Domo pessoal

Aqui vai mais um capitulo para vocês, desculpem não tê-lo postado antes, o site deu problema e só agora começou a funcionar de novo. Antes de irmos a fic, tenho uma pequena coisinha pra explicar. Me desculpem aqueles que não estão acompanhando episódio G. Eu esqueci de explicar antes que a Litus era a menininha que Aiolia salvou no primeiro volume da Saga G. Ela não é irmã do Aioros porque na época ele já estava morto, a unica ligação que ela tem é com o Aiolia. Ele a considera sua irmãzinha, porque antes do pai "destruir" a estatua gigante, prometeu que cuidaria dela como se fosse sua irmãzinha, deixando que o pai dela morresse em paz. Bom era só isso, para que ninguém fique confuso com relação a isso. Desculpem mesmo, ter esquecido de falar um pouco mais sobre a Litus.

Agora. Boa Leitura!

Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, pertencem ao grande mestre e genio criativo M. Kuramada.

Legenda:

-"ajs jhssss"; (pensamentos)

-'sjsjsjsmsm'; (dialogos de segunda pessoa)

-dkjks jsjs; (dialogos normais)

--Lembranças-- (em italico)

--Flash Backs-- (normal)

Capitulo 2: O universo conspira.

I – Ironias do Destino.

Saga resolvera permanecer mais um tempo no terraço do décimo terceiro templo. Há uma semana sentia-se completamente insuportável. Não era necessário ser um gênio para saber que ele estava se tornando um perigo a si mesmo, pra não falar que em suas pequenas explosões de raiva só faltara mandar o irmão para outra dimensão só porque ele mostrara-se preocupado com a maneira como estava andando ultimamente. Em completo silêncio, indiferente a tudo e todos. Porque agia assim, nem mesmo ele sabia. Apenas sentia-se inseguro, para não dizer perdido.

Após a ultima pessoa sair do terraço ele procurou um canto mais afastado para acomodar-se, sentando-se naquele banco de mármore branco ele tinha uma visão ampla da entrada do templo de Athena, onde a kamui estava selada. Olhava a estatua com atenção, embora seus pensamentos estivessem perdidos. Era como se pedisse a antiga imagem da deusa um conselho, ou apenas a resposta para o que procurava.

Não podia negar que aquilo que o escorpião dissera lhe perturbara, mas porque? Ele se perguntava. Desde que ela chegara ao santuário sentia-se inseguro, aflito, sem saber como agir, até mesmo quando estava sozinho, era como se faltasse uma resposta... Apenas uma.

Não estava com ciúme, apenas, não gostaria de saber que a irmã de um grande amigo fora embora do santuário por ser assediada pelo cavaleiro pervertido. A quem ele estava querendo enganar com esse pensamento.

Saga moveu-se no banco, procurando uma posição melhor para se acomodar e continuar a pensar. Os cabelos de tom Royal caiam-lhe displicentes por sobre o ombro, a franja rebelde levemente deixada de lado, destacavam os misteriosos orbes verdes do cavaleiro, que parecia completamente desligado do mundo em que vivia.

--Lembrança—

-Sei que você é uma pessoa boa, embora às vezes você se sinta perdido, sem saber porque esta aqui, mas não se preocupe, uma hora ou outra você vai achar o seu caminho ou vai encontrar alguém pra lhe guiar por ele;

--Fim da Lembrança—

Ainda podia se lembrar do que a namorada de Kamus lhe dissera pouco antes de sair do santuário para enfrentar Eris. Infelizmente ainda não conseguia compreender a que ela se referia.

-O que será que Aishi quer dizer com isso? – ele murmurou.

-Isso o que? – uma voz calma soou atrás dele, fazendo-o sobressaltar-se. Pensara ser o único ali, mas agora que se concentrara tinha certeza de que não estava sozinho. Um arrepio cruzou-lhe a nuca, ele já sabia quem era.

-Ahn! – Saga apenas foi virando-se no banco, como se fizesse uma meia lua em torno de si mesmo.

Quando olhou para a sua esquerda, pode notar sentada no alpendre próximo de si, uma jovem cabelos verde-claro que iam até a altura dos ombros o observava curiosamente. A barra do vestido branco esvoaçava com o vento noturno, enquanto ela permanecia balançando os pés suspensos do chão de maneira infantil, embora fosse uma jovem que já contava com seus dezoito, dezenove anos mais ou menos.

-Você disse 'O que Aishi quis dizer com isso', mas não disse 'isso o quê'? – a jovem perguntou, com um sorriso calmo. Não notando a momentânea confusão presente nos orbes do cavaleiro.

-E-eu...; Frustração, sim! Era o que ele podia definir como estava se sentindo, frustrado. Era olhar para ela e sentia-se completamente perdido. Por Zeus, desde quando ele estava agindo como um adolescente inseguro e porque raios não conseguia terminar uma frase; ele pensou revoltado consigo mesmo, sem ao menos notar a jovem olha-lo com certa preocupação.

Ao notar o silêncio do cavaleiro, achou estranho. Esquecendo-se completamente do porque ainda permanecia no terraço. Litus levantou-se do alpendre e caminhou lentamente até o cavaleiro que jazia sentado no banco de mármore, apenas virado em sua direção.

-Você esta bem? – Litus perguntou sentando-se ao lado dele;

-Uhn! – Saga murmurou piscando os dois olhos, ao nota-la tão perto. Como ela se aproximara, devia estar realmente aéreo para não ver isso. –O que disse? – ele perguntou, fitando-a intensamente.

-Você não parece bem; ela falou colocando a mão na testa dele, sem notar o olhar surpreso do cavaleiro.

-Eu estou bem; ele respondeu serenamente, segurando lhe a mão na altura dos olhos.

A garota pareceu momentaneamente confusa. Para não dizer hipnotizada por aquele par de belos orbes verdes. Não eram necessárias palavras, o silencio era a única coisa que reinava entre eles. Procurando concentrar-se em algo que não fossem seus recentes pensamentos Saga resolveu quebrar aquele silencio.

-E você o que faz aqui? – Saga perguntou quase num sussurro, com um olhar de cumplicidade para a jovem que ruborizara.

-Eu pedi a Aiolia para ficar aqui mais um pouco; ela respondeu timidamente.

-E ele lhe deixou ficar aqui sozinha? – Saga perguntou arqueando a sobrancelha, ao notar a jovem corar mais ainda, provavelmente ela dera alguma desculpa ao leonino.

-Não! Bem... Eu; ela parecia realmente desconcertada.

-Pode me contar, qual foi à desculpa que você deu para ele? – Saga perguntou com um sorriso encantador, notando que o nervosismo da garota devia-se ao fato dele ainda não lhe ter soltado a mão, ele por fim resolveu faze-lo, ouvindo a jovem dar um discreto suspiro de alivio.

Litus parecia encantada pelo cavaleiro, não sabia ao certo o porque, apenas sentia-se atraída por todo aquele mistério que envolvia o cavaleiro de gêmeos, já ouvira as histórias do que acontecera na sua ausência e sempre as partes que mais lhe fascinava eram as menções ao nome dele. Era intrigante, sedutor e misterioso... Completamente irresistível a seus olhos. Diferente do amigo do irmão que andava freqüentando de mais o templo de Leão, mas ele em nada se comparava a manifestação dos seus sonhos mais secretos.

-Bem! – ela começou tímida. –Ele viu que o senhor ainda estava aqui e disse que talvez o senhor pudesse me levar até Leão depois; ela respondeu de maneira respeitosa, abaixando a cabeça envergonhada.

-Primeiro, não é necessário me chamar de senhor, faz com que eu me sinta um velho; ele disse, erguendo-lhe o rosto de forma delicada, com os longos dedos.

-D-desculpe; ela praticamente sussurrou, sem conseguir formular qualquer outra coisa para dizer.

-Segundo, será um prazer acompanha-la até Leão, alias, esta no caminho de casa, não vejo problema algum nisso; ele respondeu serenamente. Ainda a segurava pelo queixo, observava atentamente as reações da jovem, via um brilho diferente tremeluzir sobre os orbes violetas. Tornando a aproximação simplesmente irresistível.

-O-obrigada; Litus respondeu, vendo-o se aproximar cada vez mais. Não sabia o porque, mas sentia seu coração disparar e a face de pele alva corar.

Cada vez mais Saga se aproximava, fitando atentamente os lábios da jovem. Um estalo na mente de Litus fê-la se afastar corada e com o coração disparado.

-Her! Se não for lhe incomodar poderíamos descer agora? – ela perguntou a uma distancia segura do cavaleiro, gesticulando impacientemente.

Porque fizera aquilo nem mesmo ela sabia ao certo. Apenas ficou surpresa. Algo sem razão aparente.

-Claro! –Saga falou recobrando o ar sério. Onde estava com a cabeça para agir daquela forma atrevida, ele pensou recriminado-se, vivia dizendo que o Milo era um devasso atrevido, mas agora nem mesmo ele ficara atrás quanto a isso. –Vamos! – ele a chamou, caminhando para a decida lateral do santuário, caminho mais rápido entre as doze casas, que não era necessário entrar no décimo terceiro templo para chegar até os outros.

O caminho percorrido pelos dois foi feito em completo silencio. Litus sentia-se constrangida diante do cavaleiro. Ficara surpresa com a atitude dele, não com medo... Apenas surpresa, mas sentiu que o cavaleiro arrependera-se do que pretendia, afinal, não lhe dirigira a palavra. Fazendo com que um estranho pensamento povoasse a mente a menina lhe dando um ar melancólico.

Não eram oito horas da noite quando Saga e Litus chegaram a Leão. O templo parecia silencioso, pelo visto Aiolia não deveria estar, normalmente o leonino fazia questão de avisar que estava presente, colocando estranhas musicas para tocar em alto volume e só abaixava quando era ameaçado de ser congelado pelo guardião do décimo primeiro templo, pois o barulho era tão grande que chegava a aquário.

-Bom, deixo a Srta aqui; Saga falou respeitosamente, pegando uma das mãos da jovem e depositando-lhe um beijo suave. Com uma leve reverencia ele se afastou. – Boa Noite;

-Boa Noite! – Litus respondeu num sussurro, segurando contra o peito, a mão que ele segurara, enquanto via o cavaleiro se afastar. Deu um suspiro cansado, porque Zeus parecia muito bem disposto a colocar seu auto-controle a prova, fazendo-a ficar frente a frente com um deus grego daqueles, um suspiro extasiado saiu de seus lábios.

II – Conversa entre irmãos.

Caminhava calmamente para dentro do templo, encontrou logo de cara um leonino nada contente. Litus deu de ombros, já sabia o que vinha pela frente.

-Boa Noite Srta Litus! – Aiolia falou fitando-a com os olhos estreitos.

-Boa Noite, mano e pode desfazer esse bico; ela disse sentando-se ao lado dele no sofá e descansando a cabeça em seu ombro.

-Onde esteve até agora? – Aiolia perguntou desconfiado.

-No terraço, aonde mais; ela respondeu com simplicidade.

-Entendo! E foi o Saga que te trouxe aqui? – Aiolia perguntou, afagando os cabelos da jovem.

-Foi; Litus respondeu, embora Aiolia não pudesse ver, a face da garota quase ficou escarlate.

-Litus! Quero que me responda uma coisa, é muito importante; Aiolia falou sério.

Litus virou-se no sofá, acomodando-se de forma a ficar de frente para o irmão.

-Aiolia, o que ta acontecendo? – a garota perguntou preocupada.

-Você esta feliz vivendo aqui? – o leonino perguntou.

-É claro que sim; ela respondeu com certo alivio na voz.

-Era só isso, não esquenta a cabeça; ele respondeu, fazendo com que ela deitasse e apóia-se a cabeça em seu colo.

-Então não me assuste desse jeito; ela reclamou enfezada.

Os irmãos permaneceram um tempo em silêncio, Aiolia parecia hesitante. Não sabia ao certo como conversar sobre aquilo com ela.

-Mano! – Litus chamou.

-O que?

-Não era aquilo que você queria me perguntar, não é?

-Não! – o leonino falou por fim, dando um longo suspiro. – Quero saber o que você acha do Milo?

-Milo o cavaleiro de escorpião? – ela perguntou, estranhando a pergunta do irmão.

-Ele mesmo;

-Ele é estranho; ela respondeu com simplicidade, fazendo o leonino arquear uma sobrancelha.

-Estranho como? – será que Zeus havia ouvido as suas preces de que a irmãzinha não cairá de amores pelo escorpião pervertido, era bom de mais pra ser verdade, mas enfim, era melhor esperar ela mesma responder.

-É, sempre que o encontro ele fica com uma cara de bobo, acho que ele ainda não percebeu que aquelas piadinhas infames não tem graça; ela comentou, mas parou ao ouvir o riso do irmão. – O que foi que eu falei?

-Nada, maninha! Você não sabe como me deixa feliz essa sua espontaneidade; Aiolia comentou ainda rindo com certo alivio.

-Não entendo; Litus falou confusa.

-"Zeus, fico te devendo uma"; o leonino pensou aliviado. – Não se preocupe com isso agora, era besteira minha; ele comentou, enquanto tentava com os dedos arrumar a franja despenteada dela.

-Se você diz, mas porque me perguntou isso? – ela disse curiosa.

-Só por curiosidade e gosto de saber sua opinião sobre varias coisas; ele desconversou.

-Ta bom; ela respondeu. – "Porque será que ele não me convenceu"; ela pensou intrigada. – Bom, deixa eu ir dormir e você tem que fazer o mesmo, tem treino amanhã; ela disse se levantando.

-Boa noite! – ele respondeu vendo-a se afastar. Apenas a ouvir respondeu quase num murmúrio entre um e outro bocejo.

Lithus entrou no seu quarto, jogando-se diretamente na cama. Não conseguia tirar da cabeça o que quase acontecera no terraço. Porque se afastara? Ou melhor, o que um cavaleiro como ele veria numa adolescente como ela? O que ela tinha, dezoito, quase dezenove anos de diferença com ele. Não! Ele não parecia o tipo de cara acostumado a brincar com os sentimentos das pessoas, mas ela sentia-se confusa, quanto ao que sentia e o que estava começando a sentir.

III – Não tão diferente.

Saga chegara a gêmeos em completo silencio, não se arrependia do que pretendia fazer. Apenas não achava certo, isso apenas lhe confundia cada vez mais. Preferiu por hora afastar os pensamentos da cabeça e tentar dormir, mas ao chegar na porta do seu quarto avistou o irmão preparando-se para bater na mesmo.

-Procurando por mim, Kanon? – ele perguntou com um ar divertido na voz ao ver o irmão dar um pulo para trás de susto.

-Quer me matar do coração? – Kanon respondeu colocando a mão na direção do coração.

-Até parece que você estava fazendo alguma coisa errada, para se assustar desse jeito; Saga comentou, olhando desconfiado para o irmão.

-Eu, não...; Kanon falou respirando mais calmamente. – Achei estranho você ter sumido e vim ver se você já tinha chegado, foi isso; ele completou.

-Sei, mas estou tentado a desconfiar; Saga comentou, arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços na frente do peito, enquanto se recostava na parede.

-Bem, na verdade vim saber se você vai treinar no Coliseu amanhã junto com o resto do pessoal? – Kanon perguntou.

-Não; Saga respondeu seco.

-Vamos! Deixa o Escorpião de lado, sabe que aquele idiota adora provocar todo mundo; Kanon insistiu.

-Peço que não fale desse infame pra mim; Saga respondeu estreitando os olhos.

-Entendo! Mas pense pelo lado positivo, você pode descontar no treino a raiva dele; Kanon comentou com um sorriso maroto.

-Vendo por esse lado, não é ma idéia; Saga comentou, pensando nas inúmeras possibilidades de dar uma lição no aracnídeo. –Esta certo! – ele respondeu por fim.

-Bom, mas mudando de assunto; Kanon começou cauteloso. – Você esta realmente interessado naquela garota? – ele perguntou meio hesitante.

-Que garota? – Saga perguntou arqueando a sobrancelha.

-Ser evasivo não faz parte da sua personalidade; o irmão falou encostando-se na outra parede, ficando de frente para Saga.

-E se eu estivesse? -Saga respondeu meio vago.

-Diria para você se decidir rápido, parece que o Escorpião esta disposto a transforma-la no seu mais novo troféu; Kanon comentou calmamente, sem notar o efeito que aquelas palavras causaram. –Alem do mais, Aiolia não parece muito disposto a ter qualquer um como cunhado;

-Se você diz; Saga falou fazendo-se de desinteressado.

-Bom, agora vou dormir. Até amanhã; o geminiano disse entrando em seu quarto, que por sinal ficava de frente para a porta do outro.

Saga apenas balançou a cabeça com ar cansado, mais essa agora. O que dera nele para responder daquela forma.

Entrando no quarto, procurou tentar dormir o mais rápido possível, mas depois de passar quase uma hora virando que nem bife a milanesa na cama, ele resolveu levantar-se, caminhando até a janela onde tinha uma visão ampla do santuário, tanto das casas a cima quando dos outros templos abaixo.

-"Desde quando uma garota como ela se interessaria por mim"; ele pensou divagando. –"O que ela tem, dezoito, dezenove anos. Uma vida perfeita pela frente, não iria querer perder seu tempo ao ficar com alguém complicado e sério como eu"; ele concluiu. –"O melhor que eu posso fazer é esquecer essa idéia maluca"; ele deu um suspiro e voltou pra cama.

Continua...

Obrigada a Saory-san e Lhyl que comentaram no capitulo passado. E obrigado aos demais que mesmo não comentando, estão acompanhando essa fic.

Até mais pessoal

kisus

ja ne...