Feitos Pra Seduzir

Capítulo 04 – Motivo Pra Te Matar...

O soberbo anjo da noite olhava radiante para o francês do outro lado do salão. Os fios azul-petróleo estavam presos em uma trança, deixada sobre o ombro direito, alguns fios próximos à orelha estavam soltos e a franja quase lhe cobria os olhos.

" Camus... Tão lindo!", Milo disse fascinado, começando a caminhar até ele.

" ...!", Máscara da Morte observava a cara quase abobalhada de Milo, enquanto este caminhava em direção ao rapaz de cabelos azul-petróleo e olhos azuis.

Milo não conseguia tirar os olhos de Camus. Ele usava uma roupa comum. Calça jeans num tom azul-marinho e uma blusa branca de manga longa mais larga, com alguns detalhes em azul-céu. Estava simples, mas elegante e... Completamente sexy a seus olhos.

O coração de Camus estava disparado e desejava loucamente sair dali antes que Milo chegasse até ele. Sua conduta no elevador tinha sido vergonhosa e o pior de tudo era que não saberia dizer se resistiria aos encantos daquele grego se este o agarrasse de novo.

"Isso é ridículo! O que eu estou pensando?", Perguntou-se e olhou para Milo.

Viu que o moreno vestia uma calça preta de couro e um colete da mesma cor, mas com um escorpião vermelho pintado. Os cabelos azul-arroxeados moviam-se delicadamente, enquanto ele caminhava de forma elegante e... Lânguida.

"Oh! Deus!", Camus exclamou mentalmente, seu coração mais acelerado.

" Hã... Eu vou...", Deu uns passos para trás. Tinha que sair dali agora.

" Espera aí, Camus! O melhor aluno vai se apresentar agora!", Shura diz, puxando o braço do francês e o mantendo no lugar.

" Mas eu...", Estava ficando desesperado para sair dali, principalmente ao ver Milo mais próximo, sorrindo de forma divertida e sexy em sua direção.

" Se sair daqui, não precisa mais falar comigo.", Shura diz, extremamente sério. Estava cansado do jeito anti-social de Camus e resolveu apelar para a chantagem emocional. Talvez desse certo.

Os dois ficaram se olhando e Camus deu-se por vencido. Eram amigos há muito tempo e o francês não desejava que Shura ficasse com raiva ou mesmo chateado. De qualquer forma, Milo não ousaria agarrá-lo na frente de todos. Cruzou os braços e assumiu sua feição impassível, tentando não pensar naquele... Rapaz.

" Hum...", Shura sorriu, ficando mais aliviado ao ver que Camus ficaria, mesmo estando com aquela cara amarrada.

" Háháháháhá...", Uma gargalhada insana corta o local, chamando a atenção de todos para um homem de cabelos azul-índigo.

" Quem é ele?", Um aluno pergunta.

" Sei lá! Parece doido!", O outro comenta.

" Que apresentação ridícula! Não passam de lixo!", Disse em sua arrogância natural. Um sorriso insano ainda podia ser visto em seus lábios.

" E quem você pensa que é pra falar assim?", Shura sai de onde estava e vai caminhando até aquele arrogante. Estava furioso. Ele não podia falar daquela forma.

" Eu! Alguém melhor que a escória!", Respondeu com um sorriso debochado.

" Pra tratar os outros assim, você é que deve ser a escória.", Disse, olhando dentro dos olhos azuis do homem de cabelos curtos.

" O que disse?", Máscara da Morte não acreditava na impertinência daquele humano. Sentiu uma raiva enorme invadir seu ser e caminhou em direção aquele rapaz de olhos cor de jade. Iria fazê-lo se arrepender.

Shura parou de andar e fitou aquele homem da cabeça aos pés. Ninguém falava tamanha injustiça assim dos alunos da Academia de Esgrima e saía numa boa. Pegou uma espada e lançou em direção ao outro.

" ...?", Máscara da Morte pegou a espada, olhando interrogativamente para Shura.

" Você se acha tão bom assim, então prove!", Shura disse, erguendo a espada e apontando para o moreno, desafiadoramente.

" Ora, seu!", Máscara da Morte se irritou mais ainda com a audácia de Shura.

Os olhos azuis levemente escurecidos olhavam o espanhol como se fosse matá-lo. Iria fazer com que aquele humano idiota se arrependesse de ter falado cada palavra. Não ia ter piedade! Ele era a morte e mostraria que não podia ser desafiado por um tolo como Shura.

As pessoas que ali estavam permaneceram em silêncio, observando atentamente cada movimento feito pelos dois homens. Os alunos torciam para que Shura, o mais habilidoso e forte membro da Academia vencesse aquele visitante idiota. Seus corações batiam acelerado e um misto de ansiedade e preocupação se faziam presentes dentro deles.

As espadas se chocam e Máscara da Morte se espanta com a forma que Shura se defendeu com tamanha facilidade. Continuou atacando, mas todos os seus golpes eram defendidos com maestria e Shura, mesmo sendo menos rápido, afinal, era apenas um humano, estava conseguindo se desviar sem ter dificuldades.

" Maldito!", Disse, atacando com mais empenho.

Camus olhou atentamente para Shura e o outro homem desconhecido. Achou muita falta de educação da parte dele ter dito aquelas palavras, principalmente por não terem fundamento. Era injusto o que ele disse e sabia que Shura daria a lição merecida ao indivíduo.

"O que aquele cara fazia ao lado de Milo?", Camus se perguntou. Os dois haviam chegado juntos, estavam lado a lado. Será que se conheciam?

" ...!", Seus olhos percorreram novamente o salão. Devido ao ocorrido, esqueceu-se de Milo, que parecia ter desaparecido.

"Onde ele está?", Perguntou-se apreensivo, apesar de manter a feição impassível.

" Pelo visto está muito bem hoje!", Ouviu aquela voz rouca bem próxima a seu ouvido e virou-se rapidamente, fazendo a trança ricochetear.

" Milo!", Camus falou em tom baixo, demonstrando surpresa e repreensão em sua voz e como resposta, viu o outro abrir um lindo sorriso.

" Se lembra do meu nome!", Milo sentia-se completamente vivo de novo. Aquilo poderia ser algo bobo, mas sentiu-se muito feliz ao ver que Camus não esqueceu seu nome.

" ...!", Camus lançou um olhar fulminante para Milo.

" Hummm... Hoje você não está com calor?", Perguntou, olhando o corpo de Camus.

" Não.", Estreitou os olhos.

" Humm... Por que se estivesse, eu podia cuidar dele, igual fiz no elevador!", Disse em tom sensual, sorrindo de forma maliciosa para Camus.

"Cretino!", Pensou irritado e ouviu o som das espadas se chocando.

" Quem é seu amigo idiota?", Perguntou, ao se lembrar daquele homem arrogante.

" Ah! É só um amigo idiota mesmo!", Disse se aproximando mais de Camus.

" Hum...", Ainda o olhava inquiridor.

" Não precisa ficar com ciúmes!", Falou, sorrindo maliciosamente.

" Ciúmes! Você está louco?", Camus perguntou indignado.

Milo sorriu radiante e se aproximou mais, ficando a centímetro de Camus.

" Não se aproxime!", Camus avisou, recuando um passo. Aquele olhar lânguido, dizia-lhe que Milo era capaz de agarrá-lo ali no meio daquele salão.

" Ninguém está vendo! A atenção de todos está voltada para o M&M e seu amigo... Shura, se não me engano.", Disse, olhando-o predadoramente.

Foi se aproximando de Camus, que ia recuando a cada passo que ele dava. Ainda portava um sorriso divertido e sensual nos lábios e viu o francês parar ao encostar-se à barra que limitava as pessoas para chegar a arena.

Milo se aproximou e colocou uma mão de cada lado de Camus, que parecia ter prendido a respiração. Nenhuma palavra foi dita por eles, ou pelas outras pessoas que se encontravam ali. O único som que agora se propagava pelo ambiente, era o do choque das espadas quando se tocavam.

Camus sentia-se perturbado diante de Milo. Não queria admitir, mas na verdade tinha vontade de provar novamente aqueles lábios e a proximidade do grego fazia com que se sentisse elétrico. Sua mente dizia para sair dali, mas seu corpo não obedecia ao comando.

Um barulho mais alto chama a atenção dos dois rapazes, que até então se olhavam profundamente. Camus e Milo olham para trás e o francês não consegue evitar de lançar um tímido sorriso ao ver a cena.

" Uau!", Milo exclama com o que vê.

Ajoelhado no chão, se encontrava Máscara da Morte e Shura apontava para a garganta do ser das trevas a espada de esgrima. O olhar do espanhol era de pura seriedade e o moreno não conseguia acreditar que havia sido derrotado por aquele rapaz.

"Perdi para um... Humano!", Sua mente parecia em choque com tal constatação.

" Ter força e rapidez não significam nada se você não tem domínio sobre as manobras da esgrima. Qualquer criança aqui sabe disso!", Shura disse sério.

" Eeeeeeee...", o/ As crianças e os outros gritaram entusiasmadas.

" Viu como o mestre Shura é bom!", Um garoto disse.

" Ah! Ele é demais!", O outro falou, também empolgado.

" ...!", Máscara da Morte tentou falar algo, mas seja o que for, ficou preso em sua garganta. Shura ainda apontava a espada para sua garganta e então, seus olhos percorreram o corpo do espanhol.

Shura vestia uma calça jeans preta bem justa que delineava as curvas de suas pernas e uma blusa sem mangas branca, com zíper aberto até o abdômen. Os olhos cor de jade expressavam seriedade e justiça, os cabelos negros com reflexos verdes, e a pele levemente amorenada faziam dele um homem extremamente bonito.

" ...!", Máscara da Morte piscou os olhos, só agora notando o quanto Shura era lindo.

" Háháháhá... Perdeu feio, hein... M&M!", Milo ria descontroladamente da cara de Máscara da Morte. Nem acreditava que o 'todo-poderoso' anjo da morte tinha perdido daquela maneira e pior, para um humano!

" O que disse!", Máscara da Morte se levanta rapidamente, fitando de maneira mortal o grego, que nem pareceu notar, pois estava quase rolando no chão de tanto rir.

Camus fez cara de 'não conheço' quando viu a crise de riso ao qual Milo se encontrava. Agradeceu mentalmente ao fato do grego não estar agarrado a ele quando começou a dar 'chilique'.

Ao ouvir a gargalhada, Shura se vira para o local, vendo Milo ao lado de Camus, que no momento, olhava para outra direção fingindo que nada estava acontecendo. Seus olhos se estreitaram ao notá-lo tão próximo ao francês.

"O que ele faz aqui?", Perguntou-se em pensamento, não gostando nem um pouco de vê-lo assim, tão perto de seu amigo Camus.

" Espero que tenha aprendido a lição!", Disse ao se virar para o homem de leve sotaque italiano.

Viu o olhar mortal que o mesmo lhe mandara, mas não se importou. Virou-se e foi caminhando até os alunos, que saltavam alegres ao redor dele. Sorriu para todos aqueles meninos, feliz por ter feito justiça.

"Você me paga, espanhol de merda!", Pensou Máscara da Morte. Já sabia exatamente quem seria seu banquete da noite. Mataria aquele espanhol bem devagar e o faria sofrer muito.

Shura ainda conversava com os alunos e a atenção de Máscara da Morte se volta para o local onde estava Milo. Procurou por todo o salão, mas não o viu em lugar nenhum. Nem ele, nem o rapaz que o grego estava de olho.

"Quando eu te encontrar, grego maldito, eu vou te matar!", Estava por demais irritado. Milo ia se arrepender por ter rido da cara dele.

Sem ser notado, saiu do salão, mas ainda assim, estava a espreita. Vigiaria Shura e o atacaria depois, estraçalhando todo aquele corpo delineado. Não teria piedade e o faria implorar por uma clemência que não iria receber.

OOO

Camus tentava fugir de Milo, aproveitando-se da distração do mesmo, enquanto ria do tal 'M&M'. Andava por um longo corredor que o levaria a garagem. Para sua felicidade o local era isolado e Shura nem saberia a hora que ele saiu.

Faltavam apenas alguns metros para a saída e um sorriso se desenha nos lábios do francês. Em pouco tempo chegaria no conforto de sua casa e não precisaria pensar ou se preocupar com nada, pois estaria completamente seguro.

" Por que está fugindo?", Camus ouve aquela voz sensual e vira-se rapidamente, vendo o grego o olhando de forma predadoramente maliciosa.

" O que está fazendo aqui?", Perguntou dando uns passos para trás.

" Estava com saudades do meu Príncipe do Gelo!", Milo diz sorrindo ternamente. Ainda se lembrava do sabor do sangue de Camus... Doce e inebriante.

" Eu não sou seu.", Camus diz impassível.

Milo olhou dentro daqueles olhos azuis de Camus. Aquela face impassível quebrava o coração de qualquer mortal... Aquele olhar poderia até mesmo destroçar o coração de um vampiro. O moreno não sabia como, mas Camus tinha algo que... Não sabia definir, mas era algo profundo e... Altamente atraente.

" Está enganado.", Milo diz sinceramente. Conseguia ouvir os batimentos acelerados do coração de Camus e isso o deixava mais eufórico.

" Acha que porque passamos à noite... Juntos, eu sinto algo por você?", Camus ri. Se Milo achasse isso, seria mesmo muito infantil. Tinha certeza que só se entregou para o grego, porque estava... Estava... Passando mal.

" Eu amo você!", Milo diz ternamente. Não estava mentindo e se conhecia o suficiente para saber que o amou assim que o viu.

" Não diga bobagens! Isso é tolice.", Falou, virando as costas e indo a garagem.

" Eu não estou brincando.", Disse, segurando o braço de Camus.

" Você me conheceu ontem...", Desviou o olhar.

" E o amei assim que o vi!", Milo falou sinceramente. Seus olhos brilhando de forma apaixonada. Se fosse há alguns anos, ele acharia aquilo ridículo, mas Milo viu que era a mais pura verdade. Apaixonou-se por aquele lindo humano, não havia como negar.

" Não seja infantil. O que diz não existe!", Tentava puxar o braço em vão.

" Existe e você sabe disso!", Falou, beijando-o em seguida de forma urgente, tentando mostrar através daquele ato o quanto estava apaixonado por Camus.

Camus sentiu aquele beijo quente e perturbador. Tentava se afastar de Milo, mas os braços fortes do moreno o puxaram mais, colando seus corpos. Tentava se manter racional, mas estava sendo difícil. Começou a amolecer, enquanto era envolvido por aquela aura de desejo presente em Milo, acabando por enlaçar o pescoço dele, correspondendo avidamente ao beijo, da mesma maneira urgente empregada pelo grego.

Milo sorri internamente ao sentir os braços do francês envolverem seu pescoço e corresponder a seu beijo com tamanha paixão. Por mais que Camus não tivesse falado, Milo sabia que seu sentimento era recíproco. Sua ânsia em senti-lo era cada vez maior. Precisava... Necessitava sentir o sabor dele novamente, ouvir aquela voz fria em um suave gemido.

" Camus...", Falou roucamente.

Suas mãos foram invadindo a blusa de Camus, erguendo-a e passando a acariciar a pele alva e macia. Sentia o calor do corpo de seu adorado francês e isso apenas o estimulava. Desceu uma das mãos, abrindo lentamente o zíper da calça.

" Milo... Espera. Não!", Falou, tentando fazê-lo parar.

" Humm...", Gemeu enquanto beijava o pescoço de Camus, enfiando a mão dentro da calça dele e tocando o membro do francês suavemente.

" Humm... Para...", Falou, fechando os olhos e tentando empurrá-lo.

" Hummm... Por que?", Perguntou, começando uma leve massagem no membro de Camus, sentindo este se enrijecer em sua mão.

" Estamos em um... Corredor... Humm... Alguém pode ver...", Disse, tentando se manter racional, mas aqueles toques eram altamente perturbadores.

" Eu te quero tanto!", Milo diz no ouvido de Camus em um sussurro erótico.

" Milo...", Camus sentia-se ficar mais excitado, mas tinha de pára-lo.

" Eu quero muito...", Seus lábios foram descendo pele pescoço, passando pelo abdômen definido, deixando um rastro de saliva, se ajoelhando.

" Não!", Sua racionalidade estava voltando, porém não conseguia afastar Milo.

Camus não podia negar o desejo que ambos sentiam, mas mesmo assim ainda se surpreendia por sentir isso por alguém que conheceu no dia anterior e para quem se entregou sem reservas. Sua mente racional tentava entender, mas era tão... Difícil!

Arregalou os olhos ao ver Milo abaixar sua calça jeans e mordeu os lábios com força ao sentir a mão macia do grego envolvendo sua ereção e fazendo um leve vai-e-vem. Aquilo não podia estar acontecendo de novo, mas... Estava!

" Quero ver o seu prazer!", Milo diz roucamente, olhando para Camus.

" Não... Milo... Espera!", Camus falou ao sentir o moreno segurando com força seus quadris. Parecia que aquilo seria inevitável.

" Meu Camus!", Disse e sem mais delongas, engoliu a ereção de Camus, começando a sugá-lo avidamente, estremecendo a cada toque que empregava no outro.

" Aaaahhhh...", Camus gemeu alto, levando a mão à boca em seguida para impedir que novos gemidos saíssem e os denunciasse.

" Humm...", Milo o sugava, sentindo-se cada vez mais elétrico, a excitação turvando sua mente, deixando apenas uma aura de pura sensualidade e luxúria.

Tinha que se segurar. Sua real vontade era a de rasgar toda a roupa de Camus e o possuir de forma selvagem ali, naquele corredor como fez quando o viu sem camisa no elevador. Ansiava por senti-lo profundamente, por tê-lo por completo em seus braços.

" Aahhh... Aahhhh...", Camus gemeu baixinho, levando a mão aos cabelos de Milo.

Sentia arrepios percorrerem todo seu corpo e sabia que não ia resistir por muito tempo. Nem mais se lembrava que estavam em um corredor e que alguém podia ver o que estavam fazendo. Sentia apenas o prazer que Milo lhe proporcionava.

" Milo...", Camus fala com a voz arrastada, passando a acariciar os fios azul-arroxeados do grego.

Milo sorri ao sentir a carícia, ficando ainda mais elétrico. Leva os dedos da mão direita aos testículos de Camus e passa a acariciá-los, para em seguida encaminhá-los ao meio das nádegas do francês, fazendo um carinho suave no local.

" Aahhhh... Mi... Milo...", Camus sentia um calor espalhando-se por seu corpo, segurando com mais força os cabelos do grego.

" Hummmm...", Milo geme longamente, causando uma vibração no pênis de Camus.

" Aaahhhhhhh...", Camus lança a cabeça para trás, soltando um longo gemido, despejando seu sêmen na boca de Milo, sentindo ondas de espasmos percorrerem seu corpo, entorpecendo todos os seus sentidos.

Milo engole todo o sêmen expelido. Ainda acariciava suavemente a entrada de Camus, sentindo aquele local se contrair devido aos espasmos e estremecendo com isso. Lambeu todo o membro do francês, dando-lhe um legítimo banho de gato.

Ergue-se vendo Camus de olhos fechados, a boca entreaberta e a respiração ofegante. Um largo sorriso se formou em seus lábios. Não havia nada mais lindo que vê-lo dessa forma. Começou a arrumar a roupa dele, fechando em seguida o zíper da calça.

" Eu amo vê-lo assim... Expressando prazer!", Milo diz fascinado.

Camus ainda estava ofegante. Abriu os olhos lentamente, sua visão ganhando foco. Vê o sorriso de Milo e fica em silêncio por um longo tempo, tendo consciência da maneira irracional com que agiu... De novo.

Sentiu uma raiva se apoderando de seu ser. Como... Como aquele rapaz tinha esse poder sobre ele? Poder para fazê-lo esquecer de tudo e se entregar dessa forma? Por que ele tinha o dom de fazê-lo perder a cabeça?

" Maldito!", Diz furioso, dando um soco em Milo. Sua mente não entendia o fato daquele rapaz fazê-lo ficar tão irracional como se encontrava agora.

" ...!", Milo apenas voltou a olhá-lo. Sabia que Camus estava lutando contra si mesmo e não contra ele.

" Por que você faz essas coisas comigo?", Perguntou descontrolado.

" A única coisa que faço é amá-lo!", Falou de forma doce. Sabia que Camus estava se sentindo desprotegido, confuso... Aquela reação era apenas um modo de se defender.

Camus não conseguia manter-se impassível perante Milo. Nunca ninguém havia conseguido deixá-lo daquela forma. Mesmo nas piores situações, ele conseguia se manter racional e nunca perdia o controle, mas Milo... Perto dele... Perto de Milo, ele...

" ...!", Respirava descompassadamente. Suas mãos agora estavam apoiadas no peito de Milo, que ainda o fitava. Tinha plena consciência de que a raiva que sentia era de si mesmo e não de Milo.

Seus olhos se erguem e em um movimento brusco, Camus puxa os cabelos de Milo com força mandando-o contra a parede e prensando seu corpo contra o do moreno, atacando aqueles lábios com voracidade, em um beijo molhado e sensual, além de completamente selvagem.

Milo surpreendeu-se com o ataque de Camus, mas adorou a ação repentina dele. Deixou que o francês conduzisse o beijo e enlaçou com força a cintura fina de seu amado Príncipe do Gelo, correspondendo com avidez aquele beijo selvagem que estava deixando-o cada vez mais excitado.

" Hummm... Milo...", Os beijos de Camus foram se dirigindo para o pescoço de Milo, enquanto suas mãos acariciavam o tórax másculo por debaixo do colete.

" Aaahhh... Camus...", Milo geme. Estava por demais excitado. Camus era muito quente... Tão quente quanto ele.

As safiras de Milo se abrem e em um impulso, o grego inverte as posições, fazendo Camus ficar prensado contra a parede. Segurando-o com firmeza, avança naqueles lábios em mais um beijo delirante, sentindo uma vontade louca de provar do sangue dele novamente.

"Devia transformá-lo.", Pensou ao encerrar o beijo, mas balança a cabeça tentando afastar o pensamento. Não iria cometer o mesmo erro de novo.

O anjo da noite passou a beijar o pescoço de Camus lentamente, como se saboreasse cada pedacinho dele como sendo a mais rara iguaria. Sentiu os dedos finos e longos de Camus entrelaçando-se em seus cabelos e gemeu baixinho.

Camus não entendia porquê, mas sabia que Milo exercia um grande fascínio sobre ele. Tudo naquele grego o deixava transtornado, mas também entorpecido e extasiado. Sim... Era completamente seduzido por aquela criatura de pura sensualidade chamada Milo.

"Não posso mordê-lo... Não posso mordê-lo...", Milo dizia a si mesmo, mas sentia-se fraquejar a cada gemido que escutava sair daquela boca maravilhosa. Precisava sentir o doce sabor do sangue dele novamente, só mais uma vez.

Deixando-se levar por seus instintos, Milo se rende. Seus lindos olhos azuis se tornam vermelhos como duas pedras de rubi e suas longas presas se mostram. O anjo negro aperta mais o corpo menor, mordendo aquele pescoço macio e finalmente sentindo o sangue quente de Camus escorrer por sua garganta.

" Aaahhh... Aaahhhhhh...", Camus geme ao sentir um prazer indefinido.

Correntes elétricas percorriam seu corpo e Camus sentiu-se enrijecer novamente. Suas unhas arranharam as costas largas de Milo na medida que sentia seu corpo ficar mais quente. Sua cabeça estava erguida e arrepios percorriam cada célula.

Milo delirava com o sabor de Camus, que se esfregava contra ele, mostrando o quanto estava louco para possuí-lo. Sentir seu amado Príncipe do Gelo era algo incrível. Nunca em toda a sua existência sentiu tamanha atração... Tamanho amor por um mortal. Nem mesmo por aquele que o abandonou.

Camus voltou a gemer, sentindo-se elétrico e excitando-se com a forma que Milo beijava e sugava seu pescoço. Não queria nem imaginar a marca do chupão que teria de esconder... Sentiu o grego o apertando mais e acabou soltando um gemido mais alto.

" Ah, vamos ir por aqui!", Millo ouviu alguém dizer.

Praguejando internamente, o anjo da noite lambe a mordida que causou, fechando-a e não deixando marca alguma. Camus ainda estava mole em seus braços, entorpecido pelo prazer que a mordida causava. Sorriu e o pegou no colo, saindo do local para que ninguém pudesse vê-los, planejando levá-lo a sua casa, onde teria aquele corpo delicioso só para ele.

OOO

Seus olhos esverdeados se abrem lentamente. Notara que a noite finalmente havia chegado e com ela, sua fome aumentou. Levantou-se e levou a mão à nuca, acariciando o local e então se espreguiçando. Seu corpo ainda estava dolorido.

Ainda sentia-se fraco, mas agora poderia se alimentar e logo todo o seu cansaço físico desapareceria. Percebeu que estava com a mesma roupa que chegara e começou a abrir o sobretudo, até retirá-lo por completo. Caminhou lentamente, parando na frente de um grande espelho que ficava em frente à cama.

" Minha aparência está péssima!", Disse em tom baixo.

Foi até as malas e colocou uma delas sobre a cama, abrindo-a e pensando que roupa usaria. Procurou por alguns minutos e decidiu por uma blusa de seda turquesa claro e uma calça branca fina e semitransparente. Caminhou até o banheiro e tomou um rápido banho.

Saiu do banho e enxugou-se apenas de leve. Vestiu uma peça íntima fina e em seguida a calça branca. Penteou os cabelos e o trançou, colocando a blusa e deixando os botões abertos até o abdômen. Olhou-se no espelho e não gostou da aparência de seus cabelos trançados e os soltou novamente, balançando a cabeça.

" Assim está melhor!", Disse, saindo do apart-hotel.

Olhou aquelas ruas movimentadas e começou a caminhar, sentindo o ar frio da noite passar por seu corpo. Queria achar algo para comer logo, pois estava faminto. Não encontrava ninguém do seu agrado e decidiu pegar o primeiro ou primeira que visse pela frente, mesmo que isso não o satisfizesse. Foi caminhando para um local mais escuro, vendo que algumas pessoas olhavam de forma maliciosa em sua direção.

"Isso, venham para mim!", Pensou, passando a mão nos cabelos sensualmente.

Caminhava elegantemente e um rapaz de cabelos castanhos se aproximar dele. O jovem vestia uma roupa jeans preta cheia de rasgos, os cabelos caindo sobre os ombros e um sorriso malicioso estava desenhado nos lábios.

" Você deve ser novo por aqui... Não devia andar sozinho por esses lados!", Falou, olhando Saga dos pés a cabeça.

" É mesmo? E por quê?", Falou, olhando-o sedutoramente.

" Porque há pessoas más por aqui!", Disse, aproximando-se mais do homem de olhos esverdeados. Ele era tão atraente que não conseguia parar de olhá-lo.

" Hum...Acho que estou perdido, podia me ajudar?", Saga diz, encostando-se no muro e olhando dentro dos olhos azul-céu do jovem.

" Hum... Depende do que eu for ganhar...", Inquiriu o nome daquele deus.

" Saga!", O vampiro grego disse, passando a mão pelos cabelos e descendo-a pelo pescoço lentamente de forma provocante.

" Bem, Saga! Eu sou Byan... Quer que eu te mostre as coisas boas que essa cidade oferece?", Perguntou, aproximando-se de Saga e ficando a centímetros de colar seus corpos.

" E o que ela tem a me oferecer?", Perguntou quase tocando os lábios de Byan com os seus, fazendo seus hálitos se misturarem.

" Humm... Isso!", Disse, prensando seu corpo contra o de Saga, beijando-o com avidez. Suas mãos percorrendo o corpo delineado atrevidamente, enfiando-as por debaixo da blusa e tocando a pele mais clara.

" Humm...", Saga abandona os lábios do moreno e avança em seu pescoço, distribuindo beijos e lambidas.

" Humm...", Byan geme, sentindo-se ficar mais elétrico, apertando o corpo de Saga.

Os olhos esverdeados de Saga se abrem e vão se tornando vermelhos. Suas presas crescem e ele começa a afundá-las lentamente no pescoço do rapaz mais novo, sentindo o sangue deste descer por sua garganta e deixá-lo mais elétrico. Passou a sugá-lo um pouco mais rápido, ouvindo um gemido alto escapar daqueles lábios.

Byan sentia-se entorpecido, seus sentidos tornando-se enevoados e uma prazer indefinido tomando conta de seu corpo. Percebeu que Saga o envolveu possessivamente e abriu os olhos, sua respiração mais lenta e seu coração batendo mais aceleradamente.

Saga se deliciava com o sangue de Byan, mas sabia que não ficaria satisfeito apenas com ele. Precisaria de mais para se recuperar por completo. Foi sugando-o, sentindo-o amolecer em seus braços, soltando baixos gemidos de prazer. Beberia até a última gota e procuraria por outras vítimas que pudessem saciar sua imensa sede.

" Humm...", Saga gemia, sentindo-se mais quente a cada minuto.

Estavam se sentindo melhor, mas então seus olhos se abrem ao sentir um perfume conhecido. Ele pára de sugar aquele sangue precioso e olha para cima, estreitando os olhos e captando uma presença conhecida, porém indesejada e... Sem mais se preocupar em se alimentar, deixa o corpo de Byan ir ao chão.

Seus olhos ainda estavam vermelhos. Sua energia aumenta e em um salto, Saga aparece em cima de um prédio de vinte andares. Os olhos agora esverdeados, percorrem todo o local, cauteloso e sério. Conhecia muito bem aquela presença e não acreditava que ele pudesse estar ali... Naquela cidade.

" Por que não aparece logo?", Perguntou irritado.

" ... Ou quer que eu o faça aparecer?", Estreitou os olhos, sabendo que ele estava rodeando-o, mas se mantendo oculto. Odiava quando ele fazia isso!

" Sempre autoritário!", Uma voz idêntica a de Saga se faz ouvir de forma sarcástica.

" O que faz por aqui, Kanon?", Pergunta ao vê-lo se materializando em sua frente.

Observou-o melhor. Kanon parecia muito bem. Os longos cabelos azuis moviam-se devido à força do vento... Fios azuis apenas um pouco mais claros que os seus. Os olhos esverdeados eram idênticos, assim como a cor da pele. Era muito difícil distingui-los, principalmente se vestissem roupas iguais. Piscou os olhos ao vê-lo vestido com uma calça preta semitransparente e uma blusa gelo de manga longa com todos os botões abertos.

" Você está adorável, Saga! Continua com aquele ar divino!", Kanon falou, reparando na vestimenta do irmão. As roupas claras sempre deram a Saga um ar angelical, quase divino.

" Não respondeu a minha pergunta.", Constatou, colocando as mãos nos bolsos.

" Eu vim ver você!", Disse, passando a língua nos lábios, aproximando-se.

" Me ver? Achei que me odiava!", Falou debochado, vendo Kanon caminhar felinamente até ele, ficando a centímetros de distância.

" Hum... Odiá-lo? Não poderia.", Falou, erguendo a mão e quase tocando a face de Saga, mas parou a milímetros de fazê-lo, ficando a olhá-lo fixamente dentro dos olhos.

" Não! Eu quase o destruí e o deixei para morrer e você não me odeia?", Pergunta. Lembrava-se perfeitamente daquela noite, quando Kanon queria convencê-lo a trair a Elite Dourada e ele o selou naquele maldito lugar.

Fitando aqueles olhos tão idênticos aos seus, Kanon se aproxima rapidamente, enlaçando a cintura de Saga e tomando posse daqueles lábios tão tentadores e suculentos, sentindo o gosto de sangue neles e deliciando-se com isso. Sentia Saga lutando, tentando se afastar, mas não daria chance ao irmão. Como este ainda não havia se recuperado, os dois estavam em igualdade em poder.

" O que está fazendo?", Conseguiu perguntar após encerrar aquele... Beijo.

" Estou provando os lábios que a muito não beijava!", Disse sensualmente.

" Solte-me agora!", Disse autoritário. Mesmo estando mais fraco, ainda era capaz de fazê-lo se arrepender. Além disso, aquela aproximação o deixava confuso.

" Saga... Eu nunca deixei de amar você!", Kanon disse em tom baixo, sua voz transmitindo um carinho e um calor nunca antes ouvido por Saga.

" Eu não acredito em você!", Disse irritado, não demonstrando a perturbação que sentiu com aquelas palavras... O tom de voz... O olhar...

Kanon foi empurrando Saga até que este se encostasse em uma das colunas que se erguiam na cobertura daquele prédio. Via a revolta nos olhos dele... A angustia e a tristeza e sentia-se culpado por ser o responsável por tais sentimentos.

" Kanon... Não me obrigue a machucá-lo de novo!", Saga disse, enquanto sentia o corpo do outro o prensando contra a coluna fria.

" ...!", Kanon apenas abraçou o corpo do irmão com força, não desejando soltá-lo nunca, fazendo seu hálito quente tocar a orelha de Saga, enquanto colava mais seus corpos.

" Eu amo você!", Ouviu Kanon dizer em um sussurro melódico.

Saga o olhou espantado, não entendendo que tipo de brincadeira era aquela. Viu Kanon morder o lábio inferior até este sangrar, o que o deixou arrepiado e então se aproximar e tomar novamente posse de seus lábios, fazendo com que sentisse o gosto de seu sangue.

Ao sentir aquele sabor, Saga estremeceu completamente, arrepiando-se da ponta dos pés até o último fio de cabelo, sentindo Kanon chupar seus lábios enquanto roçava o corpo no seu. Tentou se afastar, totalmente perturbado, mas a mão de seu irmão foi parar em sua nuca, mantendo-o no lugar e invadindo sua boca, até tocar sua língua e acariciá-la gentilmente.

Kanon acariciava o interior da boca de Saga, tentando fazê-lo reagir e corresponder a seu beijo. Sua mão esquerda acariciava a nuca do irmão, enquanto a direita ia descendo pelo corpo dele, até chegar ao membro, tocando-o de leve em uma massagem circular, sentindo o corpo do outro ficar tenso.

" Hummm... Pare com isso, Kanon!", Saga disse, conseguindo se afastar um pouco, mas sentindo os lábios do irmão em sua bochecha, lambendo-o docemente.

Ainda sentia a mão de Kanon em seu membro, naquela massagem que enlouqueceria qualquer um, mesmo sendo suave. Queria afastá-lo, mas a presença sedutora de Kanon tirava-lhe as poucas forças que tinha. Sentia a língua dele dançando sobre seus lábios e o gosto do irmão era algo divino.

" Deixe-me alimentá-lo, Saga... De todas as formas!", Falou acariciando mais o corpo do irmão, fazendo um corte no próprio pescoço e levando os lábios de Saga até o local.

" Kan... Kanon...", Sentia-se mais perturbado com aquelas palavras.

Saga tentou lutar contra aquele desejo que o consumia a cada segundo. Sentia o gosto do sangue de Kanon em seus lábios e o calor que o corpo dele emanava, envolvente e delirante. Ele ainda beijava sua orelha e acariciava seu membro lentamente e acabou não resistindo, mordendo o pescoço de Kanon e se alimentando dele.

" Hummm... Isso, Saga!", Kanon gemeu, sentindo-se arrepiar completamente.

" Hummmmmm...", Saga geme longamente, apertando mais o corpo de Kanon, sentindo o mesmo o abraçar e pressionar seu membro com mais força.

OOO

03:20 AM.

Seus olhos verdes se refletiam no espelho da suíte. Com uma toalha felpuda, Shura enxugava os cabelos demoradamente. Após uma cansativa e estranha noite, tomou um demorado banho no intuito de relaxar, mas foi impossível. Mesmo depois de mais de duas horas dentro da banheira ainda não se sentia bem.

" E o que houve com Camus?", Perguntou-se. O francês havia desaparecido e não atendia ao celular.

"Será que está com aquele tal de... Milo?", Perguntou-se em pensamento. Estava intrigado por ter encontrado aquele rapaz de novo e este ainda estar próximo a Camus.

Suspirou profundamente, desistindo de encontrar alguma resposta satisfatória. Deixou a toalha em cima da bancada de granito negra e penteou os cabelos arrepiados, saindo da suíte e caminhando desanimadamente até a cama. Jogou a toalha que estava enrolada na cintura no chão e se deitou, cobrindo-se apenas com um fino lençol.

Tinha muitas perguntas sem respostas e não sabia como abordar Camus ou mesmo se devia fazê-lo. Ficou até aquele horário acordado tentando falar com o mesmo, mas não obteve sucesso. Seus olhos foram se fechando lentamente ao se tornarem mais pesados, até que por fim, deixou de resistir à vontade de dormir.

OOO

Duas íris rubis observavam atentamente o reflexo límpido da água, onde via com clareza a imagem dos gêmeos se amassando em cima de um prédio. Focou sua atenção em Saga e na face prazerosa que o mesmo mostrava, enquanto o irmão o acariciava e o alimentava. Sorriu, não podendo negar que esta era uma cena linda, mas apenas um ali o interessava.

Levou a taça de sangue à boca, sorvendo o líquido sem pressa. Seus cabelos acinzentados caíam como cascata sobre seu ombro esquerdo, espalhando-se pelas águas da grande piscina que se encontrava. Tocou o espelho de água, fazendo a imagem desaparecer.

" Aproveite enquanto pode, minha adorável criança!", Disse em tom sarcástico, tomando o resto do sangue que estava na taça, fechando os olhos e pensando qual seria o próximo passo a dar.

OOO

A madrugada avançava mais e mais e com ela um vento mais forte percorria o local. Agachado em cima do parapeito da varanda do quarto de uma luxuosa cobertura, encontrava-se uma sinistra figura de cabelos azul-índigo. Os olhos brilhavam em crueldade e malícia. Descendo, aquela soturna criatura caminhava com passos felinos, adentrando no quarto silenciosamente.

Ainda estava muito irritado pelo fato de ter perdido para aquele simples humano e iria fazê-lo pagar. O torturaria e se alimentaria dele, jogando o corpo para os ratos devorarem. Vai se aproximando da grande cama, vendo que o espanhol ainda estava adormecido. Pára aos pés da cama e fixa seus olhos nele.

Uma corrente de ar mais fria entra no quarto e Shura se arrepia, remexendo-se e fazendo o lençol escorregar, deixando seu tórax e parte de sua virilha a mostra. Máscara da Morte percebe que sua presa estava completamente desnuda e sorri de forma maliciosa, passando a língua nos lábios. Ia se divertir muito essa noite!

Seus olhos azuis se tornaram vermelhos e estava pronto para atacá-lo, quando vê Shura se mover novamente e ficar de bruços. Os olhos de Máscara da Morte descem um pouco e pousam sobre as nádegas de Shura, sentindo um calor anormal se apoderar de seu corpo, espalhando-se rapidamente.

" Hum... Acho que não vou matá-lo agora!", Falou maliciosamente em tom baixo.

Aproximou-se e ficou de joelho na cama, engatinhando até ficar sobre o corpo do espanhol. Suas íris vermelhas voltaram ao azul natural e ele fitou as costas claras de Shura, reparando na musculatura trabalhada, mas de aparência macia. Desceu o olhar, parando sobre aquele bumbum tão redondo e durinho. Passou a língua nos lábios e se abaixou, dando uma longa lambida nas nádegas de Shura.

" Humm...", O espanhol remexeu-se e resmungou algo ininteligível.

"Eu vou matá-lo agora!", Pensou. Sua feição séria. Levanta-se e então olhou novamente para o corpo abaixo dele, acabando por erguer uma sobrancelha.

"Eu devia era...", Sentiu-se salivar ao reparar em como aquele corpo era apetitoso. Abaixou-se lambendo as costas de Shura, saindo da base da coluna até chegar a nuca.

" Qu... Que isso!", Shura acorda de sobressalto, tentando se levantar, mas mãos fortes impedem sua trajetória.

Ao ver aquele esforço inútil, Máscara da Morte apenas ri de forma maliciosa.

" Quem está aí? Me solta!", Shura fala irritado, surpreso com a força do outro que o mantinha no mesmo lugar. Como invadiram seu apartamento sem o alarme tocar?

" Você é muito gostoso, sabia?", Falou roucamente no ouvido de Shura.

Sentiu que a pele de Shura se arrepiou quando beijou sua nuca e fez novamente, vendo-o encolher-se para fugir do toque de seus lábios. Ouvia ameaças de morte saírem da boca do espanhol e as ignorava, pois elas eram insignificantes para ele, continuando a lamber aquela região, dando leves e sensuais mordidas.

" Seu cretino! Filho da puta! Me solta! Eu vou te matar!", Shura gritava furioso, tentando em vão se levantar. Máscara da Morte estava deitado sobre ele, e o peso e força do outro lhe impediam de se mover.

Shura começou a xingar todos os palavrões que conhecia, irado com a atitude daquele estranho, mas isso apenas excitava Máscara da Morte, que o segurou firme e sentou-se sobre as pernas do espanhol, mantendo uma das mãos sobre as costas do vice-presidente da Aquárius para mantê-lo quieto, enquanto brincava.

" Vamos ver...", Falava divertida e sarcasticamente, introduzindo dois dedos dentro de Shura sem cuidado algum.

" Aahhhh...", Shura soltou um grito de dor e incômodo.

" É... Acho que vou te comer primeiro.", Disse sacana e passou a mover os dois dedos rapidamente, indo cada vez mais fundo dentro de Shura.

O espanhol sentia uma dor fina. Estava constrangido e nervoso com aquela situação. Não conseguia ver quem era, mas a voz lhe era familiar... Não se lembrava de quem poderia ser até vir a sua mente Milo e junto do moreno, um homem de cabelos azul-índigo prepotente, que havia sido chamado de... 'M&M' e que ele desafiou após o insulto do infeliz.

" Me solta, seu maldito!", Falou e ouviu uma gargalhada insana e sacana vinda do moreno que o segurava. Percebeu que ele retirou os dedos e tentou olhar sobre o ombro.

" Aaahhhhh...", Gritou novamente ao sentir seu interior ser preenchido com três dedos de 'M&M'.

Máscara da Morte estava adorando a voz de Shura e as reações do corpo dele, pois apesar de negar, ele podia sentir que o espanhol estava gostando... Que se excitava com cada movimento seu. Passa a fazer movimentos circulares com os dedos um pouco mais lentamente, tocando em pontos sensíveis dentro de Shura.

" Hummm...", Acaba deixando escapar um gemido de prazer.

" Está gostando, né!", Abaixou-se, falando maliciosamente no ouvido de Shura.

" Seu maldito! Cretino! Me solta, seu covarde!", Falou em um rompante.

" Humm...", Aquela irritação toda apenas o fazia desejá-lo mais.

Continuou a mover os dedos agora rapidamente, tocando todas às vezes a próstata de Shura, vendo este se arrepiar e morder o lábio inferior. Seu sorriso se tornou mais malicioso e Máscara da Morte lambe a orelha de Shura, mordendo o lóbulo e passando a língua no local.

" Humm...", Gemeu baixinho, praguejando em seguida. Aquilo não devia estar acontecendo. Como podia estar... Estar... Não! Ele não podia estar gostando daquilo!

" Sim, você gosta!", Comentou, dando uma mordida na nuca de Shura e ouvindo um gemido mais alto, que enviou choques elétricos para sua já dolorida ereção.

Introduzia os dedos mais rapidamente, fazendo movimentos circulares. Seus lábios atacaram o pescoço de Shura, sentindo a veia pulsando fortemente devido a circulação de sangue acelerada... A artéria tão quente e saborosa estava bem abaixo de seus lábios, pedindo para ser perfurada por suas presas.

"Por que eu não o mordo logo?", Perguntou. Devia acabar logo com aquilo. Torturá-lo e matá-lo em seguida pela humilhação que o mesmo o fez passar.

Nunca foi de brincar com a comida, mas naquele momento estava adorando fazer aquilo. Estava completamente excitado e Shura, mesmo xingando-o e ameaçando matá-lo, o que não passava de ilusão da mente do espanhol, se encontrava na mesma situação... Adorando cada movimento que executava.

" Já chega!", Disse, retirando os dedos de dentro do espanhol e abrindo o zíper da calça, abaixando a mesma e colocando para fora sua ereção.

Abriu as pernas de Shura e se colocou entre elas, começando a penetrá-lo rapidamente em investidas fortes e frenéticas, ouvindo um alto gemido de dor ser emitido pelo espanhol. Mordeu o lábio inferior, abrindo os olhos e vendo que estava pela metade dentro do corpo quente e acolhedor de Shura e viu que este trincava os dentes para não gritar.

" Humm...", Máscara da Morte pára, dando tempo para que Shura se acostumasse.

A respiração de Shura estava acelerada, mas ela foi se acalmando a medida que os minutos passavam e ao ver que o espanhol tinha se acostumado a seu tamanho, voltou a se mover, investindo fortemente, ouvindo gemidos que mesclavam dor e prazer. Ergueu-se e colocou Shura de quatro, fazendo movimentos de vai-e-vem enlouquecedores.

" Aahhh... Aahhhh...", Shura queria morrer por sentir prazer com aquilo, mas não conseguia evitar, tão pouco pensar direito.

Máscara da Morte passou a investir mais rápido, entrando e saindo daquele corpo quente e delicioso, adorando cada minuto. Seus olhos estavam vermelhos e suas presas a vista. Ele passava a língua na ponta delas e em seguida, morde os lábios até estes sangrarem, enquanto sentia seu membro ser pressionado pelo canal apertado do espanhol.

" Humm... Aaahhhhh...", Shura gemeu, sentindo um prazer intenso apesar da situação que estava, sendo subjugado por um prepotente moreno que perdeu para ele na esgrima.

" Hummm... Tá gostando, não é... Shura!", Falou sarcasticamente, rindo.

" ...!", Shura mordeu o lábio inferior, completamente envergonhado.

" Háháhá... Eu quero ouvir seus gemidos!", Máscara da Morte disse, passando a se mover mais lentamente e levando a mão ao membro de Shura.

" Hum...", Segurou o gemido, enquanto cerrava os olhos com força.

" Hummm... Geme pra mim!", Máscara da Morte disse rouca e sensualmente de uma forma que Shura ainda não havia ouvido.

" ...!", Shura trincava os dentes para não emitir nenhum som, enquanto sentia a mão de Máscara da Morte subir e descer em sua ereção.

" Geme, espanhol! Mostra pra mim o quanto está sentindo... Mostra!", Disse em um tom melodicamente sensual, enquanto passava o polegar sobre a glande lentamente.

" Hum... Humm...", Shura gemeu baixinho, ficando arrepiado.

" Isso, geme bem gostoso!", Passou a língua nos lábios, investindo forte dentro de Shura, tocando fundo dentro dele.

" Aaahhhhhh...", Shura soltou um longo gemido, ao sentir o membro de Máscara da Morte tocá-lo profundamente. Ondas de arrepio percorrendo cada célula.

O vampiro italiano sorriu satisfeito ao ouvir o gemido de puro êxtase emitido por Shura, passando a masturbá-lo na mesma velocidade com a qual entrava nele. Shura se rendeu e gemia a cada ida-e-vinda que Máscara da Morte fazia e este notou que os gemidos do espanhol eram uma doce e linda melodia.

Seus olhos se abriram e Máscara da Morte ficou sério. Era a primeira vez que se sentia assim. Sempre gostou de ouvir gritos e gemidos de dor e desespero, mas naquela noite estava adorando... Sentia-se completamente satisfeito ouvindo os gemidos e gritos de puro prazer emitidos por Shura. Era uma sensação desconhecida... Essa de dar prazer a outra pessoa.

" Humm... Aaahhhhhhhh...", Shura gemeu longamente, arqueando as costas e arrepiando-se completamente nas mãos daquele estranho e excitante moreno.

O que ainda restava da sanidade de Máscara da Morte desapareceu e ele se moveu freneticamente, enquanto o masturbava na mesma velocidade, ouvindo a respiração curta, a voz rouca, a pele clara adornada de gotículas de suor. Isso o deixava louco!

" Aahhh... Goza pra mim, Shura!", Máscara da Morte diz, fazendo uma investida vigorosa dentro do apertado canal do espanhol.

" Hummm... Aaaaahhhhhhhhhhhh...", Shura não suporta quando Máscara da Morte toca fortemente em sua próstata repetidas vezes e em um gemido rouco, ejacula nas mãos do italiano.

" Humm.. Aahhh...", O anjo da morte leva os dedos sujos a boca, lambendo-os e provando o sabor de Shura, sentindo as ondulações daquele estreito canal massageando-o de forma deliciosa, não resistindo e lançando seu sêmen dentro dele.

O filho das trevas sentia-se zonzo e retirou-se de dentro de Shura, que desabou na cama. Seus olhos azuis fitavam a face embargada de prazer de sua linda presa. Ainda estava de quatro sobre o corpo entorpecido de Shura e voltou a levar os dedos a boca, terminando de lamber um por um, sentindo o gosto daquele humano tão... Lindo!

Ficou observando a respiração acelerada ir se normalizado e virou Shura para si, olhando dentro dos olhos cor de jade, vendo aquele rosto marcante, os lábios entreabertos... Shura parecia um sonho! Realmente se arrependeria se tivesse matado aquele espanhol antes de provar seu corpo.

Shura reparou nos traços belos e másculos, nos fios repicados que lhe caíam sobre o rosto e nos olhos azuis penetrantes que o fitavam de forma enigmática. Viu que aquele homem vigoroso foi abaixando-se e sentiu seus lábios serem cobertos pelo do outro em um beijo voraz e selvagem, que retirou todo o ar de seus pulmões e o deixou mole.

Os lábios de Máscara da Morte voltaram a buscar o pescoço de Shura, mordendo o local, passando a presa e causando um corte superficial, ouvindo um gemido deleitoso escapar dos lábios carnudos de Shura. Lambeu o ferimento, provando o gosto daquele sangue, arrepiando-se ao sentir aquele sabor único.

" Aaaahhhh...", Ouviu Shura gemer e sentiu as mãos dele acariciando seus cabelos.

"Hum... Depois me alimento dele.", Pensou, sentindo um torpor espalhar-se por seu corpo, arraigando-se por cada célula.

Olhou dentro das duas esferas jade e arrepiou-se. Levou a mão à face de Shura e o acariciou, roçando em seguida seus lábios nos dele, para depois tomá-los em um beijo suave e calmo, degustando calmamente a boca de Shura.

" Humm... Você não me disse o seu nome...", Shura falou, sentindo um fascínio aterrador por aquele moreno que o tomou de forma selvagem. Era para estar furioso... Na verdade estranhava a própria calma, mas aqueles olhos azuis o deixava desarmado.

" Máscara da Morte!", Disse em tom baixo e calmo, contornando os lábios de Shura com o dedo indicador.

" Isso não é nome.", Falou, entreabrindo os lábios ao sentir o toque.

" Mas é o que posso te falar nesse momento!", Disse, voltando a cobrir os lábios de Shura, sentindo o mesmo abraçá-lo intensamente, acariciando suas costas de uma forma gostosa e relaxante, mesmo sendo por cima da blusa que ainda usava.

Deliciava-se com as pequenas carícias feita por Shura, enquanto suas mãos vagueavam novamente pelo corpo definido do espanhol. Sentia-se completamente calmo enquanto sentia aqueles toques, desejando ficar assim com Shura para...

" O quê!", Máscara da Morte grita de repente, sem mais nem menos.

" O que foi? Quer me matar de susto?", Perguntou, levando a mão ao coração.

" O que pensa que está fazendo?", Perguntou furioso, saindo de cima de Shura.

" Eu? Foi você que começou me agarrando!", Disse irritado, sentando-se na cama.

" Eu vou matar você, espanhol maldito!", Disse, subindo a calça e fechando-a.

Como pôde passar por sua cabeça pensamentos tão tolos? Tão idiotas e sem sentido? Aquilo era ridículo! Deveria ter matado Shura e era isso que faria. Olhou para a face do espanhol fulminantemente, vendo ali toda a confusão do mesmo. Ia matá-lo e... Shura parecia tão...

" Da próxima vez, eu mato você... Maldito!", Máscara da Morte disse, virando-se e saindo pela varanda, saltando do prédio.

Shura corre até lá fora, tentando impedi-lo, mas era tarde... Máscara da Morte já havia saltado. Olhou para baixo, mas não viu um corpo estatelado no chão. Não havia nada... Ninguém passando lá em baixo. Como era possível que ele tivesse pulado e simplesmente desaparecido?

" Máscara da Morte...", Falou em tom baixo, arrepiando-se por causa do frio e voltando para dentro.

Não entendia o que houve... Será que era sonho? Não! Sua cama ainda estava molhada com seu sêmen. Por que Máscara da Morte fez isso? Por que disse que iria matá-lo e, no entanto, fez amor com ele? Ou melhor... Fez sexo? Percebeu que no início a intenção do moreno era machucá-lo, mas depois ele foi tão... Gentil! E... Foi tão bom!

" O que foi que eu pensei!", Perguntou-se revoltado.

O apartamento dele foi invadido e ele subjugado de forma selvagem e no entanto... Gostou? Aquilo era um absurdo! Ele não podia ter gostado daquilo e... Não gostou mesmo! Foi obrigado e faria de tudo para descobrir quem realmente era aquele moreno, para fazê-lo pagar! Máscara da Morte teria o que realmente merecia.

Do alto de um outro prédio, o anjo da morte observava o espanhol à distância. Sua face demonstrava sua raiva e indignação por tudo o que houve. Devia tê-lo matado rapidamente, mas preferiu brincar com a comida e no final nem lanchou. O que era inadmissível!

" Da próxima vez, você morrerá em minhas mãos de forma lenta e agonizante.", Falou em tom baixo e assassino, fazendo asas negras emergirem de suas costas, proporcionando a ele a capacidade de voar rapidamente.

" Dá próxima... Farei sem perdão!", Disse para si mesmo, sentindo o vento frio da madrugada tocar seu rosto enquanto voava de volta a seu esconderijo.

Continua...

OOO

Olá! Aqui estou com mais um capítulo de Feitos Pra Seduzir!

Sei que tem muito tempo que não publico essa fic, apesar dela já estar digitada há muito tempo. Na verdade, eu o escrevi um mês depois de ter digitado o cap 03, mas demorei pra lançar o 03 também e... Depois fiquei esperando os coments. XD E pedi pra Aiko revisar pra mim.

Desculpem o atraso, pessoal! Espero que esse capítulo agrade, pra compensar o tempo que demorei pra atualizar. Tô com uma dúvida cruel... Faço ou não o Camus descobrir que o Milo é vampiro no cap 05? Ou deixo pro 06? Õ.o Me dêem a opinião de vocês!

Gostaria de agradecer a Aiko Hosokawa por revisar a fic pra mim! Valeu! \o/

Quero agradecer a Dark Wolf, Saori Kido, Daniela, Yurie, Shakinha, Litha-Chan, Athena Sagara, Ophiuchus no Shaina, Giselle, Ilia-Chan, Cardosinha, Lola Spixii, Patin, Kitsune Youko e Alpha Epsílon... Pelos comentários deixados no e pelos e-mails enviados. Vocês me deixaram muito, mas muito feliz! Valeu!

Agradeço a Leona EBM, que foi quem me deu a idéia de fazer o Máscara da Morte ter algo com o Shura. Whuahauhauhau!

O que acharam? Ficou bom? Õ.o No capítulo anterior não teve nenhum lemon ou amasso, nesse em compensação teve um quase lemon, um amasso e... Um início de darklemon que virou foi um lemon bem quentinho... Rsrsrs. O que acharam do Máscara da Morte com o Shura? Ficou bom? e aquele amasso entre o Kanon e o Saga? Por acaso alguém sabe quem será o vilão dessa fic?

Por favor, não me deixem na escuridão. Comentem!

24 de Junho de 2005.

02:59 AM.

Yume Vy