Autor(a): Anna Weasley
Título: O sumiço
Sipnose:
Um dia da família Weasley no parque
Shipper: Ron Weasley e
Hermione Granger
Classificação: G
Gênero:
Geral/Shortfic
Spoilers: HBP
Status: Completa
Observação:
Pós-Hogwarts
O sumiço
Por Anna Weasley
-
Ron, vem vamos ficar ali. – e apontou um lugar abaixo de umas
árvores. – Hum... acho que seria melhor ali... – e foi
andando para onde estavam outras árvores.
- Chega Hermione!
Vamos ficar aqui! – e jogou no chão e grande e pesada cesta
de piquenique.
- Mas ali tem mais sombra.
- Mas não é
você que está carregando a cesta.
- Nossa, que mau
humor... – se aproximou e deu um selinho em Ron.
- E esse seu
gato veio me cercando o caminho inteiro. –e olhou feio para o
animal.
Dez anos após o fim da guerra, Ron e Hermione
aproveitavam a tranqüilidade dos novos tempos num parque que
ficava a poucas quadras da casa deles.
- Papai, não fala
mal do Bichento... – a garotinha ruiva agarrou o gato e se sentou
na toalha de mesa que Hermione tinha acabado de estender no chão.
-
Que isso filhinha, o papai adora o Bichento. – disse ironicamente,
e levou um cutução de Hermione.
Ron e Hermione se
casaram dois anos após a guerra, moravam num bairro trouxa,
pois acabaram ficando conhecidos entre os bruxos, já que todos
souberam que tinham ajudado Harry Potter a derrotar Voldmort. O lugar
era muito tranqüilo, o que ajudava na criação de
Samantha, filha do casal e que já estava com 4 anos de idade.
A menina tinha os olhos castanhos da mãe e os cabelos na
altura dos ombros, da cor dos do pai.
- Sam, o que você quer
comer? – perguntou Hermione, enquanto tirava as coisas de dentro da
cesta.
- Chocolate! – disse a menina, animada.
- Chocolate? –
Ron e Hermione falavam ao mesmo tempo, em tom de desaprovação.
-
Por favor. – e fez uma carinha de dó.
- Tudo b... – Ron
começava a falar, enquanto tirava da cesta uma grande barra de
chocolates da Dedos de Mel.
- Não Ron. – e o fez devolver
o chocolate a cesta. – A Sam vai comer chocolate depois de se
alimentar corretamente. A mamãe trouxe algumas frutas, uns
legumes...
Sam fez uma careta.
- Mione, dá só um
pedacinho do choco... – Hermione apenas olhou para Ron, e ele
pareceu entender o recado – É Sam, é melhor comer
alguma coisa antes do chocolate.
- Então deixa eu brincar
com o bichento antes, não estou com fome agora. Deixa? –
perguntou olhando para Ron.
Ron apenas olhou para Hermione.
-
Claro filha, mas tenta não sujar o vesti...
Mas antes que
ela pudesse terminar, a menina já estava correndo com bichento
pelo parque.
- Cuidado para não incomodar as pessoas!
Ron
e Hermione se olharam, e apenas sorriram. Quando tiveram que sair de
Hogwarts antes de formar, nunca imaginariam que veriam um cena
dessas. Eles casados, sentados num parque enquanto assistiam a filha
brincar.
A Guerra ainda os afetava, mesmo que alguns tempo depois
da batalha final entre Harry e Voldmort puderam voltar a Hogwarts, a
escola nunca mais foi a mesma. Nunca superariam a perda de Dumbledore
e de entes queridos, como Ginny e outros membros da ordem. Mas a vida
tinha que continuar, as coisas foram mais difíceis para Harry,
que achou como solução, para tentar superar tudo que
aconteceu, viajar pelo mundo e conhecer novas culturas.
A "fama"
que conquistaram por terem participado da guerra muitas vezes era
ruim, já que alguns bruxos das trevas ainda tentavam levar as
idéias de Voldmort a diante, e Ron e Hermione tinham que ficar
sempre alerta, depois do nascimento da filha deles, tinham até
recebido algumas ameaças, mas apesar de tudo, eram felizes, se
amavam desde os tempo da escola e Sam só fez crescer esse
amor.
- Ron, – Hermione se virou para o marido – que tal
fechar a "Letras e Páginas" mais cedo amanhã? –
os dois tinham uma livraria.
- Por que? – e se deitou, colocando
a cabeça no colo de Hermione.
- Gostariam de mostras alguns
livros para a Sam. – e começou a afagar os cabelos de Ron -
ver por quais assuntos ela se interessa... Ela só lê
alguns que eu levo para casa, na livraria ela vai ter mais opções.
-
Mas ela só tem 4 anos, ela saber ler já é uma
grande coisa. – e fez uma cara de surpresa.
- E...
- Porque
você já quer torna-la uma Sabe-tudo como você?
Hermione
deu um tapinha sem força na cabeça de Ron.
- São
livros pequenos, não vou dar "Howarts: uma história"
para ela ler. Eu estou pensando no futuro dela.
- Ainda vai
demorar para ela ir para Hogwarts.
- Mas nunca é cedo para
começar.
- Além de que, quando eu tentei ensina-la a
andar de vassoura, você fez um escândalo.
- Ela só
tem 4 anos. – disse num tom como se estivesse falando a coisa mais
óbvia do mundo.
- E...
- É muito fácil ela
se machucar, já pensou se ela perde o controle da vassoura
e... E não é isso que estamos discutindo.
- Mas não
estamos discutindo nada.
- Como não?
- Vai adiantar
alguma coisa eu falar que é eu acho muito cedo para você
enche-la de livro?
Hermione apenas sorriu e beijou Ron.
-
Chegou uns livros essa semana que eu acho que a Sam vai adorar. –
começou a falar animada. – Tem um sobre... – e colocou a
mão na testa – Caiu alguma coisa em você?
- Agora
sim! – se sentou e secou uma gota que caiu na manga da camisa –
Melhor guardamos as coisas, vai que comece a chover forte. A Sam vai
ficar um pouco chateada, mas podemos continuar o piquenique em
casa.
- Da ultima vez você fizeram uma bagunça
danada. – disse enquanto colocava as coisas dentro da cesta e
ensaiava uma cara de desaprovação.
- Mas piquenique
sem bagunça não é pique... – olhou em volta do
parque. – Cadê a Sam?
- Como? – e largou as coisas de
qualquer jeito na cesta.
- A Sam? Ela não estava brincando
por aqui?
Se levantaram e olharam em volta. O monte de pessoas que
também se preparavam para deixar o parque, dificultava a
visão.
- Estava... – e fez uma cara de terror – SAM!
SAM! BICHENTO! – andou a alguns metros de onde estavam enquanto
gritava pelo nome da menina. – Ron, pelo amor de Deus, cadê a
Sam? E se ela foi seqüestrada? Se bruxos das trevas a levaram?
- Calma Mione. Eu só perguntei onde ela estava. – disse
enquanto observava se não tinha nenhum trouxa os escutando.
E
antes o que eram apenas umas gostas, começaram a se
transformar numa chuva, que aumentava gradativamente.
- E ela não
esta aqui!
- Calma, daqui a pouco ela aparece, fica difícil
de vê-la no meio de tanto gen...
- Vamos chamar o
Ministério, os aurores saberão cuidar disso. –
começou a falar em tom de desespero – Vamos reunir a ordem,
com mais pessoas será mais fácil acha-la. Vamos...
Ron
segurou Hermione pelo ombros e olhou nos olhos delas.
- Você
está me escutando?
- Não podemos perder tempo, vamos
demorar para chegar no ministério.
- Hermione...
- Ai,
meu Deus, essa chuva...
- Hermione...
- Ron, o que você
está esperando? Vamos, temos que reunir o maior numa de
pessoas para achar a Sam!
- Tudo bem... Mas sue tal tentarmos dar
uma procurada pelo parque?
- Procurar pelo parque?
- É,
já que nem saímos do lugar ainda.
- Acho que uma boa
idéia. – Hermione respirava fundo.
- E não é?
-
Tudo bem, vamos procurar.
Cada um foi numa direção,
mas Ron duvidou que com o nervosismo que Hermione estava, ela
conseguisse encontrar qualquer coisa. Uns 4 minutos depois de começar
a "busca", todo encharcado e ligeiramente longe da onde estavam,
Ron encontrou Sam com Bichento ao seu lado. A garotinha parecia estar
cutucando algo.
- Bonito, hein? – disse quando se aproximou de
Sam e viu que o que ela cutucava era uma colmeia de abelhas.
-
Papai, o que é isso?
- Eu devia deixar você cutucar
bastante para descobrir. Você deu um grande susto na gente,
sabia?
- Porque papai?
- Como porque? Você sumiu!
-
Eu nem sai do parque.
- Mas saiu de perto da mamãe e do
papai sem avisar. Olha para você, está toda molhada, a
mamãe não vai gostar nadinha...
Por sorte, não
tinha nenhum trouxa por perto, e com um toque na varinha, Sam ficou
totalmente seca. Ron tirou a jaqueta que estava vestido e enrolou na
garotinha, a pegou no colo e começaram a volta para o local do
piquenique, com Bichento os seguindo.
- Ah papai, desculpa, eu só
queria brincar...
- Tudo bem, é que nós sempre
falamos que é perigoso você andar sozinha por ai. Vai
ter sorte se a mamãe não soltar uma ninhada de
passarinhos contra você. – e beijou a garotinha.
Andaram
alguns metros até que avistaram Hermione apreensiva, andando
de um lado a outro, em baixo de uma arvore. Quando se
aproximaram, ela rapidamente notou a presença dos dois.
-
Sam! – correu para pegar a filha no colo – Onde você
estava, meu amor? – e encheu a bochecha da menina de beijos.
-
Mamãe, eu só foi brincar com o bichento.
- Não
faz mais isso com a mamãe.
- Amor, ainda está
chovendo. – Ron disse vendo que Hermione não parecia querer
parar de beijar Sam.
- Vamos então, não quero que a
Sam fique resfriada.
- Ah, nós vamos embora? – disse com
um tom de voz triste.
- Está chovendo, lindinha. – Ron
disse enquanto pegava a cesta de piquenique, já arrumada.
-
Mas...
- Nós podemos continuar o piqueninque em casa, se
você quiser. – Ron disse para a filha.
A garotinha sorriu
e os três seguiram para sair do parque. Mas antes que pudessem
chega saída, a chuva começou a parar.
- Mamãe,
a chuva está parando, vamos ficar! Por favor!
Hermione
olhou para Ron, que, sorrindo, fez com a cabeça que sim. Sam
desceu do colo da mãe e saiu correndo com bichento em direção
a uma arvore. Como todos os trouxas deixaram o parque, Hermione pode
usar sua varinha e secou suas roupas e a de Ron e um espaço da
grama para que pudessem arrumarem as coisas do piquenique
novamente.
Ron saindo correndo atrás da filha, e quando a
alcançou, a pegou no colo.
- Te peguei! – disse ele.
-
Assim não vale. – a menina reclamou, emburrada.
- Não
vale porque? – e beijou a menina.
- Porque não! Olha
papai! – e apontou para o céu.
- Um arco-íris. –
Hermione disse, ao se aproximar dos dois.
- Que bonito! –
exclamou Sam. – Deve ser um bruxo bem poderoso que faz isso, cobre
quase o céu inteiro!
Os três ficaram contemplando o
arco-íris por um tempo, até que Ron voltou a brincar
com Sam, enquanto Hermione terminava de arrumar as coisas do
piquenique.
Quando escureceu, Sam já estava cansada, e a
comida já tinha acabado. A menina dormiu no colo do pai,
Hermione arrumou tudo e os três voltaram para casa. E assim se
passou mais um dia na vida da família Weasley.
Fim!
