SEM BARREIRAS III - NOS BRAÇOS DO AMOR
Capítulo 8
- Eu acho que deveríamos ter ficado mais perto de casa, não precisávamos ter vindo para a Grécia. – reclamava Sakura quando desceram do avião no aeroporto de Atenas, em uma pista distante dos vôos comerciais.
- Oras Sakura, você anda tão vidrada em Saint Seiya que achei que gostaria de conhecer o lugar onde o Seiya fez seu treinamento. – ironizou Syaoran.
- Bom, vendo por esse lado. – ela deu um sorrisinho. - Mas nem vem Syaoran, eu sei que você deu a dica da Grécia porque está louquinho para conhecer seus lugares históricos. Pensa que me engana. – ela resmungou.
- Não faz biquinho, senão te agarro aqui na frente de todo mundo. – ele falou rindo.
Ela sorriu e lhe tascou uma beijoca na boca.
- Na verdade, não tem muita gente aqui. – ela falou provocante.
- Ei vocês dois, arrumem um quarto. – brincou Tomoyo que vinha logo atrás com Eriol.
- Apesar de ainda não concordar com a vinda de você dois... – disse Sakura para os amigos. - ... que bom que vieram. – falou aproximando-se da prima e enlaçando seu braço no dela.
- Ah Sakura, eu e Eriol também estávamos precisando de um descanso, além disso, mamãe e Nakuru estão cuidando das crianças na Inglaterra, eu fico mais tranqüila, e prometi ao Touya que cuidaria de você. – disse Tomoyo com um sorrisinho ao ver a cara de exasperação de Sakura.
- O que o Touya acha que eu sou, hem? O carregador de malas da Sakura? – Syaoran perguntou emburrado enquanto empurrava o carrinho cheio de bagagens.
Os três olharam para ele e caíram na risada.
CCSCCSCCS
Eles seguiram para os bangalôs próximos à praia, que Touya havia reservado anteriormente. O lugar era lindo, cheio de pequenos chalés espalhados por uma extensa propriedade, exclusivo como em um condomínio fechado, com uma espessa vegetação, dando privacidade a seus ocupantes.
Na área havia ainda, piscinas, saunas, academia de ginástica, quadras de tênis, recantos secretos onde os casais se encontravam, enfim tudo que se pudesse imaginar em matéria de conforto. Era um lugar romântico, perfeito para a segunda lua de mel do casal Hiraguiizawa, e para os planos de sedução de Syaoran. Enquanto Eriol e Syaoran, acompanhados de um empregado, davam uma olhada nos pequenos chalés, as garotas se encantavam com a paisagem.
Agora que chegara à Grécia, Sakura aos poucos foi se animando, e já que estava ali iria aproveitar. Confiava no irmão e sabia que ele cuidaria de Ryu.
- Eu quero ir até a Acrópole, o Pártenon, a Praça Pública... – Sakura enumerava os lugares que queria conhecer, quando foi interrompida por Tomoyo.
- Mas agora a senhorita irá descansar, teremos tempo de conhecer todos os pontos turísticos.
- A primeira vez que estive em Atenas foi só para comprar alguns objetos para a loja, nem tive tempo de fazer turismo. – dizia Sakura.
- E também na época não era gamada no Seiya. – disse um emburrado Syaoran se aproximando.
- É mesmo. – concordou Sakura faceira, irritando ainda mais Syaoran, fazendo Eriol e Tomoyo rirem.
O empregado aproximou-se deles entregando as chaves dos bangalôs.
- Efharisto¹. – falou Sakura em grego.
O homem deu um sorriso largo para Sakura ao ouvi-la se dirigir a ele em sua língua. Os dois começaram um papo animado, para espanto dos três que os fitavam e ouviam.
- Signomi². – falou o empregado, afastando-se e acenando para Sakura.
Ela virou-se para fitar três rostos que expressavam seu espanto.
- O que foi?
- Você nunca me disse que sabia falar grego. – falou enfim, um surpreso Syaoran.
- Você nunca perguntou. – ela respondeu dando uma leve empinada no nariz.
- Você sabe outras línguas?
- Hum, isso estragaria a surpresa, afinal uma mulher tem que ter seus mistérios, ela fica muito mais interessante. – e com isso adentrou o bangalô com um sorriso bem sugestivo.
- Ei Sakura. – ele gritou seguindo-a.
- Sakura é mesmo uma caixinha de surpresas. Acho que isso é que a torna interessante. Essa nova mulher, cheia de segurança em si mesma. – disse Tomoyo, enquanto se afastava com Eriol em direção ao bangalô deles.
- Nem tanto, meu amor. Nem tanto. – falou Eriol, enlaçando a esposa pelo ombro, com uma certeza que somente ele tem.
CCSCCSCCS
- Está tudo preparado senhor. – disse uma empregada à porta do bangalô de Sakura e Syaoran.
- Muito obrigado. – ele disse dando uma generosa gorjeta à mulher que sorriu agradecida.
Syaoran esquematizara um plano para surpreender Sakura, apostava como ela adoraria.
- Sakura. – chamou com voz suave.
- Já estou indo. – ela respondeu do quarto.
Hoje ele a pediria em casamento, isso se depois que a visse com aquela lingerie, conseguisse formular alguma frase decente, Sakura pensou sorrindo maliciosa. E seria hoje que ela aceitaria.
Saiu do quarto como se envolta por uma nuvem de rendas e sedas. A lingerie que comprara, tinha um top no busto e era solta até a altura do quadril, a calcinha era mínima. Como previra ele perdera momentaneamente a fala.
- Você gostou? – perguntou dando uma voltinha no mesmo lugar em que parara, a seda flutuando a sua volta.
Syaoran apenas conseguiu acenar que sim. Sakura aproximou-se tocando levemente no queixo dele.
- Ah Syaoran, parece que você não gostou, não disse nada. – ela comentou fazendo beicinho, próxima aos lábios dele.
Ele engoliu em seco, pelo jeito ele não era o único que armara uma surpresa.
- Você... você... - ele não conseguia encontrar um adjetivo que fizesse jus àquela visão. - ... está fabulosa. Onde conseguiu isso? Deveria ser proibido. A sua sorte é que eu tenho uma saúde de ferro. – ele enfim conseguira montar algumas frases decentes.
- Onde eu consegui é segredo. Mas garanto que, de onde veio esse, há muitos mais para fazer com que você sinta seu coração pulando como ele está nesse momento. – Sakura falou tocando o peito dele.
Ele sentiu que o coração acelerava mais ainda, mas tinha que se controlar, respirou fundo uma vez, duas, na terceira achou que já podia falar normalmente.
- Você tem algo um tanto mais decente para se cobrir?
- Por quê? – ela estranhou.
- Eu também tenho uma surpresa para você.
- Tem é? E onde está? – ela olhou-o com os olhos brilhando de curiosidade.
- Lá fora.
- Vou pegar meu robe. – falou já correndo em direção ao quarto.
Voltou em seguida colocando um penhoar que não cobria nada, mas já era de noite, e o lugar onde iriam, não era longe, além de estar deserto, ele cuidara disso.
Syaoran a pegou pela mão levando-a por um caminho de pedras, a noite era fresca, mas não fria, ideal para o que ele planejara.
- Agora feche os olhos. – ele disse.
Sakura apenas deu risada fazendo o que ele pedira, andaram mais alguns passos, ele segurando-a firmemente para não tropeçar.
- Pode abrir.
Sakura espantou-se com o que viu a sua frente. Uma piscina redonda, não muito grande cercada de pedras, ao fundo a extensão do mar em toda sua plenitude noturna, a lua deixando seu rastro brilhante nas suaves ondas.
Ela aproximou-se maravilhada e viu que sob a superfície da água havia vários crisântemos amarelos flutuando, um tênue vapor subia pelo ar.
- Como... Quando... – ela tentava formular uma pergunta. – Um banho de crisântemos! – exclamou. - Eu adoro banho de crisântemos. – falou virando-se para ele com um sorriso que lhe disse tudo. Ela adorara.
- Gostou? – Syaoran aproximou-se, abraçando-a pela cintura.
- Gostar? Eu amei. – deu-lhe um suave beijo nos lábios e afastou-se para olhá-lo nos olhos. – Você vai entrar comigo, não é mesmo? - perguntou num tom de voz rouco que arrepiou a espinha de Syaoran.
- Tente me impedir.
Sakura começou a desabotoar a camisa dele, sem deixar de fitá-lo, sorria sensualmente. Deslizou a peça pelos braços deixando-a jogada no chão. Em seguida a mão seguiu em direção à calça, desabotoando-a e descendo o zíper lentamente, ela fazia tudo isso, olhando-o nos olhos. A calça seguiu o mesmo rumo da camisa. Sakura abaixou os olhos já notando a evidência do quanto Syaoran estava gostando de ser despido. Deu um sorriso maroto para ele e se afastou.
Retirou o robe deixando-o cair suavemente no chão e sem tirar a lingerie que tinha por baixo, seguiu em direção à piscina. Entrou lentamente mergulhando até o pescoço, virou-se para ele erguendo-se, com a água escorrendo pela roupa totalmente colada a seu corpo.
Syaoran pensara em seduzir Sakura, só que era ele que estava totalmente seduzido por essa mulher sensual. Mas também sabia fazer esse jogo. Livrou-se da cueca e postou-se a frente dela ainda fora da piscina com toda a sua masculinidade em evidência. Ela correu os olhos, pelo corpo de músculos firmes e engoliu em seco quando chegou na metade. Ele entrou na água perfumada aproximando-se dela sem tocá-la, ambos se fitando, faziam amor apenas com os olhos, mas chegou um momento que apenas isso não era mais suficiente.
Syaoran retirou a parte de cima da lingerie de Sakura, o movimento arrepiando-a por inteiro, começou a beijá-la no pescoço, lambendo a água que escorria dali. Sakura jogou a cabeça para trás, dando livre acesso aos lábios dele. Syaoran seguiu o curso do corpo da amada, abraçando-a apertado enquanto Sakura num frenesi colava seu corpo ao dele.
- Faça-me sua Syaoran.
Ela não precisou dizer mais nada, ele a amou como se fosse a última vez, às vezes com furor, em outras suavemente.
Depois do amor, ambos relaxados, apreciando a noite mágica, Syoran começou a cantar baixinho, trazendo um sorriso ao rosto de Sakura. Ela adorava esse lado romântico dele.
Esta foi uma noite inesquecível, tanto para um como para o outro. Sakura até esquecera que Syaoran não fizera o pedido de casamento.
CCSCCSCCS
Por incrível que pareça Sakura acordou no dia seguinte sem sentir enjôos, talvez pela noite perfeita que tivera, pensou sorrindo languidamente enquanto se espreguiçava. Deixaria para pensar nos motivos de Syaoran não ter feito o pedido, mais tarde, no momento queria apenas recordar a noite de amor de ambos.
No café da manhã, abocanhou todos os quitutes da mesa, que uma empregada providenciara, especialmente o tost, um sanduíche de pão torrado geralmente recheado com queijo derretido, algum frio e tomate, uma verdadeira delícia da culinária grega.
Os quatro amigos, deram um passeio pela praia, e seguiram para a praça pública, andando pelos mercados. Sakura já estava cheia de pacotes, mas não deixou de perceber que Syaoran se manteve atento a todos ao redor. Com a aproximação dos Jogos Olímpicos, a cidade fervilhava de movimento, seria difícil, terem sido seguidos, mas não impossível.
Voltaram aos bangalôs para um almoço à beira da piscina, Sakura pedira uma horiatiki salata, uma salada feita com tomate, pepino, azeitonas, cebola e queijo fetta, prato típico da culinária grega. Tomoyo e Eriol ficaram com ladhera, uma caçarola de verdura. Syaoran se decidira pela yigandes, uma salada feita com vagem, para acompanhar Sakura que só ficara com a entrada fria.
Para após as refeições, frutas variadas, e o que mais se assemelhava a uma sobremesa era o kidhoni, pêras servidas com uma cobertura doce.
Todos abusaram dos vários pratos típicos do país, ao mesmo tempo em que comentavam sobre o que viram na parte da manhã. Syaoran e Eriol ficaram meio altos depois de algumas doses de Ouzo, um fortíssimo destilado de anis, considerado a bebida nacional da Grécia. Sakura e Tomoyo preferiram terminar a refeição com Kaffes Frappe, um tipo de café gelado.
Os dois casais, por um momento, esqueceram todos os problemas que haviam deixado no Japão.
CCSCCSCCS
Já era fim de tarde e Sakura e Tomoyo estavam deitadas nas espreguiçadeiras à volta da piscina, que já estava quase vazia. Depois de darem alguns telefonemas, Syaoran para Touya, e Eriol para saber das crianças, eles agora estavam se divertindo na quadra de tênis, se é que estavam conseguindo manter-se em pé depois de todo Ouzo que beberam.
- Que tal um mergulho Tomoyo? – perguntou Sakura de olhos fechados.
- Vai você, acho que vou tirar um cochilo. – Tomoyo respondeu quase dormindo.
Sakura se levantou devagar, espreguiçou-se e deu um mergulho na água num salto perfeito, a piscina agora totalmente vazia. Nadou dando braçadas lentas e preguiçosas, virou-se de costas sentindo o calor gostoso do sol esquentá-la, fechou os olhos e ficou boiando calmamente. Sentiu a água se movimentar quando mais alguém entrou, mas não fez questão de olhar, sentiu algo resvalar em seu pé, ergueu de leve a cabeça, tentando ver o que era, quando foi puxada para baixo, afundou debatendo-se, tentou se desvencilhar do seu agressor, mas pega pela surpresa logo começou a ficar sem ar, chutou meio a esmo, e conseguiu atingir algo, subiu num impulso em busca de ar, mal teve tempo de gritar por socorro, foi puxada de novo para baixo.
Tomoyo acordou assustada ao ouvir o grito de Sakura.
- Sakura!
Nisso Syaoran e Eriol que vinham se aproximando ouviram-na gritar e Syaoran vendo o olhar da moça horrorizado para a piscina, não fez nenhuma pergunta, pulou rapidamente.
O agressor saiu do outro lado da enorme piscina, mas os amigos estavam tão concentrados no que se desenrolava, que nem viram quando ele se embrenhou nas folhagens, enquanto Syaoran subia à superfície com Sakura.
- Sakura. – ela estava inconsciente, depois de ter ficado durante algum tempo embaixo da água.
Ele nadou com ela em direção à borda, sendo ajudado por Eriol, tiraram-na da água, e Syaoran fez respiração boca a boca em Sakura, ela cuspiu água tossindo em busca de ar.
- O que aconteceu? – ele perguntou desesperado.
- Alguém na água... puxou-me para baixo... não vi quem era. – ela falou com voz entrecortada.
- Tem certeza? – ele falou olhando para os lados, não vendo ninguém.
Ela o fitou com irritação, por ele duvidar dela.
- Alguém pode ter se enganado. Pensado que você era outra pessoa. – disse Eriol não querendo aumentar o pânico nos olhos da amiga e da esposa.
- Isso não é brincadeira que se faça Eriol, nem com alguém conhecido. – rebateu Tomoyo, olhando preocupada para a amiga. – Você está bem Sakura?
- Estou.
Nisso chegaram o gerente do resort, acompanhado de um garçom que ouvira os gritos vindos da piscina, o caso explicado, o homem se desdobrou em desculpas pelo acontecido e ofereceu um jantar aos hóspedes no restaurante.
- Eu vou para o quarto. – disse Sakura levantando-se, mas quase indo ao chão ao sentir uma leve tontura.
Syaoran pegou-a no colo, e ela recostou a cabeça na curva de seu pescoço, enquanto ele seguia rapidamente para o bangalô.
Ele a enxugou carinhosamente colocando-lhe uma camisola, Sakura já estava quase adormecendo.
- Syaoran. – chamou-o
- Estou aqui. – ele falou deitando-se ao seu lado, e abraçando-a.
- Não me deixe sozinha.
- Não vou deixar. – disse meio que preocupado por Sakura estar tão abalada. Não era do seu feitio, e isso o assustava.
CCSCCSCCS
- O que você acha? – Syaoran perguntou a Eriol que o esperava na sala.
- Talvez tenha sido apenas um erro de identidade, mas vamos ficar alertas. – disse Eriol.
- Eu não acredito que não conseguimos despistar quem está atrás das cartas, depois de todo aquele esquema que Touya armou, até com reservas de nomes falsos. – resmungou Syaoran.
- Calma Syaoran. Só precisamos ficar mais atentos.
- Acho que não vou ligar ao Touya, ele vai fazer o maior escândalo, e acredito que até queira vir para cá. Melhor dar um tempo.
- Acho bom mesmo, o Touya quando quer dar uma de super protetor, extrapola. – concordou Eriol.
CCSCCSCCS
- Droga! Droga!
Katrine ouviu as exclamações de frustração enquanto se aproximava da sala de Touya. Bateu de leve e já foi abrindo a porta.
- Tudo bem? – ela perguntou encostando-se ao batente.
Ele suspirou profundamente e olhou-a.
- Mais um agente foi encontrado. – ele fechou os olhos e soltou outro suspiro. 'E minha irmã provavelmente está em perigo e eu não posso fazer nada daqui'. Ele quis completar, mas Katrine acharia estranha, a sua certeza com esse fato. Pressentira Sakura em perigo, nem ele sabia como, mas a irmã correra risco de vida, agora sabia que estava tudo bem, mas esperava que Syaoran ligasse para confirmar.
Enquanto isso ele se revolvia na raiva contra o cretino que estava liquidando seu pessoal. Seus agentes estavam sendo pegos como raposas desavisadas, e pior, sendo mortos um a um.
- É o Shoo? Ou Haru? Ele está bem? – ela perguntou entrando na sala.
Touya olhou-a pensando que se algo acontecesse com Katrine ele estaria mais do que simplesmente frustrado. Melhor nem ir por esse lado, balançou a cabeça afastando os pensamentos funestos.
- Shoo. Está morto. Desfigurado. Irreconhecível. – ele levantou-se andando de um lado para o outro da sala. – Quem, em nome de Deus é esse ser diabólico, que gosta de brincar de torturador, relembrando os antigos lunáticos nazistas? E por quê? Por que está fazendo isso? Ele já está ciente de que nenhum dos agentes sabe das cartas. Eu me pergunto porque ele não vem atrás de mim. Acredito que não seja tão estúpido a ponto de achar que eu não saiba delas.
Katrine de repente tomou ciência de algo.
- Você está servindo de isca. – constatou baixinho. – É por isso que não anda acompanhado de nenhum agente como exigiu que os outros fizessem.
- Eu sabia que você era esperta. – ele ironizou.
- E se pegarem você? Como acha que irá se safar desses maníacos? Ninguém saberá. Você pelo menos tem que andar com alguém na sua retaguarda. Eu sei que você não confia em mim, mas...
- Katrine! – ele tentou interromper.
- ... eu serei sua guarda-costas. Eu sei que você vai dizer não...
- Katrine!
- ... vai ordenar que não quer que eu te siga.....
- Katrine! – ele gritou mais alto segurando-a pelos ombros.
- ...mas eu não vou ouvir. – ela completou baixinho.
Touya estava sorrindo. Katrine quando começava a falar não parava mais, ele já tinha percebido que quando ela ficava nervosa desandava a falar e falar.
- Você pode ficar na minha retaguarda. – ele disse para surpresa dele mesmo.
- Eu posso?
- Pode.
- Então isso quer dizer que eu saí da sua lista de suspeitos? – ela perguntou, os olhos brilhando.
- Saiu sim. – ele respondeu fixando os olhos nos lábios dela que se abriu em um sorriso. Não resistiu mais.
Nem ligava que ali era o seu local de trabalho, beijou-a com ardor. O sentimento de perda que tivera há pouco, fazendo-o sentir vontade de abraçá-la para nunca mais soltar.
Katrine afastou-se para tomar fôlego, e falou meio arfante:
- Acho que aqui não é o melhor lugar para fazermos isso.
- E quem se importa? Afinal eu sou o chefe. – Touya falou com um sorriso matreiro.
- Você tem razão. – ela concordou e puxou-o pelo pescoço continuando o beijo.
CCSCCSCCS
- Você não quer mesmo ir ao hospital Sakura? – perguntou Syaoran deitado na cama, enquanto a observava se trocar.
- Não, Syaoran, está tudo bem. Não fica preocupado. – ela aproximou-se da cama, sentando próxima a ele e pegando em sua mão. - Talvez tenha sido como o Eriol disse, algum idiota fazendo uma brincadeira estúpida. – ela fez uma pausa. – Você não ligou para o Touya, não é mesmo? – perguntou apreensiva.
Syaoran sorriu.
- Não, eu não liguei.
- Ufa. Acho que não agüentaria essas férias com meu irmão por perto.
CCSCCSCCS
Sakura já recuperada do susto do dia anterior e acompanhada por Syaoran que estava grudado nela, encontraram com Tomoyo e Eriol na frente do bangalô, iriam fazer algumas compras e Sakura aproveitaria para adquirir alguns objetos para o Antiquário.
Os quatro passearam a manhã inteira parando para um almoço à beira da praia para mais uma rodada com pratos típicos da culinária local.
- Você não está cansada? – perguntou Syaoran a Sakura no meio da tarde.
- Que nada Syaoran, depois que os enjôos passaram, eu me sinto ótima. Fica tranqüilo, se eu me cansar eu te digo, OK?
No final da tarde, chegaram cansados aos bangalôs, deixaram as compras no quarto, e foram para a piscina relaxar. Sakura olhou para as pessoas em volta, mas não saberia reconhecer o atacante do dia anterior.
- Esqueci meu chapéu. – disse Sakura, levantando-se para ir buscar.
- Eu vou com você. – falou Syaoran.
- Ah Syaoran não precisa, volto rapidinho. - disse e saiu correndo em direção ao quarto.
Sakura, agora que o susto passara, começava a se irritar com a super proteção dos três, que desde o incidente na piscina não lhe deixavam sozinha por um minuto sequer. É certo que ficara abalada no dia, mas agora já voltara a sua antiga forma, e nada nem ninguém, a deixaria ficar com medo.
Até que era engraçado, pensou enquanto entrava no bangalô sorrindo, seguiu direto para o quarto, pegando o chapéu que estava em cima da cama, quando ia virando para sair, foi segura por trás, braços de ferro, rodeando sua cintura, reagindo num ato reflexo, deu uma cotovelada no estômago do atacante. Virou-se encarando o homem que se recuperou rapidamente indo novamente em sua direção, tentando acertá-la com um golpe, mas Sakura também não ficou parada, desviou-se, chutando-o e acertando de novo o estômago do bandido, que caiu de joelhos com as mãos apoiadas no chão. Ele ergueu o rosto irado para ela, e rápido, pegou uma faca.
- Isso vai ficar interessante. – ironizou Sakura.
Ele atacou fazendo uma curva com a lâmina, mas Sakura pegou uma toalha que estava jogada na poltrona, enrolou-a e torceu-a em volta do pulso em que o homem segurava a faca, deu-lhe outro chute, dessa vez em uma região mais dolorida, ele se curvou com as mãos "lá", e Sakura ia lhe dar uma joelhada no rosto, quando ele segurou sua perna, pega de surpresa ela foi ao chão, ele subiu em cima dela segurando seus braços para o alto com uma das mãos, Sakura ficou sem ação por alguns segundos, mas quando ele tentou pegar a faca com a mão livre, ela começou a se contorcer embaixo dele, mas não conseguiu se soltar, ia gritar quando o homem conseguiu pegar a faca e encostou a lâmina em seu pescoço, fazendo um leve corte.
- O que você vai fazer agora? – ele perguntou irônico, ameaçando-a com a faca.
- Eu? Nada. – ela disse muito tranqüilamente. – Mas ele vai dar uma lição em você. – completou Sakura olhando por cima do ombro do homem.
Não deu tempo do atacante olhar para ver quem era "ele", foi agarrado por trás libertando Sakura de seu peso. Syaoran apenas deu uma olhada nela e ao ver o sangue em seu pescoço perdeu totalmente a cabeça, começando a esmurrar o rosto do invasor.
Sakura se assustou com a raiva que se apossou dele, e erguendo-se vacilante foi em direção aos dois.
- Syaoran... - disse segurando-o pelo braço. – Pára...por favor. Por favor.
Mas ele pareceu não ouvi-la, então ela fez a única coisa que lhe veio à cabeça, simulou um desmaio, o que não ficava muito longe da verdade, mal se agüentava nas pernas.
- Sakura!
CCSCCSCCS
Touya sentou-se na cama com as mãos no pescoço, suava frio, de terror pelo sonho que tivera com Sakura. Ela estava sangrando e por um segundo ele sentira como seu, o medo dela.
Onde estava aquele projeto de guerreiro que não telefonava. Ele levantou-se seguindo em direção ao banheiro, molhou o rosto, e respirou fundo para acalmar as batidas aceleradas do coração.
- O que está acontecendo? Sakura é quem tem premonições. Definitivamente eu preciso mesmo conversar com Hiraguiizawa.
CCSCCSCCS
Katrine acordara de bom humor essa manhã, apesar dos problemas que a Agência estava passando seguiu animada em direção ao trabalho. Tinha que falar com Touya para pedir autorização para dar uma olhada no hard do computador que eles pegaram no escritório do advogado, já que no CD que encontrara não havia nada, apenas as falcatruas do advogado, e um ou outro nome que se sobressaía mais, fizera uma busca nos arquivos da agência, mas não levara a lugar nenhum.
Hosokawa era um excelente técnico, mas estava demorando muito para encontrar alguma coisa, quem sabe ela não teria mais sorte?
Estava distraída esperando o sinal abrir, ouvindo o som num volume um pouco acima da média, como sempre gostava quando dirigia. Tocava uma música horrível, e infelizmente uma daquelas que entram na sua cabeça e não saem mais, e quando você dá por si está cantarolando junto...
Nesse ponto, encostou ao seu lado, por uma dessas coincidências incríveis, um corvette prata, com um playboyzão ao volante. O cara tinha a maior pinta, ou melhor, ele com certeza achava que tinha, óculos espelhados, camiseta bacana. Katrine deu uma olhada parando de cantar, quando o cara puxou conversa.
- Não quer ser a minha musa do verão, gata?
Katrine abriu a boca pasma, sem saber se ria ou chorava pela pior cantada que já tinha ouvido na sua vida. Não deu outra, Kat não se conteve e caiu na gargalhada, o cara com certeza achou que era uma pirada, porque ela não conseguia parar de rir, engatou uma primeira e partiu rapidinho para bem longe da sua suposta musa de verão.
Katrine entrou na agência ainda dando risada, quando se lembrava da expressão do metido a sedutor, e deu de cara com Touya que não parecia nada feliz.
- O que houve? Você não parece nada bem. – foi dizendo.
- E você parece que viu um passarinho verde. – ele resmungou.
- Ah não, era prata. – e começou a rir de novo, enquanto contava a história para ele.
Mas Touya não achou a menor graça.
- Ficou maluca Katrine? Dando bola para qualquer um no trânsito? E se fosse um disfarce para pegarem você? Pensou nisso? – Kat fez cara de espanto. – É vejo que não pensou nisso.
- Ah Touya, qual é? Eu não dei bola para ele. E além do mais o Don Juan não tinha cara de bandido.
- E você pode me dizer que cara bandido tem? – ele perguntou irônico.
- Eu posso te dizer a cara que bandido não tem, e aquele não tinha, entendeu?
E dizendo isso ela se afastou irritada por Touya ter acabado com sua diversão. Ficou com tanta raiva que até se esqueceu de pedir o hard do computador. Voltou aproximando-se dele de novo.
- Eu gostaria de pedir autorização para pegar o computador que apreendemos no escritório do advogado. – pediu séria.
- Hosokawa não está vendo isso?
- Eu posso ajudar.
- Está autorizada. – ele disse sério.
- Obrigada Sr. Kinomoto. – ela agradeceu dando ênfase no senhor.
CCSCCSCCS
Syaoran estava na gerência do Resort dando esclarecimentos à polícia, sobre o que tinha acontecido, só fora até ali, por muita insistência, pois não queria deixar Sakura sozinha.
Tomoyo estava sentada em uma poltrona e fitava a amiga preocupada. Uma faixa no lugar do ferimento era quase da cor de Sakura, ambas brancas. Ela não quisera ir ao hospital, pois o corte fora superficial.
Uma batida na porta tirou-a de seus pensamentos, Tomoyo foi abrir depois de se certificar que era Eriol.
- Você está bem Sakura? – ele perguntou à amiga.
- Sim. – sorriu tentando tranqüilizá-los. – Por que você não foi com o Syaoran?
- Ele disse que cuidava de tudo sozinho.
- O que quer dizer que ele disse "Fique aqui e cuide da Sakura". – ela falou séria em uma imitação perfeita do guerreiro.
Os três caíram na risada.
- O homem disse alguma coisa?
- Não, pelo jeito a brincadeira de gato e rato acabou, as coisas irão ficar sérias daqui por diante.
Os amigos olharam-na preocupados sem dizer nada.
- Tomara que Syaoran descubra mais alguma coisa. Eu sinto muito por nossas férias não estarem sendo realmente um grande passeio. – Sakura comentou sentida aos amigos.
- Sakura, a culpa não é sua. – Tomoyo disse aproximando-se para se sentar na beira da cama.
- Eu sei que não, mas tenho medo por vocês.
Sakura abaixou a cabeça pensando que não queria ter colocado os amigos em uma situação dessas, mas agora era tarde. A única saída, seria todos eles voltarem ao Japão, e em vôos diferentes.
Uma batida soou na porta.
Eriol, fez sinal para que as duas ficassem em silêncio.
- Sim? – falou através da porta fechada.
- Serviço de quarto.
Eriol olhou para Sakura mas ela já negava com a cabeça. Não pedira nada.
- O gerente pediu que lhes entregassem uma cesta com frutas. – a voz se fez ouvir.
- Até pode ser verdade, mas tenho minhas dúvidas. - sussurrou Eriol. - Um momento. – ele falou mais alto, e ao mesmo tempo já pegando seu báculo e invocando um Escudo protetor em frente à porta. – Saiam. – disse às meninas apontando a porta janela que dava para a praia.
- Mas Eriol... – Sakura começou.
- Por favor Sakura. Vá com Tomoyo.
Ela ia replicar quando ouviram sons de tiros através da porta. Tomoyo arregalou os olhos, assustada. Eriol colocou mais energia no Escudo, mas não agüentaria muito tempo. Pelo visto esse pessoal não sabia trabalhar às escondidas, dessa vez escancararam mesmo.
- O que estão fazendo aqui ainda? – ele gritou com as duas quando viu que elas não tinham se mexido.
Sakura ia sair, mesmo sua consciência gritando para não deixar o amigo sozinho. Puxando Tomoyo pela mão seguiu para a janela, quando viu vultos se aproximando da direção contrária, foi num instante que invocou seu báculo pegando a carta escudo criando uma outra barreira, que os tiros começaram a soar.
- Sakura...Tomoyo.
- Estamos bem, Eriol. – respondeu Tomoyo.
- Não era certo mesmo eu ter fugido, deixando-o sozinho para lutar as minhas batalhas. – Sakura falou sem se virar para os amigos.
Ele não disse mais nada, mas tinha certeza que ouviria poucas e boas de Syaoran quando ele voltasse.
Eriol não agüentou por muito tempo mais, logo seu Escudo ruía, Sakura expandiu sua barreira, de forma a abranger os três dentro da proteção. Ela manteve-se forte e imaginava porque ninguém ainda viera ver a causa de todo aquele barulho. Provavelmente estavam correndo na direção contrária aos tiros, é claro.
De repente os sons cessaram. Eles se entreolharam, esperando, Sakura não abaixou a guarda, mas sentia-se quase sem energias, afinal já escapara de duas tentativas de assassinato.
Em pensamento invocava a presença de Syaoran, quando os tiros começaram de novo, e dessa vez a saraivada de balas veio com força total, Sakura sentiu Escudo querendo se recolher, e perguntava-se se daria tempo de sair da linha de tiro, foi a conta de pensar e Escudo sumir voltando à forma de carta, ela se jogou no chão, juntamente com os amigos, mas não antes que uma das balas passasse raspando por seu braço, não teve tempo nem de olhar o ferimento, quando um dos homens entrou no bangalô, chutando a porta, levantou-se rápida, pronta para a luta, ele atacou-a dando um soco que acertou o ar, pois Sakura abaixou-se ao mesmo tempo que segurava o braço do atacante acima de sua cabeça, num impulso levantou-se empurrando-o pelo braço, ao mesmo tempo em que lhe aplicava um chute nas suas partes íntimas, ela adorava saber que os homens eram tão frágeis, pensou sorrindo.
Eriol empurrou Tomoyo para o lado e deu um soco em um homem que se aproximou dele, nocauteando-o. Um outro que ia bater em Sakura que já lutava com outro bandido teve o mesmo fim.
Sakura aparou um golpe com o braço esquerdo e com o direito deu um soco na garganta do homem, outro bom ponto fraco. Ela já estava pronta para bater no próximo que viesse quando viu que eles tinham acabado. Olhou para o chão e viu os quatro corpos caídos, dois que Eriol havia derrubado.
- Não sabia que você lutava Eriol. – falou para o amigo.
- Pois é, andei treinando, não estou no mesmo nível que você e Syaoran, mas dá para o gasto.
Os dois sorriram um para o outro quando ouviram um movimento na porta. Sakura e Eriol viraram-se com as mãos prontas para golpear quem quer que estivesse aproximando-se, quando viram Syaoran passar pela porta de espada em punho. Os três se encararam, e Syaoran desviou o olhar para o chão.
- Vejo que cheguei meio tarde. – ele disse tentando controlar o tremor na voz.
- Pois é, Syaoran, não deixamos nenhum para você se divertir. – Sakura falou sorrindo.
- Você está bem? – ele perguntou aproximando-se dela. Nunca sentira tanto medo na vida. Mentira. Sentia medo todas as vezes que Sakura estava longe de suas vistas. Largara o gerente no meio de uma frase, quando sentira Sakura chamando-o, voara porta afora da sala do gerente, já com a espada em punho, assustando alguns hóspedes, provavelmente a polícia já estaria a caminho, de novo.
- Acho que eu é que deveria perguntar isso, você está meio pálido. – disse Sakura tocando no rosto dele.
Syaoran segurou na mão dela que estava sobre sua face, e somente aí notou o ferimento em seu braço.
- Sakura, você está sangrando. – falou calmamente, para não assustá-la.
- Ah isso! Não está nem doendo, foi só de raspão. – disse ela mais tranqüila ainda, não queria dizer que doía como o diabo, ele já parecia tão assustado.
- Tomoyo, você está bem? – perguntou Sakura virando-se para os amigos que estavam abraçados.
- Estou sim Sakura. Mas acho melhor dessa vez você ir a um hospital. – falou Tomoyo aproximando-se da amiga com uma toalha para colocar sobre o ferimento.
Nesse momento o quarto foi invadido por policiais, e o gerente histérico, gritando que em todos esses anos, nunca tinha acontecido nenhum roubo ou atentado em seu condomínio de luxo.
Syaoran explicou meio por alto o que ocorria, e depois de dizer que sua mulher estava ferida eles foram liberados, com a promessa de passarem na delegacia para prestarem mais esclarecimentos.
Era melhor mesmo irem embora de Atenas, numa dessas era até capaz dos Jogos Olímpicos serem cancelados por medo de atentados.
CCSCCSCCS
- Eu estou bem Touya. – falava Sakura ao telefone com o irmão.
- Não quero saber, eu achei que você ficaria segura em outro lugar, mas prefiro que você esteja em baixo de minhas vistas. O que Syaoran pensa que está fazendo aí? De férias? Ele tinha que proteger você. – ele gritava possesso do outro lado da linha.
- Dê-me isso aqui. – disse Syaoran tomando o fone das mãos de Sakura. – Olha aqui seu agente de meia pataca, você é que não fez o seu serviço direito, se alguém descobriu que estamos aqui foi por incompetência sua.
- Syaoran... – Sakura tentou acalmá-lo, mas ele nem lhe deu atenção, ela pode ouvir o irmão gritando do outro lado.
- Minha irmã fica em perigo, às portas da morte e você nem me liga para dizer que está tudo bem. Você pode imaginar o que eu passei nesses últimos dias? – ele agora já berrava. - E você, projeto de guerreiro, aposto que ficou interessado em fazer turismo e esqueceu de proteger a Sakura.
- A Sakura vem em primeiro lugar sempre. – Syaoran respondeu gritando também, sem ter a mínima idéia de como Touya soubera dos outros atentados. – Espera aí, você colocou alguém para nos espionar? – ele perguntou indignado.
- É claro que não, eu confiei que você saberia guardar a minha irmã com sua própria vida.
- A proteção de Sakura é a coisa mais importante para mim. - Sakura sorriu ao ouvir isso. – Mas se você esqueceu, ela é a pessoa mais teimosa na face da Terra, acha que pode fazer tudo sozinha.
Sakura franziu o cenho ao ouvir aquilo.
- Eu não esqueci, mas você, aposto que esqueceu que ela está esperando o Touya sobrinho...
- Hiii....- fez Sakura ao ouvir o irmão, pois ele falava tão alto que era impossível não ouvi-lo.
- Touya sobrinho. – Syaoran mais rosnou do que falou, por entre os dentes. – É Syaoran Filho, até parece que vou dar o nome de uma fruta para meu filho.
Nesse momento, Tomoyo e Eriol, que estavam entrando no quarto do hospital ouviram a última frase.
- O que houve? – Tomoyo sussurrou.
- Touya. – foi a resposta de Sakura já sendo compreendida pelos outros dois.
- ....você não deve fazer o que ela quer, algeme-a a você... – continuava Touya, sem nem ter ouvido o outro. - ... e traga-a de volta.
- Nós não vamos voltar, e não precisaremos da sua ajuda, eu posso muito bem cuidar da minha família. – e Syaoran com essas últimas palavras, desligou o telefone, quase o quebrando.
O silêncio reinou no quarto até que Sakura começou a rir de forma incontrolável.
- O que foi? – ele perguntou olhando-a ainda bravo.
Ela não conseguia nem falar. Syaoran começou a se preocupar.
- Acho que é uma reação pós-choque. – ele disse preocupado. – Vou chamar o médico.
- Não... - Sakura falou tentando tomar fôlego. – Não precisa.... é que...- e deu ainda uma risada. - ...você tinha que ver a sua cara quando o Touya disse que estou esperando o Touya Sobrinho. – e riu ainda mais.
- Isso não é motivo para rir.
- É sim, ainda mais quando nascer a minha filha.
Eriol sorriu para a amiga, isso era para rir mesmo, pois ele também tinha certeza que a amiga teria uma menina.
Continua
... ... ...
Músicas: -
Deixa o Amor acontecer
Roupa Nova
E aquela irritante do Felipe Dylon (nem sei se o nome dele escreve assim)
1:- Efharisto - obrigado
2:- Signomi - com licença
Kikuburo ou banho de crisântemo
O nobre crisântemo, é a flor da longevidade e da juventude. A espécie japonesa, tem um festival em sua honra, é cultivada com requinte nos jardins, usada como delicada guarnição comestível em jantares elegantes e utilizada medicinalmente para destruir germes. Também pode ser encontrada enfeitando o banho vespertino, onde, diz a tradição popular "manterá à distância os desgastes da idade".
O crisântemo amarelo proporciona um banho que aquece, cura e fortalece. Ideal para as noites frescas de outono.
Efeitos: Aquece. Rejuvenesce. Cicatriza corte e aranhões. Atenua marcas de cicatrizes. Destrói bactérias. Tonifica a pele.
Indicações: qualquer tipo de pele. Banha-se com a freqüência desejada.
Ingrediente: Crisântemo amarelo comestível.
Preparo: Coloque as flores para flutuar na água quente do banho.
Permaneça dentro da banheira o tempo que quiser. Ao sair, não enxágüe.
N.A. Sem notas da primeira postagem porque o capítulo foi retirado do FF.
Brigada a Thata por avisar.
Beijos
Rô
