O dia continuou como todos os outros na Mansão Malfoy, mas, nesse dia, Draco Malfoy parecia outra pessoa. Nunca fora um menino doce, sempre fora como o pai: sério, frio, educado pelas regras mais rígidas. Mas naquele momento até mesmo seu pai teria estranhado seu modo de ser.
-Eu disse para sair da minha frente! - gritou para um pequeno elfo doméstico que foi jogado contra a parede.
Ele dava passos largos e seu olhar mataria de medo até mesmo a mais feroz das feras. Entrou em seu escritório e ouviu um quadro resmungar, virou para o quadro e pediu:
-O que você disse?
-Nada, eu só comentei como você fica igual ao seu pai quando está nervoso. Mais parecido do que normalmente, quero dizer.
-E tem algo de errado nisso?
-Não, mas estava me recordando quantas vezes seu pai quebrou minha moldura enquanto estava tendo um desses ataques nervosos e tenho certeza que a maioria deles foi por causa de uma garota, esse é o seu motivo?
-O que lhe interessa? Saia daqui agora! Não quero mais ver sua cara!
-Tudo bem. Mas, se você precisar de mim, eu estarei lá em cima, no sexto andar.
-Por que eu precisaria de você?
O quadro foi embora e só então ele pegou um pergaminho, uma pena e um tinteiro e começou a escrever.
Como é? Você esta na casa do Potter? Como você ousa? Parece que eu me enganei, achei que você tinha esquecido ele. MALDITO! Pois bem senhorita Weasley, agora trate de me esquecer, pois eu nunca mais quero ter de olhar na sua cara traidora. Bem que meu pai sempre disse, jamais confie nos inimigos, me parece que agora eu terei que lhe dar razão, nenhum Weasley merece respeito, pois a pobreza lhes sujou o sangue e agora eles são iguais a sangues ruins.
Adeus, Weasley
Quando terminou de escrever parecia que um peso havia sido tirado de seus ombros, porém, decidiu não mandar a carta. Sabia que o mais doloroso para ela seria manter o silêncio, estava com raiva, mas agora achava que não precisaria mais preocupar-se com seus sentimentos, poderia agir somente pela razão. Queimou a carta e chamou um de seus elfos. Então, como se nada tivesse acontecido, pediu um chá e se pôs a trabalhar. Tinha pouco tempo pra deixar tudo em ordem, e pretendia voltar para a escola com tudo aquilo resolvido.
Tentou trabalhar, mas então começou a pensar nela, achava estranho, tinha tanta raiva, se não colocasse um ponto final naquela história não poderia viver. Então decidiu mandar uma carta, mas sem mostrar seus sentimentos. Não queria que ela se achasse superior a ele só porque ele estava apaixonado, ao menos achava que estava, não tinha certeza. Jamais tinha estado apaixonado... Depois de alguns minutos pegou um pergaminho e escreveu: Adeus Weasley. A única parte de sua carta anterior que não mostraria a ela o que ele sentia, mandou a carta em sua coruja, voltou a trabalhar, mas algo parecia errado para ele.
Lupin, Tonks e Olho-Tonto chegaram ao anoitecer. Um jantar espetacular os esperava. Todos comeram animados e conversaram como nunca, mas Harry estava muito preocupado. Louise não saíra de seu quarto, não tinha idéia do que podia ter acontecido. Também não sabia se deveria comentar, decidiu esperar até o outro dia, se ela aparecesse conversaria com ela, se ela não aparecesse eles teriam que derrubar a porta do quarto dela, para saber se ela ainda estava lá.
Na manhã seguinte estavam todos na cozinha quando Louise entrou, a pouca cor de seu rosto voltara e ela parecia saudável. Usava calças negras e uma blusa da mesma cor, seus olhos tinham sido pintados de preto e ela agia como se nada tivesse acontecido. Então falou:
-Bom dia! O que tem para o café? Eu estou faminta.
Todos a acompanharam com os olhos, até que Neville perguntou um pouco nervoso, como se estivesse com medo:
-Onde você estava ontem? - e se encolheu para perto da Tonks, que estava sentada ao seu lado.
-Eu não estava me sentindo muito bem ontem, por isso fiquei no meu quarto... - ela não parecia muito segura do que falava. Então Mione perguntou:
-Por que você não atendeu a porta? Nós íamos lá de tempo em tempo, ficamos preocupados porque você não desceu. - o seu sentimento pela garota mudara bastante desde que começara a achar que Harry gostava dela.
-Eu tomei uma poção que me fez dormir, por isso não escutei vocês batendo na porta.
-O que aconteceu? Anteontem, no jantar, você parecia saudável.
-O remédio demora para ter efeitos colaterais. Foi isso que aconteceu ontem. Agora, se vocês não se importam, eu gostaria de mudar de assunto.
Todos pararam de falar e começaram a comer. Por algum motivo estranho Lupin não parecia muito à vontade com Louise, apesar das tentativas da garota de conversar com ele. O dia passou rápido, a casa precisava de muitas mudanças, e tudo que eles tiravam das salas e outras partes da casa era levado para o porão. Os quadros gritavam e resmungavam, mas isso não os impedia de tirá-los da parede. Com mais três pessoas ajudando a reforma andou mais rápido, e com certeza terminariam a reforma antes do fim das férias, o que era muito bom, pois eles tinham muito pouco tempo no fim do dia para fazer as tarefas que os professores haviam passado. Lupin ajudava com os deveres de DCAT e o Olho-Tonto com os de poções.
Naquela noite estavam todos na cozinha quandoHarry chegou perto de Louise e sussurrou algo no seu ouvido. Então, os dois saíram da cozinha, acompanhados do olhar atento de Hermione. Eles entraram em uma sala vazia, então Louise falou:
-Sobre o que você quer falar comigo Harry?
-Bom, é um assunto meio chato para mim, mas eu tenho que falar. Olha, eu não quero parecer chato, mas eu tenho certeza que mais gente não acreditou na sua história, e eu gostaria que você me contasse a verdade, pois eu não gosto de ter alguém que eu não posso confiar embaixo do meu próprio teto.
-Bom, pondo dessa maneira parece que eu só dou motivos para as pessoas não confiarem em mim, mas eu disse a verdade, eu respondi sinceramente o que vocês me perguntaram...
- Se era a verdade porque você parecia tão desconfortavel em falar sobre isso?
- Eu não estava desconfortavel.- ela passou a mão na nuca e falou numa voz quase inaudivel- É que toda a verdade é meio estranha...
- Que verdade que você não nos contou que pode ser tão estranha?Quer dizer, eu estou começando a desconfiar de você, primeiro você tem amizade com os Malfoy, depois você faz uma coisa dessas e não conta a verdade...
- Acredite Harry, você não precisa desconfiar de mim, e eu não sou amiga dos Malfoy, meus pais são...
- Se você realmente quer que eu acredite em você me conte toda a verdade.
- Você não iria entender, nenhum de vocês iria.
- Não nos confunda com os seus amiguinhos sonserinos, nós somos um pouco mais compreenciveis que eles.
- Não fale mal dos sonserinos, não são todos como você acha, ou você realmente me acha tão terrível?
- Isso não vem ao caso, você esta fugindo do assunto, me fale dessa verdade que nós não entenderiamos...
- Você não entende, se vocês soubessem provavelmente nem falariam comigo, e ainda me olhariam estrano, eu não agüentaria isso.
-Não pode ser tão horrível, - Harry achava que a garota parecia muito segura de si mesma para quem escondia algo horrível - tenho certeza que, seja o que for, todos a tratariam do mesmo jeito que tratam agora.
-Não Harry, você diz isso porque não sabe do que eu estou falando.
-Eu não sei porque você não me disse. Se você falar eu posso afirmar com certeza o que eu estou dizendo.
-Você quer mesmo saber?- perguntou a garota, em um tom de desafio.
-Quero.
-Ok, eu sou uma vampira.
Harry ouviu as palavras, mas elas não fizeram sentido algum. Louise, uma vampira? Ela estava brincando com ele…
-Por favor, você pode parar de brincar por um minuto? Eu estou falando sério.
-Eu também, por que você tem tanta certeza de que eu estou mentindo? - perguntou a garota.
Harry olhou para ela, e por um momento julgou ver outra pessoa, algo nos olhos dela, parecia que eles pertenciam a alguém de poder incontestavel, e um brilho, um brilho mais diferente ainda, algo que quase o hipnotizou, algo tão estranho.Não conseguiu desviar o olhar, por mais que quisesse, simplemente não podia.Graças a Merlim a garota percebeu que algo estava errado e desviou o olhar, pondo seus olhos nos pés.Aquela sensação, tudo aquilo, depois daquilo ele não pode deixar de acreditar nela.
-Como pode ser?
-Você acredita em mim agora?
-Sim, mas como?Vampiros não nascem, eles foram criados, e, mesmo que você seja mordido, você só vira um vampiro real depois dos 25 anos.
-Nossa! Você gosta mesmo de vampiros. E você tem razão, vampiros não nascem, mas eu fui amaldiçoada, e nesse caso, eu já nasci vampiro.
-Amaldiçoada? Por quem?
-Um cara que era apaixonado pela minha mãe, quando ela se casou ele a amaldiçoou. E seu herdeiro, no caso eu.- ela falava isso com uma tranqüilidade extrema, como se fosse normal ser amaldiçoado.
-Que coisa estranha! Mas isso não é perigoso? Quero dizer, você viver no meio de todos.
-Não, porque eu tomo sete poções diferentes, o que me permite ter controle total sobre meus atos.Além do mais logo que meus pais descobriram o que tinha acontecido eles procuraram milhões de maneiras de acabar com a maldição, mas não foi possivel, tudo o que eles conseguiram foi diminuir o efeito dela sobre mim, então eu sou metade vampira e metade bruxa, o que me permite ter uma vantagem sobre os bruxos normais, já que eu posso fazer tudo o que um bruxo pode fazer e ainda tenho algumas coisas a mais...
-Ah...- ele parecia querer asimilar a informação,mas pareceu não conseguir se conter quando perguntou-Você bebe sangue?- o garoto tinha um expressão de nojo e curiosidade no rosto.
-Bom, eu tenho que beber sangue. É isso que me mantem viva, ou quase viva.
-Você bebe o sangue de quem? Você já matou alguém?- agora ele não conseguia mais esconder a curiosidade.
-Do banco de sangue, e sim, uma vez, mas eu era pequena e estava perdida da minha mãe, não foi minha intenção matar ela, nós só estávamos brincando.
-Isso é tão estranho... Quer dizer que eu estou falando com você, mas você esta morta, isso chega a dar arrepios.
-Se você não quiser que eu fique aqui eu vou entender, eu posso ir embora.
-Não, eu não acho que você seja uma ameaça então não tem porque você ir embora.
-Que bom, eu agradeceria se você não contasse isso para ninguém. Seria melhor para mim.
-Tudo bem, não tem problema.
Os dois voltaram para a cozinha e encontraram todos conversando e rindo, a maioria nem notara que eles haviam saído, mas Mione os observara sair e ficara imaginando o que eles estavam fazendo. Não entendia porque, mas sofria no fundo de sua alma ao ver ou pensar em Harry com outra. Também pensava em Rony, ele deveria estar na escola sozinho, morrendo de raiva dela…
Os dois dias seguintes transcorreram sem transtornos, e no quinto dia eles acabaram a reforma. Tinham mais um dia para ficar na casa, e parecia para Harry que Dumbledore havia se preocupado demais. Não havia sinal algum de comensais da morte por perto da casa e agora neste último dia não parecia possível algo dar errado.
Narcisa entrou em Azkaban acompanhada do olhar de vários presos e de muitos aurores, todos aqueles olhares a incomodavam. Seguiu até uma pequena sala e ficou observando a paisagem. Olhou ao redor e percebeu que sua vontade de ir embora aumentara.
-Eu achei que você nunca viria me visitar.- falou uma voz arrastada às suas costas.
Todos os seus pensamentos desapareceram quando ela virou e viu seu marido parado ali.
-Eu senti tanto sua falta!- ela o abraçou e ele se separou dela devagar.
-Narcisa não perca o controle, vamos conversar.
-Conversar, eu não quero conversar, você poderia pelo menos uma vez mostrar seus sentimentos?
-Querida eu também senti muita saudade, mas nesse momento cerca de quinze jovens aurores estão nos observando. Então, como esta o Draco?
-Bem, apesar de mau-humorado nos últimos dias, eu acho que ele esta namorando. Imagine, a primeira namorada...
-Na verdade, ela já teve outras namoradas...- falou ele com um sorriso no rosto.
-O quê?- ela gritou - Como eu não fiquei sabendo disso?
-Provavelmente ele não queria um escândalo, você ficaria estérica e diria que ele é muito jovem para namorar...
-Ele é muito jovem para namorar!
-Querida, ele tem 17 anos.
-Então, ele é muito jovem.
-Você só era um ano mais velha quando ele nasceu.
-Eu sei, foi no ano que nós casamos, foi um ano tão bom.
E então eles se beijaram, dois minutos depois um auror entrou na sala e levou Lucio embora.
-Você tem uma bela esposa.- falou ele.
-Eu sei.- respondeu Lucio com um sorriso maroto no rosto.
-Ela deve estar carente, você não tem medo que ela tenha um amante?
-Narcisa? Não, ela jamais me trairia.
-É o que dizem todos os homens.
Depois disso o auror não saberia contar o que acontecera, tudo o que ele sabia é que Lúcio Malfoy e outros dez comensais da morte simplesmente desapareceram de Azkaban.
Harry sentiu uma dor forte na cicatriz, mas não disse nada. Estava acostumado a isso agora. Ao caminhar pela casa ouviu um barulho e foi verificar. Ao entrar no quarto viu Mione sentada num canto chorando. Devagar, sentou-se ao seu lado e perguntou:
-O que aconteceu?
Ela não conseguia parar de chorar, então ele a abraçou e eles ficaram assim, quietos, por algum tempo. Depois de uns vinte minutos ela conseguiu falar.
-É o meu pai Harry… - e então voltou a chorar.
Harry não podia acreditar que tinha esquecido. Ficara na ala hospitalar por muito tempo por causa daquilo, mas tinha esquecido-se completamente agora que tudo parecia estar dando certo. Ele deixou que ela falasse e agiu como se não tivesse idéia de que aquilo estava acontecendo. Dumbledore dissera que havia um jeito de salvá-lo, mas se negara a dizer qual, e depois de algum tempo até Harry se esquecera daquilo. Se ele tivesse se lembrado, poderia ter salvado o pai dela, com certeza jamais se perdoaria por isso. Se Rony soubesse algo assim ele daria até sua própria vida para que ela não sofresse, era isso que o fazia mais digno do amor dela.
Um Harry pensativo voltou para a escola junto com uma Luna nas nuvens, uma Gina tristonha, um Neville emocionado e uma Louise bastante nervosa. Mione foi passar uma semana com sua mãe, mas agora parecia bem melhor do que quando Harry a encontrou naquele quarto.
As aulas recomeçaram na segunda feira, mas o humor de ninguém pareceu melhorar. Para falar a verdade, todos pareciam cada vez piores. Agora até Rony sumia durante todo o tempo que eles não tinham aula. Harry já tentara conversar com ele, mas Rony parecia simplesmente não escutar ninguém.
-Pra mim chega!- falou Gina para Harry no meio do café da manha, enquanto observava Draco ser paparicado por Pansy Parkinson. Ela se levantou e saiu do salão principal, poucos minutos depois Draco recebeu uma carta e saiu do salão principal.
-O que aconteceu com a Gina? Ela nem tocou no seu café da manhã.- perguntou Mione, que voltara da casa de sua mãe há duas semanas. Mesmo com ela de volta, Rony ainda desaparecia de vez em quando, o que Harry achava muito estranho. Mione agora estava um pouco melhor, mas, às vezes, Harry a via chorando silenciosamente.
-Eu acho que ela não estava com fome, deve ter esquecido de fazer alguma lição, ou algo assim.
-Eu acho que tem algo de errado com ela, e você deve saber, eu não vou contar para ninguém se você me contar, por favor!
-Não posso contar nada, se eu contasse a Gina me mataria e você acabaria contando para o Rony, e isso não seria bom.
-Eu não vou contar, eu juro!
-Eu não posso dizer, e nós estamos atrasados para a aula de feitiços, vamos.
Mione tentou convencer Harry durante todo o caminho para a aula, mas não adiantou, ele simplesmente se negou a contar.Ao chegarem na sala de aula Harry, que notou a ausência de Draco, se sentou com Simas e Mione com Louise.Depois de cerca de dez minutos de aula uma garota entrou na sala de aula, sentou-se em uma classe na frente da Mione, então começou a falar com uma amiga, Mione estava pronta para pedir que elas se calassem quando ouviu uma coisa que a chocou.
-Você sabe que ele é namorado da Mione, não é?
-Sim, mas qual é o problema, pelo jeito ela não é suficiente para ele, e eu não me importo em ser a outra...
N/A:Hj eu tenho muitos motivos pelos quais pedir desculapas, primeiro me desculpem pela demora, mas o Deus da imaginação sorrir pra mim poucas vezes, e infelizmente menos vezes ainda sobre essa fic, e segundo me desculpem se vocês gostam do Rony, mas eu não gosto dele, por isso na minha fic ele não é uma boa pessoa.Muito obrigada pelos comentarios!´Como vcs podem ver a Louise não é uma traidora...Pelo menos não que eles saibam, vocês não acham muito estranho uma sonserina boazinha?Amiga de "sangues ruins"...Tirem suas conclusões e esperem para ver...hehehe
Eu to com uma fic nova no site o nome é Aprendendo a Amar Você, dem uma passadinha lá e leiam, e não esqueçam de comentar!
Beijos Nina Black Lupin
Comentem!
