Gente, antes de iniciar o quinto capítulo, eu queria agradecer todos os reviews carinhosos e também os incentivos para continuar a escrever "Anybody seen my baby" e também levar adiante os novos projetos que citei no capítulo anterior. Muito obrigada, meninas!

Ah, logo, logo esta fic vai chegar ao ponto necessário para a do Shura começar a ser publicada, só peço um pouco mais de paciência. E adianto que a fic do MEU (meu, entenderam?) espanhol terá um fundo histórico bem bacana, algo que ainda não vi ser explorado em fics e que até mesmo nas aulas de história é pouco falado...

Outra coisa (perceberam que desta vez eu inverti tudo e estou escrevendo as notas antes? Me empolguei tanto com os meus projetos que não deu para esperar!): fãs de Shiryu, Dohko e Shunrei, aguardem... Tem fic protagonizada por eles pintando, uma outra adaptação literária e desta vez será do livro que considero o livro da minha vida...

E agora sim vamos ao capítulo!

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Capítulo V

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Ainda sob os protestos de Claire, os dois cavaleiros subiram junto com a jovem no apartamento, queriam ter certeza de que ela ficaria bem. Principalmente Aioros. Ao entrarem, o cavaleiro a colocou sentada no sofá da sala.

-Sente-se melhor?

-Sim, Aioros... Obrigada pela ajuda, mas não precisavam ter se incomodado em vir até aqui, devem ter tanto a fazer no Santuário.

-Não se preocupe com isso, Claire... Eu vou até a cozinha ver alguma coisa para você comer, tudo bem?

-Tá... É por ali, Shura.

Claire indicou o corredor próximo à porta de entrada e Shura logo sumiu de sua vista. Aioros se sentou ao lado da jovem e reparou que havia alguns carrinhos de brinquedo guardados em uma caixa aos pés do sofá.

-São do meu filho... – a garçonete disse, vendo o rapaz pegar um dos carrinhos – Ele tem uma coleção.

-É o menino que foi visitá-la no restaurante aquele dia que fui almoçar com o Mu?

-Ele mesmo... Você o viu?

-Vi... – Aioros comentou, meio constrangido – Ele e seu marido, do outro lado da rua.

-Aquele não era meu marido e sim um grande amigo. Ele quem cuida do meu filho quando estou trabalhando.

Não houve como esconder o sorriso de alívio ao ouvir aquela resposta, mas Claire não percebeu.

-Como seu filho se chama?

-Daniel. Ele tem sete anos e é muito esperto, adora carrinhos e cavalos.

Aioros sorriu ao ver o jeito que Claire falava do menino. Era como se referisse a um bem precioso, algo extremamente importante. E realmente era.

-Aqui está, eu fiz um sanduíche.

Shura entregou uma bandeja à garçonete, onde além do sanduíche estava também um suco de laranja. Claire passou a comer em silêncio, sendo observada atentamente por Aioros. O capricorniano, por sua vez, ficou de pé, correndo os olhos pela pequena sala. E deu de cara com os porta-retratos que enfeitavam a estante.

Havia diversas fotos, mas uma delas lhe chamou a atenção em particular. Era de uma jovem de cabelos castanhos na altura dos ombros e olhos também castanhos, mas com um brilho esverdeado. O formato amendoado dos olhos a deixava com um ar de princesa oriental, deveria ter descendência turca ou árabe. O sorriso era límpido e encantador.

Era bela, sem dúvida. E aqueles olhos davam a impressão de que Shura já a conhecia há muitos anos.

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-O que tanto fazem lá em cima aqueles desgraçados?

-Eu não sei, senhor, mas creio que não deva ser nada. Ela não seria tão maluca a ponto de desafiá-lo.

-Espero que tenha razão, Nikos... Anda, vamos embora. Tenho alguns assuntos a resolver no escritório.

Cantando pneus, o carro preto voltou a ganhar a rua e partiu para a periferia da cidade.

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-Obrigada mais uma vez, eu já estou melhor, rapazes.

-Tem certeza, Claire? Se precisar, nós podemos ficar por aqui mais um tempo.

-Não será preciso, Aioros, fique tranqüilo... Podem ir embora sossegados.

Ainda meio hesitante, Aioros acabou se convencendo de que Claire não precisava de mais nada e resolveu ir embora. A jovem os acompanhou até o portão e despediu-se de ambos com um beijo estalado no rosto, o que deixou o sagitariano corado.

Quando os dois cavaleiros já estavam dobrando a esquina, ouviram uma voz infantil gritar. Aioros se virou e viu Claire abraçar o filho e cumprimentar o homem de cabeça raspada, seu amigo.

-Nossa, eu já vi aquele cara em algum lugar! – comentou Shura, franzindo a testa para tentar se lembrara de onde o conhecia.

Aioros não deu ouvidos. Estava pensando em tudo que acabara de descobrir a respeito da vida de Claire.

"Anybody seen my baby? Anybody seen her around?"

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Noite. No camarim da boate, Linet acertava os últimos detalhes da maquiagem e sua peruca loira. Os olhos verdes refletidos no espelho demonstravam cansaço e uma certa melancolia. Mais uma noite naquele lugar. Mais uma noite agüentando o mau humor crônico de Willhem.

Ajeitando a minissaia, a jovem entrou pelo salão e foi direto ao camarote vermelho, onde ele já estava. Inclinou-se para cumprimentá-lo com um beijo e foi recebida com uma frieza monumental, um olhar mais gelado que o de Kamus de Aquário!

Linet ficou encarando-o, sem nada entender. Willhem tomou o que restava de seu uísque, pediu outro copo e então falou à jovem.

-Nunca se esqueça, Linet... Não faça nada que possa me desagradar, ou então não responderei pelos meus atos...

As palavras soaram duras e a dançarina engoliu em seco. Mas nem teve tempo de pensar em nada ou digerir o que Willhem havia dito, pois Paola, a italiana, veio chamá-la para o próximo show.

A canção tão característica sua começou a tocar e Linet iniciou o show, desta vez, um tanto quanto nervosa.

"I was flipping magazines

In that place on Mercer Street

When I thought I spotted her"

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-Tia Tâmara!

-O que foi, Duda?

-Por que a mamãe foi trabalhar se ela não estava bem?

-Bem, Duda... – a jovem suspirou, encarando olhar meio triste do menino – Tem certas coisas que é preciso fazer, mesmo que agente não queira ou não esteja bem.

-Mas a sua chefe deixa você ficar em casa quando está doente!

-Sim, mas o meu trabalho é diferente... Agora, chega de perguntas, está na hora de dormir.

Desapontado, o menino juntou seus brinquedos e foi para o banheiro escovar os dentes. Tâmara suspirou resignada e foi arrumar a cama do pequeno.

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Tipo, eu estou realmente tão empolgada que acabei postando dois capítulos nesta semana! O que o Shura não faz comigo, a vontade de publicar logo a fic dele é tanta que o Aioros acaba se beneficiando com isso!

Beijos, gente!