Eu disse que vinha aí mais! Espero que gostem.

Capítulo Nove

A despedida

Nos três meses que se passaram, Draco e Ginny continuaram juntos.

A Guerra estava a tornar-se mais violenta a cada dia que passava. Os ataques dos Devoradores da Morte tornaram-se cada vez mais frequentes e inesperados.

Numa tarde foi convocada uma grande reunião com todos os bruxos da Fortaleza.

- Foram aqui chamados hoje – começou Dumbledore – para conversarmos sobre algo que vai afectar as vidas de todos. Como vocês têm noção, nos últimos tempos os ataques dos Devoradores da Morte aumentaram, e muito. E temos tido dificuldades em combatê-los porque não estamos prevenidos. Chegou a altura de sermos nós a atacar. Soubemos de fonte segura que a Fortaleza onde Voldemort e os seus homens estão, fica em Londres e que há alguns acampamentos espalhados por Inglaterra. No princípio desta reunião, cada um de vocês recebeu um papel. Esse papel tem um número que vai de 1 a 15 e ele designa o grupo a que vocês pertencem. Peço a todos que vejam o número do vosso papel porque agora vamos dizer-vos para onde o vosso grupo vai. Para Cardiff vai o grupo 8. Para Birmingham vão os grupos 9 e 10. Para Londres vão os grupos 1, 2, 4 e 5. Para Bristol vão os grupos 6 e 7. E os restantes grupos: 7, 11, 12, 13, 14 e 15, ficam na Fortaleza para serem enviados para batalhas onde for preciso.

Dumbledore parou de falar por uns instantes. Nesse momento Ginny olhou para Draco querendo saber onde tinha ele ficado. Ele mostrou-lhe o papel com o número 5. Ela sentiu-se como se lhe tivessem dado um soco no estômago. Draco ia para Londres… onde Voldemort estava, onde os melhores homens dele estavam, onde tudo seria mais complicado. Ginny fechou os olhos e respirou fundo. Aquilo não podia estar a acontecer. Draco pegou na mão de Ginny, tentando acalmá-la. Ela pensou que talvez ficasse perto dele. Poderia ser enviada para Londres, também.

- Agora quem vai lutar sabe o que vai fazer, chegou a altura de distribuir o pessoal médico. Vou dizer o número da enfermaria e a cidade para onde irão. Enfermarias 5 e 7 vão para Cardiff; 1 e 6 para Birmingham; 2 e 8 para Bristol e para Londres as enfermarias 3, 4 e 9. No entanto… algumas médicas e enfermeiras foram escolhidas para ficar cá já que os feridos mais graves serão transportados para cá para serem tratados em melhores condições. Os escolhidos para ficarem foram: Dra. Ana Sanders e as enfermeiras Amy e Mary Parker, da enfermaria 6; Dr. Bruce Stevens e enfermeira Claire Corner da enfermaria 2; enfermeiras Susan Myers e Janet Peterson da enfermaria 4 e da enfermaria 3 Dra. Ginny Weasley e enfermeiras Sarah Lewis e Grace Turner.

Ginny teve vontade de gritar, de chorar, de desmaiar. Aquilo era muito injusto. O seu Draco ia para o meio da guerra e ela ficava à espera que houvesse feridos graves para os tratar.

- Eu sei – continuou Dumbledore - que alguns de vocês acham isto injusto, mas realmente vocês foram colocados onde achamos que vão ser mais precisos, nenhum de vocês foi mandado para uma cidade, ou para ficar, por sorteio. Como sabemos que muitos amigos e casais foram separados, sugerimos que aproveitem bem o dia de amanhã porque depois de amanhã vão partir às sete da manhã. Agora podem ir.

Draco e Ginny saíram da sala ainda de mãos dadas, em silêncio. Caminharam até à enfermaria 3 porque Ginny tinha que arrumar umas coisas.

- Ginny, estás bem? – perguntou Draco quando eles pararam.

- Não. Vou estar longe de ti durante nem sabemos quanto tempo! Nem sabemos que rumo a guerra vai tomar, se nos voltamos a ver, o que nos irá acontecer. Tenho medo.

- Não há razões para ter medo. Pode demorar algum tempo, mas nós vamos voltar a estar juntos.

- Draco, eu não te quero perder.

- E não vais perder. Agora é melhor irmos descansar porque amanhã… vai ser complicado.

- Então encontramo-nos aqui às três da tarde, amanhã.

- O quê? – perguntou ele confuso.

- Amanhã encontramo-nos às três.

- Pensei que querias passar o dia com a tua família.

- Eu passei a minha vida toda com a minha família, mas não contigo.

- Tens a certeza que preferes estar comigo?

- Claro que sim. Vens cá ter? De manhã eu vou-me despedir deles e à tarde fico contigo.

- Está bem, então.

- Até amanhã, amor. – disse Ginny dando um beijo a Draco.

- Até amanhã.

No dia seguinte, de manhã, Ginny foi despedir-se da sua família e depois foi para a porta da enfermaria. Draco apareceu um pouco depois.

- Pensava que já não vinhas. – disse Ginny sorrindo

- E perder uma oportunidade de passar o dia contigo? Nem pensar! – disse Draco agarrando-a e beijando-a.

- Prevejo um belo dia pela frente.

- O que vamos fazer?

- Preparei uma comidita para nós. Vamos fazer um piquenique, o que achas?

- Desde que estejas por perto…

- Então vamos!

Ginny e Draco fizeram o piquenique nos jardins interiores de Hogwarts (que tinham sido construídos para se poder estar em contacto com a natureza sem sair da fortaleza). Não foram os únicos a ter essa ideia mas conseguiram arranjar um cantinho, muito agradável, onde puderam ficar sozinhos. E comeram, conversaram, namoraram e divertiram-se imenso.

Passaram uma tarde muito boa, mas agora que ela estava a chegar ao fim, ambos estavam a sentir-se tristes. Não sabiam quando teriam outra tarde como aquela porque iam separar-se e não sabiam quando voltariam a estar juntos. Depois de jantar Ginny e Draco foram para os seus quartos. Ginny ia deixar Draco na porta do quarto dele e depois ia para o seu (porque o quarto dele ficava a caminho do dela).

Quando os dois chegaram à porta ficaram em silêncio. Ainda demorou um tempo até um dos dois conseguir falar.

- Parece que chegou a altura da despedida. – disse Draco olhando para ela.

- Parece que sim… - disse Ginny olhando para o chão.

- Ginny, vais ficar bem, não vais? – perguntou Draco fazendo-a encará-lo.

- Vais voltar inteiro para mim, não vais?

- Vou tentar. Mas eu volto, sim.

- Vou ter saudades tuas. – disse Ginny abraçando-o e começando a chorar.

- Tem calma, Ginny. Eu volto o mais depressa que conseguir. Também vou ter saudades tuas.

Ginny continuava a chorar sem largar Draco.

- Queres entrar para tomar um copo de água e acalmares-te um pouco? – perguntou Draco.

- Não sei se devo. – disse Ginny limpando as lágrimas. – Pode parecer mal.

- Só vais beber um copo com água, para ver se te acalmas um pouco… mas se quiseres podemos ir à cozinha.

- Não é preciso. Não vamos fazer nada de mal, mesmo.

Ginny e Draco entraram no quarto dele e ele disse para ela se sentar, coisa que ela fez, enquanto ele ia buscar água para ela.

Ela bebeu o copo de água e limpou as lágrimas. Draco abaixou-se junto dela.

- Já te sentes melhor, agora?

- Sim, – disse ela passando a mão pela cara dele. – obrigada. Acho que só estou assustada com a ideia de poder não te voltar a ver.

- Isso não vai acontecer. – disse ele agarrando a mão dela. – Nós vamos voltar a ver-nos, sim! Se esperares por mim…

- Eu vou esperar. – disse ela abaixando-se e dando-lhe um beijo. – O tempo que for preciso.

Draco levantou-se e Ginny fez o mesmo. Os dois ficaram frente a frente, a olhar para os olhos um do outro. Ginny colocou os braços em volta do pescoço de Draco e beijou-o. Ele agarrou-a pela cintura e correspondeu ao beijo. Naquele momento eram só eles os dois. O tempo parou e nada mais havia em volta. Ginny sentia a respiração de Draco e o bater do coração dele… tudo tão perto dela. Teve vontade de não o largar nunca mais, de poder ficar sempre perto dele. Agarrou-o com mais força e foi ele que se separou dela.

- Ginny, acho melhor tu ires embora, agora. – pediu ele.

- Não quero ir já. – disse ela num tom de voz suplicante. – Estás assim com tanta pressa de te livrares de mim?

- Não é isso! – disse ele afastando-se um pouco dela. – É que se continuas com esses beijos eu não me vou responsabilizar… e depois não te podes esquecer que estás no meu quarto e que isso não me parece uma coisa muito… tu mesma disseste, não parece bem.

- Mas eu não quero saber se parece bem ou não. – disse Ginny aproximando-se dele. – Vais estar longe de mim durante sei lá quanto tempo e eu quero aproveitar para estar contigo o máximo de tempo que conseguir.

Ginny voltou a agarrar Draco e a beijá-lo. Ele agarrou Ginny e correspondeu ao beijo. Sentiu vontade de tê-la para ele, completamente. E foi por isso que parou o beijo.

- Ginny, pára.

- O que foi! – perguntou ela confusa.

- Não é seguro fazer isto aqui. Eu ainda faço alguma coisa que te ofenda e não consigo suportar a ideia de me ir embora sabendo que estás chateada comigo porque eu tentei ir longe demais.

Ginny voltou a agarrar Draco e deu-lhe um pequeno beijo.

- Eu não vou ficar chateada contigo e garanto-te que não me vou arrepender se alguma coisa acontecer... Amo-te tanto!

- Eu também te amo muito. – disse ele, agarrando-a pela cintura e começando a beijá-la, desta vez sem medos.

Os dois estavam bem perto um do outro, mas aquilo não parecia chegar… então eles fizeram amor. Nunca nada lhes tinha parecido tão certo como aquilo. Eles amavam-se muito e agora tinham-se entregado um ao outro, totalmente. No fim, Ginny e Draco adormeceram bem juntinhos um do outro.

Draco acordou cedo no dia seguinte, era dia de ir embora. Sentia-se melhor do que se lembrava de sentir nos últimos tempos. Passar a noite com Ginny do seu lado foi maravilhoso, sentir a pele dela junto à sua, sentir a presença dela tão perto…

Ele levantou-se, foi tomar um banho e vestir-se. Quando estava pronto sentou-se na cama a olhar para Ginny. Ela estava a dormir como um anjo. Estava num Mundo onde não se tinha que preocupar com nada.

A hora de ir embora chegou. Draco deu um beijo de leve em Ginny e viu que ela sorriu muito levemente, apesar de continuar a dormir. Nunca esqueceria aquela imagem por muito tempo que passasse. Nunca se esqueceria dela, nem que o Mundo acabasse.

(NA: Esta parte do capítulo é só assim uma maldadezita que me apeteceu escrever)

Draco estava na porta da Fortaleza quando Ron veio com Hermione e Harry ter com ele.

- Então, Malfoy… tu e a minha irmã já acabaram aquele namoro parvo?

- O único namoro parvo que eu conheço por aqui é o teu e da Granger… ou será o teu e o do Potter? – disse ele com um ar confuso.

- Vai-te catar, Malfoy! – disse Hermione.

- Mas se tu e a Ginny gostam assim tanto um do outro, o que está ela a fazer para nem ter vindo despedir-se de ti? – perguntou Ron num tom malvado.

- Ela está a dormir… no MEU quarto. A noite de ontem foi bastante agitada e ela tem que descansar. – disse ele num tom malicioso. – Agora dá-me licença que tenho que fazer e não tenho a tua vida.

Ron ainda quis ir tirar satisfações com ele, mas Hermione não deixou alegando que, certamente, ele estaria a mentir apenas para o irritar… como ela se tinha enganado!

Continua...

Gostaram? Espero que sim! A última parte do capítulo foi mesmo uma maldadezinha, mas eu não resistio a escrevê-la!
Beijinhos grandes a todos