E mais um capítulo para despachar as coisas mais depressa. Eu sei que eles são todos muito curtinhos mas é como eu gosto porque ao menos sei quen ninguém se aborrece a lê-los. Espero que gostem!

Capítulo Cinco

Num corredor

Pouco passava das seis da manhã quando Ginny esbarrou com alguém no corredor… logo a última pessoa que ela queria encontrar.

- Andas a perseguir-me, Weasley? – perguntou ele num tom sarcástico.

- É provável que sim… queria apanhar-te de costas para te dar uma pancada na cabeça.

- Estás assim com tantas saudades de me ter na enfermaria?

- Sim! Espero que apareças por lá novamente, bem depressa. Já vou ter o veneno preparado.

- Acho que bastava a ideia de ter que olhar para a tua cara todos os dias, para morrer. – disse Draco virando-se e começando a caminhar. – Adeus pobretona.

Aquilo irritou Ginny de verdade. Ela agarrou-o pelo braço e fê-lo olhar para ela.

- Olha lá Malfoy, tu julgas que és o rei do Mundo… passas a vida a chamar-me pobretona e nem reparaste que estás mais pobre do que eu!

- Estás louca, Weasley! Mais pobre do que tu? – disse ele tentando não rir.

- Tu saíste de casa sem nada! De certeza que aquele teu pai nojento te deserdou. Ele deve querer-te morto! Já paraste para pensar que estás numa situação pior do que eu? Nem família tens! O teu pai e a tua mãe querem-te morto porque amam mais o seu Lord do que o próprio filho. Quase ninguém na Fortaleza gosta de ti, quase ninguém confia em ti! E tu continuas a achar que és o rei do Mundo. ACORDA, MALFOY! Tu não és nada!

Aquelas palavras magoaram Draco. Talvez por ser a primeira vez que as ouvia; talvez por saber que era tudo verdade; talvez por ambas as razões.

- Tens razão Weasley. – disse Draco olhando para o chão. – Eu não tenho, nem sou nada. Nem um Malfoy sou.

Depois de algum tempo de silêncio Ginny voltou a falar.

- Desculpa. – disse ela tocando-lhe na cara para que ele olhasse para ela. – Eu não queria dizer tudo aquilo.

- Mas é tudo verdade, não é? Não sou um Malfoy… então sou o quê? Ninguém na fortaleza confia em mim e ninguém gosta de mim.

- Quase ninguém. – disse Ginny – Não toda a gente.

Draco olhou nos olhos de Ginny e ela fez o mesmo. Os dois estavam cada vez mais próximos, perigosamente próximos. Ginny sentia o bater do coração e a respiração dele. Tomou consciência do que ia acontecer. Não podia! Fechou os olhos, respirou fundo e antes de se afastar disse:

- Desculpa, nós não podemos!

Ele ficou a olhar para ela, perplexo, enquanto ela se afastava.

«Eu ia beijar a Weasley!» foi a última coisa que ele pensou antes de retomar o caminho oposto ao qual Ginny seguiu.

Continua...

Vou ficar à espera de opiniões! Beijos