Nota da Autora: Ichi... – se esconde debaxo da cama - perdoem a demora, mais eu já falei que a culpa é da escola! Mais já vou avisando, esse cap. vocês vão gostar nem que seja só o finzin! (Pke o resto fiko uma droga, eu fiz na aula di quimik i biologia :P) Ahh, ele é um dos que eu mais gosto... eu axei muito fofucho

Cap. cheio de amor pra dar... aaaihh...

Vão lendo aí! N/A do fim do cap. eu to de volta!

Cap. 9 - Verdades

(Pós baile – XD!)

- Ahh, que gostoso, minha caminha... – Falou Gina, jogando as sandálias num canto qualquer do dormitório.

- Gina?

- Oi, Li... que foi?

- Não acha que me deve uma explicação?

- Ahn? Ah... te falo outro dia... me deixa dormir...

- Virgínia Weasley!

- Lina Carter!

- Ei, ei, ei! Alguém pode me explicar do que vocês estão falando? Porque eu não to entendendo patavina... – Falou Anna.

- Anninha, minha melhor amiga e prima... A nossa amiga Gina, ou melhor, o nosso amigo Malfoy estava observando a nossa querida amiga!

- Ah... ainda não entendi... desenha?

- Oh... Gina... me responde a pergunta que eu te fiz aquela hora. Você gostou né?

- Do quê? – Perguntou a desentendida.

- Resumo da ópera, Anna: O Malfoy tava comendo aquela tal Anderson lá no baile, digo, ah... no meio da dança! E a Gina viu. E ficou morrendo de ciúmes. E depois o Draco tava comendo a Gi com os olhos, e eu perguntei se ele tava bêbado, e ele disse que não, ou seja, tava olhando pra ela de livre e espontânea vontade, e ele se tocou que eu perguntei por isso e não se importou nem um pouco... e a Gina gostou de ser olhada daquele jeito, eu sei que gostou!

- Hahahah, faça-me dar risada, Lina.

- Fala francamente, então. Sem ironia, que, aliás, é uma característica marcante do Malfoy, responde se você gostou ou não.

Gina jogou-se na cama, respirando muito fundo.

- Ah... como posso dizer... gostei.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhh, eu sabia! Sabia!

- Bom, mas isso abre uma outra questão... e como fica o italiano? – Perguntou Anna, também se jogando em sua cama.

- É, é uma boa pergunta – Disse Gina falando num tom normal de voz, já que as outras colegas de quarto estavam dormindo. – E eu não sei a resposta. Eu gosto do Nick, eu o acho lindo, enfim, ele é perfeito... mas... eu acho que também gosto do... bom, dele. Por que, afinal, por qual outra razão eu sentiria ciúmes? Mas não tem porque admitir isso... o Rony me mataria, Mione me mataria, Nick me mataria e mataria o Malfoy junto... É melhor fingir que eu não gosto dele... que não senti ciúme... enfim... prefiro fingir que nada aconteceu, porque assim é melhor pra todo mundo, não é?

- Mas não é melhor pra você.

- Mas Anna, poxa, eu também gosto do Nick! Se eu escolher ele, no caso, ninguém vai sair perdendo, nem eu! E se eu escolher o outro, ele me odeia, e, portanto eu também vou sair perdendo... simples...

- Mas quem foi que disse que o... o... ele não gosta de você? O jeito que te olhou hoje já diz tudo!

- Olhares não dizem nada, Lina.

- Olhos são as janelas da alma, olhares por vezes valem mais do que palavras. Por mais que você se finja interessada, um olhar de cansaço te entrega. Se você xingar alguém, e ameaçar agredi-lo, pra ele acreditar que você não está com medo, são os seus olhos que ele vai procurar pra saber se é verdade. E quando você ama uma pessoa e não pode simplesmente beijá-la e dizer "eu te amo", são os olhos que se enchem de amor. Se bem que... aquilo não era um olhar de amor apaixonado... ahuHAUHAUhauha...

- Há, há, há, há!

- Bom, Gi, pelo menos você já admitiu que gosta dele, isso é um progresso!

- É, Anna, um progresso, o próximo passo é ir atrás dele.

- Não antes de terminar com o Nick, lógico.

- Mas Anna, até você quer que eu fique com ele?

- Gininha, raciocina comigo... se você tem namorado, e começa a se sentir atraída por outro cara, é porque o namorado não tá te satisfazendo!

- É, e vamos combinar que o Draco é bem mais gostoso que o Nick!

Gina olhou pra Lina com um olhar assassino.

- O quê? Eu só to comentando!

- Ahhhhh... eu acho melhor pararmos de falar disso por agora! Eu quero dormir!

- Okay... mas amanhã a senhorita não escapa... senhorita Virgínia Malfoy...

(Draco/Michael/Peter)

Draco terminou tudo o que tinha que pensar no baile e subiu pra sua masmorra-torre.

- Ah! Finalmente!

- Hei, o que vocês estão fazendo acordados a essa hora?

- Esperando você. – Falou Michael, assustadoramente sério.

- Pra quê?

- Senta. E você aqui, Peter. Senta também.

- Ah, Mike, o que você quer?

- Não é certo vocês brigarem, sabia? E agora vocês vão ficar aí, conversem, se entendam e só aí vocês vão dormir.

- Não acredito que eu estou ouvindo isso! – Falaram Peter e Draco ao mesmo tempo, levantando e se dirigindo para a escada que levava aos dormitórios.

- Não vão não. – Disse Michael, extremamente sério, segurando os dois pelo braço com força. – Eu estou mandando vocês ficarem aí, e vocês vão ficar aí SIM.

Peter e Draco sentaram-se como duas crianças que haviam acabado de ser pegas com a mão no pote de biscoitos antes do jantar. (Huahuahuahua que paia) Realmente, duas das quatro pessoas no mundo capaz de conter os ataques impulsivos e teimosos de Draco eram os amigos, sendo na porrada ou não.

- Podem começar.

O tempo passou. Cinco minutos. Dez. Vinte. Meia hora. O relógio marcava uma e dez da manhã, e nenhum dos dois sequer abriu a boca.

- Não pensem que se vocês ficarem aí que nem dois mudos eu vou deixar vocês subirem. Vocês são amigos, que saco! Agora uma briguinha idiota dessas vai separar vocês? Não os reconheço, sabia? Você, Draco, ficou lá embaixo um tempão, e não pensou nada a respeito disso? Ah...

Mais cinco minutos em silêncio.

- Bom... Peter... eu pensei lá embaixo e... eu agi como criança... eu... ah, eu to confuso! Eu não sei o que fazer da minha vida! Não foi intencional pra deixar nenhum de vocês com raiva... mas... eu... ah, vocês tem razão. (N/A: O q? axaram que ele ia pedi desculpa? Ele não pede desculpa nem pro tio Lucius, qt mais pra um cara da idade dele! Não faiz o tipo dele pedi desculpa, pq isso demonstra fraqueza e ele não é fraco – tirei isso de um filme, mas na fic são ensinamentos do tio Lu :P)

- Tá, eu entendo... mas você sabe que eu fico irritado quando você tem essas crises infantis... eu não te reconheço! Mas enfim... deixa pra lá... esquece isso.

- É... você também...

- Huhauahuahuauah...

- O que foi? – Perguntaram os dois arrependidos ao mesmo tempo pro Mike.

- Ah, é que essa é uma cena rara! Malfoy e Adams arrependidos!

Almofadas voaram na cara de Mike.

- Ai! É só uma brincadeira! Mas se vocês querem guerra, vocês vão ter...

Depois de parecerem uns bobos alegres de 12 anos brincando de guerra de almofadas, eles foram dormir.

Uma semana depois...

Depois de um dia particularmente entediante, Draco estava muito cansado, foi tomar um banho e dormiu. Dormiu bem, mas teve um sonho estranho.

No sonho ele estava na torre da Sonserina, e lá tinha uma garota. Era uma garota de outra casa, porém não conseguia ver nem qual era o uniforme e nem quem era a tal garota.

- Quem é você? E como entrou aqui? – Ele perguntou.

- Pra que você quer saber?

- Responde!

- Não importa...

Ela chegou mais perto, mas mesmo assim ele não conseguiu reconhecê-la.

- Quem é você?

- Não lembra de mim?

- Não...

- E agora? – Perguntou ela passando a mão no cabelo dele.

- Não...

- E agora?

Dessa vez a garota que não se sabe o nome puxou Draco pela gravata e o beijou. Eles ficaram um bom tempo assim, Draco sentindo o perfume dela... ele já sentiu esse perfume antes, mas não consegue lembrar onde. Enquanto eles estão lá a mãe do Draco aparece e puxa ele de lá. Enquanto isso...

- Mãe, me larga! - resmunga Draco, ainda meio que sonhando.

- O que foi, Draquinho?

- Draquinho... hã? - ele levanta e de repente vê quem... Kelly Anderson!

- Ah não Kelly, o que você tá fazendo aqui? Esse nem é seu dormitório!

- Eu sei, mas vim te acordar...

- Hum, já me acordou, agora vai saindo que eu tenho que trocar de roupa!

- Se quiser eu posso ajudar você!

- Não, sinto muito, mas isso eu posso fazer sozinho. - Draco expulsa Kelly do dormitório, vai até o banheiro com a calça do pijama mesmo, lava o rosto e fica se perguntando sobre o sonho.

- "Quem era aquela menina? E que perfume era aquele?"

Nisso já que Draco deixou a porta aberta aparece um dos amigos dele, Peter, que como vocês já sabem também é jogador do time de quadribol. (N/A: Eu já descrevi o Peter pra vocês? Bom... ele é mais ou menos da altura do Draco, -1,80 - mesmo tipo físico, cabelos castanho-escuro curtos, olhos verdes, cara de pau, palhaço e galinha. Podem continuar!)

- Tá dormindo em pé Draco?

- Ah é você Peter... quer me matar de susto é?

- Você tava tão concentrado... tava pensando em que?

- Em nada não... eu tô com sono.

- Percebe-se!

- Oh, falou o desperto! Você também tá morrendo de vontade de voltar pra cama.

- Ah, mas eu tenho um porquê... não foi você que teve treino de artilheiro ontem! Nossa cara... aquele treino é muito puxado... eu tô todo dolorido... quando você vai?

- Nossa eu tinha até esquecido... deixa eu ver... é... é hoje!

- Bom então se prepara... você não vai trocar de roupa não?

- É verdade... – Draco pegou o uniforme e foi tomar banho (N/A: Os treinos aos quais o Peter se referiu são diferentes, reúnem todos os goleiros dos times, os batedores, enfim, são treinos específicos para cada posição).

O dia transcorreu normalmente, depois do jantar Draco subiu para o dormitório, pegou sua vassoura nova e desceu para o campo de quadribol.

Depois de uns cinco minutos após ele ter descido veio Madame. Hooch, eles treinaram uns quinze minutos, mas a chuva que veio em seguida não ajudou em nada.

- Ei, vocês, acho melhor descerem das vassouras! – Disse ela aos quatro apanhadores. – Essa chuva vai engrossar, e muito...

- Ah não, a chuva está fraca ainda, a gente pode continuar! – Gritou Gina de lá do alto, ao mesmo tempo bem que Ana e Teo desciam.

- É, é verdade, eu tenho que terminar uma coisa! – Concordou Draco, estralando os dedos em cima da vassoura.

- Mas vocês vão acabar ficando encharcados!

- Não tem importância, nós já vamos...

- Bem senhor Malfoy, se o senhor se responsabiliza pelas bolas, o campo e tudo o mais aqui eu vou confiar nos senhores!

- Legal...

Madame Hooch, Teo e Ana foram pra dentro do castelo e Gina e Draco continuaram voando na chuva tentando pegar o pomo de ouro. (que aliás era um pomo encantado, ele voltava pra caixa sozinho)

- Ei Weasley, que tal uma aposta?

Gina olhou pra cara de Draco com uma cara de "ele está doido" ou algo do gênero.

- Vai, vamos, vamos ver quem pega o pomo primeiro!

- Nem vem...

- Ué, por que, vai arregar assim sem mais nem menos? Não estou te reconhecendo...

- Psicologia reversa não funciona comigo, Malfoy.

- É só uma aposta, só uma brincadeira, oras... vem!

Gina então se convenceu que não podia acontecer nada de mais, e aceitou a "aposta". Os dois montaram nas vassouras e saíram em disparada, a chuva que já tinha aumentado muito gelando suas faces e prejudicando a visão de ambos. Tudo estava indo normal, até que a bolinha dourada passou voando em volta dos dois, fazendo-os dar voltas e voltas até ficarem meio tontos e caírem de boca no chão.

- Ah, droga de bolinha idiota! – Disse Draco cuspindo lama.

- Hum... bom, já que eu ouvi Madame Hooch dizer que as coisas daqui estão na sua responsabilidade, e eu não vou voar mais, eu vou embora! Beijos, querido, boa sorte...

- Ah não, peralá, você vai me ajudar sim! – Draco levantou e puxou Gina pelo braço, fazendo-a perder o equilíbrio e cair novamente no chão, espalhando mais lama.

- Malfoy!

- Larga de ser preguiçosa, leva essas vassouras lá no vestiário e depois vem me ajudar a levar a caixa.

- Vestiário?

- Corvinal. O que estamos usando hoje.

- Você tá dizendo que eu vou ter que tomar banho no mesmo vestiário que você?

- Não entendo pra que esse medo, eu não mordo, e também não vou te afogar no chuveiro.

- Ah tá que eu vou, você tá falando isso só pra se aproveitar de mim!

- Eu? Me aproveitar de você? Ah Weasley, conta outra... Eu não preciso me aproveitar de ninguém, quanto mais de você, quem vê pensa! Vai logo...

Gina foi levar as duas vassoura que por sinal eram idênticas pro vestiário, foi e voltou cheia de caraminholas na cabeça.

-" Merlin... ah Merlin, por que eu não paro de pensar no Malfoy? Eu devo ter uma alface no lugar do cérebro! Tenho um namorado! Ele tem uma namorada! Ou sei lá se aquela morcega é namorada dele, mas bem, isso não vem ao caso. O fato é que eu não paro de pensar nele! Hunf... como se ele fosse grande coisa... E daí que ele é um loiro gostoso de um metro e oitenta com um corpo perfeito, isso não conta nada!

Merlin... eu não pensei isso, eu não pensei isso, não sou eu, tem um espírito maligno me dominando! É oficial! Ai Merlin..."

- Hey, Weasley, vem cá!

- O que foi? Você ainda vai tomar banho?

- Óbvio que vou, quer que eu durma assim? Enlameado? – Resmungou Draco passando a mão pelo cabelo cheio de lama.

- Tá, isso é óbvio, mas eu quero saber se você vai tomar banho lá!

- Weasley, por favor, preciso desenhar que eu não sou um maníaco sexual e não vou te atacar enquanto você estiver tomando banho, ou você já entendeu?

- Hum... é... pra que você me chamou?

- Vai lá e pega aquelas outras bolinhas que estão em cima do banco, e traz aqui pra mim.

Gina fez o que Draco tinha pedido, e depois foi tomar seu banho.

(uns vinte e cinco minutos depois...)

- Weasley?

- Eu?

- Ah bom, pensei que você tivesse derretido aí dentro!

- O que foi?

- Sai daí logo, você deve estar morrendo de frio!

- Como sabe que eu to com frio?

- Porque a única coisa quente que tem nesse campo é a água do chuveiro! Vai ficar aí ou não?

Gina então decidiu sair do chuveiro, afinal, que mal poderia haver? Se enrolou então na sua toalha preta com uns corações rosa-choque e pôs a cabeça, seguida do corpo, pra fora do boxe. E levou um tremendo choque com a visão que teve, tendo que morder a boca pra controlar seus pensamentos.

Draco estava de costas pra ela, de frente pra parede secando o cabelo com a toalha. Ele estava de cueca preta apenas, as gotas de água ainda escorrendo, como se estivessem passeando por aquele corpo definido. Sem notar que estava sendo observado, ele continuou se secando, passando a toalha por partes que despertavam a imaginação da ruivinha.

Gina ficou em silêncio babando, imaginando, sonhando acordada com aquela visão de um Adonis à sua frente até finalmente sair do transe em que estava e fazer o que achava que devia.

- Malfoy!

- Weasley!

- Malfoy seu pervertido, por que você me mandou sair, você, você não está VESTIDO POR COMPLETO! Seu tarado indecente!

- Weasley, eu não MANDEI você sair, eu SUGERI! E pelo que parece você estava aí a um tempão e não reclamou do que estava vendo... – Draco olhou a de cima a baixo, dando uma boa examinada na ruiva pra que ela ficasse com vergonha. – Não é?

- Não olha pra mim desse jeito, seu maníaco sexual, você quer se aproveitar de mim!

- Weasley, que saco, já disse que eu não preciso me aproveitar de ninguém... mas eu tenho certeza que você ia gostar que isso acontecesse, então pára de reclamar!

- EU NÃO IA GOSTAR QUE ISSO ACONTECESSE! – Berrou Gina, contrariando totalmente seu cérebro que realmente estava viajando no que poderia acontecer se Draco realmente se aproveitasse de Gina um dia. (Meu Deus! O.o)

- Uh sei...

- Pára de me comer com os olhos! Eu já mandei você parar! – Gina começou a estapear Draco nos braços, no rosto, onde suas mãos alcançassem, concentrando cada um de seus neurônios em não voltar a pensar no que ela mais queria.

- Chega, pára com isso!

- Pára você!

- Pára de me bater caramba! – Falou o loiro já sem paciência.

- Você merece! Você provocou!

- Tá, Weasley, CHEGA! – Draco impacientou-se ainda mais, segurando com força os pulsos de Gina pra que ela parasse de estapeá-lo. Só então eles se deram conta da situação na qual estavam, Draco de cueca e Gina de toalha, ele prensando-a contra a o canto da parede, reduzindo a distância ente os dois a meros dez centímetros.

- Uhn... ahn... é... – Gina sentiu que poderia fritar um ovo com o calor do rosto, tamanha a intensidade da cor em sua face. – Eu acho melhor você sair de cima de mim, é, eu acho melhor.

- É, eu também acho. – Falou ele desconcertado, passando a mão no cabelo.

- E... hum, eu vou trocar de roupa, é...

- Ah sim, é, eu também vou.

Gina trancou-se no boxe com suas roupas e Draco vestiu-se do lado de fora,

- "Ai meu Deus, o que deu naquele moleque pra ficar tão perto assim de mim? Ele podia ter me beijado daquela proximidade! Aliás... podia mesmo! Por que ele não me beijou hein? Por que eu tinha que mandá-lo sair de cima de mim? Uh como eu sou retardada! Quando eu vou ter uma oportunidade como essa? Meu... bom... se bem que por um lado foi melhor! Nem vestida eu estou! Hum... Ai Merlin, mas também você não podia ter feito isso comigo! Que garoto perfeito... uh... como pode... eu acho que vou sonhar com ele a noite toda, bem, eu posso trair por pensamento? Uh... ah mas, bem, ninguém vai acabar sabendo! Sou só eu e minha mente! Será que a Lina tinha razão? Às vezes eu acho que ela tinha razão... bom... não acredito que estou admitindo isso! Ai Merlin... eu não posso pensar isso... não posso... aiaiaiaiai..."

- Weasley? – Ela se desligou dos pensamentos quando Draco bateu na porta do boxe.

- O que você quer, está vestido?

- Estou. – Respondeu ele monotonamente.

- O que foi? – Perguntou ela pondo a cabeça pra fora do boxe.

- Vamos? A chuva parou.

- Vamos...

Os dois seguiram em silêncio o caminho do campo de quadribol até o castelo, finalmente adentrando pelas portas de carvalho e escapando do vento extremamente gelado daquela noite.

- Bom... uh... tchau Weasley.

- Tchau Malfoy.

Gina e Draco tomaram o caminho para suas respectivas torres. E quando ela entrou em seu Salão Comunal, pôde notar uma presença, um montinho encolhido sobre um dos sofás.

- Nick?

- Gi! Onde você tava? Com esse tempo de chuva ainda...

- Eu? No treino... com o Malfoy... É que a gente tava fazendo uma aposta, pra variar!

- "Malfoy. Mas esse droga tem que aparecer em todas! Será que... será? Não pode ser... ou... merda! Albino miserável..." – Ah tá...

- Você ficou me esperando até agora?

- Sim, por quê?

- Por nada! Você não tá com frio?

- Você que deve estar... sobe, vai, boa noite Gi.

- Boa noite Nick... – Disse Gina subindo as escadas correndo sem nem beijá-lo nem nada.

- Merlin... – Resmungou o loiro se encolhendo mais ainda numa poltrona do Salão Comunal, devido ao frio. – O que essa menina tem, afinal? Foi algo que eu fiz? Ou... e não sei... será que ela gosta dele? Será? Que vida Merlin... o que eu faço? O que eu faço? – Nesse momento lágrimas começaram a brotar no canto de seus olhos, que agora eram de um verde escuro extremamente assustador. – Por que sempre que eu consigo alguma coisa eu tenho que abrir mão, hein, por quê? Eu não vou deixar ela ir... não pro Malfoy... eu gosto demais dela... e ela também gosta de mim, oras! Se não fosse esse maldito comensalzinho do Malfoy ela não estaria assim comigo... Esse cara parece que faz de propósito... Idiota... Ela me ama... me ama... me ama...

E ao repetir essa frase ele se deu conta de uma coisa. Muito desagradável por sinal, na situação que estava. (N/A: se alguém descobrir diga! Uhauhauhah...) E resolveu ir dormir, pra pelo menos tentar acreditar que amanhã tudo estaria normal.

Na manhã seguinte todos os alunos desceram meio sonolentos pra mesa do café, sem esquecer de mencionar que Ana, Teo, e especialmente Draco e Gina estavam totalmente quebrados.

- Ai... minhas costas! Eu juro que se tiver mais um treino desses vou ficar permanentemente com problemas de coluna. – Resmungou a apanhadora, esfregando o rosto, ainda com muito sono.

- Nick, você ficou muito tempo esperando ela? – Perguntou Mione.

- É, fiquei. – Respondeu, o mau humor visível na voz.

- Sabe, vocês fazem um casal muito fofo!

- É, bem, eles vão casar e ter filhos... – Riu Rony.

- Nossa, Rony, casar? Você não acha que tá muito cedo pra dizer essa palavra? Nem terminei a escola! E além disso o Nick não vai mais estar aqui... – Disse Gina

- E você pretende casar com quem? O Malfoy por acaso? – Disparou o italiano praticamente cuspindo as palavras, irreconhecível.

Gina ficou completamente sem o que dizer, acabou se engasgando com o suco, tossindo desesperadamente.

- Gina! Respira Gina, respira! – Exclamou Mione, assustada.

- NICOLAS! – Berrou Rony furioso, vermelho até as orelhas, com ganas de dar ouvidos aos impulsos sanguinolentos que diziam para matar o futuro cunhado da forma mais horrível e dolorosa possível e pular no pescoço dele e estrangulá-lo com as próprias mãos ali mesmo, tamanho disparate que este havia dito. – Se você quiser ter uma vida longa, NUNCA MAIS REPITA ISSO, nem de brincadeira! Minha irmã casada com aquele... aquela... aquilo... aquele comensal demoníaco, se isso acontecer juro que ela é expulsa da família, ouviu Gina? PAPAI TE EXPULSA DA FAMÍLIA!

- Rony, por Merlin, fique quieto! Hogwarts inteira está olhando pra cá, até os fantasmas! É claro que a Gina não vai fazer isso, até parece que você não confia nela! Não é Gina?

- É... é... nunca...

Um pouco mais afastadas Lina e Anna trocaram olhares cúmplices e preocupados. E do outro lado do salão, Draco estava com uma cara horrível de desgosto.

- Draco... a comida vai esfriar... – Disse Peter, balançando a mão na frente da cara do outro.

- Perdi o apetite. – Gemeu o loiro sem emoção na voz, abaixando a mão do amigo.

- Está dando muito na cara, se quer saber. – Intrometeu-se Mike. – Muda essa expressão, anda...

- Não to com vontade.

- Tá, tá bom, quando melhorar o humor você avisa que a gente tenta te ajudar...

Draco afastou o prato e enfiou a cara entre os braços, debruçando sobre a mesa. Sentia uma vontade imensa de... de chorar? Andava mesmo muito emotivo nesses últimos tempos... patético... ridículo... digno de pena... Lágrimas silenciosas vieram escorrer pela sua face, molhando o tampo da mesa.

- "Nossa... que vida maravilhosa... apaixonado pela garota mais inacessível pra mim... tudo o que faltava na minha vida era isso, apaixonado por uma Weasley! Que maravilha, agora só falta eu me matar... Eu odeio essa garota. O que ela tem a ver comigo? É idiota, boba, boazinha, altruísta, apaixonada pelo Potter... opa, isso ela não é mais. Continuando... santinha, briguenta, insuportável, educada, inteligente, doce... – Draco fechou os olhos e sua mente imediatamente lhe trouxe a noite passada do vestiário. – tímida, linda, cheirosa, perfeita."

Only when I stop to think about you, I know...

(Só quando eu paro para pensar em você que eu sei...)
Only when you stop to think about me, do you know...

(Só quando você pára para pensar em mim que você sabe...)
I hate everything about you

(Eu odeio tudo sobre você!)
Why do I love you?

(Por que eu te amo?)
You hate everything about me

(Você odeia tudo sobre mim!)
Why do you love me?

(Por que você me ama?)
I hate...

(Eu odeio...)
You hate...

(você odeia!)
I hate...

(Eu odeio...)
You love me...

(você me ama...)
I hate everything about you

(Eu odeio tudo sobre você)
Why do I love you?

(Por que eu te amo?)

-----------

- Draco? – Chamou Peter, Draco estava capotado na cama, absorto em todo o tipo de pensamento que envolvesse uma certa ruiva.

- Oi.

- A Kelly quer falar com você.

- Diga a essa acéfala que eu fui caçar baleias no Afeganistão.

- Uh? – Respondeu o moreno. – Seus conhecimentos geográficos são um pouco demais pra mim...

- Esquece, eu vou lá falar com essa estúpida. Podem vir se quiser... vai ser uma conversa muito interessante...

Os três amigos saíram do quarto, Draco foi arrastando Kelly pelo braço (educado como sempre) até chegarem na sala comunal.

- Ai Draco, você me machucou!

- E daí? Você quer que eu peça desculpas? Fica quieta, eu tenho uma coisa séria pra te falar.

- Ai, então fala, amor...

- Kelly, não me chama de amor.

- Mas por que não?

- Porque... eu não sou mais seu amor. Nem nunca fui.

- Como assim?

- Kelly... ow menina lesada... não tá mais dando certo... bom, eu quero terminar com você! Aliás, terminar uma coisa que nem devia ter começado...

- Draco? Draco... você não pode fazer isso comigo!

- Posso. Não só posso como acabei de fazer! Kelly, adeus.

- Draco! Não, por favor, você não... tem outra, não é? Só pode ter outra! A do baile! É ela, não é?

- Não tem ninguém, Kelly... vai viver a sua vida em paz... e deixa eu viver a minha...

- Draco! Volta aqui!

Do alto da escada, estavam os dois amigos sorrindo.

- Esse é o Draco que eu conheço... – Falou Peter.

- E aí, gostaram?

- Draco, você foi cruel... coitada! – Disse Mike.

- Coitada! Até que eu fui bonzinho, eu podia ter gritado pro castelo inteiro escutar que ele é uma chata, brega, e que beija mal! E que eu nunca gostei dela!

- Pelo visto esse novo amor tá te regenerando...

- Oh, nem tanto, acabei de ser malvado, viram?

- Ah, quem diria, Draquinho sentimental! Que coisa meiga!

- Nhaa... nem vem... eu não sou um cara sentimental!

- Não era. – Corrigiu Mike, que por sinal era filho de uma psicobruxa (psicóloga bruxa) – Porque ultimamente esse amor tá te deixando com o sistema nervoso alterado... você nunca foi assim! Eu to ficando com medo, cara, você tá ficando bem estranho... muito sentimental... sei lá... eu não sei mais lidar com você não... você tá ficando muito instável emocionalmente, tá muito perigoso.

- É, com certeza, agora eu não posso mais ser contrariado porque senão vou ficar atacado da minha loucura e vou afogar vocês na privada, e vocês vão descer pro lago da lula junto com a Murta que geme!

- Hsuaeshusehauheuaheuh...

Definitivamente, oficialmente, pra todos os efeitos, Draco Malfoy não era mais o mesmo.

------------

- Dá pra parar de me chutar, Elisabeth?

- Lis, se não for incômodo pra você me chamar assim.

- Ichi, calma, não quero ver você de mau humor... Pelo menos não hoje.

- E por que não hoje?

- Porque... hum... poxa, hoje eu te trouxe uma flor! – Falou Peter estendendo uma rosa branca.

- Onde conseguiu isso?

- Estufa quatro.

- Você roubou a flor da estufa da professora Sprout?

- Sim, mas valeu o meu esforço, ou não valeu?

- Rosas brancas são minhas preferidas, como é que você adivinhou?

- Sou seu namorado ué... – Respondeu ele abraçando Lis por trás.

- Sim, mas eu não te contei!

- Adivinhei, oras... Gostou, Elisabeth?

- Por que está me chamando de Elisabeth? Ninguém me chama assim! Nem minha mãe me chama assim!

- Mas é mais bonito... mais formal... eu já disse que não sou todo mundo pra te chamar como todo mundo, eu sou seu namorado.

- Ai, tá bom, senhor meu namorado...

- Onde vai passar o Natal?

- Casa. E você?

- Também... eu vou ficar com saudade de você, sabia?

- Sabe que eu nunca imaginei você nessa versão romântica?

- É?

- Aham... quando eu te conheci eu nem gostava de você! Pra falar a verdade eu te odiava! Só te odiava menos que o Malfoy.

- Draco é um cara legal, ele só tem pequenos desvios de conduta...

- Uh, sei, e você não tem né? – Disse ela rodando a rosa branca entre os dedos.

- Ah, mas eu tenho uma namorada pra ficar dando rosas!

- E ele também não vai ter uma em breve?

- Weasley? Eu não sei... pode ser... ou não... ele ainda não me disse nada!

- Você vai lá ver o pessoal do intercâmbio indo embora?

- Vou... nos vemos lá, eu te amo.

- Também te amo.

------------

Os alunos de Hogwarts, desde o primeiro até o sétimo ano, estavam aglomerados na porta principal, encapuzados da cabeça até os pés, vendo os cinco amigos italianos nos seus últimos momentos no castelo.

- Bem, meus queridos alunos, eu acho que chegou a hora de darem adeus a nossos agradáveis hóspedes! Esses cinco alunos que partilharam conosco algumas de nossas alegrias, e dos quais nunca esqueceremos, estão partindo de volta pra seu país hoje. Uma salva de palmas pra eles!

Os três garotos e duas garotas, Nicolas, Marco, Giovanni (novamente loiro), Luísa e Paloma acenaram alegremente para os alunos que os olhavam e aplaudiam, com uma certa tristeza no coração.

- É, e agora vocês podem se despedir deles também. – Discursou Dumbledore, um pouco menos animado do que de costume, apertando a mão da senhora que iria levar os jovens de volta pra casa.

- Giovanni! Gigio! – Riu Anna. – Você finalmente vai embora, eu não ia mais te agüentar aqui!

- Anninha, minha flor, eu sei muito bem que você vai sentir uma falta imensa de mim!

- Oras, seu convencido! É uma pena que nós não possamos continuar juntos... é lógico que eu vou sentir sua falta...

- Eu também vou. Mas... bem, é melhor assim! Como poderíamos continuar namorando à distancia? Eu não consigo imaginar isso... e acho que nem você...

- Pois é. Mas, bem, me escreve! Não é por isso que é pra esquecer de mim, da gente, por que tudo mundo aqui gostou de vocês! E manda seu amigo escrever também!

- Bom... isso pode deixar que a Gina resolve, até parece que ele não vai escrever!

- Tem razão. – Disse a loira abraçando o garoto.

E não muito longe dali, ocorria um diálogo mais ou menos parecido.

- Gi, vem cá!

- Nick, ai... eu não acredito! Não quero que você vá embora... sério... fica aqui...

- É, eu tenho um assunto bem sério pra te falar, eu acho que é melhor a gente terminar tudo. É, é isso.

- É o quê? Como assim? Por que você tá fazendo isso comigo, poxa, você não gosta mais de mim? Por que? Me diz...

- Ah, é claro que eu ainda gosto de você... oras... mas pára de mentir pra você que isso não faz bem, eu sei, você sabe, você não quer admitir. Eu pensei muito nisso antes de te dizer, confesso que não foi uma decisão fácil, mas é o melhor. Pra você, é o melhor.

- Fala logo, isso é sério! O que eu não quero admitir hein? O que é melhor pra mim?

- Um dos motivos é a distância, e o outro, bom, Gi, eu sei que você gosta do Draco e...

- Nick, o que você tá falando? Eu e o Malfoy? Claro que não!

- Gi... eu sei tá... eu gosto demais de você pra deixar passar isso...

- Nick, você tá falando isso do nada, né? Você tá bem? Eu gosto de você! De você! Você! – Disse ela repetindo as palavras como uma criança desesperada, chorando, apontando com força o peito dele a cada vez que dizia "você".

- Não duvido... mas não é do jeito que você gosta dele... você gosta de mim como amigo, e dele como namorado. Mesmo não querendo admitir pra você mesma, é ele quem você ama de verdade, Virgínia Weasley.

- Nicolas Antonio Ricci, não me chama de Virgínia porque você sabe que eu odeio! – Resmungou meio emburrada, o que fez um pouco da tristeza passar.
- E você sabe que eu adoro te ver com raiva... Huahua... Tá vendo? Eu sou seu amigo demais pra ser seu namorado...

- Nick, não fala esse tipo de coisa!

- Ora Gi... você sabe que é verdade... por favor, pára de esconder seus sentimentos e assuma-os de uma vez...! Não importa o que o mundo, o que a sociedade bruxa vai pensar, só porque você é uma Weasley doce e ele, um Malfoy azedo... Se você o ama, e ele ama você, por que não esquecer tudo isso? O amor é mais forte do que tudo Gi... o amor passa por cima de tudo... pode demorar mas passa! Vai atrás dele.

- Como sabe de tudo isso, Nick? – Falou Gina ainda com a voz fraca, secando um pouco das lágrimas.

- Qualquer pessoa saberia, é só olhar pra sua cara e pra dele e ver que está escrito na testa de vocês dois que vocês estão apaixonados!

- Ai Nick... eu te adoro tanto... – Falou Gina abraçando o italiano.

- Provavelmente não tanto quanto eu te adoro. Eu te amo Gi... muito... Mas eu acho que o meu destino é encontrar outra pessoa.

- Você acredita em destino?

- Acredito, e eu acho que VOCÊ também devia acreditar, haja vista que o seu é ficar com aquele loiro aguado lá... É ele que você quer Gi... vai ser feliz com ele de uma vez!

- Você também é loiro, sabia? – Falou Gina, passando a mão no cabelo de Nicolas.

- É, mas o meu cabelo é lindo, dourado e brilhante! E o dele é aquela coisa branca horrorosa sem graça, parece um velho novo... uAHuahuUHAUhauHA...

- Velho novo... essa foi boa! Uhauhauauha... você não tem jeito mesmo!

- Ah... e se ele te magoar, me escreve que eu venho aqui e termino de quebrar a cara dele!

- Nick... eu te adoro... vou sentir saudades! Me escreve!

- Você também escreve, viu mocinha? Não esquece que eu te amo Gi... eu quero te ver feliz...

Gina deu um último abraço bem apertado no ex-namorado-atual-amigo.

- Tchau, Nick!

- Tchau... futura senhora Draco Malfoy...

Antes de sair de Hogwarts, porém, Nick deu uma última recomendação, dessa vez pra Draco.

- Cuida bem dela senão eu volto aqui e te viro do avesso...

- Pode deixar.

E assim eles partiram.

De manhã, quando todos estavam prontos para irem passar o Natal com as famílias, uma figura apareceu na sala comunal grifinória.

- Buon Natale!

- Harry! – Disse Mione num grito, indo abraçar o amigo que acabara de chegar, com malas na mão e tudo. – Ai que saudades de você! Como foi o intercâmbio?

- Ah, foi legal... Mas eu também senti saudades de vocês! Trouxe fotos de tudo quanto é lugar e mais um monte de lembrancinhas pra vocês. Oh, essa é a Fontana de Trevi. – Falou ele mostrando pra Mione a fontezinha que jorrava água de verdade e tinha um carinha jogando uma moeda.

- Ai, Harry, é lindo! Bom, mas pelo jeito esse ano sou eu que vai passar o Natal com você aqui...

- Por quê?

- Meus pais vão pra mais um congresso de dentistas lá na Rússia, e decidiram que vai ser melhor se eu ficar aqui. Melhor uma ova! A Rússia foi cheia de grandes bruxos, eu queria tanto conhecer mais sobre eles de perto...

- Ai, Mione, só você pra querer estudar nas férias mesmo! E cadê o Rony e a Gina?

- Não sei, acho que ainda estão no dormitório... talvez fazendo as malas.

- Bom, eu vou lá então!

Harry subiu os degraus de dois em dois, até parar na porta do seu próprio dormitório.

- Oi Rony!

- Harry! Puxa, quanto tempo!

- Você vai passar o Natal em casa?

- É, bem, é que Gui, Carlinhos e Percy vão estar lá e mamãe quer que passemos um Natal em família e tudo o mais... mas eu comprei um presente pra você, olha! – Rony jogou um embrulho cinza pra cima de Harry.

- O que é isso?

- Abre!

Era um estojo de manutenção de vassouras, mas esse era bem mais cheio de parafernálias do que os outros que Harry já tinha tido. Manuais, panos, líquidos, tesouras, lixas, etc etc etc.

- Puxa, valeu Rony! Eu também trouxe uma coisa pra você.

- Ah é?

Harry tirou de dentro da mala uma roupa laranja, jogando-a para Rony do mesmo modo que ele havia feito. Mas não era só uma roupa laranja, era um uniforme do Chudley Cannons. Autografado.

- Wow! Cara, como é que você conseguiu isso? – Perguntou Rony, boquiaberto.

- Nós fomos assistir a um jogo deles um dia!

- Ah, Harry, obrigado! – Disse Rony se jogando em cima do amigo, abraçando-o.

- Ei, calma, não precisa ficar tão sentimental...

- Hahahah, hilário, e a Gina?

- No dormitório dela, ué!

- Ahn... bom... eu também tenho que entregar o presente dela, e o da Mione!

Harry desceu, e depois de entregar o presente de Mione (um livro: Grandes Bruxos Italianos que Influenciaram o Mundo), jogou-se numa poltrona e ficou esperando Gina descer pra ir embora.

- Hum... bom... oi Harry... bem vindo de volta, Rony me disse que você tinha chegado.

- Oi! Bom, e aí, como foram as coisas nesse tempo em que eu fiquei fora?

- Ahn... uhn... foi tudo bem! Lá, como foi?

- Um saco... em vista que eu não tinha você por perto...

- Harry, assim, por curiosidade, você não desiste nunca não é?

- Se eu não tentar como é que eu vou conseguir?

"A Itália fez mal ao Harry. Cara chato! Quem ele pensa que é?"

Gina decidiu então ser direta com ele.

- Mas será que não te passou pela cabeça que eu possa ter me interessado por alguém nesse meio tempo que você ficou fora?

- Gina, ah, pára com essas brincadeiras... você sempre gostou de mim!

- Olha Harry, você disse bem, será que você nunca se tocou que eu cansei? Poxa... quando eu gostava de você você nem dava bola pra mim, me achava uma pirralha, a irmãzinha do seu melhor amigo, só isso... sabe quanto tempo eu esperei pra você me convidar pro baile? Sabe? Pro baile do torneio? Eu sonhei com isso, eu esperei até onde deu! E você correndo atrás daquela japa! E agora quando eu finalmente me desencanto de você, você vem e diz que gosta de mim... tem idéia de quanto isso é chato pra mim? Não, você não tem! Tudo na minha vida dá errado quando se trata de garotos! Pensando por um lado, eu poderia ignorar meus sentimentos e dar mais uma chance pra você, mas por outro lado, você nunca sequer pensou em fazer isso por mim, então acho que você não merece.

- Mas... mas Gina!

- Mas nada, porque você não vai atrás da Cho? Não foi dela que você sempre gostou?

E dito isso, a ruiva virou as costas, pegou o malão e desceu pro salão Principal.

- Ahh... não, não acabou ainda Gininha... me aguarde...

-----------

- Ai, Mione... Você vai ficar então? Bom Natal pra você tá?

- Tá bom, Gina! Pra você também! Mas eu posso perguntar uma coisa?

- Pergunta...

- Uhn... sem querer ser meio intrometida, mas... é que eu reparei que você e o Harry não tão se falando, aliás, vocês não tão nem se olhando direito... Aconteceu alguma coisa?

- Ih... uhn... er... Mione prometa que não vai contar ao Ron, senão eu não posso sem pensar no que pode acontecer! Promete!

- Prometo. Fala...

- É, bom, desde antes de começar as aulas, você lembra aquele dia, o dia que o Harry recebeu o papel do intercâmbio?

- Uhum.

- Bom... é... ele tentou me beijar aquele dia!

- Tentou? Ué, por que...

- Porque eu dei um tapa na cara dele!

- Você O QUÊ?

- Mione!

- Por quê? Você não gostava dele?

- Olha, ele não foi sempre a fim daquela japa lombriguenta, aquela vermezinha com cara de barata (N/A: Keli! Seuhausehsuhue...) da Chang? Pois! Por que agora que eu consegui esquecer ele, ele vem atrás de mim como se eu tivesse que me jogar aos pés dele? Eu não! Eu tenho orgulho também! Ele também não é o irresistível... só porque ele tem praticamente um fanclube nessa escola (N/A: Dois! Suehuauhusehe... só a Bia mesmo pra entende certas coisas ake!) e as garotas ficam pagando pau pra ele, eu vou ser mais uma? Muito obrigada... eu dispenso essa condição...

- Gina, eu não te entendo!

- Não é pra entender, se você também vai me aporrinhar pra eu ficar com ele! – Berrou a ruiva muito furiosa, arrastando o malão pra dentro do trem.

-----------

- Em casa, finalmente! – Disseram os irmãos ao avistarem a porta de casa depois de um período letivo bem cansativo.

- Queridos! Ah, meus filhos, que bom que chegaram, eu preparei um grande banquete pra vocês! – Exclamou em tom exagerado a sra. Weasley, abraçando Rony e Gina. – Vão lá em cima descansarem, vocês podem comer bastante chocolate, eu guardei pra vocês também!

Os dois irmãos estavam caindo de cansados, foram direto para seus quartos tomar um bom banho. E trocar de roupa. Depois de conversar com toda a família, brincar e contar as novidades, Gina foi para o quarto e dormiu um pouco, acordou com batidas na porta.

- Gina... Gina...

- Uh... hein... que isso...

- Gina? Filha, você esta aí?

- Oi pai!

- É, eu queria saber se você vai ao baile do Ministério, sabe, o baile de Natal.

- Ah, eu vou sim!

- Ótimo, querida, vamos sair daqui às nove, tudo bem?

- Tudo!

- Ah, baile do Ministério! – Disse Gina pra si mesma, depois que seu pai fechou a porta. – Eu vou, Lina vai, Anna vai e...

O ursinho de pelúcia que ela estava segurando escorregou da sua mão.

- Uh... Malfoy também vai. Ai Merlin, eu não quero ter que olhar pra ele! Aliás... com que cara eu vou olhar pra ele... droga de baile...

-------------

- Senhor Malfoy, o senhor Malfoy mandou dizer que o senhor deve comparecer ao baile de natal do Ministério, hoje, às nove e meia.

- Ah, Kink, diga ao senhor Malfoy que eu não me sinto nem um pouco inclinado a aceitar o convite dele.

- O senhor Malfoy disse que caso o senhor desse essa resposta, Kink deveria dizer que o senhor Malfoy na verdade deu uma ordem!

- Pois então diga a ele que se ele quer que eu vá, vai ter que subir aqui e me obrigar.

Draco assoprou umas mechas do cabelo que estavam caindo me seus olhos, e lembrou-se de uma coisa.

- Kink!

- Sim, senhor Malfoy?

- Diga ao senhor Malfoy que eu vou. – Disse Draco ao mesmo tempo em que pensava que precisava cortar o cabelo.

------------

- Vejamos... uma roupa pra eu ir! Camisa preta, camisa preta, camisa preta... preciso comprar outra cor de camisa, vejamos... camisa azul, acho que essa serve. Calça... ah, dane-se, vai preta mesmo.

Draco vestiu-se, estava diferente apenas pelo fato da camisa ser cinza escuro, e não preta.

- Senhor Malfoy? – Perguntou Kink, sua voz era abafada pela porta fechada.

- Eu. – Sua voz estava meio rouca, devido ao tempo que permanecera em silêncio.

- O senhor Malfoy pediu pra lhe trazer isso. – Draco abriu a porta, o elfo estava segurando um par de sapatos pretos.

- Uh, deixa aí.

Draco demorou um tempão pra se arrumar, estava vestindo um terno em corte italiano, acompanhado de uma camisa social de manga comprida azul petróleo.Uma gravata azul petróleo e preta. E os sapatos que Kink lhe havia entregado. Os cabelos estavam sem gel, secos, e ao modo natural.

------------

Gina saiu do banho enrolada na toalha, foi até o guarda-roupa escolher um vestido pra pôr. Foi escolhendo, escolhendo...

- Ahn, deixa-me ver, preto não! Nem verde, não vermelho, não... ah, esse sim! – Disse ela pegando um vestido tomara que caia, champangne, com pequenos e discretos detalhes em prata, dando apenas um certo brilho ao vestido.Tinha um corte na lateral que ia até a altura do joelho. Nos pés uma sandália prata, de salto agulha com strass. O cabelo estava preso cruzado na parte da frente e com um rabo alto terminado em alguns cachos soltos, e alguns fios do cabelo, estavam soltos e lisos.

- Gina! Vamos, papai já está já embaixo! – Era a voz de Fred.

- Pode abrir, tá aberta, eu já estou pronta.

- Gina, você tá linda maninha!

- Obrigada, você também está!

- Vamos? – Falou Fred formal, oferecendo o braço a ela.

- Sim, meu gentil cavalheiro!

Enquanto estava no carro (uma limousine, até por que não sei que outro carro acomodaria uma família tão grande! Não é?), a cabeça da jovem viajava num mar de pensamentos que envolviam Draco.

- "Será que ele também vai achar que eu estou bonita hoje? Ai Merlin... por que eu tinha que gostar desse cara... Agora até nisso eu penso! Aii será que ele vai mesmo? Será? Gina sua estúpida, PÁRA DE PENSAR! Será que ele vai de preto como sempre? Ele tem que ir, eu quero saber! Aiaiaiai..."

- Gina... Gina! Dormiu de olhos abertos?

- Uh? O que foi?

- Chegamos!

- Tá... tá bom...

O motorista tinha estacionado próximo a um tapete vermelho, que dava direto na porta principal do salão de baile do Ministério. Era um salão muito grande e muito bonito, com um piso de porcelanato, paredes brancas e várias portas de vidro, completamente decorado por motivos natalinos (por gosto do Ministro) e enormes árvores de Natal com bolas que piscavam e luzinhas. Do lado de fora estava muito frio e a neve formava uma camada branca e espessa, porém do lado de dentro o salão fora enfeitiçado para que a temperatura fosse bem agradável.

- Oi Li!

- Oi Ginaa! Você veio!

- Ah, lógico que eu vim! A Anna não vem?

- Não sei! Mas... ah... olha pra trás.

- Pra quê?

- Olha!

Gina olhou. Draco estava parado na porta atrás dela, com um olhar morto, assoprando com um ar cansado as mechas insistentes que caíam sobre seus olhos.

- Tá, olhei, e daí? Satisfeita?

- Como e daí, você é cega, ou vai fingir que não viu quem tá morto lá na porta?

- Ai, tá, e daí que ele tá morto lá na porta?

- Ai Gina, larga de ser fingida, vai! Você deve estar com o coração acelerado só porque acabou de ver ele aqui! E eu não sou songa e você não vai me enrolar com essa historinha furada de que você não gosta dele, porque eu sei que gosta e muito!

- Oi pessoas! – Falou Anna (filha de uma auror do Ministério) entrando de ganso na conversa como sempre.

- Anna! Que bom que você chegou! Assim pode me ajudar a convencer a Gi a ir lá na porta falar com o morto!

- É o quê? – Perguntou Gina quase se engasgando.

- Morto? Ah... ah sim! É verdade Gi, vai lá conversar com o morto, assim é capaz dele até ficar mais animadinho!

- É! Boa, Anna! Vai lá Gininha, você vai fazer uma boa ação pra aquele pobre coitado, ele vai até ficar mais feliz!

- Ah não, olha, eu não vou nem à força! Vocês querem fazer o que comigo, me fazer passar a maior vergonha da minha vida? Vou chegar lá e dizer: "Oi Malfoy, tudo bem, já viu como está o tempo hoje?" Por favor, não me façam parecer mais ridícula do que eu já estou me sentindo... ai...

- Gina, você é simplesmente maluca, sabia?

- Uhn, e vocês querem que eu vá lá do nada na frente daquele velho albino e carcomido que é o pai dele, e diga assim: "Malfoy, querido, sabia que eu to muito a fim de te beijar?" Nunca! Eu ainda não perdi o senso do ridículo.

- E o que será que acontece se ele puxar conversa? Malfoyzinho vem cá!

Draco estranhou o convite de Anna, aliás, quem não estranharia numa situação dessas né.

- Bom, escuta, eu, a Li e a Gi vimos você lá no canto todo solitário e resolvemos chamar você, porque nós somos pessoas muito bondosas, e não queremos que você fique excluído lá no canto. Senta!

Ele puxou uma cadeira ao contrário e se sentou, ficando com os braços apoiados no encosto, e mantendo o seu silêncio habitual.

- Bom... é... – Começou Lina. – Anna! Vem Anna, vamos comigo ao banheiro, eu acho que preciso arrumar meu cabelo!

- Uh... vamos, lógico, e eu também preciso, isso vai demorar muito né?

- Com certeza!

E as duas saíram na maior das caras de pau deixando os pombinhos sozinhos.

- Uhn... er... ahn... eu acho que meu pai tá me chamando pra alguma coisa, bem, é... você não se incomoda não é?

- Senta Weasley, porque não tem ninguém te chamando. E já que você me perguntou eu me incomodo sim, onde estão seus modos? Me deixar sozinho aqui?

- Malfoy, não enche, desde quando você se importa com modos?

- Ih, tudo bem, pode ir, mas eu acho que na verdade está é com medo da minha presença.

- Medo? Eu?

- É. – Disse Malfoy encarando-a, um leva brilho desafiador tomou conta de seus olhos.

- Oras, na verdade eu não vejo que tipo de conversa civilizada eu posso ter com você!

- Não vê? Acha que não posso ser capaz de manter uma conversa civilizada? É lógico que eu posso! Fale sobre o que quiser... escola, política, viagem, quadribol, vamos, escolhe!

- Ah, Malfoy... não to a fim de conversar... não me leve a mal!

- Hum... bom, já viu que estamos num baile?

- Duh, só um songo não perceberia isso, é óbvio!

- Sim, e você sabe que num baile a gente dança!

- Chega dessa bobeira sem graça e não enrola, o que quer dizer com isso?

- Oras, por que você não dança comigo? – Disse Draco numa pose propositalmente brega estendendo a mão.

- Hahahahahha...

- O que foi? Achava que eu não podia ser divertido? Engraçado? Hilário?

- Bem... pára com essa pose brega, senta! Pra falar a verdade eu nunca pensei nisso... Malfoy pra mim só existe um, e é um irônico e besta.

- Nossa, valeu.

- Ué, é a imagem que você passa!

- Tá, mas você não me respondeu. Dança?

- Hum... não.

- Por que?

- Ow, você perdeu o amor a vida ou o quê?

- Ah, sim, claro, seus guarda-costas.

- Eles não são meus guarda-costas, são meus irmãos! E se você tentar fazer qualquer coisa comigo contra a minha vontade eles vão te socar até você perder a consciência.

- Sim, mas... bom, eu vou lá com os meus amigos, e dou um tempo pra você pensar. Não pense que eu desisti... eu não desisto...

- Convencido. – Murmurou ela pra si mesma quando ele se levantou da cadeira.

-------------

- Peter! Mike!

- Ah, Draco... já vi que o baile pra você começou bem! Muito bem por sinal.

- É, mas nem tanto, poxa, ela não quer nem dançar comigo!

- Olha meu querido Draco, você já parou pra pensar que é porque a família dela está inteira aqui e já foi um puta milagre vocês conseguirem ter uma conversa civilizada sem você ter sido agredido fisicamente?

- Nah, eu sei Michael... mas aff, essa cambada de cabelo de fogo tem que estar aqui! É por isso que eu amo Hogwarts, aquele irmãozinho dela nem me atrapalha... mas aqui... isso vai ser complicado.

- Ei, que foi, você tá pensando em arregar assim?

- Eu? Eu não arrego, eu não desisto! Vocês tão pensando o quê?

- Tá bom, tá bom, mas não se irrite! – Disse Mike (filho do ministro das Relações Exteriores) fazendo sinal de calma.

- Duh... – Fez Draco mal humorado. – E vocês, o que ainda estão fazendo aqui? Por acaso não foram suficientes pra convidarem alguém?

- Não enche, Draquinho. – Resmungou Peter (filho do ministro da Economia) muito mal humorado.

- Ué, o que foi? Eu hein...

- Nada... é... viu, eu já volto.

- Ow, o que deu nele? – Indagou Draco, visivelmente boiando.

- Sei lá! Ele não tem andado bem esses tempos. Vai ver alguma garota chifrou ele. – Supôs Mike, numa tentativa malsucedida de ser sério.

- Talvez...

- Aham! Pigarreou o Ministro pegando o microfone e subindo ao palco. – Meus queridos colegas de trabalho, senhoras, senhores e senhoritas. Eu estou aqui interrompendo a dança e o baile de vocês, para desejar-lhes um feliz Natal! Que tudo de bom possa acontecer, e que esse ano que virá também seja tão bom como o que foi, especialmente para o nosso Ministério! Obrigado, obrigado. – Falou ele se retirando seguido por uma grande salva de palmas.

- Gina, Virgínia Weasley, não acredito que já está sozinha, o que você fez pro Malfoy te desprezar, hein garota?

- Eu? Não fiz nada! Quem fez foram vocês, suas traíras, me deixam aqui sozinha com ele como se fosse a coisa mais natural do mundo!

- Traíras? Nós fazemos tudo na maior boa vontade e você nos chama de traíras? Lininha! Prima! Merlin, essa garota me ofendeu!

- É, Gina, sua ingrata! A gente ia deixar você fazer as coisas por sua livre e espontânea vontade, mas só por essa ofensa nós vamos te fazer ficar com o Malfoy como castigo, nem que seja a última coisa que a gente faça!

- Com certeza!

- Ai, Merlin, eu mereço! Mereço essa vida, eu cuspi dentro da poção sagrada, não foi? Me acuda Merlin...

- Gina, pare de reclamar, vamos te fazer um favor!

E as duas sumiram mais uma vez.

-----------

- Malfoy! – Chamou Anna, que tinha seguido o loiro até o jardim branco de neve.

- Diga.

- Malfoy, larga de ser fresco, eu estou MANDANDO você ir tirar a Gina pra dançar AGORA.

- E quem você acha que é pra vir aqui pra me dar ordens?

- Anna Juliette Ryan, prazer. Agora larga de ser retardado e vai dançar com ela, ela quer e eu sei que você quer mais ainda! Agora anda logo!

- Calma...quanto estresse, isso é falta de homem, sabia?

- Vai te catar, anda logo Malfoy!

Draco entrou novamente no salão, determinado a fazer daquela noite algo memorável.

- Dança comigo, Virgínia?

Gina geralmente odiava ser chamada de Virgínia, mas seu nome saído daquela boca lhe pareceu tão... bonito.

- E por que eu dançaria? – Perguntou ela sem nem olhar nos olhos dele.

- Bom... – Draco parou pra pensar numa resposta que não fosse irônica e nem mal-educada. – Porque eu estou te convidando.

- Grande coisa.

- Hum, sabe, você podia olhar pra mim quando me responde... é... hum... educado.

- Malfoy, só por curiosidade, você veio aqui pra me criticar?

- Não, eu na verdade vim pra que você dançasse comigo, mas como você não parece que vai aceitar, eu posso ficar aqui te enchendo até você mudar de idéia.

- E por que com tantas garotas nesse salão você veio logo atrás de mim?

- Mas como você pergunta, hein!

- Por que quer dançar comigo?

- Porque sim.

- Porque sim não é resposta.

- Se você acha que não é pode responder no meu lugar, desde que seja a resposta certa. A música vai acabar daqui a pouco se você continuar aí pensando... dança ou não?

Gina olhou uma última vez para a pista de dança.

- Vem comigo. – Falou o loiro olhando pra ela, e em seguida saindo para o jardim.

- Por que quer dançar aqui? Tá frio! E tá nevando! E a gente vai ficar tudo molhado!

- Por que, por que, por que... chega de por que por hoje, está bem? Não quero todo mundo daquele salão olhando pra você e pra mim como se fosse uma aberração.

- A Bela e a Fera...

Draco levantou a sobrancelha esquerda, como sempre fazia quando não entendia algo.

- Uma história trouxa. Sabe, pra quem tem um amigo cuja mãe transcreve histórias trouxas pro mundo bruxo até que você é bem desinformado, sabia?

- Disse bem, ela é a mãe do meu amigo, não minha.

A banda do salão, que por curiosidade era a mesma do baile de Hogwarts, tocava naquele instante Don't speak (No Doubt).

- E como é a história? – Perguntou Draco, pondo suas mãos na cintura de Gina, puxando-a mais pra perto.

- Bom... – Começou Gina timidamente, passando seus braços pelo pescoço do loiro. – É... sobre uma garota, Bela, que fica aprisionada no castelo de um monstro chamado Fera... que é mau e todos abominam. Mas na verdade ele está sob uma maldição e precisa achar seu verdadeiro amor para que volte a ser belo como antes, ou será uma fera para sempre.

- E no fim Bela transforma Fera num cara bom?

- É.

- Do mesmo jeito que você tem feito comigo?

Gina não respondeu. Draco a puxou mais pra perto, fazendo-a sentir o calor do seu corpo e a sua respiração morna, envolvendo a ruiva numa atmosfera diferente, aquecida, e bem cheia de devaneios, como se faz quando se está extremamente confortável. Os dois permaneceram em silêncio, apenas se deixando levar pela música... Gina não conseguia acreditar no que estava acontecendo, a música, a noite, o Malfoy, ela, os dois juntos dançando em silêncio como se nada mais existisse além daquele pedaço de jardim... Tudo estava tão perfeito... Tão mágico... Tão surreal...

- Malfoy?

- Shhh... – Fez ele colocando um dedo sobre os lábios da ruiva e encostando a cabeça dela em seu ombro. – Sem porquês esta noite.

- E outras perguntas?

- Sem perguntas.

- E negações?

- Acabou de fazer uma pergunta... Diga.

- Não entendo porque está fazendo isso comigo.

- Isso o... – Mas ele parou ao perceber que ia perguntar alguma coisa. – Antes de ser o carrasco Draco Malfoy eu sou um ser humano e também tenho direito de demonstrar o que eu sinto.

- Mas é justamente isso que eu não entendo... Bom...

- Não fale.

- Não falo.

- Não fale... feche os olhos... aproveite o momento...

A música embalava os corpos dos dois que ainda dançavam, seus corpos estavam extremamente próximos, suas respirações se misturavam, ambos sentiam sensações estranhas e ao mesmo tempo gostosas, sensações que nunca imaginariam ter um na companhia do outro. Continuaram abraçados até a canção terminar.

Os dois sentaram-se no chão coberto de neve, já sem se importar tanto com o frio ou com as roupas e cabelos que estavam ficando úmidos, ao mesmo tempo em que a banda começava a tocar outra música trouxa. (Por besarte – Lu – eu luv it too much!)

- Quer dançar essa também? – Perguntou Draco meio que se levantando.

- Não... eu quero conversar.

Draco riu.

- Qual é a graça?

- Vai, fala, o que você quer tanto perguntar?

- Malfoy... você... você está fazendo isso por diversão ou... ou... você quer só brincar comigo, me iludir, me humilhar ou não?

- Acha que eu levaria uma brincadeira tão longe? – Disse ele fazendo com que Gina deitasse com a cabeça sobre suas pernas.

- De você? Eu acho que posso esperar tudo.

- É... talvez então... eu possa estar ME iludindo achando que você gosta de mim.

- E por que você faria isso?

- Porque EU gosto de você, Virgínia.

Gina o encarou seriamente.

- O que foi?

- Se isso foi uma piada não teve graça.

- Não foi uma piada.

- Mas eu não consi... eu... não quero acreditar... não quero...

- Por que não?

- Eu... você... o baile... é tudo perfeito demais pra ser verdade... eu não quero me machucar de novo.

- Não vai se machucar... me dá uma chance.

Draco então afastou uma mecha de cabelos que estava no rosto de Gina, acariciando levemente o rosto da ruiva.

- E... por que eu devo?

Draco riu novamente.

"Mas que garota perguntadeira..." – Bom, porque eu estou te pedindo. E você deveria me dar essa chance, porque eu estou sendo um cara legal.

"Poxa, mas ele SEMPRE tem resposta pra tudo..." – Certo.

A música continuava tocando, e eles permaneceram uns instantes em silêncio, absortos em seus próprios pensamentos. Draco enroscava seus dedos nos cabelos de Gina, espalhados pela neve e pelas suas pernas.

- Nunca imaginei um Malfoy carinhoso.

- Nunca imaginei que um dia eu estivesse tão perto de beijar uma Weasley.

- Nunca imaginei que eu quisesse ser beijada por um Malfoy.

Gina estava absolutamente hipnotizada pelos olhos cinzas de Draco que refletiam a luz da lua, ganhando assim um aspecto muito belo e misterioso.

- Fecha os olhos. – Pediu ele, sorrindo.

- Ah não... Eu não quero fechar meus olhos, não quero parar de olhar para os seus!

- Ah... – Falou Draco tapando os olhos de Gina com a mão direita. – Então tá... pode ficar com eles abertos... você não vai conseguir morder minha mão mesmo.

- Chato.

- Perguntadeira.

- Ranheta.

- Pára de me xingar senão... – Não havia um pingo de ameaça na sua voz, o tom era divertido, assim como o dela.

- Exibido.

- Senão não vai saber o que eu vou fazer.

- Chantagista.

- Curiosa.

- Então vai logo!

- Se você parar de falar eu vou.

Gina suspirou inconformada.

Draco curvou-se levemente sobre Gina, passando a mão livre pelo rosto dela. Curvou-se mais um pouco, e mais um pouco.

Os rostos dos dois agora estavam a uma distância de pouco menos de cinco centímetros, ela era capaz de sentir a respiração dele batendo em seu rosto, ele sentia o coração bater acelerado, como nunca sentiu. Draco nunca sonhou que um dia poderia se sentir daquela maneira diante de um beijo, lógico que ele já tinha beijado muitas outras garotas antes de Gina, mas aquele parecia ser o primeiro... único... especial... Gina sentia o sangue faltar nas veias. Queria aquilo mais do que tudo desejava sentir os lábios de Draco Malfoy colados aos seus como nunca tinha desejado nada na vida... E ele estava ali... Ele pôs a mão esquerda sob a cabeça dela e a levantou um pouco, como se faz com alguém sem os sentidos e se aproximou mais, agora a distância era de um centímetro mais ou menos.

Ela sentiu o corpo ser tomado por arrepios enquanto ele fazia isso. Corpos praticamente colados, lábios entreabertos, corações acelerados, desejos mais ardentes do que nunca, os dois prestes a se beijar.

Nota da Beta Intrometida: Afff... ¬¬' nossa autora eh mto malvada!Sem comentários...quero matá-la! Zuera minha autora querida! Vc sabe q eu te adoro neh! Apesar q foi uma boa maneira de vcs continuarem a ler a fic...vo fazer isso na minha tb!hauAHUHAUahuaH...Queria agradecer a minha autora pelos elogios...gente ela exagera viu! Mais td bem! Ela eh super PHODÁSTICA! Bem eh isso...continuem a ler a fic e quem gostar de fic SS/HG passa lah pra ler a minha FORÇAS DO DESTINO! Quem num gostar pode ir tb!haUHAuhauAHUah...e deixem reviews pra nois duas...Brigada! . Beijos pra td e ateh o próximo capitulo!

Nota da Autora: HahaUHAahuUahuAHUahuha eu so malvada! Desculpem assim por parar nessas partes emocionantes mais é o único jeito que eu arrumei pra vocês continuarem lendo minha fic. Sim, eu sou um espírito maligno encarnado nesse corpo.

Ahhh... oq axaram do cap? Nick finalmente deu o foraaaa! Aleluia! E o nosso Draquinho finalmente tá se dando bem com a Gina... foram dança no baile... uahuhauahuah...

Perdoem a pt descritiva do vestiário que fiko uma merreca, eu sei, mais eu travei total pra faz! Nem fico do jeito que eu qria mais... nom deu! xx

Gracias a minha beta mais ki qrida por ter me ajudado pakas nessas partes descritivas fodasticas que eu num tenhu capacidade p/ fz! Brigadaaaaaaaaaaaa!¹²³³³³³³

Gostaram do Draco sentimental? Fiko muito gay? E do Harry "malvado"? Nhaii... pke ele ainda vai apronta muito pela fic!

Vou agradecer as reviews da Miaka (sim sim, o Peter é um cara muito dedutivo hahah, e eli e o Mike vão ajuda muito o nosso Draquinho! Que bom ki você gosto deles... uhauhaua) , Rema (lis? Ainnn... num sei... sei sim, mais eu vo se xata e num quero fla!) , Princesa Chi (nhaa que bom ki gosto do cap, espero num te demorado...uhauha oia se vai gosta dessi cap entao! Uiueheuieu)fan do Nick, loka pra fica com ele! ela deve te gostado desse cap sehuehuehuahau, que foram as únicas almas vivas caridosas que se importaram em deixar uma review pra mim. Obrigada! ;D

Bom, é isso... pelo menos 3 pessoas eu sei que tão lendo... e elas qrem sabe o fim da fic... por isso eu vo continua escrevendo! E... Se você é um amigo meu que num sabe dxa review eu explico, tá vendo no fim da pg no canto esquerdo um trequin azul escrito submit review, e um botaum escrito go? Ai você clica no botão e vai aparece um negocio pra você escreve oq tá axando, ai se clica no botaozao azul em baxo. Pronto! Simples assim! Fim da N/A... bjo pra vocês... inté o cap. 10!