E porque o prometido é devido, aqui fica mais um capítulo! É o maior de todose eu até gosto bastante do que se passa, mas leiam e logo me dizem. Beijocas grandes


Capítulo Sete

Algo novo

Draco estava no seu quarto a pensar na sua vida quando lhe veio à cabeça a imagem de Ginny quando lhe respondia irritada, quando quase o beijava, quando o olhava.

«Uma Weasley… como é que isto é possível? Eu desprezo qualquer um dos Weasley, chego mesmo a odiá-los, mas com ela é diferente. Já a odiei, nos tempos em que Hogwarts era uma escola… já tive raiva dela quando ela me disse todas aquelas verdades que nunca ninguém se tinha atrevido sequer a pensar. Mas isso tudo passou. Se hoje em dia a odeio é mesmo por não conseguir parar de pensar nela e por não a conseguir odiar. Mas porque é que ela não me sai da cabeça. É só uma ruiva pobre, mas bonita e corajosa. E… eu gostei de a beijar, apesar de ela não ter correspondido, e gosto de olhar para ela quando ela olha para mim e gosto de vê-la a andar, a comer, a trabalhar… eu gosto dela. Mas como! Eu nunca gostei de ninguém e não sei! Tenho que falar com ela.»

Draco levantou-se da sua cama e resolveu ir dar uma volta para aclarar as ideias.

Naquela tarde foi travada mais uma batalha entre Devoradores da Morte e feiticeiros voluntários. Foi mais uma batalha rápida mas foi muito mais violenta do que de costume. Muitos ficaram feridos. Draco era um dos que só tinham um ou dois cortes. Ele tinha um no braço e decidiu ir à enfermaria três, coisa que não costumava fazer, mas tinha que falar com Ginny e assim teria uma desculpa para a procurar; era uma desculpa esfarrapada, mas era uma desculpa.

Dirigiu-se à enfermaria e entrou. A enfermaria tinha cinco pessoas, coisa que ele estranhou. Pouco depois uma enfermeira que ele não conhecia veio à porta.

- Sr. Malfoy, o que é que está aqui a fazer!

- Onde está a Weasley? – perguntou ele.

- O que quer da Ginny? – interrogou ela desconfiada.

- Ela é médica! – disse ele de modo rude. – Eu preciso que ela trate do meu braço.

Draco mostrou o corte no braço enquanto a enfermeira tirava a varinha da sua farda. Com um feitiço simples, que Draco também sabia, fez o corte desaparecer.

- A Ginny foi tratar de um assunto e pediu-me para a substituir por uns momentos e aconselho-o a não vir cá mais por causa de um golpezinho sem importância porque esta enfermaria é para casos graves! Eu e duas colegas minhas vamos prestar auxílio à Ginny porque estão aqui cinco pessoas que precisam de ajuda porque estão gravemente feridas.

Draco nem se deu ao trabalho de responder e apenas saiu da enfermaria. Ia pelo corredor quando viu Ginny que voltava para lá.

- Vieste da enfermaria? – perguntou ela tentando esconder a preocupação.

- Preocupada comigo? – perguntou Draco levantando a sobrancelha.

- Não. – respondeu ela automaticamente.

- Hum… como queiras. – disse ele meio desapontado. – Weasley, temos que falar.

- Quem? – perguntou ela admirada. – Tu e eu?

- Sim! Nós os dois.

- Eu… eu tenho que voltar para a enfermaria agora. Noutro dia falamos.

- Não. Tem que ser hoje!

«Oh, Merlin! O que é que eu faço! Não me agrada ter que falar com o Malfoy, só nós dois. E se eu faço ou digo alguma coisa da qual me posso arrepender? Mas ele não vai desistir!»

- Então, Weasley!

- Olha, eu tenho mesmo que voltar para a enfermaria agora… o meu turno acaba às seis da tarde. Encontramo-nos aqui às seis e um quarto. Até depois.

Ginny foi embora sem que ele respondesse sequer. Tinha a certeza que ele viria.

Nunca o tempo tinha passado tão devagar, tanto para Draco como para Ginny. Às seis em ponto, Sandy (a médica que substituiria Ginny no turno da noite, agora que a enfermaria estava cheia) chegou. Ginny agradeceu-lhe imenso! Às seis e cinco saiu da enfermaria e, para seu espanto, Draco já estava no corredor.

- Tens o relógio adiantado? – perguntou ela arrependendo-se pela pergunta estúpida.

- Não. Vim mais cedo mesmo.

- Ah… o que querias falar comigo?

- Não posso falar aqui. Tem que ser em privado.

- Ok. – disse ela meio preocupada. – Onde?

- Vamos para uma das poucas salas vazias que eu conheço. – disse ele começando a caminhar, e ela seguiu-o.

Chegaram à sala e entraram. Trancaram a porta com um feitiço, sentaram-se e ficaram calados até que Ginny falou.

- Já me podes dizer o que queres.

- Pois… eu… eu não sei bem… como é que eu vou dizer isto? É que… Weasley, tu… eu… eu acho que gosto de ti.

- Achas. – disse ela escondendo a tristeza.

- Sim… eu gosto, eu acho… é que eu nunca senti isto por ninguém antes, e não sei se é gostar. Mas eu passo os dias a pensar no nosso quase beijo e quando eu te agarrei na enfermaria e… em muito mais coisas!

- Mas isto é errado. Malfoy e Weasley juntos, é errado!

- Eu sei! Já pensei muito nisso. Mas lembra-te do que me disseste, eu não sou mais um Malfoy! Eu desisti daquela vida e os meus pais deserdaram-se e de certeza que não me consideram mais seu filho, logo eu deixei de ser Malfoy. Sou só o Draco.

- Mas tu odeias a minha família…

- Mas gosto de ti! Só não sei se tu também gostas de mim…

- Malf… Draco, - corrigiu ela – eu sinceramente não te entendo. Nem a ti nem a mim. Tu és arrogante, mal criado, metido a besta, parvo, irritante, extravagante, exagerado, convencido, orgulhoso, imbecil…

- Já percebi a ideia, Weasley! – interrompeu ele.

- Ok… então continuando… apesar deste feitio de típico menino mimado, eu gosto de ti. Mais do que devia, mais do que queria. Eu amo-te! – disse ela admirada consigo própria.

Ginny queria dizer mais uma coisa mas não conseguiu já que Draco a beijou. Foi o primeiro beijo deles, o primeiro beijo a sério em que ambos faziam a sua parte e onde nenhum dos dois era obrigado a nada. O primeiro beijo ardente, cheio de paixão, de cortar a respiração. O beijo acabou e ambos estavam aparvalhados com aquilo.

- Weasley, desculpa. Eu não devia ter feito isto. Desculpa.

E Draco foi-se embora, deixando Ginny sozinha, triste e confusa.

Draco passou as duas semanas seguintes a fugir de Ginny, o que a deixou furiosa! Ela sabia que ele gostava dela, então porquê aquilo tudo!

Era uma manhã de Sábado quando Ginny viu Draco, sozinho, no corredor. Ele ainda tentou fugir mas ela não deixou.

- Draco, pára! Temos que falar e é agora!

- Weasley, eu tenho coisas para fazer.

- Pois as coisas vão ter que esperar. – disse ela agarrando-o pelo braço. - E o meu nome é Ginny.

- Está bem… Ginny… sobre o que é que temos que falar.

- Sobre tu e eu! Não percebi porque é que te foste embora depois daquilo e pediste desculpa, porquê?

- Não me perguntes isso…

- Draco, eu tenho que saber! Por favor.

- Ginny eu precipitei-me e fiquei confuso. Estava a contar que dissesses que me odeias e que gostas do Potter, mas tu não fizeste isso. Disseste que me amas e isso deixa-me assustado! Nunca ninguém me tinha dito que me amava sem querer nada em troca. Quando o faziam era por causa do meu sobrenome. Mas tu não. Tu gostas do Draco, não do Malfoy. E gostas com todos os defeitos e eu não sabia que isto era possível e fiquei assustado. Dá-me um tempo para pensar, pôr as ideias em ordem… é só isso que eu quero.

- Está bem. – disse Ginny, sem largar o braço de Draco, num tom de voz doce. – Não custou assim tanto pois não?

Ginny passou a mão pela cara de Draco e deu-lhe um beijo rápido, na boca, apenas um selinho.

- Queres ter tempo para pensar, - disse ela sorrindo. – Vais tê-lo. Sabes onde me encontrar quando tiveres as ideias esclarecidas. Vou ficar à tua espera.

E Ginny foi-se embora, deixando-o sozinho e sem palavras.

Draco passou o resto daquele mês a pensar em Ginny e no que sentia por ela. Depois disso achou que era altura de a procurar.

Dirigiu-se à enfermaria três e entrou.

- Ginny. – chamou ele desesperado.

- Draco! – exclamou ela admirada mas não conseguindo conter um sorriso. – Já pensaste tudo o que tinhas a pensar?

- Já. – disse ele aproximando-se dela e agarrando-a pela cintura.

- E? – perguntou ela colocando os braços à volta do pescoço dele.

- Acho que tu és boa demais para mim, acho que mereces alguém muito melhor do que eu, no entanto acho que vais ter que te contentar comigo mesmo.

E os dois beijaram-se, apaixonadamente. Finalmente ficariam juntos.

- Draco, não te vais embora desta vez, pois não? – perguntou ela olhando-o nos olhos.

- Tu deixavas-me ir? – respondeu ele com outra pergunta.

- Desta vez não. – disse ela abraçando-o. – Nunca mais.

- Ginny, estamos a namorar?

- Espero bem que sim, Sr. Draco!

E os dois voltaram a beijar-se.

Continua...

Eu quero agradecer, mais uma vez, às meninas que têm deixado reviews, realmente fico muito feliz que estejam a gostar e espero que assim continue. Beijocas