se desnorteado olhando dentro daquele azul profundo e distante daquele jovem que continuava andando elegantemente, até que por fim o contato visual foi quebrado, quando o jovem fecha os olhos e então volta a sua atenção para o caminho que seguia.
" Está tudo bem, Senhor?", Perguntou Aldebaran ao ter visto por um segundo o olhar de seu chefe meio perdido, o que era estranhíssimo!
" Ah, sim!", Respondeu, voltando ao olhar indiferente de antes. Balançou levemente a cabeça e continuou seu caminho naquele lugar irritante.
Milo ainda o acompanhava com o olhar, não ouvindo nada que acontecia ao seu redor! Todos os seus sentidos estavam focados naquele jovem...
" Quem... É ele?", Perguntou-se em voz baixa, curioso.
" É o Presidente das Empresas Aquárius!", Respondeu um garçom que o chamava há algum tempo, tentando servi-lo. Milo olha para o garçom e depois volta seu olhar para o jovem que caminhava em direção a uma mesa mais afastada.
Aldebaran, com um sorriso simpático nos lábios, cumprimenta Shura e dá passagem para seu chefe, que olha para o Vive-Presidente de sua Empresa, Shura. O espanhol se encontrava com o queixo apoiado na mão esquerda, enquanto na direita, balançava uma taça de vinho, sorrindo ao ver o francês.
" Boa noite, Camus! Achei que não viria!", Falou de maneira educada. Seus olhos brilhavam de forma quase eufórica.
" Boa noite!", Respondeu friamente, olhando o homem a sua frente. Shura vestia um blazer preto com detalhes em ouro, que o deixavam lindo e de certa forma sedutor!
Shura ergueu uma sobrancelha, olhando Camus. Os longos fios azul-petróleo estavam soltos e caíam-lhe sobre os ombros e costas como cascata, vestia um blazer finíssimo na cor azul marinho com detalhes feitos a mão em ouro branco. Os olhos azuis indiferentes, porém penetrantes, sustentava o ar sério e controlado de Camus.
" Camus, Camus... Isso é cara de se mostrar em uma festa?", Shura perguntou, balançando a cabeça de um lado para o outro em negação e logo em seguida suspirando, já resignado.
" Você sabe que eu acho isso perda de tempo! Não sei nem como você me convenceu a vir.", Disse, se sentando logo em seguida e olhando tudo à volta dele com reprovação. Só o caminho até a mesa foi irritante, tendo que parar para cumprimentar aqueles que lhe davam um 'boa noite'.
Shura sorriu, vendo as feições de insatisfação de Camus.
" Que perda de tempo! Seria mais proveitoso estar em meu escritório analisando aqueles projetos.", Falou, sentindo uma vontade louca de sair dali e voltar para seu adorado e organizado escritório.
" Você não se cansa de ficar só trabalhando?", Shura pergunta. Sempre tentara, mas não conseguia entender de onde o francês tirava tanta disposição para ficar horas e horas trabalhando, analisando projetos e propostas. Tudo naquela empresa tinha a supervisão dele, mesmo Camus tendo toda uma equipe altamente responsável e capacitada para fazer tal coisa.
" O que me cansa são essas futilidades!", Falou, visivelmente contrariado, apontando discretamente para as pessoas na festa, que se encontravam rindo, bebendo, dançando, paquerando... Simplesmente se divertindo!
Aldebaran abafa uma risadinha ao ver a cara de desolação de Shura, que tentava em vão argumentar com o irredutível Camus. A festa continuava animada, cheia de pessoas jovens que dançavam e se divertiram, sendo observadas pelos mais velhos, saudosos da juventude perdida. Toda essa agitação em contraste com a presença séria e fria de Camus, que apenas depois de uns vinte minutos de insistência por parte do indignado espanhol, aceitou tomar uma bebida. Camus não gosta muito de bebidas, tomava muito raramente e geralmente o fazia quando estava sozinho, em momentos tranqüilos em que se encontrava na solidão de seu lar.
As batidas incessantes da música já estavam deixando Camus louco e muito irritado. Aquilo parecia mais o inferno de tão barulhento! Levantou-se rapidamente, portando uma feição séria e sendo observado pelo espanhol, que se assustou com seu movimento.
" Aonde vai?", Shura perguntou ao ver Camus se levantando tão apressadamente.
" Ao terraço.", Respondeu rispidamente. Sua cabeça parecia que ia explodir de tanto que já doía!
" Ah! Eu vou com você!", Shura disse, já começando a se levantar, mas foi cortado pelo francês.
" Não será necessário!", Respondeu e saiu sem deixar tempo para Shura dizer alguma coisa. Ele fez um movimento para Aldebaran, indicando que queria ficar sozinho e o mesmo acionou os outros seguranças, ordenando que a atenção fosse redobrada.
Shura fica observando o elegante francês caminhar decididamente em direção ao terraço. Suspira profundamente e fecha os olhos por um segundo. Além de trabalharem juntos, Shura e Camus eram amigos desde a adolescência, mas o espanhol nunca conseguiu quebrar a barreira de gelo imposta por Camus. O francês sempre fôra perfeccionista ao extremo, sério... Nunca conseguiu um sorriso de verdade daqueles lábios avermelhados e tão convidativos!
" Tsc! O que é necessário para te tirar dessa esquife de gelo?", Shura perguntou-se irritado e sorvendo o vinho de uma só vez. Aquela indiferença de Camus a tudo e a todos o deixava deveras irritado, indignado na verdade!
Os olhos de Shura se voltam para o local onde Camus havia saído. Às vezes tinha vontade de esbofeteá-lo e dizer 'Reaja! Viva de verdade!', mas sabia que se insistisse muito, perderia o pouco que já conseguiu e com certeza, isso ele não arriscaria!
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Camus entrou no elevador, passando por uma bela pilastra enfeitada com desenhos gregos. Sua cabeça já latejava e ele não viu que era observado minuciosamente por um par de olhos azuis.
Milo viu Camus entrar no elevador e subir para o terraço. Desde que o viu, ficou fascinado com a aura cálida que o envolvia. Mesmo aparentemente ele demonstrando apenas indiferença e melancolia... Sabia que havia algo a mais nele! Essa ambigüidade o atraiu mais que tudo! O belo vampiro pegou duas taças de vinho bem antigo, do mais refinado e dirigiu-se com um sorriso de satisfação para o local onde se encontrava o jovem que o fascinara!
Camus chega ao terraço e suspira, aliviado por ter seus tímpanos salvos daquela música infernal. Como podiam escutar aquele tipo de música? Se é que poderia se considerar aquelas batidas incessantes de músicas!
Ergueu seus olhos azuis e se pôs a observar aquele céu sem nuvens. O silêncio ali em cima era tudo o que ele mais gostava! O vento balançava seus longos cabelos e ele pensava em como seria bom ter aquela sensação de bem-estar para sempre.
Milo, que já estava no terraço o observando há alguns minutos começa a se aproximar, mas ouve um barulho e fica escondido na escuridão, apenas observando sua deliciosa presa, esperando o momento certo para agir. Teria que ter paciência, mesmo essa não sendo sua maior qualidade!
De dentro de elevador sai um garoto de lindos cabelos loiros e olhos azuis claro, que vestia um lindo terno branco com detalhes em azul. Sorria e caminhava elegantemente até onde se encontrava Camus.
" Mestre Camus!", O jovem diz suavemente.
" Ah! Hyoga!", Camus se vira, tirado de seu devaneio. Os longos fios azul petróleo se movem suave e a feição de Camus se torna mais terna e gentil ao ver o loirinho.
" O que está fazendo aqui, Mestre?", O garoto pergunta se aproximando mais.
" Ah, Hyoga! Não me chame de mestre, eu não ensino mais a você!", Falou com uma feição relaxada e seus lábios se curvam em um leve sorriso.
"Quem é esse loiro capaz de fazer minha presa se mostrar?", Milo perguntava-se e pensamento.
Durante todo o tempo que o observou, percebeu que ele não se abria para ninguém, nem mesmo para o espanhol que tinha claras segundas intenções para com o francês. Não sabia como o jovem não notava isso, mas essa era a verdade! O francês chamava a atenção onde quer que fosse! Estreita os olhos, observando com mais afinco o que o loiro dizia a sua... Presa da noite!
Hyoga olha para Camus e sorri docemente.
" Ah, Camus... Pra mim...", Ele se aproxima, ergue a mão direita e toca a face de Camus, acariciando-a.
Milo sente ânsias de avançar naquele loiro idiota! Como ele ousa tocar na sua presa e com tais intenções! Isso era inadmissível!
" Você sempre será o meu Mestre!", Disse, ainda acariciando a face de Camus, que fecha os olhos.
" Só você mesmo!", Diz calmamente e reabri os olhos, colocando a mão sobre a do loiro e a tirando de seu rosto. Camus fica observando Hyoga... Ele havia crescido muito, estava se tornando um rapaz muito bonito!
" Está se divertindo?", Camus resolveu quebrar o silêncio perturbador que havia se instalado entre eles.
" Um pouco. Me divertiria mais se você estivesse lá!", Hyoga falou, com um sorriso ligeiramente malicioso.
Camus balança a cabeça e acaba por se debruçar sobre o parapeito, olhando a cidade.
" Não sou boa companhia.", Disse por fim, sem olhar para o loiro.
" Você é bom de qualquer jeito!", Falou em um tom baixo, olhando Camus de cima a baixo. Ele era tão lindo e perfeito!
Devido à educação que teve, Hyoga era muito mais maduro que os 'garotos comuns'. Como Camus, ele mantinha um ar ligeiramente frio, mas não com seus amigos, ao contrário de Camus, que era fechado com todos. Sabia que era o único que conseguia quebrar parte da barreira de gelo imposta por ele.
"Não sou mais uma criança!", Hyoga pensou.
Foi se aproximando lentamente e Camus se virou, sem entender o que ele queria. Hyoga sabia que não podia ir com muita pressa, não podia ir com muita sede ao pote, porque se não, Camus se afastaria! Abraça-o com força, ficando em silêncio.
" Hyoga!", Camus falou surpreso. Os braços de Hyoga estavam firmemente agarrados a ele e a cabeça do loiro encontrava-se afundada em seu peito.
" O que aconteceu, Hyoga?", Camus estava preocupado. Será que alguém fez algo contra ele? Acariciou os fios loiros com carinho, afinal, Hyoga era como se fosse um filho para ele.
Hyoga sorri ao ver que estava conseguindo quebrar o gelo de Camus e fazê-lo reagir. Apertou-se mais contra ele, sentindo os carinhos de Camus em suas costas, como se tentasse consolá-lo por algo que ele havia passado ou coisa assim. Pelo visto o plano dele estava dando certo!
Ocultado pelas sombras, Milo coloca as taças em uma pequena janela e olha fixamente para aquele loiro de olhos azuis. Estava irritado com ele! Aquele loiro estava tentando pegar a presa dele e o belo vampiro não permitiria tal coisa! Os olhos azuis foram escurecendo e se tornando vermelho... Tão vermelhos quanto sangue! Ele ergue a mão direita e aponta o dedo indicador em direção ao loiro. Sua unha se torna uma garra longa e fina, ficando avermelhada. Em uma fração de segundos ela brilha e Milo sorri.
" Ai!", Hyoga grita e leva a mão ao pescoço, sentindo o local formigar e ele ficar meio tonto.
" Hyoga!", Camus achava tudo cada vez mais estranho. Não estava entendo nada! Primeiro Hyoga age como se estivesse com um sério problema e agora ele grita e se afasta, tendo uma feição confusa na face.
" Você está passando mal?", Perguntou, exigindo uma explicação.
" Eu... Eu acho que... Vou entrar um pouco...", Disse com um olhar distante, saindo meio zonzo, ainda com a mão no pescoço, onde havia uma perfuração minúscula do tamanho de uma agulha.
Camus ficou olhando Hyoga, que entrou no elevador e voltou a festa. Não entendeu a atitude do loiro e ficou preocupado. Ele não costumava agir assim. Teria que conversar com ele depois, com calma. Tinha que descobrir o que estava acontecendo! Voltou seu olhar para as estrelas, passando a admirá-la, voltando a desfrutar o silêncio que se instalou no local.
" Lindo!", Uma voz rouca e sensual corta o silêncio.
Camus se vira e seus azuis se encontram com aquelas belas safiras brilhantes. O vento balançava os revoltosos e levemente encaracolados cabelos azuis arroxeados do vampiro. O jovem vestia uma calça preta bem colada ao corpo com alguns cortes verticais na coxa e ao lado um pouco maiores, o tecido imitava jeans, mas era bem mais fino e macio. Estava com uma bota preta que possuía algumas fivelas. A blusa de manga longa e gola alta era vermelha e completamente transparente, deixando Camus ver o tórax definido do belo jovem. Sentiu seu corpo estremecer completamente, mas sua feição ainda era impassível.
" Quem é você?", Perguntou friamente, lembrando-se de que ele era o jovem que viu ao entrar na festa.
Milo sorriu e caminhou até Camus, erguendo em direção a ele, uma das taças de vinho.
" Eu me chamo... Milo!", Respondeu com sua costumeira voz sensual, olhando languidamente para Camus.
"Milo...", O francês sentiu-se arrepiar, mas manteve-se com a feição normal. Ficou olhando para o vampiro e via a taça que ele lhe oferecia.
Ergue a mão e a pegou, sentindo uma corrente elétrica passar por seu corpo ao tocar de leve na mão do jovem. Encostou-se no parapeito e ficou olhando para ele. Não conseguia desviar o olhar! Levou a taça aos lábios, sorvendo um pouco de vinho e deixando os mesmos molhados e avermelhados, para delírio de Milo.
" Obrigado!", Falou educadamente e desviou o olhar. Sentia-se estranho!
Milo se aproximou mais de Camus e bebeu um pouco de vinho, vendo que o jovem Presidente da Aquárius voltou a olhá-lo. Ficaram se admirando mutuamente por longos minutos sem nada dizer. Camus abriu os lábios para falar algo, mas não conseguia. O que este rapaz estava fazendo com ele? Por que se sentia assim?
" Você é tão lindo!", Milo disse rouco.
" ...!", Camus continuou a olhá-lo impassível. Não entendia o que estava sentindo.
" Por que se esconde?", Falou com um sorriso nos lábios, acariciando os fios azul petróleo e levando aos lábios, passando-os pelo mesmo e sentindo o perfume que ele emanava.
" ...!", Camus o olhou indignado e tirou seus cabelos da mão dele.
" Hum... Perfeito!", Falou, sorrindo maliciosamente.
" Como entrou aqui?", Perguntou, mostrando-se bravo.
" Você não respondeu. É tão lindo! Por que se esconde?", Sorriu sensualmente.
" Não lhe devo explicações!", Falou indiferente, mesmo sentindo seu corpo estremecer por estar tão perto dele. Perguntava-se porque e... Como aquele rapaz podia falar e agir assim com ele? Nem se conheciam! Que atrevimento!
" Sua cara de bravo o deixa tão sexy!", O vampiro falou, sorrindo maliciosamente e passando a língua nos lábios, imaginando o sabor do sangue dele!
Camus o fuzilou com o olhar e viu Milo sorri ainda mais. O vampiro havia notado que as batidas do coração de Camus estavam mais aceleradas quando o viu e que esta reação nada mais era do que uma tentativa inútil de negar o quanto se interessou por ele!
O francês estava indignado! Desencostou-se do parapeito e foi em direção a porta. Ele que não ia ficar escutando as palavras que aquele... Aquele... Aquele rapaz bonito falava! Parou bruscamente no lugar ao notar no que acabara de pensar. O que foi esse pensamento? Ficou mais irritado e caminhou mais rápido.
" Calma! Por que a pressa?", Milo entrou na frente do francês, impedindo-o de chegar a porta. Sorveu mais o vinho, olhando ainda sensualmente para Camus. Sentia-se atraído pela dualidade existente naquele ser e a beleza dele era tão... Não tinha palavras para descrevê-lo! As características de Camus foram um fator decisivo em sua escolha. Queria aquele francês e o teria!
" Poderia sair da frente?", Falou sério. Queria sair de perto dele, mas ao ver aquela carinha de cachorro sem dono feita por Milo, ficou parado no mesmo lugar.
" Estou impressionado em como alguém tão jovem administra tão bem uma Empresa como a Aquárius!", Milo falou sorrindo.
Camus suavizou o olhou. Gostava de ter o seu trabalho reconhecido!
" É uma coisa simples!", Disse calmamente.
" Não seja modesto. Você é um gênio!", Milo falou com convicção, vendo um quase e imperceptível sorriso nos lábios de Camus. Sabia como não assustá-lo demais!
" Não estou sendo!"
" Não acha difícil?", Perguntou o vampiro, se aproximando mais, ficando bem perto de Camus e este recuou um passo. Sentiu que o coração dele estava mais... Acelerado!
" Eu gosto do que faço!", Disse e olhou no relógio, vendo as horas já avançadas.
" Eu também gosto... Muito...", Disse sensual e acariciou a face de Camus.
" Eu... Tenho que ir.", Camus falou perturbado e arrepiado com o toque do vampiro.
" Mas já!", Perguntou, enrolando seus dedos nos cabelos da nuca de Camus.
Camus estava paralisado. Nunca permitiu que ninguém fizesse tal coisa com ele... Nunca permitiu que o tocassem e Milo... Ele estava...
" Eu gostei muito de você... Camus!", Falou sensualmente o nome do francês.
Camus tentou se afastar, mas Milo o segurou e o puxou para si, tomando aqueles lábios de forma possessiva. O francês tentou se desvencilhar daqueles lábios em vão, deixando o copo de vinho cair no chão. Sentiu a língua quente de Milo entrando em sua boca, explorando cada canto. Queria espernear e esmurrá-lo por tal atrevimento, mas simplesmente não conseguiu e deixou-se ser beijado de forma tão lânguida pelo rapaz desconhecido.
Milo se deliciava com o sabor daquela boca, apertando o corpo do francês, segurando com firmeza a cintura dele. Ouviu o barulho do elevador e Camus, em um surto de consciência, o empurrou, olhando ofegante para ele. Milo apenas sorri.
A porta se abre e Hyoga sai, sorrindo para Camus, mas seu sorriso some ao ver o rapaz de cabelos azulados.
" Aconteceu alguma coisa?", O loiro pergunta a Camus.
" Não.", Camus respondeu. Seu coração ainda batia descompassadamente.
" O Aldebaran disse que se você quiser ir, está tudo pronto pra sua partida!", Falou, olhando Milo de cima a baixo e não gostando daquele rapaz estar perto de Camus. Alguma coisa havia acontecido ali. Ele tinha certeza!
" Obrigado, Hyoga. A propósito, este é Milo.", Disse Camus. Tinha que fingir que nada aconteceu para o loiro não desconfiar.
" Olá, Hyoga!", Milo diz em um tom sarcástico.
" Olá... Milo!", Hyoga fala em um tom irritado. Não gostou daquele moreno!
"Por que eu deixei ele me beijar?", Camus nem notou as farpas que os dois trocavam só com o olhar. Estava mais preocupado com suas atitudes, ele não era assim! Milo de certa forma, lembrava-lhe um antigo cliente da Aquárius, que também possuía longos cabelos azuis e olhos em tom esverdeados.
" Como subiu até aqui sem ninguém te ver?", Perguntou Hyoga. Achava-o suspeito!
" Hum... Entrei pela porta. Se os seguranças não me viram é porque são incompetentes!", Deu um sorriso de puro sarcasmo e superioridade.
" Pois não devia estar aqui!", O olhar do loiro queimava de raiva.
" Vou aonde eu quiser!", Respondeu e passou a mão pelos cabelos, ignorando o loiro.
" Ora seu...", Hyoga queria voar no pescoço daquele moreno arrogante.
" Eu... Vou indo!", Camus disse, ainda com o pensamento distante, saindo pelo elevador sem olhar para trás.
" Ah! Mestre Camus!", Hyoga tentou segui-lo, mas o elevador se fechou antes dele entrar.
" Você não tem chances!", Milo disse.
Hyoga se virou para responder, mas Milo havia desaparecido. Olhou para todos os lados, mas ele não mais se encontrava lá.
OOO
De volta ao salão de festas, Camus se aproxima da mesa de Shura. Andava em passos apressados e sua feição não era das melhores! Shura conversava com algumas pessoas, mas estas saíram de sua mesa, quando viram o "Príncipe do Gelo", como era conhecido Camus na mídia, se aproximar.
" Eu vou indo!", Camus disse apressadamente.
" Aconteceu alguma coisa, Camus?", Shura perguntou ao notar algo diferente nele.
" Nada!", Falou, com cara de poucos amigos.
" Te livrei de fazer um discurso!", Disse com um meio sorriso.
" Ainda bem.", ¬¬
" Tem certeza que está bem?", Shura insistiu.
" Eu vou indo. Tenha uma boa noite!", Falou e foi caminhando em direção ao elevador.
Camus não tinha cabeça para nada. Não pensava sobre o motivo de Hyoga agir daquela maneira, não pensava em festa ou o motivo dela ter sido dada... Pensava apenas em como pôde se deixar beijar daquela forma! Aquilo foi ridículo! Mas... Não sabia porque... Simplesmente não conseguiu lutar contra, Milo era tão...
Entrou no elevador particular e apertou o botão térreo, recostando-se na parede do fundo e fechando os olhos. A porta foi se fechando, mas antes dela se fechar completamente, uma figura sexy adentra o local. Camus escuta o barulho dos passos deste e abre os olhos e ele vê Milo, sorrindo sensualmente para ele.
" O que faz aqui?", Perguntou, sentindo-se inconfortável com ele ali.
" Não acredito que ia embora sem se despedir de mim como se deve!", Sorriu mais.
" Como!", O.O Camus não conseguiu ficar impassível dessa vez, mostrando-se surpreso com as palavras dele.
" Eu também estou indo embora!", Milo se encosta à parede ao lado da porta.
" Hum...", Camus fecha os olhos e fica quieto. Começou a tentar pensar nas propostas que iria ter que analisar. Não queria conversar com Milo, não queria olhar pra ele! Como pôde se deixar beijar assim!
Milo ficou olhando as formas delicadas, porém não femininas de Camus. O ar sério... Aquela cara de bravo... Como aquela face brava o deixava excitado! A pele dele era bem clara e tão macia... Adorou ter tocado nela e iria fazer isso de novo!
De repente, em um tranco forte, o elevador pára e as luzes se apagam. Ambos se seguram nas paredes e notam que o elevador parou completamente. Eles se olham, estava escuro lá dentro. Camus tenta ligar para a portaria, mas o telefone de emergência não funcionava.
" Droga!", Falou e conseguiu ligar uma lâmpada de emergência, mas ela era tão fraca, que o ambiente ficou na penumbra.
" Que prediozinho, hein?", Milo ri sarcástico.
" ...!", u.u Camus ignora e fica recostado na parede do fundo do elevador.
" Pelo visto, teremos de esperar.", Milo suspira e suas safiras fitam um irritado Camus ao fundo. Passa a língua nos lábios.
"Hum... Isso saiu melhor do que a encomenda!", Pensou maliciosamente.
"Droga, por que tive que vir a essa festa?", Camus pensava, amaldiçoando a si mesmo.
OOO
Duas horas haviam se passado e o problema não havia sido resolvido. A luz do prédio estava funcionando e os técnicos não conseguiam achar o problema presente no elevador.
Lá dentro, Camus começava a passar mal devido ao calor. Havia nascido na França, mas passou uma parte de sua vida morando na Sibéria. Era acostumado com ambientes frios e... Aquele local estava muito quente. Retirou o blazer e ficou respirando mais pesadamente, virando-se para Milo, que o olhava fixamente.
" Você está bem?", O vampiro perguntou preocupado.
" Não! Está quente demais...", Respondeu se abanando com o blazer.
" ...!", õ.o Milo achou a temperatura normal. Já estava acostumado!
" Não está sentindo calor?", O francês perguntou abismado.
" Não! Eu nasci na Grécia, a temperatura aqui não me incomoda!", Disse, olhando-o. Nessas duas horas que ficou ali com ele, havia decorado cada pedacinho daquele corpo. Podia ter atacado e se alimentado dele, mas a beleza de Camus era tanta que... Não conseguiu evitar de ficar admirando-o e sabia que Camus tentava evitá-lo de todas as formas.
" Arg... Não sei como agüenta!", Camus falou e jogou o blazer no chão.
"Maldito ventilador que não funciona. Vou processar o dono desse prédio!", Camus praguejava em pensamento. Daqui a pouco iria virar churrasquinho ali!
Estava quente demais. Não iria agüentar! Virou-se de costas para Milo, sentindo até um pouco zonzo. Por que tinha que fazer tanto calor? Não ia dar certo, estava muito quente! Em um ato de desespero, Camus abriu sua blusa cor gelo e a tirou, abanando-se com ela. Não conseguia pensar em mais nada a não ser no calor maldito que sentia. Nem mais se lembrava que Milo estava ali com ele! Encostou a testa na parede e ficou quieto.
Milo o olhou e sentiu sua respiração falhar e ficou ainda pior quando viu Camus jogar a blusa branca no chão e segurar os cabelos, erguendo-os e deixando as costas nua. A boca de Milo se abriu e ele sentia sua excitação aumentar mais.
Camus agredia verbalmente o calor maldito que ali fazia. As safiras de Milo observavam as costas definida e alva dele. Seu olhar foi descendo e parou sobre as nádegas durinhas e as coxas grossas e roliças. Sentia seu sangue ferver enquanto observava cada parte do corpo do belo francês.
" Maldito calor...", Milo ouviu o sussurrar de Camus.
Não ia mais se conter! Completamente excitado, Milo não conseguiu se impedir de se aproximar de Camus. Abraçou-o por trás e prensou o corpo dele na parede fria do elevador, beijando a nuca dele.
" O que está fazendo?", Camus perguntou no susto, completamente desnorteado e recebe como resposta uma longa e molhada lambida, que saiu de sua nuca e foi parar em sua orelha.
" Aaahhhh... Você inteiro é uma perdição...", O vampiro disse roucamente, pressionando seu corpo contra o dele e prensando-o mais contra a parede.
" Me solta!", Camus praguejava sem parar e então pára repentinamente ao sentir certo volume pressionando-o. Sua boca se abriu ao notar perfeitamente o quanto o grego estava excitado.
Camus estava completamente desnorteado, sentia a mão ligeiramente fria de Milo em seu abdômen, acariciando-o levemente. Sentia o hálito quente do jovem em sua orelha e seu coração dispara quando sente o outro se esfregar contra si. Estava tão desnorteado, que não tinha uma reação!
" Como pode! Você me deixa tão... Hum... Louco!", Milo falou, mordendo o lóbulo da orelha de Camus. Não sabia o que ele tinha para atraí-lo tanto! Camus era humano, mas mesmo assim, Milo se sentia louco por ele! Ficou beijando o ombro dele, fechando os olhos e sentindo o calor que aquele corpo emanava.
" Me larga, seu maldito!", Camus tentava se soltar em vão, pois Milo era muito forte e ele nada conseguia fazer. Sentiu a mão de Milo descer e então tocar seu membro, o que o fez se remexer mais, mas isso apenas deixava o outro rapaz mais excitado.
Milo passou a beijar e lamber o ombro direito de Camus, às vezes dando leves mordidas. Sua mão acariciava o mamilo e o membro de Camus, ainda mantendo-o prensado na parede e de costas para si, não dando atenção às ameaças e os xingamentos do francês.
" Me larga!", Camus falou, mas pára ao sentir Milo apertar seu membro e começar a massageá-lo por cima da calça social.
Milo não sabe como, mas Camus se virou enfurecido e o empurrou. Os olhos azuis de Camus faiscavam de raiva. Como aquele grego podia fazer isso com ele? Era muita audácia! Milo ainda portava um sorriso debochado e sensual nos lábios, o que irritava mais ainda Camus.
" Fica mais lindo irritado!", Milo disse, olhando a feição irritada do outro.
" Cala a boca!", Camus falou, avançando em Milo e com rapidez, lhe dando um soco na face esquerda.
" Bela direita!", Falou, erguendo a face e sorrindo.
Camus apenas estreitou os olhos e deu um soco de esquerda. Os cabelos de Milo cobrem seu rosto e ele fica parado. O belo vampiro leva a mão à boca e havia uma gota de sangue nela, olhou para Camus... Ele, para um humano era bem forte e... Isso o tornava ainda mais lindo!
" Acha que pode fugir de mim, Camus? Fugir de algo que você também quer?", O vampiro perguntou se aproximando e vendo a perna direta de Camus voando na direção de sua cabeça.
Com um movimento rápido, Milo segura a perna de Camus e com sua velocidade, ele se coloca atrás do francês, segurando-o com força. O francês se debatia em vão! Camus estava impressionado com a velocidade de Milo. Como ele se moveu e apareceu atrás dele? O vampiro o segurava pela cintura e mesmo levando cotoveladas, ele não se movia ou falava nada.
" Foi você que me chamou, Camus...", Milo sussurra no ouvido dele.
" Você é louco!", Camus pergunta, tentando se soltar e sente novamente a mão de Milo acariciando-o por cima da calça.
" Você me chamou... Ao mostrar-me a sua solidão...", Começou a beijar-lhe o ombro.
" ...!", Camus se debatia, mas era complicado se soltar. Milo não parecia estar fazendo forças para mantê-lo no local.
" Você é igual a mim...", A voz sussurrada do vampiro chega aos ouvidos de Camus.
O belo francês começava a se sentir desnorteado, sentia-se estranho... Milo beijava-lhe a orelha e o pescoço e suas mãos acariciavam seu abdômen e membro. Eram carícias leves, mas extremamente sensuais como o dono delas... Camus se dá conta do que se passava em sua cabeça e se surpreende, tentando novamente se soltar, mas foi mais apertado por Milo, sentindo toda a excitação do mesmo.
Não o conhecia! Havia visto Milo quando entrou na festa e depois quando este veio falar com ele, dizendo como ele era lindo. O olhar melancólico e sensual... Ele possuía uma feição de alguém que dizia 'venha cuidar de mim', mas o que ele tinha a ver com isso? E por que começou a pensar nessas coisas? Aquele rapaz era um tarado, um louco, isso sim! Sentiu a mão dele adentrando sua calça e tocando em seu membro, sem que nada pudesse impedir.
" Você é tão lindo! Tão delicioso!", Sussurrava Milo ao ouvido do francês, enquanto distribuía beijos ora ternos ora ardentes no pescoço e ombro dele.
Aquilo era loucura! Como poderia estar começando a... Gostar daquilo! Isso era ilógico! Não devia estar acontecendo! Tentou novamente se soltar, mas não conseguiu. Podia gritar, mas de que adiantaria?
" Você não gosta dos meus toques... Camus?", Falava sussurrando sensualmente no ouvido dele, fazendo movimentos circulares com os quadris, enquanto massageava o membro dele delicadamente.
Camus desejava continuar mantendo sua postura impassível, mas tudo estava contra ele! Os toques delicados e ao mesmo tempo quentes de Milo... A voz sussurrada dele... O calor e perfume que aquele corpo emanava... Camus fechou os olhos e abriu a boca em busca de ar, quando Milo passou a apertar mais seu membro e passar a ponta do dedo na ponta de seu membro.
O vampiro mordiscava a orelha de Camus e então abriu a calça dele, abaixando um pouco a cueca e passando a masturbá-lo lentamente, fazendo um leve vai e vem e depois indo mais rápido e forte.
" Aaahhhh...", Camus não consegue conter um gemido rouco, enquanto sentia Milo manipulando seu membro.
Suas mãos seguravam os braços fortes e amorenados do grego. Era estranho, mas sentia-se envolto por uma aura... Era como se Milo exalasse um perfume exótico e envolvente que o deixava embriagado. Milo acariciava seu mamilo, enquanto o manipulava com mais força e rapidez.
Não conseguia mais sair daqueles braços, por mais que tentasse. Não tinha mais forças! Camus jogou a cabeça para trás, apoiando-a no ombro de Milo. Estava de olhos fechados e respirava descompassadamente.
Milo se deliciava, vendo como Camus se rendia a ele e aos seus toques. O francês não mais tentava se afastar e se excitava a cada segundo que passava. Milo o beijava e mordiscava o ombro e o pescoço alvo de Camus, apertando o mamilo deste e sentindo como este estava enrijecido por causa de sua carícia. Ouvia os baixos gemidos de Camus e sentia os leves e quase imperceptíveis movimentos que sua bela vítima fazia para acompanhar o movimento de vai e vem que ele fazia.
O vampiro terminou de abrir a calça de Camus, deixando que a calça social deste escorregasse pelas coxas torneadas e então o virou de frente e o encostou-o a parede do elevador, olhando-o nos olhos. Como havia ficado tão encantado assim por ele? Milo não sabia! A única coisa que ele sabia era que o queria mais que tudo!
Seus azuis se encontraram e Camus sentiu-se perdido dentro das duas safiras maliciosas e sexy de Milo, que lambeu os lábios bem sensualmente em uma provocação. Como permitia que ele fizesse isso? O francês não sabia a resposta!
Milo ficou a admirar a face de prazer e confusão de Camus. Em seus séculos de existência, ele nunca tinha visto nada mais belo! A franja azul-petróleo cobria-lhe os olhos e os longos fios sedosos caíam-lhe sobre os ombros... E o coração dele... Este era ainda mais lindo!
Ficaram em uma admiração mútua por longos minutos. Os olhos azuis um pouco mais escuros que os seus... Os cabelos azuis com reflexos arroxeados... A pele amorenada... O sorriso que demonstrava malícia, mas que ele podia ver jovialidade... Camus viu Milo erguer a mão e levá-la a seu tórax, passando os dedos levemente e descendo pelo abdômen, chegando por fim ao membro...
" Humm...", Camus não desviava o olhar do de Milo. O rapaz parecia atravessá-lo com seu olhar.
O vampiro aproximou seus lábios dos de Camus, que imediatamente fechou os olhos, sentindo sua boca ser tomada pela de Milo de forma doce e terna. Milo beijava, mordiscava e chupava os lábios de Camus, que começou a corresponder. Sem muito pensar, Camus enlaça o pescoço do moreno, entreabrindo os lábios em um convite mudo para que o outro o explorasse e assim foi feito pelo sensual vampiro com muito prazer! Suas línguas se tocavam em uma dança sensual e erótica e a mão de Milo novamente desce, voltando a masturbar Camus.
" Aaaahhhhhh...", Camus solta um longo gemido de prazer ao parar de beijar Milo. Segura-se firmemente nos ombros deste e morde o lábio inferior ante ao prazer que sentia.
Milo olhava fascinado a feição prazerosa de Camus, deliciando-se com os gemidos que escapavam daqueles lábios delicados e vermelhos pelo beijo que trocaram. Continuou a masturbá-lo e começou a beijar o pescoço do francês, descendo. Dava leves mordidas e lambidas no mamilo de Camus, ouvindo mais gemidos deste. Ajoelhou-se no chão e agora mordiscava a virilha de Camus, enquanto fazia um, ora rápido ora lento vai e vem com a mão.
" Aahh... Aaahhhhh...", Camus manteve os olhos fechados, se arrepiando todo com os toques daquele rapaz sensual chamado Milo.
O Presidente das Empresas Aquárius sentia-se perdido no mar de sensações proporcionadas por Milo. Levou a mão aos cabelos dele, segurando com firmeza os fios repicados do grego. Deixou escapar mais um longo gemido quando sentiu Milo morder sua virilha novamente e dar uma leve lambida em seu membro.
Milo parou e diminui o ritmo da masturbação, olhando para cima. Encontrava-se ajoelhado no chão, mantendo as pernas de Camus afastadas e ficava a acariciar a parte interna da coxa do francês com a mão esquerda, apertando-a de leve. Seus olhos brilhavam como chamas e seu brilho se intensificou quando o olhar de Camus recaiu-se sobre ele.
" Por favor...", Camus falou ofegante e corado. Estava excitado e não mais queria impedir o que estava sendo feito com ele... Tudo aquilo era loucura, não tinha lógica! Estava completamente entregue a um total desconhecido e por mais que isso fosse estranho, se sentia bem nos braços dele... Nos braços de Milo! Não queria mais pensar, queria...
" Você quer?", O vampiro perguntou, dando uma longa lambida no membro dele.
" Hummmm...", Gemeu, sem tirar os olhos de Milo.
" E então, meu lindo Príncipe?", Perguntou, sugando a cabeça do membro dele e então parando e olhando novamente para o mesmo.
" Aahhh... Milo...", Camus gemeu o nome do ser que o torturava. Quando o viu pela primeira vez achou seu olhar lindo... Achou Milo lindo... Algo nele o havia chamado a atenção, mas ele não deu importância na hora... Tinha mais o que fazer, mas neste momento...
" Não vai ficar com raiva de mim depois?", Perguntou manhoso e sedutoramente, afinal acabou por perder o controle e forçar aquela situação.
" Não... Aahhhh... Por favor, Milo!", Disse rouco. Já estava sentindo dor e... Sentir o calor da língua dele em seu membro, aquele olhar sobre ele...
Milo derreteu ao ouvir seu nome ser pronunciado com tamanha luxúria. O vazio que sentia dentro dele havia desaparecido. Após 50 anos, sentia-se realmente vivo após todos esses anos!
O vampiro grego engoliu todo o membro de Camus, ouvindo um grito de puro prazer e sentiu-o agarrar com mais firmeza seus cabelos. Lambia e mordiscava o membro dele, sugava apenas a ponta e depois engolia tudo novamente, fazendo um rápido movimento de vai e vem com a cabeça, levando Camus a loucura.
" Aahhhh... Aaahhh... Milo...", Camus gemia e segurava com mais forças os fios azulados de Milo, lançando a cabeça para trás e mordendo o lábio inferior, enlouquecido com o que sentia. Ele não mais pensava, apenas sentia aquela boca quente em seu membro, que fazia ondas de prazer varrer todo o seu ser.
Milo sentia sua excitação aumentar cada vez mais... A cada gemido de Camus, sentia que poderia chegar ao clímax, mas não... Ainda não... Tinha outros planos! Aumentou a sucção que fazia no membro de Camus, sentindo o corpo deste ser assolado pelos primeiros espasmos de prazer e intensificou mais os movimentos.
" Aaaaaahhhh... Milo...", Camus chega ao orgasmo de forma arrebatadora, derramando seu sêmen na boca quente de Milo.
O vampiro ouve seu nome ser falado languidamente em meio à respiração entrecortada e sentiu uma felicidade indescritível atingir seu ser. Sentiu Camus escorregar pela parede e o segurou firmemente, trazendo-o para se sentar em seu colo, agora que sentou. A cabeça de Camus estava apoiada no ombro de Milo e este acariciava suas costas e os longos fios azul-petróleo, vendo a respiração do outro se normalizar aos poucos.
Os azuis de Camus se encontravam com as escuras e brilhantes safiras de Milo. Ele era lindo! Algo nele... Não pôde concluir seu pensamento, Milo o beijou, invadindo sua boca com uma língua quente e atrevida, explorando seu interior, acariciando sua língua e fazendo com que reagisse e correspondesse ao beijo.
A mão de Milo aperta com força a coxa de Camus e ele intensifica o beijo. Camus começa a perder o ar e a mão de Milo vai até o local onde tanto ansiava, acariciando o meio às pernas de Camus.
" O que pensa que...?", Camus o olha e estremece ao ver o olhar lânguido de Milo.
" Não quer?", Perguntou, acariciando o membro e os testículos dele.
" Hummm...", Camus gemeu, olhando para as safiras de Milo.
Voltou a beijar os lábios de Camus, mordicando os lábios daquele francês que o fazia perder a cabeça. Ele, um vampiro de mais de 150 anos... Olhou naqueles olhos azuis e então retirou o sobretudo que ganhou de um homem na festa, colocando-o no chão e deitando Camus em cima dele. Viu os longos fios azul-petróleo espalhados pelo piso... Tão lindo! Ficou a acariciar o tórax dele enquanto levou três dedos a boca, lambendo-o bem sensualmente.
A mão de Milo fazia leves carícias no abdômen de Camus, que abriu seus azuis e ficou a olhar para aquele grego que abriu gentilmente suas pernas e se colocando entre elas. Elevou as pernas de Camus, que o olhava de uma maneira sensual e ao mesmo tempo perdida. Debruçou-se sobre ele e o beijou, levando seus dedos ao meio das pernas dele e o penetrando com um dedo.
" Humm...", Camus gemeu e Milo começou a mover o dedo lentamente.
Milo olhava aquela face linda sentindo prazer. Abriu mais as pernas dele, acrescentando o segundo dedo e ouvindo um gemido mais longo. Camus levava a mão à boca e mordia levemente, deixando Milo mais louco ainda.
Camus não pensava em nada, apenas sentia aquele prazer e aqueles dedos movendo-se dentro dele, deixando-o mais louco. Não conseguia se controlar com aquele grego a lhe olhar daquela forma... Na verdade, não queria mais se controlar!
" Aahhh... Milo... Eu...", Perdia-se nas palavras.
" Quer mais Camus?", Perguntou sensualmente ao ouvido dele.
" Aahhh... Sim...", O prazer que sentia era grande. Milo o tocava de forma e lhe enviar choques elétricos pelo corpo.
" Humm... Meu lindo Príncipe...", Milo colocou o terceiro dedo e moveu os dedos com mais força e rapidez dentro dele.
" Aahhh... Aaaaahhhhh...", Camus gemia mais a cada investida dos dedos de Milo dentro dele.
Milo se deliciava com os gemidos e face de puro prazer de Camus. O corpo dele era apertado e quente... Estremecia só de se imaginar dentro dele. Retirou os dedos sob o olhar inquiridor de Camus e sorri. O vampiro se ajoelha e retira a calça de couro preta, mostrando que não usava nada por baixo e vê Camus mordendo os lábios.
Os lábios de Milo novamente buscam os de Camus e ele coloca uma das pernas do francês em seu ombro e começa a penetrá-lo lentamente, ouvindo um gemido de dor e prazer sair da boca de Camus. Investia lentamente.
" Humm...", Camus gemeu incomodado.
Milo entrava cada vez mais no corpo de Camus, segurando-o firmemente a cintura dele e adentrando cada vez mais. O francês respirava ofegante e então, Milo se via completamente dentro dele.
" Ah, Camus... Você até parece virgem...", Milo falou, ofegante, olhando-o.
" ...!", Camus nada disse a apenas virou o rosto, corado.
" Humm... Me deixa mais excitado assim!", Comentou com um lindo sorriso nos lábios.
" ... Aaahhhh...", Camus não pôde deixar de gemer quando o vampiro remexeu-se dentro dele, enviando ondas elétricas por todo o seu corpo.
" Isso Camus... Sua voz é tão linda! Me deixe ouvi-la...", Milo falava, segurando com força a cintura de Camus e saindo lentamente de dentro dele e entrando com mais rapidez.
" Aahh... Aahhhhh...", Camus gemia a cada investida que o grego fazia em seu interior. Os lábios carnudos e sensuais de Milo começaram a passear pelo pescoço de Camus.
O moreno movia-se com maestria no interior apertado e quente de Camus, o perfume da pele dele, a voz suave dele enquanto gemia... O calor daquele corpo... Os azuis de Milo se abrem e íris cor de safira vão se manchando, se tornando cada vez mais vermelhas... Uma loucura tomava conta dele... Um desejo entorpecedor e insano enchiam todo o seu ser.
" Camus...", A língua de Milo acariciava todo o pescoço do francês, sentindo abaixo de seus lábios as veias pulsando... O sangue... A vida...
" Hummm... Aahhhh...", Camus sentia um prazer insano em seu ser, sentindo Milo arranhando seu pescoço, mordiscando-o... O perfume dele, a presença dele o deixava louco...
Milo começou a entrar e sair cada vez mais rápido de dentro de Camus, insano... Não estava mais conseguindo se controlar! Entrava com cada vez mais força, ouvindo os gemidos de Camus serem cada vez mais rápido, aquele calor o enlouquecia...
" Camus... Aaahhh... Camus...", Sussurrou no ouvido do francês.
Fazia movimentos rápidos e circulares, deixando Camus mais louco de prazer a cada segundo, suas íris, agora completamente vermelhas se abrem. Aquele calor... Não iria mais resistir... Suas presas crescem e ele passa a língua nelas e então, não mais resistindo a seu instinto natural, Milo morde o pescoço de Camus.
" Aaahhhhhhhhhh...", Camus gritou ao sentir uma fisgada em seu pescoço.
Milo sentia o sangue quente e ao seu ver, doce de Camus adentrar sua garganta de forma delirante... O sabor dele era delicioso. Passou a investir com mais força no corpo quente e humano de Camus.
" Aahhhhh... Milo...", Camus falou em um tom mais alto, sentindo uma onda de dor e prazer passar por todas as fibras de seu corpo. As investidas em seu interior eram rápidas e fortes e a fricção causada em pelo abdômen de Milo em seu membro estava fazendo-o se arrepiar totalmente.
O gosto daquele sangue o enlouquecia, tinha que ter mais... Movia-se cada vez mais rápido, sentindo seu próprio corpo ser atingido por ondas e mais ondas de prazer. Segurava Camus com possessividade e sentiu que ele estava próximo ao clímax final! Retirou suas presas daquele pescoço delicioso e se ergueu um pouco.
" Vamos, Camus! Me mostre o seu prazer...", Milo falou roucamente, passando a masturbá-lo.
" Aahhhhhh...", Camus gritou, arqueando as costas e lançando a cabeça para trás.
Sentir-se ser atingido sucessivamente naquele ponto tão especial em seu interior e aquela mão quente o estimulando era demais... Não conseguia mais resistir, fechou sua mão no sobretudo de Milo e sem poder se conter, derramou seu sêmen na mão do vampiro, sentindo o calor em seu corpo se espalhar e os espasmos, muito mais forte que o anterior, invadi-lo de forma arrebatadora.
Ao sentir o corpo de Camus se fechar em espasmos cada fez mais fortes, não pôde resistir também, lançou sua cabeça para trás, soltando um longo gemido de prazer, fazendo seu cabelo balançar e cair sobre suas costas como se fossem cascata, respirando de forma entrecortada.
Os olhos de Milo se abrem e seus ainda vermelhos fitam a face de Camus. Seus olhos fechados, impedindo que o vampiro visse aquelas duas esferas azuis, os lábios entreabertos e a respiração ofegante... Viu Camus passar a língua nos lábios, molhando-os e Milo suspirou mais profundamente, suas presas ainda a mostra.
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" Quando vocês vão resolver esse problema?", Pergunta um furioso Shura, extremamente preocupado com Camus.
" Calma, senhor! Já estamos resolvendo o problema.", Falou o gerente do hotel e ao ver o olhar fulminante lançado pelo espanhol, chegou a temer por sua vida.
" Vou processar o dono desse lugar por isso. Se algo acontecer com Camus...", Shura estreita o olhar, fazendo gerente do lugar gelar e suar frio.
Aldebaran supervisionava os técnicos e via o quanto eles eram incompetentes. Pediu licença ao técnico e começou a olhar o que havia de errado. Os técnicos o olhavam com deboche. O que um brutamontes daquele iria conseguir fazer? Alguém do tamanho dele deveria estar jogando basquete ou quem sabe futebol americano!
" Achei o problema!", Um largo sorriso se fez presente na face de Aldebaran.
" Como!", Os técnicos estavam bobos e receberam um olhar mortal do gerente.
" Quem quer que tentou sabotar o elevador, cometeu um erro!", Falou o brasileiro, já desfazendo o que havia de errado.
" Como assim?", Õ.o Perguntou Shura.
" A pessoa pretendia fazer o elevador cair ao anular à trava de segurança, mas ele cometeu um erro e o que fez, causou apenas a parada do elevador...", Aldebaran falou sério.
" Então era para o Camus...", Shura estava boquiaberto.
" Sim, era para ele estar morto.", Respondeu o brasileiro, se erguendo e indo com Shura em direção ao andar onde se encontrava o Presidente da Aquárius.
" Eu não acredito... Ainda...", Shura caminhava apressadamente até Camus.
" Tivemos sorte!", Aldebaran falou.
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Dentro do elevador, Camus encontrava-se aparentemente adormecido. Estava em completo abandono nos braços do vampiro grego. O vampiro ficava a admirar aquela bela face. Seus sentidos apurados haviam captado movimento. Estavam vindo para tira-los dali!
Havia vestido Camus e dobrou seu sobretudo de forma a quem ali viesse, não visse as marcas da noite quente que tiveram! Sorriu maliciosamente, passando a língua pelos lábios e limpando uma gota de sangue que ainda se encontrava nos mesmos.
" Você é realmente delicioso!", Falou o vampiro, acariciando a face de Camus.
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" Abre logo a porta!", Falou um Shura quase pulando nela e abrindo ele mesmo.
" Será que o Mestre Camus está bem?", Perguntou um aflito Hyoga.
" Calma, gente! Muita calma nessa hora!", Aldebaran disse, abrindo a porta.
Shura queria entrar logo lá! Ali devia estar muito quente e sabia que Camus odiava calor, além disso, ficar preso em um elevador durante tanto tempo devia ser claustrofóbico! A porta se abre e os olhos cor de jade vasculham o local a procura de quem tanto gosta.
" Camus...", Shura chama, vendo o corpo de Camus com...
Continua...
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Olá, gente. Como estão todos?
Peço desculpas pela demora em publicar um novo capítulo. Ele estava até escrito todo no caderno, apesar de eu ter colocado mais coisas... Esse lemon não era para estar nesse capítulo, mas resolvi mudar... Espero ter agradado com ele!
Eu estava com um sério problema de olhar para a página em branco do Word e nenhuma palavra ser digitada e como eu também tive que fazer Zlem cap 08 e Vestígios da Lua cap 04 antes, afinal tinha quase três meses que eu não fazia nada para essas fics... Fiquei meio boba de ter ficado tanto tempo sem escrever novos capítulos dessas fics!
Bem, mas aqui está o capítulo!
Agradeço a todos os que leram e em especial aqueles que comentaram.
Mey Lyen e Leona EBM, Obrigada por me aturarem no MSN e me incentivarem tanto. Se não fossem vocês, eu não teria vindo tão longe! Só vocês pra agüentarem as minhas crises...
Aika-Chan, Obrigada pelo apoio pelo MSN. Tô com saudades sua.
Kelen, Obrigada pelo e-mail. Eu também ofereceria meu pescoço pro Milo!
Ukio-Chan, Graças a você, acabei tendo várias idéias! -
Shinigami, Valeu pelo e-mail e... Temos que terminar aquele jogo menina!
Letícia, Seu e-mail foi muito importante pra mim. Obrigada pelo coments sobre Ilusões também.
Jéssica Baunwolle, O cap 01 foi pequeno, espero que este a satisfaça mais.
Dark-Dite, Muito obrigada pelos e-mails enormes que me mandou. Tô adorando conversar com você!
Lunah¸ Que bom que está gostando das minhas fics. Espero que este capítulo lhe agrade.
Obrigada a todas as pessoas que comentaram minha fic Ilusões. Os e-mails foram muito estimulantes pra mim. Estou com um sério problema de não conseguir abrir o meu e-mail, por isso não consegui pegar o nome das pessoas que comentaram essa fic. Assim que conseguir, os nomes de vocês estarão aqui!
Ofereço este capítulo a Kuu-Chan, pois foi graças a ela que a cena no elevador virou realidade. Muito obrigada, Kuu-Chan. Te adoro!
Mandem comentários, com eles, vocês me incentivaram muito!
Bem, eu prometo que tentarei passar o mais rápido possível o capítulo 03, que já escrevi no caderno, o mais rápido possível para o computador. Agora eu estou com mais tempo! -
Ah! Se você me mandou um e-mail comentando a fic e seu nome não está aqui, me avisem. Esses dias eu não estou conseguindo abrir o hotmail pra ver meus e-mails e não consegui pegar os nomes de todo mundo. Por isso me falem, pra eu colocar no próximo! Por favor, me desculpem!
25 de Janeiro de 2005.
22:51 PM.
Comentário Especial
Como visto, esta fic foi escrita há um bom tempo, mas só agora estou publicando essa fic no agradecer as pessoas que deixaram seu reviews no site.
Muito obrigada a Shakinha, Litha-Chan, Athena Sagara e Ophiuchus no Shaina. Fiquei muuuuuito feliz com cada um deles! -
Yume Vy
