E cá está o penúltimo capítulo!

Capítulo Treze

O dia da cerimónia de condecoração

Tinha-se passado um mês desde que o plano de Ginny tinha sido posto em prática. Ela já tinha voltado para casa e encontrava-se várias vezes com Draco para passarem a tarde juntos.

Num final de tarde, ao chegar a casa, a mãe de Ginny entregou-lhe uma carta que tinha chegado. Todos daquela casa tinham recebido uma. Era o convite para a cerimónia de condecoração onde ela receberia uma medalha por ter participado na guerra.

E neste momento é nessa cerimónia que nos encontramos.

Ginny estava sentada ao pé de Draco. Ele já tinha recebido a sua medalha depois de Dumbledore acabar o seu discurso sobre os corajosos voluntários que tão bravamente lutaram para acabar com o mal no Mundo Mágico.

Depois daquilo Dumbledore fez um discurso sobre os médicos e enfermeiros que tinham cuidado de todos os feridos e que tinham sempre feito de tudo para os salvar e entregou as medalhas.

A cerimónia terminou relembrando todos os que morreram a lutar para proteger o seu Mundo. Foi uma parte muito comovente.

Quando tudo terminou Ginny foi falar com a sua família para os avisar que ia passar o resto do dia com Draco. Eles ficaram todos meio chateados. Todos menos o pai de Ginny que, tal como os outros ainda não aceitava bem aquele namoro, mas sabia que não podia fazer nada para acabar com ele, por isso preferia tolerá-lo.

- Pronto, Draco. – disse Ginny voltando para perto dele. - Vamos?

- Sim. – disse ele dando-lhe um beijo.

- E onde é que vamos passar a tarde?

- Que tal no meu quarto?

- Draco! – exclamou Ginny fazendo-se de ofendida.

- Até parece que era a primeira vez… - disse ele fazendo-a corar até à raiz dos cabelos. – Lembras-te de quando eu me levantei da cama da enfermaria e estava sem roupa nenhuma? Ficaste igualzinha àquele dia, vermelha como tudo!

Draco começou a rir e Ginny ficou aborrecida por ele estar a gozar a com ela.

- É claro que me lembro daquele dia! Tive vontade de te espancar até à morte! «É preciso estares tão nervosa? Nunca viste nada assim, Weasley!» - disse Ginny imitando o tom de voz convencido dele.

Draco riu ainda mais e Ginny acabou por rir também.

- Passámos por cada coisa. – disse ele tentando parar de rir.

- Discussões e mais discussões…. Se naquela altura me dissessem que ia namorar contigo acho que era capaz de passar um atestado de maluquice para internar essa pessoa durante muito, muito tempo. Eu odiava-te tanto!

- E eu a ti. Só de pensar que ia passar duas semanas naquela enfermaria contigo! Tive vontade de fugir dali.

- As coisas mudaram tanto. – disse ela abraçando-o. – O ódio todo foi-se. Mas agora a sério… onde vamos passar a tarde?

- Vamos almoçar primeiro e depois vamos passear por aí.

Então eles foram almoçar num restaurante muito simples e agradável e depois foram passear a um parque. Depois de caminharem um pouco sentaram-se na relva, à sombra de uma árvore.

- Adoro este parque. – disse Ginny deitando-se e fechando os olhos. – É tão bom ficar deitada aqui!

- Ginny… - disse Draco depois de algum tempo em silêncio.

- Que foi? – perguntou ela abrindo os olhos.

- Quero perguntar-te uma coisa… mas não precisas de responder já, se não tiveres a certeza.

- Pergunta. – disse ela sentando-se.

- Eu queria saber se… não te esqueças que não precisas responder já. Podes pensar primeiro, o tempo que quiseres.

Ginny começou a rir.

- Pergunta de uma vez, Draco.

- Pronto, aqui vai… Eu amo-te e eu queria saber se tu queres casar comigo.

- Quero! – disse Ginny abraçando-o com tanta força que ele caiu para trás ficando os dois deitados um por cima do outro.

- Pensava que não ia ter uma resposta tão rápida. Já podes sair de cima de mim agora, Ginny.

- Nem penses! Quando me disseste que gostavas de mim e me deste um beijo e eu correspondi foste-te embora e depois disseste-me que estavas confuso. Eu esperei que me voltasses a procurar mas estive muito tempo longe de ti. Agora não aguentava mais.

- Eu não vou fugir e não estou confuso. Eu quero mesmo casar contigo mas tens que me deixar dar-te o anel!

Ginny saiu de cima de Draco e ele tirou um anel do seu bolso. Era um anel muito simples, liso, dourado.

- Eu sei que não é grande coisa. – disse ele meio que desculpando-se. – Mas foi a única coisa que consegui arranjar.

- Estás a brincar comigo? – disse ela aproximando-se dele. – É o anel mais bonito que alguma vez já vi.

Ginny beijou-o muito docemente.

- És uma exagerada.

- Eu disse a verdade. É lindo porque foste tu que me deste. Espera só até saberem que nos vamos casar!

- Pois. Aposto que a tua família vai ficar para morrer.

Ginny sorriu antes de o voltar a beijar.

Continua...