SEM BARREIRAS - NOS BRAÇOS DO AMOR
Autora: Rosana (Rô)
Capítulo 13
Syaoran tentou fazer contato com Sakura pelo comunicador, mas ela não respondia, jogou-o longe, num rompante de preocupação, e correu o mais que pode em direção ao telhado do edifício, era de lá que ele sentia a aura de Sakura. Abriu a porta subitamente quando viu Sakura e Aki se enfrentando como duas gladiadoras, ambas bastante machucadas.
- Sakura. – gritou quando a viu correndo em direção à outra, mas ela não o ouviu.
As duas voaram num golpe parecido, esperando atingir a outra com a perna, mas Aki errou por milímetros e Sakura atingiu-a bem no pescoço. A guarda-costas caiu pesadamente no chão, Sakura parou um pouco à frente com um joelho apoiado no chão. Sabia que havia matado a mulher, não era sua intenção, mas era uma ou outra, a melhor vencera.
- Sakura. – Syaoran aproximou-se apoiando a mão no ombro dela.
Sakura soltou um suspiro colocando a mão em cima da de Syaoran e levantou-se.
- Não queria matá-la. – falou sem se virar.
- Eu sei.
- Disse a mim mesma que não deixaria mais a raiva guiar meus instintos, e eu não estava com raiva, quer dizer, um pouquinho, porque ela tentou atingir a minha barriga...
- Sua barriga? – ele perguntou virando-a para ele.
Syaoran abaixou-se colocando as mãos na barriga de Sakura, acariciou-a delicadamente.
- Eu disse que ela tentou. Não conseguiu me acertar, Syaoran. – Sakura explicou.
- Oi filhinho, você está bem? Que tal dar um sinal para papai? – Syaoran pediu nem ouvindo o que Sakura dizia.
Nisso para surpresa dos dois, sentiram um leve movimento. O primeiro nessa gestação tão tumultuada.
- Você viu? – ele perguntou surpreso encarando Sakura.
- Na verdade eu senti. – ela respondeu sorrindo.
- Ele me ouviu. Viu só Sakura, eu disse que era um garotão.
- Acredito que minha filha se mexeu de indignação por ter sido chamada de filhinho. – ela falou brincando.
- Que nada... – mas Syaoran não pode terminar o que dizia.
- Que cena mais comovente. – ouviram uma voz fria dizer.
Valerie, a poucos passos, apontava-lhes uma arma. Syaoran se ergueu colocando-se à frente de Sakura para protegê-la.
- Eu não acredito que você ainda está viva. – falou Sakura saindo detrás de Syaoran.
- Quer fazer o favor de ficar aí atrás. – ele falou puxando-a de volta.
Valerie aproximou-se dos dois.
- Eu não sou mulher de morrer fácil. Bem que a traidora da minha irmã tentou acabar comigo, mas deve estar lá no sub-solo chorando as mágoas pela morte do Touya.
- NÃO! – gritou Sakura.
- Não acredita Sakura, ela está mentindo.
- Estou? – Valerie questionou com ironia e nesse momento percebeu Aki caída no chão.
Ficou por alguns segundos apenas observando a mulher, aproximou-se dela, ainda com a arma apontada para Syaoran e Sakura, abaixou-se tocando a base de seu pescoço, não sentindo nenhuma pulsação. Ergueu-se calmamente, sentiria falta de Aki, fora uma excelente guarda-costas, sempre calada, o que era ótimo, não ficava dizendo baboseiras.
Valerie a encontrara há alguns anos, uma jovem prostituta, menor de idade. Ninguém se interessara pela garota muda, mas a ex-agente vira o que outros deixaram passar, ela era excelente em artes-marciais, soubera defender-se de um homem que queria que ela fizesse bem mais do que ela iria receber por alguns momentos de prazer. Aki nem piscara quando passara o pequeno "tanto" no pescoço do homem cortando-o de orelha a orelha, num bar cheio de pessoas. A partir desse dia Valerie treinara a garota para trabalhar a seu lado. Aki era a única que se aproximara mais dela, ou que Valerie deixara se aproximar.
- Quando eu mandar, corra. – Syaoran disse a Sakura.
- De jeito nenhum.
- Sakura...
- Eu não vou deixá-lo com uma maluca que tem uma arma, de jeito nenhum.
- Esqueceu do bebê?
- Não, e é por ele mesmo que daqui eu não saio, você pode precisar de mim. Eu não vou deixá-lo desprotegido Syaoran, nossa filha também precisa do pai. Eu fico.
- Por favor...
- Não.
Ele a olhou por cima do ombro e viu que dali ela não sairia mesmo, mas viu algo mais. Temor. Por ele.
- Eu te amo sabia? Quer...
- Não Syaoran, não pergunta isso agora. Depois você fala. Eu vou adorar ouvir. – Sakura disse com o olhar preso ao dele.
Valerie sorriu malevolente ao apontar a arma para Sakura e Syaoran. Enfim ela mesma teria que se livrar daquela garota.
- Comecem a rezar.
CCSCCSCCSCCS- Droga de elevador que não chega logo. – Touya, irritado apertava sem parar o botão do último andar.
- Eu não tenho certeza se você sabe, mas fazer isso aí... – ela disse apontando para o painel. – ... não vai fazer o elevador chegar mais rápido.
- Não me diga Srta. Sabe Tudo. – ele ironizou.
- Isso também não vai ajudar. – ela falou se referindo ao tom irônico dele.
- Quer parar? Não vê que estou preocupado?
- Ué, e eu estou tentando acalmá-lo.
- Mas só está conseguindo me irritar.
- Tá bom. – ela disse passando a mão na boca como se fechasse um zíper.
Touya parou de apertar o botão do painel como um lunático e voltou o olhar para Katrine que fitava o chão. A agente estava toda machucada, a calça rasgada nos joelhos, e sangue manchando o braço onde ela levara o tiro.
- Isso aí está doendo? – ele perguntou.
Katrine levantou a cabeça fitando a expressão de preocupação dele. Relanceou o olhar pelo braço, por um momento havia se esquecido do ferimento, ardia, mas a dor era suportável. Acenou que não com a cabeça, mas não disse mais nada.
Touya rasgou a manga do que restava de sua camisa e aproximando-se amarrou o tecido em torno do braço dela. Kat olhou-o, agradecida.
- Eu nunca vou me perdoar. – ela disse depois de alguns segundos.
- Por quê? Nada disso que está acontecendo é culpa sua. – Touya falou. – Provavelmente é mais culpa minha.
- Não. Você tentou ajudá-la, sei que tentou. Até depois da sua morte, você falsificou um relatório, para ninguém descobrir do que a Valerie havia sido capaz.
Touya silenciou, mas ele sabia que se tivesse agido de maneira diferente, há dez anos atrás, hoje eles não estariam passando por isso. Tinha até medo de começar a pensar em seus inimigos, arrependia-se até o último fio de cabelo de ter envolvido Sakura com a agência, já perdera o melhor amigo, quase matara Katrine, e a irmã e Syaoran corriam risco de perderem a vida com aquela maluca.
- Droga de elevador. – resmungou de novo, voltando a apertar o botão no painel.
CCSCCSCCSCCS
Valerie disparou a arma como uma alucinada, ela já perdera totalmente a razão quando não conseguira eliminar Touya. Tinha certeza que o homem que a matara continuava vivo.
Quando o pente de balas esvaziou, ela baixou a mão com a arma, e não acreditou no que seus olhos viram, Li na frente da peste da Kinomoto, ambos sem nenhum arranhão.
- Eu acertei. – ela disse, olhando da arma para eles. – Eu sei que acertei. O que vocês fizeram? - ela gritou começando a andar em direção a eles, enquanto colocava outro pente de balas na arma.
Sakura, segundos antes de Valerie começar a atirar, erguera Escudo para protegê-los dos projéteis.
- Você dá uma surra nela ou dou eu? – Sakura perguntou para Syaoran olhando Valerie que se aproximava deles.
- Você não vai fazer nada. Fica bem quieta aí e cuida do nosso bebê.
- Tá bom. – ela concordou, o que fez Syaoran olhar para trás espantado.
- Quem é você e o que fez com a Sakura? – ele ainda ironizou, antes de perceber que Valerie ia de novo atirar neles.
Syaoran empurrou Sakura para um lado e jogou-se em cima de Valerie, ambos indo ao chão, mas ele conseguiu agarrar a mão que ela levava a arma em tempo, erguendo-a acima da cabeça da mulher, que ainda conseguiu disparar três tiros.
- Sakura. – Syaoran gritou, pois não conseguia vê-la.
- Estou bem. – Sakura olhava os dois rolando no chão, pensando em qual carta poderia usar, para não machucar Syaoran, quando Valerie ficou de pé.
A mulher sorriu malignamente apontando a arma para Syaoran que continuava caído no chão.
- Depois de você, a sua doce mulherzinha e seu filho serão os próximos. – Valerie falou já puxando o gatilho.
- Movimento! – Sakura gritou.
Valerie moveu o dedo indicador no ar, porque a arma havia sumido de sua mão, ficou pasma por alguns segundos olhando a mão vazia, quando viu a arma aparecer do nada próxima ao parapeito do prédio. Olhou para Sakura espantada, o que aquela garota era?
Syaoran aproveitou o momento de estupefação de Valerie e rolando de lado ergueu-se também, mas a mulher ainda tinha algumas cartas na manga. Retirou uma pequena adaga que trazia presa ao tornozelo, e avançando num movimento rápido, cortou o ar e no processo o peito de Syaoran. Bem próximo do outro ferimento que recomeçou a sangrar.
- Syaoran. – dessa vez o grito partiu de Sakura.
Syaoran colocou a mão no ferimento, o corte fora bem profundo, o sangue escorria rápido, mas ele não se daria por vencido, não enquanto a mulher que amava corria perigo, ela precisava dele.
Valerie partiu para um próximo golpe, mas dessa vez Syaoran estava pronto, num chute perfeito pegou em cheio o pulso da mulher, ela perdeu por um momento o equilíbrio, mas não soltou a adaga.
- Você pode ser um perito nas artes marciais, mas eu sou mestra na arte do 'tanto'. Eu sei que seu poder de dano é pequeno, mas não nas mãos de uma pessoa que sabe exatamente o que está fazendo.
E pelo jeito Valerie sabia mesmo o que estava fazendo, pois o ferimento no peito de Syaoran doía cada vez mais.
A mulher, com a pequena faca na mão, desferiu outro golpe, da esquerda para a direita, numa força incrível. Syaoran conseguiu aparar o braço dela com a mão, mas ela rodou rápida sobre os pés tentando atingi-lo no pescoço com a outra mão livre, que também foi segura por Syaoran. Valerie ficou numa posição indefesa, presa pelos braços, de costas para Syaoran.
Teria que nocauteá-la. Não teria piedade. Não poderia pensar nela como mulher indefesa, pois de indefesa ela não tinha nada. Era uma assassina, fria e cruel.
Syaoran teve a chance perfeita de se livrar de Valerie, mas nos poucos segundos de dúvida, ela jogou o corpo para trás, surpreso com a manobra, foram ambos no chão. Valerie ainda deitada desceu a mão com a faca em direção ao peito de Syaoran, rápido ele rolou de lado, e ela acabou acertando somente o chão.
Os dois levantaram-se, rodeando-se, prontos para o próximo movimento.
Sakura pensava em qual carta poderia dar uma maior vantagem para Syaoran, quando o viu olhá-la num claro pedido para que não fizesse nada. Ela franziu o cenho não entendendo qual era a dele, claro que faria alguma coisa. Pegou a carta Névoa, invocou o seu poder, e uma neblina espessa começou a se formar no alto do edifício. Sakura sabia que seria mais fácil para Syaoran perceber a aproximação de Valerie, o que não contava é que a mulher tinha mais uma arma escondida.
Valerie por um momento se sentiu surpresa e desorientada com a súbita neblina, não via nada, mas um leve ruído atrás de si, lhe deu a localização de Syaoran. Pegando uma de suas shuriken lançou-a na direção do som, e ante o leve gemido de dor, teve certeza de que conseguira pegar aquele guerreiro estúpido.
Syaoran também ouvira. Sakura havia sido atingida. Seu coração acelerou num ritmo anormal, o sangue bombeou subindo ao cérebro, num grito terrível ele partiu para cima de onde sentia que Valerie estava.
Ela ainda tentou erguer a adaga para acertar um golpe em Syaoran, mas ele conseguiu pegar ambas as mãos dela, mas a força do impulso foi violenta, os dois próximos à beira do edifício foram empurrados em direção ao vazio.
- Não. – Sakura gritou correndo na direção em que os dois sumiram.
Logo em seguida apareceram Touya e Katrine, quando ouviram o grito, eles já chegavam no alto da escadaria que dava no telhado. Viram, pelo meio da neblina que começava a se dissolver, Sakura deitada no chão com os braços esticados.
- Sakura. – Touya correu na direção da irmã.
- Touya, pelo amor de Deus. Me ajuda.
Sakura conseguira pegar a mão de Syaoran que ficara pendurado na borda do edifício, mas suas forças faltavam-lhe, nem passara por sua cabeça usar a carta Força, sua memória dera um branco total quando vira Syaoran prestes a cair daquela altura. Com a ajuda de Touya, os dois conseguiram trazer Syaoran para cima.
- Nunca mais faça isso. – Sakura disse se jogando nos braços de seu guerreiro.
- Não sei se você percebeu, mas eu não tive outra alternativa. – ele falou enlaçando a mulher em seus braços fortes. Dessa vez, fora por pouco, pensou dando uma olhada para baixo. Engoliu em seco. Muito pouco.
Afastou Sakura de si segurando-a pelos braços olhando-a por todo corpo.
- Onde Valerie acertou você? – perguntou preocupado.
- Ela a machucou? – Touya preocupou-se também sentando ao lado da irmã.
- Estou bem, passou de raspão. – e mostrou o braço onde havia um ferimento, não tão de raspão assim.
Touya rasgou a outra manga de sua camisa, que já era irrecuperável mesmo e amarrou no braço da irmã.
- Onde está Valerie? – Katrine perguntou olhando em volta.
- Ela caiu com Syaoran, provavelmente virou panqueca lá em baixo. – disse Sakura. – Foi mal Kat, mas não estou com um pingo de pena dela. – completou.
- Tudo bem Sakura, para falar a verdade, nem eu estou com pena dela.
- Essa aqui está morta. – disse Touya que se aproximara do corpo de Aki.
Sakura trocou um olhar preocupado com Syaoran, o irmão provavelmente piraria e a enfiaria num hospital psiquiátrico até ela ter a filha se soubesse que ela matara Aki.
- Foi minha culpa. – disse Syaoran se levantando, enquanto ajudava Sakura a fazer o mesmo.
Touya olhou para os dois com os olhos semi-serrados, Sakura desviara a vista fazendo cara de inocente e Syaoran encarou-o de frente numa demonstração que não admitiria ser contestado. Óbvio que estava mentindo, mas por enquanto deixaria passar.
- Vou pedir aos agentes que façam uma limpeza geral aqui e... – observou Kat que ainda estava parada à beira do telhado olhando para baixo. – ... dizer que recolham o corpo de Valerie.
- Você vai direto para o hospital. – Syaoran disse. – Eu cuido das coisas por aqui.
- Não senhor. Você também vai para o hospital. Olha só esse ferimento. – Sakura bronqueou com Syaoran colocando a mão no ferimento do guerreiro que não parava de sangrar.
- E você Sakura? Não está muito melhor. E o bebê? – Touya perguntou.
- Eu estou ótima, fora algumas pequenas escoriações. Minha filha também está bem. – recebeu dois olhares duvidosos. - É incrível, mas vocês parecem ter saído de uma guerra, eu estou em perfeitas condições. – ela continuou se vangloriando observando os dois.
- Posso participar dessa reunião também?
Uma voz irônica disse fazendo os três olharem na direção de onde viera.
Valerie, prendia Katrine pelos braços, com a arma apontada para a cabeça da agente.
- Eu não acredito. Essa mulher deve ter parte com o diabo mesmo. Ele te deu asas para você conseguir voltar aqui, foi? – Sakura perguntou aproximando-se das duas, antes que Syaoran ou Touya pudessem se mover.
- Não se aproxime. – Valerie falou apertando levemente o gatilho. Sakura ouviu um leve clique e viu Kat engolindo em seco.
- O que você quer? – Touya perguntou andando devagar em direção às duas mulheres. – Matar a todos nós? Não conseguirá. No máximo um de nós morre, mas os outros três acabam com você.
- Viu só Katrine? Seu querido chefe não dá a mínima para você. Todo aquele palavreado bonito era mentira. No fundo o grande agente só se importa em ser o superior diretor da CSN.
Kat olhou para Touya e não foi bem isso que viu. Ele tinha um olhar sério e evitava seu olhar, mas Kat sabia que ele estava se concentrando na melhor forma de tirá-la da mira da arma da irmã. Era melhor esquecer que aquela mulher era sua irmã, e ajudar Touya a resgatá-la.
- E porque motivo ele se importaria comigo Val? Sou apenas uma agente, posso ser substituída. – Kat nem sabia o que dizia, só queria desviar a atenção de Valerie, pois vira Syaoran aproximando-se pela lateral.
- Como você é nobre Katrine...
Mas não pode terminar, pois nesse momento Kat lhe deu um forte golpe no estômago com o cotovelo. Valerie não teve reação de puxar o gatilho, pois o ar lhe faltara. Kat agora livre do aperto de aço da outra mulher, virou-se dando um soco certeiro no rosto da ex-agente bandida, que sentiu o pescoço lançar-se para trás. Não contente com apenas dois golpes, Kat segurou o pulso que a irmã ainda mantinha a arma, e deu-lhe outro soco forte no estômago, dessa vez conseguindo desarmar a outra.
Valerie ainda tentou reagir, segurando o braço ferido de Kat que gritou de dor, mas a agente não se daria por vencida, também sabia jogar sujo, apertou o ferimento que ela mesma tinha provocado no ombro da irmã, Valerie puxou o ar com esforço diante da dor, mas Kat continuou apertando até a outra soltar seu braço, e acabar caindo de joelhos, fraca.
- Isso é para você aprender a não se meter comigo. – Kat ainda falou antes de dar um último soco em Valerie que caiu no chão desacordada.
Katrine apoiou as mãos nos joelhos respirando pesadamente, seu braço doía miseravelmente. Estranhou o silêncio que de repente impregnara o alto do edifício, virou-se para trás e quase caiu na risada diante das caras de espanto de Syaoran e Touya. Sakura sorria como se tivesse ganhado um presente.
- O que foi? Parece que vocês dois nunca viram briga de mulher.
- Tenho que ser honesto. Fiquei surpreso com a sua atuação. – Syaoran foi o primeiro a dizer algo.
- Eu sempre soube que a Kat era excelente agente. – Sakura vangloriou-se.
A amiga de fato sempre fora sua primeira incentivadora. Seu olhar voltou para Touya que agora trazia um sorriso no rosto.
- E aí, Touya, eu estava ou não com a razão quando disse que a Kat tinha tudo para ser uma das melhores agentes de campo? Acho que agora ela já provou de todas as formas que está apta para sair de trás daquela mesa, não é mesmo? – Sakura dizia para o irmão, dando soquinhos em seu braço.
- Isso ela já tinha provado. Mas dessa vez se superou. Nunca imaginei que você pudesse deixar seu sentimento fraterno de lado Katrine. – Touya falou.
- Isso é porque não há sentimento fraterno envolvido na questão Touya. – Kat disse olhando a irmã caída no chão. – Essa coisa largada aí, nunca foi minha irmã.
Touya aproximou-se de Kat encarando-a profundamente nos olhos.
- Tenho que concordar com você Agente Kérria. Vocês duas não são nem um pouco parecidas.
Kat franziu o cenho, não tinha certeza de que aquilo era uma boa coisa. Touya percebeu no ato a dúvida dela.
- E isso foi um elogio. Um grande elogio. – completou pegando-a pelos ombros e puxando-a para seus braços.
Kat deu um sorrisinho maroto e passou os braços pela cintura de Touya, encostando o rosto no peito dele.
- Ai que lindo. – Sakura falou soltando um suspiro. – E pensar que fui eu que juntei esses dois. – soltou outro suspiro. – Eu sou tão esperta.
Syaoran tentou dar risada mas conseguiu apenas soltar um leve gemido de dor, que foi ouvido por Sakura que se virou rapidamente para ele preocupada.
- Precisamos ir para um hospital. Acho que hoje nós fazemos a festa dos médicos, tem ferimentos de tudo que é tipo. – ela falou tão séria que nem percebeu a brincadeira impressa na frase. – Estão rindo de quê? – perguntou passando o braço de Syaoran pelo seu ombro.
- Eu estou bem. – ele falou, mas não se desvencilhou dos braços da mulher.
- Sei, está gemendo toda hora.
- Eu não gemo. – resmungou.
- Claro que não. – ela resolveu concordar.
- Quer parar de concordar comigo? Já é a segunda vez, está me assustando.
Touya e Katrine ainda abraçados, sorriram da troca de palavras entre os outros dois.
- Chefe. – Jitsuji entrou correndo de arma em punho seguido de mais alguns agentes, mas estancou surpreso ao ver os dois casais abraçados e dois corpos no chão.
- Jit.
- O senhor está bem?
- Nada que uma temporada no hospital não cure. – Katrine respondeu por Touya.
- Pegaram The Devil? – Jit perguntou.
- É melhor algemá-la, está desacordada. A outra está morta. – Touya respondeu pegando a arma de Valerie que estava jogada no chão.
- Sim senhor. Vamos lá homens. – Jit comandou os outros agentes enquanto Touya e companhia seguiam para os elevadores.
Ninguém queria admitir, mas estavam todos meio mortos de cansaço.
- Umas férias viriam bem a calhar. – Sakura falou de repente.
- Você mal chegou de viagem. – Touya disse.
- Na verdade, não foi lá muito divertido. Quer dizer, a primeira noite foi. – Sakura falou lançando um olhar a Syaoran que deu uma risada muito marota.
- Eu não quero saber. – Touya disse colocando as mãos nos ouvidos, o que resultou em risadas dos outros.
- Como vocês descobriram o que estava acontecendo? – Touya perguntou sério agora.
Syaoran contou meio por alto tudo que acontecera no navio e na volta para o Japão.
Sakura e Katrine relataram como descobriram onde Valerie estava. Sakura recebendo um olhar mortal de Syaoran por ter saído à caça sozinha.
Quando Syaoran disse como descobrira o paradeiro de Valerie, Touya retrucou que ele nunca mais ficaria sozinho com um detido, o que começou uma discussão entre os dois sobre quem era mais violento na hora de descobrir alguma informação.
- Como você sabia onde Hosokawa estava Sakura? – Syaoran perguntou.
- Ah eu perguntei ao Taiju. – ela respondeu como quem não quer nada.
- Não foi no Dragão Vermelho de novo não é?
- Que nada. Aliás falando em Dragão Vermelho... - Sakura estrategicamente mudou de assunto ocasionando uma troca de olhares entre Syaoran e Touya que olharam para Katrine, que fitava concentrada seus pés. – Não acredito que você mandou o Lionel lá Touya. – ela continuou, dando risada.
- Oras, eu queria uma informação. – o irmão falou com cara de inocente.
Nesse momento eles já saíam do elevador para a garagem, continuaram meio andando, Touya mais se arrastando, sendo amparado por Katrine.
- Informação? Você o mandou se identificar. Sabe muito bem que depois do estrago de alguns meses atrás, os agentes da CSN não são bem vindos por lá. – Sakura falou.
- Sério? – Touya perguntou inocente, fazendo Syaoran dar risada.
- E você está rindo do quê? Prensou o coitado na parede. – ela voltou para Syaoran.
- Eu não o prensei na parede. Só o ergui de leve, devo ter dado uma apertadinha no pescoço dele também.
- Você fez isso? – Touya perguntou sorrindo.
- Fiz. Precisava ver a cara dele. – os dois começaram a dar risada, mas logo pararam pois os ferimentos doíam demais.
- E pensar que eu cheguei a achar que ele fosse nosso espião. – Katrine disse desolada.
- Eu não o vi por aqui. – Syaoran falou olhando em volta, agora já estavam na rua coalhada de agentes, e policiais.
Agora Sakura e Katrine que caíram na risada.
- Nós o encontramos saindo de fininho da agência. – Kat falou.
- É, mas antes dele ir a Kat ainda deu um bom aperto no pescoço dele.
Touya olhou surpreso para Katrine. Era de fato uma mulher surpreendente.
- Chega de papo, vou buscar o médico. – Sakura disse deixando Syaoran encostado em um dos carros junto com Kat e Touya, e saiu a procura de um médico, pois vira ambulâncias no local.
- Médico. Preciso de um médico. – começou a falar alto.
Nesse momento dois agentes traziam Valerie, já desperta, algemada com as mãos para frente. Os acontecimentos seguintes, na visão de cada um, foi como em câmera lenta.
Valerie num esforço último, conseguiu se soltar das mãos de um dos homens que a seguravam, do outro, antes de empurrá-lo pegou a arma que ele trazia presa no coldre sob a axila, fez mira na pessoa mais próxima a ela. Sakura.
Syaoran gritou e saiu correndo em direção a Sakura, juntamente com Touya que saiu em disparada, mas na direção de Valerie .
Não ia dar tempo, foi o pensamento que passou pela cabeça de Touya, assim como um vulto ao seu lado. Rápido, apontou a arma que pegara de Valerie no alto do edifício, mas antes que pudesse disparar, ouviu o som de um tiro, nem quis olhar na direção da irmã, apontou para Valerie e descarregou o pente de munição.
The Devill recebeu cinco tiros certeiros no peito, caiu lentamente no chão, e para seu espanto a mulher sorria.
Touya caiu de joelhos, colocando a cabeça apoiada nas mãos. Não queria olhar, não queria ver.
A confusão estava armada. Gritos pedindo os para-médicos para todos os lados. Mas o que o alarmou de fato, foi um grito feminino. Um grito de Sakura.
Levantou a cabeça, e quando viu um corpo caído no chão, soube quem de fato Valerie tinha acertado e o motivo de seu sorriso de triunfo. Katrine!
Continua...
N.A.:- Oi pessoal!
Eu sinto muito, sinto muito...não fiquem bravos por esse final...eu sei, eu sei, sou uma pessoa terrível, mas quando começo é difícil parar...ehehehe...
A cena da Kat dando uma surra na Valerie, foi feita a pedidos. Minha mana Patty, estava doida para ler isso. Espero que ela tenha gostado. Eu amei...ehehe...
Pessoal, a Valerie não voou como a Sakura disse...eheheh..idéia da Marjarie, aliás... eu não descrevi, deixei por conta de vocês, ia ficar muito detalhista, mas eu imagino q a Val caiu naquelas partes mais largas q a maioria dos edifícios têm.
Agradecimentos...
Miaka, adorei as boas novas, vc já tá sabendo né?(namoro) Tô torcendo por vc sobrinha querida. Valeu pelo review, e pode me cobrar qto ao seu marido, adoro suas cobranças, me fazem não esquecê-lo..eheheheh
Bruninha, (review cap.10) quer me matar de rir?...ahahahah...amei a simulação, o vodu ficou o máximo...muito bom mesmo... diminuí o capítulo? putz, com certeza...eheheheh...eu disse q variava os tamanhos...mas nunca q eu pensaria em enganar a mestra das páginas longas...ahahahahah...o Touya n ficou nervoso por saber q Val é irmã de Kat, e sim, pela Kat ter omitido a informação...num primeiro momento a reação dele foi normal, mas pelos capítulos a frente vc viu q ele caiu em si... sabe q vc comentando, agora q me toquei das vilãs ruivas? Que coisa, mas tem nada não, tenho uma personagem q criei q é meio vermelhinha q é do bem...ehehehe...mas as características da Val são reais, eu vi uma mulher igualzinha, muito linda, mas aquele tipo de beleza fria, q n te passa calor nenhum, daí a Val surgiu na minha cabeça desse jeitinho, mesmo antes dela ter personalidade...eheheheh...Falando em organização ruiva, vai ver é o pessoal da Liga Ruiva, que anda armando essa, mais um caso p Sherlock Holmes.
(review cap.11) adorei ter usado a carta água na parte do Hoso...ehehe...que bom q vc gostou da persuasão dos dois p descobrirem o que queriam..hihihi
(review cap.12) ahahaha...tá vidrada no Rex mesmo hem?...agora o Espírito de Natal..ahahaha...vc estava inspirada...eu me mato de rir cada vez q leio essa piadinha do Touya, e o engraçado é que eu fui fazendo a cena e as vozes conforme escrevia, eu ria tanto q o Ri veio ver o que acontecia, e acabou gostando da piadinha também...eheheheh..Quanto à magia do Touya, é nisso mesmo q fica, vou tentar dar uma explicação mais para frente, mas ficará meio no ar ainda assim...sem crises qto a n ter mandado reviews, OK? Vc poderia ter comentando todos num só, ia ficar enoooooorme...ahahahahah
Lan Ayath, é vc estava certa, Aki se ferrou...ehehehe...p ser honesta essa Aki meio caiu de pára-quedas no meio da história, achei legal uma guarda-costas feminina com uma história meia boca de maldades, nada mais justo do q eu arrancá-la da história de maneira bem trágica..eheheh
Littledark, vc passou no blogg? Legal saber. Que bom que vc gostou do capítulo, acho que mesclei bem os acontecimentos mesmo.
Analu, eu ia te mandar dois recadinhos..eheh..qdo percebi q o segundo era continuação, menina, já fiz tanto isso...ahahaha...Realmente, pq eu cortei justo na melhor parte? Tô falando sério, qdo fui revisar o capítulo e vi onde tinha parado fiquei indignada..ahaha...a Katrine falando como um papagaio me lembra muito a Kath que é igualzinha...aê Kath, não tô reclamando, adoro as suas histórias..eheh...a cena do Syaoran berrando foi muito engraçada mesmo, ele tentando se controlar foi bem parecido comigo nos meus acessos de raiva, mas ele se comportou bem melhor q eu...ahahah...a Val é doida Ana...e ficou piradona qdo percebeu o q anda rolando entre o objeto de sua vingança e a irmã. Ah sim o brilho do Touya, é uma magia, n diria os poderes do Yue, e sim algum reflexo da energia q o Yue passou p ele...Não vai ter uma grande explicação, mas pretendo comentar algo mais p frente...
Pety, olha, eu pensei muito no que fazer com o Touya, não queria realmente machucá-lo, mas foi impossível...o coitado já levou dois tiros...ahahah...Meros machucados? Eu n diria isso, eu n quis descrever exatamente o q a Val fez com ele pq fiquei com peninha, mas ele tá todo estropiado, sem forças mesmo, perda de sangue deixa a pessoa sem energia, sei bem como é isso, em resumo ele tá acabado...ahahaha... Acredito q seja mais complicado torturá-lo psicologicamente, Touya tem uma força interior maior q sua força física, no meu entender. Você é a segunda q diz q o Syaoran vai ficar de cabelos brancos...tadinho...
Dragon, melhorou da gripe? Espero que sim. Menino, falando de PC dar pau, o meu deu uma pane faz uns dois meses, fiquei meio desnorteada pq perdi uma fic de Harry Potter com mais de 100 páginas, a minha sorte é q no dia anterior a ele dar problemas tinha salvado SB em disquete, senão a coisa tava feia, mas felizmente, eu tenho uma super amiga que me ajudou. Valeu Carol...agora já taquei as histórias e dois Pcs, em disquetes e Cds, quero ver eu perder alguma coisa...ahahahah
Sakurinha, aquele beijo do Syaoran foi mesmo 'o beijo' não? Não sei se o Touya vai ter truques na manga como vc disse, só despertei a magia naquele momento pq senão teria q tirá-lo da cena por ele estar muito fraco... Também gostei da parte da Sakura barrando a Aki p n acertar sua barriga. Ah, a Sakura n vai dar chilique não..eheheh...foi coisa de momento a frase q Syaoran usou pensando no filho em primeiro lugar, ele mais quis abrir os olhos dela, p ela n se atirar com tudo na missão de resgate. Valeu pelo é demais, vc também é.
Jou-chan Himura, olá, valeu por ter lido toda a história, tenho q confessar q de vez em qdo pego as duas anteriores p ler de novo, me divirto muito com a segunda parte..eheh...Tragédia?...que vc acha agora? Aconteceu uma..eheheh
Kirisu-chan, eu sei, eu sei, sou uma pessoa terrivelmente má...terminar o capítulo daquele jeito, e esse aqui então? Eu n tenho jeito mesmo...ahahah...vcs devem me odiar...hihihihi...é culpa do seriado ALIAS aprendi com ele a terminar capítulos em momentos de grande tensão...e vc é demais mesmo...eheheheh
Thata, será q um analista daria jeito na mente distorcida da Val?...sei não...Bom, se bem que n precisaremos mais de um né?..ehehe.. eu sei, acabei de dizer p Kirisu q eu sou má, admito q sou...uma péssima autora, por deixar meus leitores imaginando o que vai acontecer...aiai...
Anaisa, valeu menina, gostei de saber q vc apreciou o capítulo. E a Val é má? Mesmo? Tava com medo dela n ter passado essa impressão...eheheheh
Hyoku-Yusuki, foi a demora em postar esse capítulo, mas eu fiquei meio neurótica lendo Harry Potter 6...ahahahah..as outras coisas ficaram paradas. Fiquei feliz por vc dizer q SB está entre suas fics preferidas, valeu.
Kayra Hiyana, ahahah...amei os Ai meu Deus..ehehehe...sobre quem chegou primeiro, a Val subiu, por elevador, mas o Syaoran q estava bem lá em cima, por isso que ele chegou primeiro..eheheh..legal vc ter lido sobre a fic em Feiticeiros, e que bom que n se arrependeu...valeu.
Andreia R., qdo quiser mandar mail sinta-se à vontade...e aí, vc adivinhou que chegou primeiro no telhado do edifício?
Marjarie, oi atrasada..eheheh...o que importa é que vc apareça...gostei de vc se referir ao final de cap. 13 como desesperador..ahahahah...também acho...vc já leu o que te mandei do 14? Sabe, gostei do Sesshou querendo matar a Valixo, mas o Touya já deu um jeito na coisa...agradeça ao Sesshou por mim...eheheheh...Dona Clônica...ahahaha...caraca, eu preciso tentar fazer com que vc mude de idéia, urgentemente...sim, Kai mudou de mala e cuia, esse não volta mais aí p vc...n ta brava comigo né? Afinal vc já tem um monte de resmungão...eheheheh... O Kai manda dizer q n gostava muito qdo vc agarrava ele pelo pescoço...hihihihihi...viu até o Loki concorda com o Kai... Valeu Mar..e me perdoa por ter roubado o Kai..eheheheh
