Olá! Hoje arranjei um tempinho para cá passar e postar mais um capítulo. Espero que gostem e deixem reviews, nem que seja para dizer que leram.

Beijocas grandes


Capítulo Quatro

De volta à enfermaria

Draco caminhava em direcção à enfermaria de onde tinha saído à três dias. A ideia de lá voltar não lhe agradava, mas ele queria saber se estava totalmente recuperado, e se isso implicava conviver com a Weasley durante mais um tempinho, lá teria que ser.

Draco entrou na enfermaria e algum tempo depois Ginny foi ter com ele.

- Ah, Malfoy… és só tu. – disse ela desinteressada.

- Quem é que esperavas que fosse? O teu precioso Potter?

- O Harry tem mais que fazer do que passar a vida na enfermaria… e eu tenho mais que fazer do que estar à espera dele.

- Pois a mim parece-me que ele adora a enfermaria sete… ou será a médica responsável por ela!

- Ele que trate da sua vida privada. Eu tenho vida própria e não tenho tempo de o andar sempre a seguir! – disse Ginny conduzindo Malfoy até uma marquesa. Draco sentou-se e ela começou a examiná-lo.

- Toda a gente sabe que tu és louca por ele, Weasley… - disse Draco provocando. – Toda a gente sabe que andas sempre atrás dele.

- Pois então toda a gente está muito desactualizada, já que eu não gosto mais do Harry e eu nunca o andei a seguir… tu é que passas a vida a fazê-lo. Aliás, tu pareces muito mais interessado no Harry do que eu. Às vezes duvido um bocado se essa tua faceta de "galinha" não serve só para esconder o teu lado mais feminino, aquele que está apaixonado pelo Harry.

- Sinceramente, Weasley… essa foi a pior ofensa que eu já ouvi! – disse Draco zangado.

- As verdades, por vezes, magoam… Mas não se preocupe Srta. Malfoy, o seu segredo está bem guardado comigo. O Harry nunca vai descobrir nada por mim. – disse Ginny virando-se de costas. – E mais uma coisa, a senhorita está completamente recuperada… não precisa voltar a pôr os pés nesta enfermaria e pode voltar a perseguir o seu precioso Potter.

- Weasley, eu não persigo o Potter a menos que seja para lhe lançar uma Maldição. – disse Draco levantando-se e aproximando-se dela. – E é com muito gosto que vou deixar de vir a esta enfermaria, mas primeiro…

Draco agarrou Ginny e virou-a para ele, encostando-a na parede.

- O que é que tu pensas que estás a fazer, Malfoy? – perguntou ela tentando esconder que estava assustada.

- Eu vou mostrar-te que de senhorita não tenho nada… acho que depois disto vais ficar com outra ideia.

Draco tirou a varinha do bolso da capa o que assustou ainda mais Ginny, deixando-a petrificada. Iria ele lançar-lhe um feitiço? Ela fechou os olhos quando ele levantava a varinha. Esperou ser atingida pelo feitiço, mas isso não aconteceu. Ela abriu os olhos ao ouvir Draco proferir um feitiço que trancou a porta e fechou todas as janelas deixando a enfermaria quase às escuras.

- O que é que tu pensas que estás a fazer! – perguntou ela.

- Relaxa, Weasley. – disse ele aproximando-se ainda mais dela acabando, assim, com o pouco espaço que restava entre os dois corpos. – Sabes que se há coisa que eu não suporto, para além de ruivos pobres, é que duvidem da minha masculinidade. É que agora tenho que te mostrar o que é que eu faço com uma mulher…

- Tu deves ser completamente louco. – disse Ginny com a respiração acelerada. – Queres fazer o favor de me largar?

- Não posso. – disse Draco sussurrando ao ouvido dela. – Pelo menos não ainda.

- Dra… Malfoy, afasta-te de mim! – disse Ginny quase implorando.

- Calma… - disse ele num tom de voz muito suave. – Tem calma….

Draco aproximou a sua cara da de Ginny e começou a beijá-la. Ginny estava completamente petrificada, a respiração acelerada. As mãos de Draco percorreram o corpo dela, parando na cintura, enquanto ele continuava a beijá-la. Um calor intenso invadiu Ginny quando ela sentiu a língua dele na sua boca. Era uma sensação maravilhosa e nova, mas foi ela que trouxe Ginny de volta à realidade. Ela estava na sua enfermaria, trancada com um Malfoy que estava a beijá-la para lhe provar que gostava de mulheres e ela estava a apreciar o beijo e queria corresponder! Mas por muito boa que aquela sensação fosse era resultado de um acto que não era correcto. Porque é que ele tinha que ser um Malfoy!

Ginny tentou empurrá-lo mas ele agarrou-a e ela não foi capaz de se soltar. Num acto de desespero total fez a única coisa que se lembrou… mordeu-o! E mordeu-o com toda a força que conseguiu.

- Malfoy, sai daqui! – disse ela tentando voltar a respirar normalmente enquanto pegava na sua varinha e desfazia o feitiço que Draco tinha feito para fechar tudo. – E não voltes a passar por cá!

- Como queiras, Weasley. – disse Draco levando a mão à boca. – Mas quero que saibas que isto não vai ficar assim… pelo menos agora sabes que nunca poderás duvidar dos meus gostos.

Draco saiu da enfermaria e Ginny sentou-se no chão. Continuava perplexa devido ao que tinha acontecido mas mesmo assim não foi capaz de deixar de sorrir ao lembrar-se daquele beijo… mas porquê!

Ele voltou para o seu quarto extremamente irritado. Ela tinha-o mordido… que atrevimento! Só podia ter sido uma Weasley.

Três semanas passaram e Draco e Ginny não se encontraram mais, para extrema felicidade de ambos. No entanto Ginny dava consigo, muitas vezes, a pensar no beijo de Draco e até de noite era atormentada… E não era a única! Draco desprezava-a ainda mais por causa daquela humilhante dentada mas o que mais o deixava chateado era aquele beijo que não lhe saía da cabeça.

Continua...